Capitulo 11

Analise

O dia havia sido muito produtivo, Edward começou a notar que dali para frente ele não teria um grande desafio, ele não podia negar que Isabella Swan é uma garota bonita, ela só precisava de um empurrão para que pudesse se encontrar.

Alice e Rosalie estavam sendo até uteis para ele, haviam facilmente conseguido comprar roupas incríveis para Bella utilizar, depois de algumas horas, Bella havia conseguido encontrar o estilo perfeito. Roupas mais justas, entretanto não muito curtas para não deixa-la muito vulgar. Havia combinado bastante com sua personalidade.

Edward estava ficando satisfeito com o resultado, entretanto ele sabia que a ajuda de Alice não era apenas porque ela o ama completamente e quer ver sua felicidade. Ele sabia que no fundo Alice estava era preocupada, ou melhor, bastante preocupada com a entrada de Isabella na equipe de lideres de torcida, ele conhecia completamente a irmã e sabia que ela não queria que uma garota “feia” pudesse acabar com todo o império de garotas “lindas e perfeitas” que ela construiu na equipe, só que Edward sabia perfeitamente que as coisas não funcionavam desse jeito, ele conhecia cada garota daquela equipe, o que o fazia concluir que não existia pessoas perfeitas, ele mesmo era um exemplo disso, ele não era perfeito, a beleza exterior muita das vezes é uma forma de esconder a frustração interior.

Isso acontecia com Edward o tempo inteiro. Sua aparência ás vezes apagava o que ele era, as vezes as pessoas não se preocupavam com o que ele era, ou até mesmo ele as vezes esquecia o que ele era, já que o superficialismo era o bastante para todos o amarem.

Ou melhor, para ele acreditasse e a maioria das pessoas acreditasse que o amava, mas tudo era simplesmente uma teia de falsidade, uma teia da qual ele estava preso e desde que conheceu Isabella Swan ele estava tentando se soltar.

Já era de noite, ele já havia deixado Isabella Swan em casa, e desde que voltou para sua casa ele estava em seu quarto pensando, ele sabia que para encontrar seu verdadeiro eu ele precisava pensar, refletir, analisar tudo que havia acontecido em sua vida até aquele exato momento, a imagem de Tanya não demorou muito para surgir em sua mente.

Pela primeira vez na vida alguém havia sido sincero com ele. Sim Tanya havia sido sincera, e mesmo assim ele havia ficado irritado, talvez porque ele não estava acostumado com a sinceridade das pessoas, talvez ele não estava acostumado ser sincero nem com ele mesmo, não que no fundo ele não quisesse ser sincero com ele mesmo, algo dentro dele pedia desesperadamente para que ele falasse tudo que ele está sentindo. Mas a duvida é: o que ele está sentindo na realidade?

Edward se sentou na cama, parou seu olhar no seu celular, e imaginou diversas vezes ele tocando, imaginou Tanya finalmente voltando atrás e pedindo desculpas. Mas não, tudo era imaginação. Na realidade a cada minuto ela se encontrava mais distante dele.

Isso estava começando a assustá-lo, o que fez ele se levantar e ir até o seu celular e o pegar, até mesmo discou o primeiro numero, mas logo parou. O que ele falaria? Como ele iria ser sincero se ele não sabia o que sentia? Ele precisava dela... Não apenas pelo seu pai, mas também porque ela era a única que o escutava, a única que o entendia mais do que ele mesmo se entendia. E mesmo que ás vezes doesse ele não podia crucifica-la por ela ter terminado tudo, por querer ficar longe dele, ás vezes ele mesmo queria ficar longe dele, as vezes nem ele mesmo se suportava. Por que teria que obrigar Tanya a suportá-lo?

Ele soltou o celular e irritado saiu de dentro do quarto, bateu a porta com força, sentindo-se completamente fraco.

*.*.*.*.*.*.* Dez Razões para ser como Edward Cullen *.*.*.*.*.*.*

— Vamos fazer uma festa! – Carlisle falou num tom de animação. Pegou sua taça de vinho e deu um leve gole. Edward observou o liquido descer pela garganta dele e depois que ele colocou a taça novamente em cima da mesa, Edward observou um sorriso surgindo em seus lábios, Edward conhecia cada gesto e semblante de seu pai. Ele sabia que aquela festa tinha alguma razão especifica.

— Festa? Legal, estávamos precisando mesmo de uma festa! – agora Emmett que comentou bastante empolgado, Emmett sempre foi bastante festeiro, e nem se importa que tipo ou estilo de festa seja. Já Edward nunca demonstrou empolgação, as festas familiares, principalmente organizada por Carlisle sempre fora parada demais, musicas clássicas, comidas e bebidas caras, pessoas conversando e fazendo o possível para manter a etiqueta, festa de velho. Edward sempre pensava.

— Qual será a comemoração? Você não comentou nada para mim... – Esme, mãe de Edward perguntou. Ela olhou para o marido com as sobrancelhas franzidas, enquanto delicadamente pegava o garfo e colocava um pouco de comida na boca.

— Vou convidar Richard Vonderpool para a festa, é um empresário que eu conheci, estou tentando convencê-lo a entrar em sociedade com uma das Construtoras Cullen´s, caso consiga com certeza conseguiremos ampliar os nossos negócios... – Carlisle respondeu bastante sorridente. Ele estava feliz.

Seus dentes brancos estavam aparecendo mais do que o normal, ele passou a mão em seus cabelos loiros, arrumando-os para trás, Edward observou a cena, meio pensativo e então se lembrou de que quando era criança ele gostava de arrumar o cabelo para trás para ficar mais parecido ainda com seu pai, pensou em até pintar os cabelos de loiro platinado, por achar que assim conseguiria ficar igual a Carlisle. É, assim ele iria ficar orgulhoso, Edward pensava inocentemente. Entretanto hoje, mais velho, Edward sabia que não era apenas os cabelos platinados que faria seu pai amá-lo mais. Edward sabia que seu pai queria que ele fosse forte que nem ele, inteligente que nem ele, e principalmente que ele tenha a alma para os negócios, só assim ele seria um Cullen o bastante para assumir um dia os negócios do pai.

Entretanto, aquilo era pressão demais para que ele pudesse suportar...

— Que bom querido, eu acredito que dará certo! – Esme disse compreensiva como sempre, sorrindo ela pegou o guardanapo e depois limpou a boca educadamente, em seguida seus olhos foram diretos para Edward. – Edward, quando Tanya vai vir aqui? Eu queria mostrar uma revista a ela, que tenho certeza que ela irá adorar... – Esme disse, fazendo com que Edward engasgasse com a comida.

Esme sempre se deu muito bem com Tanya, tanto que até mesmo a via como uma filha, por um lado Edward sempre achou isso legal, entretanto por outro, agora isso seria um grande problema. Esme logo seria a primeira a perceber que tem algo de errado e isso era ultima coisa que ele queria que acontecesse nesse momento.

— Logo eu a chamo mãe, é que ela está meio ocupada... – Edward respondeu logo que recuperou o folego, ele olhou para Alice, que encarava-o com as sobrancelhas franzidas.

— Ocupada? – Esme perguntou, pelo semblante pareceu ficar meio confusa.

— É que a gata dele sabe a Marrie? – Alice iniciou, Esme a olhou e concordou com a cabeça. – Está doente, pobrezinha, Tanya dedica todo o tempo para cuidar da gata, você sabe que é a Marrie é o xodó da Tanya...

— Ah sim claro, nossa, coitadinha como deve estar sofrendo... – Esme disse e Alice concordou com a cabeça. – Ai Edward, diz para ela o que ela precisar pode contar comigo... – Esme disse voltando a olhar para Edward.

— Ah claro mãe... – Edward concordou e depois se levantou da mesa, antes que fizesse alguma outra pergunta que ele não pudesse responder.

— É com licença... – ele pediu.

— Você não vai terminar de comer querido? – Esme perguntou.

— Não, eu estou sem fome... – Edward respondeu e logo tratou-se de sair da sala de jantar, antes escutou seu pai voltar a falar dessa grande festa. Ele voltou para o seu quarto e novamente bateu a porta com força.

Festa? Péssima hora para festas... Como ele explicaria a falta de Tanya nesse dia.

Não demorou nem cinco minutos para Alice entrar no quarto, ela aproximou-se de Edward, parecendo estar também preocupada.

— O papai disse que ele está planejando a festa daqui  mais ou menos três semanas... Você tem então três semanas para voltar com a Tanya, caso não queira que nossos pais saibam... – Alice já iniciou, Edward virou-se para olhá-la. Soltou um longo suspiro.

— Eu sei, fica sossegada Alice eu farei o possível para que isso aconteça... – ele disse, sentando em sua cama.

Sim, ele estava tentando passar confiança a irmã, mas nem ele mesmo estava tão confiante nisso, enquanto estava deitado em sua cama, olhando para o teto do dormitório, Edward tentou novamente criar a coragem de procurar Tanya, mas parecia que ele tinha medo do que ela poderia responder, ou pior, dele ser tão idiota e acabar apenas piorando tudo mais ainda.

Cansado de ficar sozinho, Edward levantou-se da cama e então saiu novamente de seu quarto.

*.*.*.*.*.*.* Dez Razões para ser como Edward Cullen *.*.*.*.*.*.*

Bella estava em frente ao espelho, ela estava experimentando uma calça jeans nova que Rosalie escolheu para ela comprar e também uma blusa preta, brilhosa.

Seu pai havia ido á casa de um amigo assistir um jogo de futebol, e ela então havia decidido utilizar esse tempo para experimentar novamente todas as roupas que havia comprado, ou melhor, Edward pagou todas elas. E Bella não podia negar, todas eram lindíssimas e caia muito bem em seu corpo.

A calça jeans parecia ter sido feita totalmente para ela, valorizava muito bem suas pernas, levantava o bumbum, e ainda destacava sua cintura fina. Ela deu duas voltas e sorriu para o espelho, poucas vezes em sua vida ela havia se sentido assim, bonita.

— É foi muito bom te conhecer Edward, você mudou minha vida... – ela disse para ela mesma, enquanto ainda se olhava no espelho, quando, de repente escutou um assobio. Bella franziu as sobrancelhas, olhou em volta do quarto, e então escutou novamente um assobio. Ela então foi a janela e olhou para baixo, ficou boquiaberta ao ver Edward, ele acenava e sorria para ela.

— Só um momento! – Bella gritou, e então saiu correndo do quarto, caminhou até a porta de entrada, abriu-a rapidamente e então saiu para fora, sorriu ao ver Edward aproximando-se dela.

Com as mãos no bolso, e também sorrindo, Edward olhou-a dos pés a cabeça e depois da cabeça aos pés.

— Essa roupa combinou com você... – ele comentou, agora parando o olhar no rosto de Bella.

Ela sentiu o rosto corar, enquanto colocava uma mecha de cabelo atrás da orelha.

— Ainda não tive a oportunidade de te agradecer, então vou agradecer agora, muito obrigada... – ela disse, em seguida mordeu seus lábios inferiores.

— Que isso, foi o planejado... – ele respondeu, dando mais um passo na direção dela.

— Mas... Eu não sabia que você viria, não que eu não gostei, é claro, eu gostei, só que... – Bella passou a mão no cabelo e no mesmo momento sentiu-se uma idiota pelo embaraço das palavras. – É seria errado eu perguntar o que você faz aqui?

Edward deu risada, olhou para o chão por alguns segundos, depois voltou a olhar para Bella.

— Eu me sinto sozinho... – ele disse, e Bella sentiu um aperto estranho no coração. – Eu queria conversar com alguém que sei lá, pudesse me entender, a única pessoa que venho na minha mente foi você...

— S-sério? – ela gaguejou.

— É... – ele concordou enquanto engolia um seco. – Você é a única amiga de verdade que eu tenho, e a única pessoa que eu conseguiria conversar nesse momento...

— Nossa... É, posso me sentir lisonjeada por isso? – ela disse num tom brincalhão.

Ele deu risada e deu um passo em direção de Isabella.

— Bom, pode sim... – ele então suspirou. – Quer dar uma volta comigo?

Continua...