Perdida? escrita por Romantica10


Capítulo 8
Capitulo Oito


Notas iniciais do capítulo

Hey, me decsulpem por estar qual um ANO sem postar.... Espero que gostem....



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CAPITULO OITO

Meus dedos tremiam ligeiramente enquanto Tânia saia do quarto, dizendo que chamaria Jonas. Será que ele já sabia? Sabia da minha condição? Eu podia ouvir seus passos pesados e rápidos. Ele sabia. Eu podia ver na minha mente seU rosto distorcido pelo o amargor da noticia e então a porta foi aberta.

Seu rosto estava limpo de qualquer expressão, mas eu podia notar que ele não estava bem. Com passos lentos se jogou na cadeira ao meu lado e pôs a mão sobre os olhos. Seu cabelo estava bagunçado e a roupa amassada, mostrando que ele já estava no hospital a um bom tempo.

Minhas mãos tremiam e o ressentimento me tomou. Eu devia ter contado antes e então ele não teria se aproximado e eu não teria criado laços, mas já estava feito. E agora ele me trataria diferente. Não me trataria como antes e provavelmente pediria a diretora para poder fazer tudo sozinho novamente.

Toquei a mão que estava em cima de seu rosto.

“Eu… Eu…” tentei começar de alguma maneira, mas eu não sabia o que fazer. Tocava no assunto de AIDS ou deixava para lá como se nada tivesse acontecido. Eu estava perdida. Ele suspirou e olhou para mim. Seus olhos negros explodiam emoções estranhas e desconhecidas por mim. E aquilo estava acabando comigo.

“Você devia ter me contado…” Ele diz. Se ajeita na cadeira e balança a cabeça. “Não podia ter escondido uma coisa tão séria de mim”. Meu rosto se contorce e tento falar algo, mas ele me interrompe bruscamente. “Não! Eu não quero ouvir!” Diz se levantando da cadeira. Me sento na cama em agonia. “Eu não quero mais mentiras, nem desculpas esfarrapadas! Eu pensei que confiasse em mim! Não podia me esconder! Merda!” Pragueja.

“E como você queria que eu dissesse?! Ah, oi! Meu nome é Luiza e tenho AIDS hereditária. Você não vai entender!” lamento. As lagrimas se acumulam nos cantos dos meus olhos.

“Não se faça de vitima! Você devia ter me contado então não teríamos essa conversa. Você esperou que acontecesse uma crise para eu poder saber! Eu sempre soube que você guardava segredos, mas eu esperava que você os contasse para mim!” Ele diz. Sua voz já está rouca. Eu choro. Ele estava com raiva porque não contei sobre a AIDS a ele, não com nojo. Eu havia o decepcionado. Eu estava irritado pelo fato de eu não me abrir com ele.

“Me perdoe”. Sussurro. “Eu só não queria que você se afastasse de mim. Eu não queria afastar a primeira pessoa que me tratou normalmente sem frescura, sem medo”.

Ele continuava praguejando e reclamando, mas eu podia ver uma pequena lágrima sair do canto de seu olho. Sair do olho do cara estranho que tinha cabelo azul. Ele se aproximou e sentou novamente ao meu lado. Ele pegou minha mão e amassou meus dedos contra sua boca, beijando varias vezes.

“Me perdoe”. Sussurro. “Por favor, é só isso que eu te peço”. Olho para ele, pedindo e suplicando seu perdão. “Mesmo que depois você não queira que eu fique com você e nem queira olhar mais para mim, só me perdoe”. Passo a mão no seu rosto. “Por favor?”.

“É claro, mas… não pense assim vamos acabar com o nosso projeto com as crianças e vai ficar tudo bem. Isso é só um imprevisto certo?” Ele se aproximou de mim e me deu um beijo na testa. “Você é mais forte que isso. Nós somos. Agora você não vai ter que carregar esse peso sozinha. Agora, eu vou estar com você”. Sua voz mostrava convicção e seu sorriso era um poço de compaixão e algo mais. Seus olhos negros nunca estiveram tão brilhantes.

“Eu queria dizer que… Por favor, Jonas, não crie… não crie tantas esperanças”. Seu rosto não demonstrava nenhuma expressão. “Pessoas na minha situação são muito imprevisíveis. Posso estar bem hoje, mas amanhã posso pegar um resfriado e tudo pode se complicar…” Ele ficou de costas. “Estou morrendo lentamente sem você ver”. Sussurro. Minha voz morrendo aos poucos.

Ele olhou para mim por cima dos ombros revestidos pela jaqueta e sorriu. “Nós daremos um jeito”. 

Fui para o Orfanato um dia depois. Por precaução compraram uma bombinha, para futuros transtornos. Jonas me acompanhou na volta. Ele cumpriu com o que disse. Ele não se afastou e nem mudou seus hábitos comigo, mas sutilmente ficou um pouco mais meigo e carinhoso, mas bem sutilmente mesmo.

Ele tomou as rédeas da situação a respeito das crianças. Minha médica pediu repouso por dois dias inteiros e um semana completa sem correr ou andar muito rápido, – o que eu achei desnecessário, mas não falei nada. Mas, de qualquer maneira, ele sempre passava no meu quarto antes de ir embora para me contar o que havia feito com as crianças. Disse que entraria em contato com a Take Cake of Another, esta disse que entraria em contato com ele e marcaria a reunião. Eu estaria pronta?

Bom, posso dizer quer eu já se passou uma semana e a vida que eu tinha ficou mais monótona ainda, mas agora com um pequeno bônus: eu tinha ele. E de alguma forma, ele me pertencia, pois somente eu e ele nos encontrávamos. Ele não procurava ninguém além de mim e eu fazia o mesmo. Mesmo tendo Tânia, Abby e Bill, ele quem preenchia o buraco mais profundo do um peito. Aquele que não poderia ser completo por ninguém além dele.

Eu não sei mais o nome desse sentimento. Eu gosto dele, mas é algo muito maior que um simples gostar, mas meu maior medo é dizer que é o amor. Não me entenda mal… Eu sei que há algo muito bom entre nós, mas se for amor… não terá volta. E quando ele tiver quer ir… eu não sei o que farei.

Ele abre a porta e me olha de maneira estranha.

— O que foi? – me pergunta. Sua voz parece um pouco rouca ao meu ver.

— Nada. Por quê? Estou tão acabada assim? – Rio de mim mesma.

Ele se aproximou e se sentou bem perto de mim. Eu estava deitada na minha cama. Esse negócio de repouso absoluto não estava dando certo.

— Você nunca esteve mais bonita. – Sussurra. Sua mão gentilmente acaricia o lado esquerdo da minha face. Eu me derreto e me deixo levar pelo seu carinho. Quando abro meus olhos, ele está mais próximo do que nunca esteve. Seu cabelo faz cócegas em minha testa e a ponta de seu nariz roça no meu. É estranho ter alguém tão perto de mim…, mas ao mesmo tempo sua aproximação é tão certa, tão desejada por mim que eu não me importo e deixo que meus lábios sejam tomados por ele, como nunca foram tomados por ninguém.     


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Notas finais do capítulo

Perdida ou achada?

Tchau...



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