Nunca Fui Beijada 2 escrita por Larissa Carvalho, MorangoeChocolate


Capítulo 8
Requiem On Water (Part.2)


Notas iniciais do capítulo

Perdoem-me pelo atraso galera.
Acontece que eu (Zoye) estava completamente sem PC e eu consegui o carregador hoje então.... PALMAAAAS
Ainda essa semana posto o próximo.
Beijooos e Boa leituraa galera.
Beijinhos meus e da morango e chocolate.
XOXO



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Depois de todos os convidados chegarem, Lissa desceu com a minha filha. Eu peguei Jade no colo por alguns minutos e depois me certifiquei de que ela ficaria ao meu lado o tempo todo durante o jantar.

Mamãe chegou logo depois da loira burra de Dimitri. Nunca vi uma reação tão estranha ao ver o ex namorado. Ela pulou em cima dele como um bebê canguru e não soltou mais. Percebi o quão sem graça ele ficou e lhe estendi meu melhor sorriso para os dois.

Jade continuou ao meu lado com sua comida especial – macarrão com queijo – feita por Cristian. Ela tinha alergia a frutos do mar e nós não preferimos arriscar. Mamãe tinha sentado ao lado direito de Jade e brincava com ela durante todo o jantar. Janine estava bonita em seu vestido vermelho e saltos pretos. Cabelos ruivos presos em um coque largo. Eu sorri para ela durante alguns segundos.

Eu estava à esquerda de Jade, bem na frente de Dimitri. A cada vez que ele cortava uma comida diferente no prato, olhava para mim. O que eu tinha que entender sobre aquilo? Que a comida naquele prato deveria ser eu?

Revirei os olhos para Dimitri e voltei a ajudar Jade com o macarrão. Ela sorria e por incrível que pareça, aquela era a sua comida favorita. Ainda mais sendo feita por Cristian. Lissa estava radiante, parecia tão feliz que eu apenas estava sentindo o que ela sentia.

Tinha as mãos sobre as de Cristian e eu sorri quando ela sorriu para mim entre mais uma das conversas com a madrasta de Cristian. Ela parecia tão mais bonita com seu vestidinho azul, combinando com os olhos.

Fora a Meredith que estava crescida e até brincou com a Jade antes de jantarmos. Ela parecia amar Dimitri, assim como eu, ela não o via a muito tempo.

Papai não veio ao jantar de noivado de Lissa, mas mandou um cheque absurdamente gordo para toda a despesa do casamento. Lissa adorou a consideração e ligou para ele antes de jantarmos, no andar de cima.

— Nos conte Sheron. – disse Vikka, de modo debochado. – Como está Paris?

— Vá para o inferno. – disse Sheron, de modo bruto. Eu revirei meus olhos mais uma vez. Dimitri pigarreou.

Jade, naqueles segundos, cutucou meu braço e olhou para mim com seus olhos curiosos. Eu fitei-a, sorrindo. Todos na mesa, fizeram o mesmo.

— Mamãe, o que é inferno? – perguntou, em sua voz inocente de criança.

Eu olhei para Jade e logo em seguida para a minha mãe. Ela parecia assustada com a pergunta de Jade. A mesa ficou silenciosa por alguns segundos e então olhei para a loira ao lado de Dimitri. Ela sorria, vermelha.

— É o lugar pelo qual mandarei essa loira de farmácia estúpida. – cuspi, irritada.

Dimitri piscou algumas vezes de forma assustada.

— Oh, por favor, ela não é um bebê... – disse Sheron.

— Você está louca? – perguntou Vikka. – Ela é uma criança.

— Gente... – começou Lissa. – Acalmem-se. – ela olhou para Sheron, em seguida. – Será que pode, por favor, ficar quieta?

Aquilo tinha sido o mais próximo que eu vira Lissa mandar alguém calar a boca de uma forma educada e na verdade, me incentivou a defender a minha filha. Ela era uma criança, não precisava saber de certas coisas. Nem entenderia.

— Oh, por favor... – retrucou. – Não tenho que ver o que digo por causa de uma fedelha.

— Acho que você está errada quanto à isso. – falei, entredentes.

— Ah é? – perguntou a loira. – Posso saber o porquê?

— Se você tem amor a qualquer um dos seus dentes, fique calada. – eu disse, levantando da mesa. Mamãe levantou junto comigo, segurando meu braço.

Lissa tinha um olhar de desespero e Cristian a essa altura já estava de pé, observando cada movimento meu. Nunca quis tanto bater em alguém como naquele momento. Talvez enfiar a cara nela na lagosta resolveria.

Já Jade balançava as perninhas debaixo da mesa, atenta a cada movimento das pessoas na sala.

— Está me ameaçando! – gritou Sheron. – Ela está me ameaçando. – virou-se para Dimitri.

— Já chega Sheron. – gritou Dimitri. Nunca o tinha visto perder o controle.

O silencio tomou conta da sala. Dimitri me encarava, agora de pé. Enquanto Sheron ainda permanecia sentada encarando Dimitri com a boca aberta.

Olhei para Dimitri em um súbito ataque de fúria.

— Não sabia que tinha tesão por QI abaixo de 0, camarada. – rosnei. Ele engoliu a seco.

— Por favor, garotos. – disse Sonya, levantando-se. – Vamos nos manter calmos.

Eu fitei-a.

— Acredite, só vou ficar calma quando essa loira burra pedir desculpas para a minha filha.

Sheron se levantou.

— Agora você me ofendeu. – disse. Eu gargalhei furiosa.

— Eu te ofendi quando falei do seu QI. – gritei. Ela fez um bico, enquanto pensava em uma possível resposta inteligente.

— Por favor. – disse, minha mãe. – É o noivado da minha filha. – todos pareceram culpados, menos eu. Minha mãe voltou-se para Sheron e arregalou os olhos. – Não ofenda a minha neta novamente, ou não segurarei a minha filha.

Eu continuei olhando para a garota magra e loira ao lado de Dimitri e imaginando vários tipos de mortes lenta e muito dolorosa. Ela por sua vez estava realmente intimidada com o meu olhar. Enquanto Dimitri, encarava Jade.

Um barulho estranho chamou a atenção de todo mundo do local. Era mais como um arranhado. Depois do segundo barulho, olhei para o meu lado e vi quando a mãozinha de Jade estava na garganta. Ela estava vermelha e quase chorando.

— Amor... – comecei baixinho, enquanto sentava-me novamente ao lado dela. – O que houve?

Jade não conseguia falar, mas olhou para uma das suas mãozinhas sujas com o que parecia ser camarão. Meu coração parou por segundos. Eu não estava conseguindo respirar e minha mãe conferia o prato dela. Janine me olhou com olhos arregalados.

— Ela comeu do meu prato. – disse minha mãe. Lissa empalideceu.

Olhei para Jade novamente e percebi sua boca inchando, assim como seu rosto, que estava vermelho. Seus olhos estavam querendo transbordar as lágrimas, mas ela estava mais preocupada em tentar conseguir ar, o que lhe restava.

Senti uma mão no meu braço e percebi o garoto ruivo ao meu lado. Era Mason. Ele fitou-me totalmente tranquilo.

— Sou médico, Rose. – disse Mase. Eu assenti, deixando que ele puxasse o rostinho de Jade para si e avaliasse por alguns segundos. Meu coração estava apertado.

— Parece uma reação alérgica. – disse Mason.

— Ai meu Deus. – disse Lissa.

— Vou ter que leva-la para o hospital mais próximo, Rose. – continuou Mase.

— Tudo bem. – eu disse, levantando em um pulo. – Vamos agora mesmo.

— Podemos ir no meu carro. – disse Dimitri. Encarei-o com toda a raiva que eu podia reunir em um olhar.

— Se esse loira burra não estivesse aqui, nada disso aconteceria. – falei. – Ela não tinha insultado a minha filha e eu não tinha me distraído, tentando colocar a cara dela na água fervendo. – gritei. – A culpa é toda sua.

— Não fale assim de mim. – defendeu-se a loira.

— Chega. – gritou Cristian. Ele olhou para Jade nervoso e depois para mim.

— Rose, rápido.

Jade choramingou e tentou buscar ar. Eu tremi. Estava oficialmente desesperada. Olhei para Dimitri e sabia que tinha dado folga ao motorista. Janine agora acudia Jade assim como Mase.

— Rose, não temos tempo. – disse Mase.

— Tudo bem. – disse, por fim. – Mas se ela entrar no carro, a Jade não vai dar entrada naquele hospital sozinha. – ameacei. – Vão ser duas para o Mase atender.

— Ok. – disse Dimitri.

— Eu também vou. – contradisse a loira. Vikka agarrou-a pelo braço, enquanto Dimitri vinha até nós.

— Você não vai a lugar nenhum.

Eu peguei Jade em meu colo e enquanto ela colocava sua cabecinha na volta do meu pescoço e choramingava, minha mãe corria com seu casaquinho atrás de mim, junto com Dimitri e Mason.

E o jantar estava arruinado.


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Notas finais do capítulo

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