Nunca Fui Beijada 2 escrita por Larissa Carvalho, MorangoeChocolate


Capítulo 6
I Didn't Mean It


Notas iniciais do capítulo

Olá.
Boa noite à todos.
Eu gostaria de agradecer pelos comentário e eu prometo responder à todos. Muito obrigada às pessoas que me ofereceram o wifi e EU ACEITO rsrsrsrsrs.
Bom, surpresas chegando.
Booa Leitura, cats.
Beijos



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Montana novamente.

Depois de bons meses fora eu estava de volta à minha casa. Sem que ninguém soubesse, claro. Eu não podia deixar que ninguém descobrisse que eu estava ali, principalmente a família de Rose.

Cristian tinha me chamado por educação ao seu jantar de noivado e eu pensei muito antes de pegar o primeiro avião para Montana, mas ainda assim eu tinha alguns assuntos pendentes.

Depois de reencontrar Rose e vê-la beijar outro cara, meu coração me trouxe novamente para Montana. Eu não ia deixar aquele anel ir para a outra mão, eu iria acabar com o que tinha começado aqui.

Eu queria sentir o coração de Rose bater junto ao meu, como um só novamente. Eu a teria para mim. E enquanto puxava a mala preta de rodinhas pelo aeroporto, eu sorri pensando no meu efeito sobre seu corpo. Eu a teria como antes e o que me motivou na primeira vez para beijá-la, agora seria o que me motivaria para passar o resto da minha vida com Rose.

Eu traria ela de volta para a minha vida, e me casaria e teria filhos, e seria novamente feliz. Não me importaria de com quem eu disputaria a jogada, portanto que Rose fosse apenas minha. Eu lutaria do jeito que eu não lutei antes. Eu jogaria meu feitiço novamente, porque ela era minha.

                                                      ***

Saltei do Taxi no portão de casa e depois de pagar, peguei a minha mala no carro. Andei até os seguranças e os cumprimentei, sorrindo para cada um. Andei devagar, enquanto o portão automático fechava atrás de mim.

Caminhei até a porta da minha casa e sorri quando uma empregada, contratada à uns dois anos sorriu para mim. Ela pegou minha mala e eu vi quando Vikka corria na minha direção.

Eu sorri de braços abertos.

— Maninho. – sussurrou, enquanto eu a apertava. – Nunca mais fique tanto tempo sem me ver, seu idiota completo.

Me desvencilhei do grande abraço e sorri reparando no quanto ela estava crescida. Agora com a minha decisão de vir para Montana, que eu tinha reparado no quanto eu fazia falta para a minha irmã.

Vikka tinha sua voz carregada pelo sotaque Russo que pegou devido as férias pré-casamento com Mase. Eu sorri para a minha irmã, abraçando-a de lado e caminhando até a mesa de jantar. Eu mal tinha me dado conta que já anoitecera e eu sentia fome.

— O que me conta? – perguntei. Ela sorriu.

— Vou me casar em Julho. – disse. Eu sorri, enquanto andávamos.

— Três meses? – perguntei.

— Sim. – falei. – Não é incrível?

— Mas e quanto à Lissa? – perguntei, enquanto nos separávamos pela sala de jantar.

Vikka sentou-se à minha frente e eu desenrolei o guardanapo de pano, colocando-o na minha perna. Ela estava vestida com um vestido verde esmeralda que a fazia parecer com a mamãe. Ela sorriu para mim e recostou-se a cadeira.

— Ela concordou em fazer antes. – disse Vikka. – Afinal, meu casamento será realizado por uma agencia de Nova York. Já ouviu falar? IL?

— Acho que não. – falei, levantando cenho. – Cheguei da Holanda tem pouco tempo. Não me familiarizo muito com Nova York. – disse à ela. – Na verdade, a minha experiência lá não foi uma das melhores.

Vikka me examinou melhor e lançou um sorriso. Nós nos conhecemos muito bem para saber os verdadeiros motivos da tristeza um do outro e ela sabia que apenas um nome transmitia isso.

— Rosemarie Hathaway. – murmurou, ainda sorrindo maldosa.

— Agora é Rosemarie Mazur. – disse. Vikka arregalou os olhos.

— Oh. – disse, abrindo a boca em um O completo. Ela fitou-me penosa e retirou aquele sorriso do rosto. – Sinto muito.

— Não é isso. – disse a ela. Seu rosto mostrou dúvida. – Ela é filha dele.

Vikka abriu a boca e logo em seguida gargalhou. Ela se acomodou na cadeira e abriu os olhos com uma forte maquiagem que dava-lhe um ar mais sofisticado. Sua boca finalmente formou-se naquele sorriso novamente.

— Parece que o seu patinho era cisne. – disse Vikka, brincalhona. Eu arfei. – Adoro quando ela te surpreende. – disse, colocando a mão no queixo de modo interrogativo.

Ela ainda tinha aquele sorriso irritante no rosto. Devo admitir que a minha relação com Vikka era bem melhor antes que ela soubesse o verdadeiro fim que foi a minha relação com Rose. Ela ficou um bom tempo sem falar comigo e com Mase.

Mas depois de um tempo, ela viu meu sofrimento e todos nós nos resolvemos. Ela foi uma das pessoas que queria que eu fosse atrás de Rose e pegasse o primeiro avião, mas eu tinha a faculdade e a sensação de que Rose não ia querer me ver nunca mais.

— Para de brincadeira, Vikka. – disse à ela.

— Não. – falou, sorridente. – Sabe, eu te subestimei, Dimka.

— Por que? – perguntei.

— Achei que nunca ia perceber que só existe uma pessoa que te faz perder o auto controle. – disse.

Eu fitei-a e sorri.

— Eu nunca deixei de perceber, maninha.

                                                   ***

Eu já tinha jantado com Vikka e enquanto ela recebia Mase, eu aproveitei para escutar o bip do celular de Cristian. Era hoje o jantar e eu não podia perder por nada. Eu tinha vindo de Nova York por isso.

Deixei que ele atendesse e sorri, em meu quarto. Parado no meio da minha velha organização adolescente.

Belikov. – disse, assim que atendeu. – Achei que já tinha se esquecido do pessoal de Montana.

— Não. – falei. – Não posso me esquecer das pessoas que eu tanto amo.

O que deseja? – perguntou Cristian. Ele parecia feliz.

— Confirmar presença.

                                                    ***

A nova casa de Cristian era bem mais aconchegante que a minha enorme mansão. Era pequena, porém familiar. Tinha fotos de Lissa e dele em todos os quatro anos de relacionamento. E enquanto estava na sala de jantar, eu pude ver mais porta-retratos em cima de uma mesa de madeira que batia na minha cintura.

Eu reconheci todos ali, menos uma.

Era uma garotinha. De cabelos longos, cacheados e castanhos. Já os olhos chocolate me lembravam alguém, que eu não conseguia entender. Aquela profundidade era algo que a minha mente ia sempre se lembrar.

Continuei encarando a foto daquele bebê sentada no chão, com as mãos grudadas umas nas outras, como se estivesse batendo palmas. Ela devia ter aproximadamente um ou dois aninhos e eu tentava entender o motivo para Cristian ou Lissa ter uma foto dessa em sua casa.

Lissa colocou um som calmo em outro cômodo. Ela pareceu nervosa quando me viu, mas eu não fui o primeiro à chegar. Mase e Vikka se apressaram em chegar na casa dos dois antes de mim. Assim como Sydney que me olhava espantada.

Eu estava na sala de jantar isolado pelos olhares, então não me importei quando a campainha tocou e eu ouvi alguns gritos saudosos de Lissa. Continuei examinando aqueles olhos não tão desconhecidos e virei-me para sentar e ver quem era na porta.

Assim que o fiz, algo me tomou em cheio.

Eram os olhos. Tão profundo que eu me dei o trabalho de piscar várias vezes para sair daquele transe. Ela tinha bochechas rosadas e cabelos cacheados como os da foto. Estavam mais longos e agora um pouco lisos também.

Ela balançava seu corpo devagar de um lado para o outro com um vestido vermelho rodado e um casaquinho branco com pedrinhas delicadas. Ela arrastava seu pé no tapete bege da sala de jantar com seus sapatinhos de boneca e me examinava atenta a cada movimento meu.

Eu estava encarando uma garotinha de aproximadamente cinco anos e ela fazia o mesmo de modo curioso. Eu não conseguia parar de olhá-la. Aqueles olhos...

Ela sorriu para mim e olhou para o lado. Eu fiz o mesmo.

Percebendo Rose. Ela tinha sua mesma postura da última vez.

Seus cabelos estavam lisos e sua maquiagem parecia delicada, dando-lhe um ar mais adulto. Ela tinha sua mini blusa branca e uma saia preta, dando curva ao seu corpo. Estava chique e diferente. Com saltos.

— Jade, eu disse para não correr. – disse, de modo doce. Ela se agachou ao lado da menina e ajeitou-lhe o casaquinho.

— Desculpe, mamãe. – disse, com sua vozinha de criança.

Algo em mim se apertou. Eu poderia fingir que não estava ali. Mas a garotinha não contribuía, ela continuava me olhando e chamou a atenção de Rose. Seus olhos se arregalaram e ela fitou-me.

— Olá. – murmurei.

Ela engoliu a seco, levantando-se. Colocando a garotinha para trás de si, protetoramente. Lissa apareceu na sala de jantar e não se mexia na porta. Apenas encarava Rose e a pequena garotinha atrás de si, ainda fitando-me curiosa.

— Não vai cumprimentar seu velho amigo? – perguntei.

— Hoje não. – disse Rose, depois de alguns segundos.

Ela tinha aquele olhar.

O olhar da noite da casa de Barco.

O olhar que me enganou e que me escondia algo.


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Notas finais do capítulo

Bom, espero que tenham gostado.
Gostaaaram???
Comentem, comentem.
Beijoooos



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