Nunca Fui Beijada 2 escrita por Larissa Carvalho, MorangoeChocolate


Capítulo 5
Swingin Party


Notas iniciais do capítulo

Bom, eu sei que eu sempre posto aos Domingos.. Porém eu tive que vir mais cedo hoje.
A minha internet está dando sinais de vida, então... Bom Carnaval para todos e me desculpem por demorar tanto na demora das respostas para seus comentários.
Boa Leitura.
Beijos



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Querido Dimitri,

Eu senti dores fortes hoje.

É a nossa garotinha dando sinal de vida dentro de mim. Já tenho oito meses e o médico me mandou ficar de repouso e enquanto Jason ajudava meu irmão à decorar minha nova casa, Olena veio atrás de mim. Ela me achou em Nova York. Digamos que eu abri a porta.

Ela não teve muita reação por uns cinco minutos, mas depois me apoiou, tentou me convencer a contar para você e eu quase o fiz. Mas ai, eu li a manchete no jornal. Voce estava namorando uma garota que tinha dinheiro e que era fina.

Temi pela minha filha.

Eu não queria que acontecesse o que houve comigo. Eu queria uma família para ela, mas eu nunca perdoaria você pelo que me fez. Sei que eu fui principal também em toda essa ladainha e que acabei com a aposta de um modo covarde, mas eu nunca vou perdoar você por ter começado toda a história.

Espero que me entenda.

 

                                                                        Com amor, Rose.

Dobrei a carta e coloquei-a novamente na minha caixinha. Eu a tinha lido na cozinha, no escuro. Ainda com a roupa da festa de Jason. Pensei em tudo o que houve naquela noite. O beijo e o encontro com Dimitri.

Eu poderia ter contado de Jade e mostrado todas essas cartas, mas eu preferi mostrar o que ele tinha me tornado. Uma mulher fria e calculista. E eu não tinha nenhum orgulho dessa nova Rose, mas eu sabia que essa mulher não seria ferida novamente por homens como ele.

Quanto ao beijo em Jason, eu não queria pensar nisso agora. Eu sabia o quanto Jade era importante para mim e também sabia que ir para Montana significaria ficar longe de Dimitri. Agora ele sabia aonde eu estava e não podia deixar que nada disso me abalasse.

Peguei mais uma vez o sabonete líquido à minha frente e passei de modo lento na aliança fina em meu dedo. Retirei o objeto devagar e percebi o meu dedo ainda machucado. Respirei aliviada e coloquei a aliança dentro da caixa com as cartas, fechando-a.

Escutei um barulho e virei assustada na cadeira, conseguindo identificar Elisabeth. Eu sorri de modo que ela também sorrisse. Me levantei, já descalça e encarei-a.

— Eu e a Jade vamos para Montana amanhã. – falei. Ela assentiu.

— A senhorita precisa de meus serviços pelo fim de semana? – perguntou Elisabeth.

Eu sorri, doce.

— Não. – falei. – Eu mesmo cuido da Jade.

— E quando voltam? – perguntou.

Eu encarei-a, e respirei fundo.

— Não faço a mínima ideia, Elisabeth. – murmurei. – Mas quero que faça suas coisas esse fim de semana e se cuide.

Ela assentiu.

— Sim. – disse. – Cuidarei de tudo por aqui, senhorita Mazur.

— Obrigada. – disse, enquanto subia o degrau entre a sala e Elisabeth.

Aquela cobertura era tão grande para mim e Jade que ir para a casa da minha mãe não seria tão ruim. Coloquei a mão no ombro de Elisabeth e sorri.

— Muito obrigada por hoje. – falei. – Está de férias a partir de agora.

Ela sorriu.

— Obrigada. – disse. Eu abracei, afinal ela tomava conta de minha filha. E depois deixei que ela saísse pela porta.

Caminhei pelo corredor até o quarto ao lado do meu, com a porta de madeira rosa, e abri-a devagar. Caminhei até a cama de Jade, e puxei ainda mais o cobertor lilás até seus ombros. Ela parecia tão serena e aleia à tudo.

Tão inocente e minha.

Fiz um leve carinho em seu rosto rosado e sorri para a minha bonequinha. Eu queria que ela visse a avó e a madrinha. O Cristian que a adorava e todas as pessoas que eu deixei para trás.

Eu ia voltar para Montana.

                                                    ***

Coloquei meu velho óculos e depois de um bom banho, eu já estava no meu quarto e com uma calça leg e um blusão de dormir. Estava sentada na minha escrivaninha com uma caneta e um papel. Respirei fundo e rodei aquela caneta entre meus dedos.

Pousei-a no papel e sorri.

Querido Dimitri,

Eu ainda não entendo como você não veio atrás de mim. Ou como tudo aquilo que eu planejei para me vingar de você fez com que eu me apaixonasse ainda mais.

Talvez não seja o que nos move e sim o resultado final de uma equação complicada. Que te cansa e te faz apagar várias vezes até consegui um número que se encaixe. Eu gostava quando estava na terceira linha da conta e já tinha conseguido o resultado.

Eu soube que o resultado antes mesmo de terminar a noite da casa de barco. Eu sabia que você estava apaixonado e eu te amava. Só que aquelas borboletas que eu tanto queria sentir foram todas no início. É a grande diferença entre paixão e amor.

Se paixão é o resultado de alterações químicas, não dura muito. Eu queria que me amasse e não se apaixonasse. Se você me amasse, tinha vindo atrás de mim. Mas se apaixonou. Paixão acaba. É como ter uma fome insaciável e depois tomar um copo com água e tudo desaparece.

Hoje eu sei que quem cega, é a paixão e não o amor. Por outro lado, quem ama sofre. Eu sofri, chorei e esperei junto à cada molécula do meu corpo que reagisse.

O amor anda lado a lado com o ódio. É uma droga odiar você e te amar.

                                                                     

                                                                        Com amor, Rose.


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Notas finais do capítulo

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Beijos



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