Nunca Fui Beijada 2 escrita por Larissa Carvalho, MorangoeChocolate


Capítulo 21
Waiting Game


Notas iniciais do capítulo

Olá galerinha...
Vim hoje, porque amanha é meu aniversário... Vou fazer 18tão... Não estou tão feliz por motivos pessoais e fiquei com um baita bloqueio. Então, foi mal por toda a demora e confusão na hora de postar. Tanto esse, quanto à outra história.
Beijos e FELIZ ANIVERSÁRIO PARA MIIIM
Boa leitura!



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Olhei mais uma vez no espelho e vi se aquela roupa estava boa. Minha mãe riu enquanto estava encostada no portal.

— Querida, você está linda. – disse Janine. Ela tinha botas rasteiras e uma calça jeans com uma blusa regata.

— Eu estou nervosa. – murmurei.

— Natural. – disse minha mãe. – É o seu primeiro encontro em cinco anos.

— Cadê a Jade? – perguntei. Ela sorriu.

— Vendo desenho. – falou. – Eu disse que os pais dela iam sair hoje.

— Não. – murmurei. – Mãe, se não der certo com Dimitri hoje, você deu esperanças para ela.

— Não, não dei. – falou minha mãe, vindo até. – Você o ama, sempre amou. Nem quando eu pirei por não contar a verdade para Dimitri sobre Jade você largou seu orgulho, Rose. Faça isso agora.

— Talvez eu estivesse com medo. – murmurei.

— Então, vamos descer Rose. – disse minha mãe, acariciando meus cabelos cacheados. – Vamos encará-lo.

                                                     ***

Eu escolhi o jantar naquela noite. Cachorro quente. Tínhamos caminhado até a pracinha que construíram no centro de Montana. Estava de noite e tinham casais caminhando e crianças brincando no balanço e no escorrega.

Dimitri estava voltando para o branquinho verde, e eu permaneci sentada desde que ele tinha ido comprar nossas comidas. Jade tinha prometido ficar acordada para quando eu voltasse, mas dormiu cinco minutos depois.

Dimitri tinha sua blusa azul clara de manga comprida, por causa do vento gelado de Montana e sua calça jeans escura. Eu sorri, quando ele me entregou meu cachorro quente completão.

— Seus olhos brilham mais para esse cachorro quente do que para mim. – disse Dimitri, já sentado.

— Fazer o que! – murmurei, salivando por uma mordida.

Ataquei aquele cachorro quente com toda a minha fome. Senti o gosto dos temperos e sorri quando vi que ele se divertia. Ele respirou fundo e então, deu sua primeira mordida.

Eu reprimi a gargalhada quando percebi que todo o molho tinha caído na sua blusa de frio. Ele gargalhou, e eu parei de me segurar. Parecíamos dois adolescentes em nosso primeiro encontro.

— Adoro quando você me faz parecer adulta. – murmurei.

— Engraçadinha. – resmungou, enquanto colocava o cachorro quente de lado.

— Precisa de babador? – perguntei, gargalhando.

— Eu escolho o jantar da próxima vez. – disse Dimitri. – Qualquer coisa sem molho.

Eu gargalhei, terminando meu cachorro quente. Olhei para os lados e sorri. As crianças tinham saído do parquinho de areia, e Dimitri parecia claramente irritado. Eu levantei a sobrancelha para ele, e o próprio engoliu a seco.

— O que está pensando? – perguntou ele.

— Naquilo. – falei, apontando para os dois balanços.

— Não. – disse Dimitri. – Você não está falando sério.

— Estou. – falei, levantando-me. – Prometeu um bom encontro.

— Então, isso é um encontro. – disse Dimitri, finalmente me dando um sorriso de canto de olho.

— Só se me acompanhar. – falei, estendendo minha mão para ele.

Dimitri olhou para o balanço e pensou por alguns instantes. Com toda certeza considerando algumas coisas. Ele sabia que eu não desistiria da ideia e parecia divertido revivermos aquelas emoções de cinco anos atrás.

— Vamos lá. – disse ele, pegando minha mão.

                                                        ***

Dimitri gargalhou.

Estávamos sentados naqueles balanços, balançando bem devagar e conversando sobre os últimos cinco anos. Contei todas as coisas engraçadas da vida de Jade e ele me contou sobre Paris e as modelos que tinha saído. Se eu não fosse tão ciumenta, teria gargalhado.

— Conta mais. – disse ele, olhando-me. Balançando devagar.

— Hm... – fingi pensar, ainda rindo. – Sabe quando você faz aquilo com a sobrancelha?

— Sei. – disse Dimitri, animado.

— Ela faz igual. – disse para ele. Dimitri sorriu.

— O nome? – perguntou.

— Oh... – murmurei. – Eu não tinha escolhido até chegar no hospital. Eu olhei para uma das portas e vi o nome de uma bebê em uma moldura verde e como você sabe... Verde é a minha cor preferida. Eu gostei do nome.

— Bom... – começou Dimitri. – Eu gosto.

— Ainda bem. – comecei. – Não tem como mudar mais. – ele gargalhou.

— Ahhh... – começou, com uma respiração pesada. – Senti sua falta Hathaway.

— Eu também camarada. – falei. – Vamos lá, que tal uma aposta?

— Nem pensar. – disse Dimitri, ajeitando-se no balanço. – Tenho trauma disso.

— Essa vai ser feita por mim. – disse Rose.

— O que quer apostar?

— Quem conseguir balançar mais alto e se arremessar mais alto, pede o que quiser.

— Isso é sério? – perguntou, levantando a sobrancelha. Eu sorri. Jade que fazia isso.

— Sim. – disse para ele, começando a pegar impulso.

Ele sorriu, e começou a fazer o mesmo. Ambos se balançando o mais alto que podíamos como crianças que éramos. Ele gargalhava e eu fazia o mesmo. Era uma coisa boa dentro do peito. Um sentimento renovado. Algo que eu achei nunca mais sentir e que gostava quando Jade sentia.

— Já. – gritei, pulando do balanço, ainda no alto, enquanto estava movimentando-se.

Nós dois pulamos e caímos da terra. Eu pensei ter ganhado, mas ele estava alguns centímetros mais distante que eu, e sorriu, enquanto eu ainda continuava deitada murmurando o quão baixinha eu era.

Respirei fundo e esperei enquanto ele se posicionava ao meu lado, ainda deitados na terra. Meu vestido rosa, agora suja era o que menos me preocupava.

— O que era a aposta mesmo? – perguntou Dimitri, já em cima de mim.

— Tudo bem, Belikov. – murmurei. – Pode pedir o que quiser. – retruquei. Ele sorriu.

— E um beijo? – perguntou ele. – Eu posso pedir?

— Pode. – eu disse, depois de alguns segundos examinando seu rosto.

— Beije-me, Roza. – disse ele, já com seu rosto perto do meu.

E então, eu fitei-o. Ambos jogados no meio da terra, como dois adolescentes que não ligavam para regras ou para qualquer tipo de vergonha pública.

— Sim. – murmurei por fim, beijando-o.

                                                        ***

Dimitri parou o carro na frente da casa da minha mãe. Nos mudaríamos amanhã para a casa que Jason tinha comprado e Jade parecia estar ansiosa. As luzes da varanda ainda estavam acesas e eu sai do carro devagar.

Ele e eu fomos de mãos dadas e em silencio até a minha porta devagar, subimos os degraus e sorrimos um para o outro como crianças que aprontaram. Foi só um beijo... Um beijo que eu queria a muito tempo.

— Então... – começou Dimitri soltando minha mão. – Está entregue, Hathaway.

— Obrigada, camarada. – falei.

— Pelo que? – perguntou ele, confuso. Com as mãos no bolso. – Por te trazer em casa ou por te sujar com terra?

Eu gargalhei.

— Pelos dois. – falei, assentindo.

Ele sorriu e eu me virei para a porta.

— Rose. – chamou-me, já descendo os degraus.

— Sim? – perguntei, com a mão na fechadura.

— Aquele beijo, significou apenas a aposta ou algo a mais? – perguntou. Eu entortei a boca.

— Digamos que você ganhou pontos, camarada. – falei, sorrindo. – Pontos de ouro.


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Notas finais do capítulo

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