Nunca Fui Beijada 2 escrita por Larissa Carvalho, MorangoeChocolate


Capítulo 20
Let’s Get Lost - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Foi mal pela demora galera!
Bem vindas leituras novas!
Beijos e Boa leitura



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/671322/chapter/20

     Cheguei perto de Cristian e sorri.

Eu e Mia tínhamos feito tudo durante a noite. Colocamos uma pista de dança aberta à luz do dia e tínhamos enfeitado a piscina de Sonya, que era bem grande, com pétalas de flores brancas. Lissa estava ocupada falando com a minha mãe que Paris era ótima para uma lua de mel e tentando convencê-la de que ligaria caso houvesse algum problema.

Cristian estava sozinho e meio desorientado no meio da pista de dança. Mia estava com Sid checando se estava tudo bem com o bolo de sete andares que fizemos. Ele estava no centro da circulação de pessoas e recebia constantes olhares.

Era branco com alguns desenhos, em rosa claro. Com dois bonequinhos em cima, como a tradição manda. Aproximei-me de Cristian. Uma música instrumental deixava o ambiente mais leve, mas não era o DJ. Era o pianista que eu tinha contratado às pressas.

Sorri para Cris e ele fez o mesmo.

— Vou senti sua falta, pinguim. – falei, aproximando-me.

Ele sorriu.

— Paris não é tão longe assim, afinal. – murmurou.

— Mas é bom para ninguém interromper uma lua de mel. – brinquei. Ele sorriu.

— Estou nervoso. – murmurou. Ele virou-se para a distância de Lissa e fitou-a. Ela estava alegre. Cumprimentando a todos e sorrindo. – Tenho medo de não ser o que ela quer que eu seja.

— Você é exatamente o que ela quer. – falei, fitando-a. – Nunca vi a Lissa tão feliz. Você deu vida para a minha irmã, algo que alguém nunca me deu depois da Jade.

Cristian fitou-me.

— Mas vai dar. – disse, batendo de leve no meu ombro.

— Só seja sincero. – disse para ele. Ele sorriu.

— Vou ser. – disse ele. – Para sempre.

Eu sorri, não resistindo ao impulso de abraça-lo. Cristian tinha se tornado um ótimo amigo e confidente depois que eu fui embora. Ele me dava conselhos por Skype sobre como abaixar a febre de Jade e eu lhe ensinava como não estressar uma mulher e lidar com uma sogra de cabelos vermelhos.

— Eu te amo, garoto chama. – sussurrei, lembrando de quando ele queimou a cozinha da minha mãe no primeiro jantar de ação de graças com Jade.

— Eu também te amo, Hathaway.

Eu sorri e me afastei.

— Cuida da minha irmã.

— Nem precisa pedir. – disse para mim. Lissa o chamava com a mão, longe de nós e ele assentiu.

Cristian beijou minha testa e se afastou. Deixando-me sozinha, com algumas pessoas vindo para a pista em casais. A música estava deixando tudo em clima de romance, enquanto eu não tinha amor para ninguém, além de Jade.

Jade brincava com a filha de Sonya e com Derick. Eles riam e corriam um atrás do outro. Ela com seu vestidinho vermelho de boneca e seus cabelos presos em um coque. A pele rosada pelo calor e por correr tanto. Eu sorri.

— Ela está linda mesmo. – disse alguém atrás de mim. Virei-me e sorri para Dimitri, em seu smoking e o cabelo recém cortado.

— Olá, camarada! – falei, sorrindo.

— Não vai me xingar hoje? – perguntou, sorrindo.

— Não. – falei. – Você tem a Sheron hoje. Não vou fazer do seu dia pior.

Ele sorriu.

— Então, dança comigo. – disse ele, estendendo sua mão.

Eu sorri.

— Com prazer. – eu disse, deixando ele me puxar para seu corpo.

Ele era bem mais alto que eu, mas não foi um problema, por causa dos meus saltos azuis. Ele colocou uma mão em minha cintura enquanto eu colocava a outra em seu ombro. Nós começamos a nos mover ao som de uma música que me fazia lembrar do dia da casa de barco.

Eu sorri. Era o instrumental de Sia – My Love.

— O que foi? – perguntou, fitando-me.

— Eu gosto dessa música. – murmurei, fechando meus olhos.

— Você tem cara de que gosta de Rock, Hathaway.

— Oh, meu Deus. – eu disse, abrindo meus olhos.

— Lissa vai gostar de escrever o dia de hoje em um diário. – disse ele, sorrindo.

— O que te faz pensar que era a Lissa quem tinha um diário? – perguntei, sorrindo.

— Nada. – disse ele. – Era você?

Eu gargalhei.

— Sim. – falei. Ele gargalhou.

— Então, escrevia sobre suas paixões nele?

— Na verdade... – comecei. – A dona Janine era bem invasiva. Não dava para escrever sobre alguém que eu gostava, ou ela teria duas opções.

— Quais?

— Castrar o garoto ou me colocar em um convento. – falei. Ele gargalhou. – Mas minha mãe sabia do risco de eu fazer o padre virar um cafetão.

Dimitri balançou a cabeça para os lados ainda rindo.

— Como foi sua primeira paixão? – perguntou, com um olhar curioso.  

— Hmm... – comecei a falar, entortando a boca. – Ele tinha um ego maior que o topete dele.

Ele gargalhou novamente.

— Estava errado, Hathaway. – disse ele. – Você pode sim, gostar de uma música fofa.

— Eu gosto. Mas toda garota que foi romântica tem seus sonhos, camarada.

— Tipo quais? – perguntou, fitando-me.

— Tipo sentir as borboletas. – murmurei, já séria.

— Eu sinto muito. – disse ele.

— Eu sei que sente, mas não posso ficar com esse sentimento a vida inteira.

— O que quer dizer?

— Que pela Jade eu possa me dar uma chance de recomeçar. – falei. Dimitri ainda nos balançava de um lado para o outro. – Eu quero recomeçar, eu quero sentir aquilo de novo.

— Comigo? – perguntou. Eu sorri, doce.

— Com quem me fizer sentir. – falei. – Não vou me prender mais naquela aposta idiota. Não quero mais ser a Rose que tem rancor e medo. – eu excitei por alguns segundos. – Eu te amei, e eu sei que eu posso fazer de novo.

 – Está dizendo que... – começou.

— Que você pode tentar. – respondi-o, interrompendo-o. – Mas não vai ser fácil.

— Eu sei. – disse ele, parando o movimento que nós dois estávamos fazendo. Ele apenas, olhava-me.

— Não quebre mais o cristal que estou te dando. – disse para ele. – Apenas tente pegá-lo e quando fizer isso, segure com toda a força que você tem.

— E o Jason? – perguntou Dimitri, ainda fitando.

— Ele também vai tentar. – disse para ele. – E eu só vou parar quando sentir aquelas borboletas de novo.

— Então, podemos começar por um passeio amanhã, antes que você comece a se ocupar com o aniversário da Jade. – ele arfou. – Montana nunca foi tão agitada.

Eu sorri.

— Eu tenho esse efeito nas coisas. – falei. Ele sorriu.

— No meu coração também. – disse ele. Eu sorri.

— Tudo bem. – falei. – Me pegue às oito e eu escolho o lugar.

— Fechado. – disse ele.

Eu sorri e me afastei dele. Dando-lhe as costas para brincar com a minha filha. No caso, nossa.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostarammm?
Comentemmm!