Nunca Fui Beijada 2 escrita por Larissa Carvalho, MorangoeChocolate


Capítulo 14
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Notas iniciais do capítulo

Olá meu lindos!
Espero que gostem.
Beijinhos e amanha eu posto mais para vocês!



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— Eu não acredito... – gritou Mia no banco de trás. – Que você me fez voltar para esse circo dos horrores.

Jason gargalhou e eu fiz o mesmo. Mia tinha uma carranca. Ela tinha tido a mesma reação quando viu minha jardineira de calça  rasgada. Jason apenas riu. Riu muito.

— Nós vamos comer. – disse Jason, prestando atenção no transito do aeroporto para o bar da minha mãe. – E então, você melhora o humor.

— Não. – disse Mia. – Aqui já tem internet? – perguntou Mia.

Eu sorri.

— Sempre teve, barbie. – respondi. Ela, bufou.

— Como está a Jade? – perguntou Jason. Eu fitei-o.

— Com o pai.

Mia segurou no meu banco e colocou seu rosto entre mim e Jason. Ela pode me ver rolando os olhos para a sua reação exagerada e eu fitei-a.

— Mentira!? – gritou Mia. – Você contou para Dimitri?

— Sim. – disse eu e Jason juntos. Mia sorriu.

— Sabe qual a melhor parte disso? – disse Mia.

Jason fitou-a.

— Qual? – perguntou ele, enquanto eu permanecia calada.

— Vocês ainda podem formar a família que a Jade tanto precisa.

Eu corei.

Jason pigarreou, parecendo claramente encomodado. Fiquei com vontade de enrolar a ligua de Mia e fazer um rabo de cavalo com seus longos cabelos loiros, mas isso seria impossivel, pois ela estava no bando do passageiro.

— Acho melhor nós comermos. – disse Jason.

— Sim. – disse Mia, ajeitando-se no banco novamente. – Me deu até fome agora.

                                                  ***

Jason permanecia em silencio, enquanto Mia devorava as suas batatas fritas com cheddar que só a minha mãe sabia fazer. O bar estava cheio para o almoço, mas conseguimos uma boa mesa.

Eu e Jason ainda esperávamos nosso almoço. Ambos pediram hamburguer com batata frita e sem nenhuma salada. Isso era muito saudável para mim.

Olhei para Mia, já sem nenhuma batata em seu pratinho de plastico azul e sorri. Ela rolou os olhos, logo advinhando que eu iria pedir algum favor.

— Você poderia dar uma olhada no nosso pedido? – disse à ela. – Por favor! – implorei. Ela rolou os olhos.

Mia levantou-se da mesa emburrada, o que fez Jason sorrir. Ela foi até o balcão e sentou-se ali, conversando com um cara até que bonitinho. Voltei-me para Jason e ele me encarava com seus olhos verdes. Eu sorri.

— Não me olha assim. – disse à ele.

— Não tem outro jeito de te olhar. – disse ele. – Estou claramente apaixonado.

— Adoro homens que sabem o que sentem. – eu disse. – Principalmente se forem meus melhores amigos.

Ele sorriu, lindo. Não chegava ao sorriso de Dimitri, mas era lindo. Me fez suspirar, pelo menos. Eu sorri também e me ajeitei à cadeira de madeira, apoiando meus cotovelos na mesa, totalmente contra as regras de etiqueta de Alberta me ensinava.

— Tenho novidades. – eu disse à ele.

— Quais? – perguntou.

— Vou morar em Montana. – falei. Ele engoliu a seco.

— Quanto tempo? – perguntou sem conseguir respirar.

— Não sei. – falei. – Preciso resolver algumas coisas em Nova York e depois disso, eu não vou voltar por um bom tempo.

— Rose... – começou Jason. Mas ele próprio se interrompeu, nervoso. Passava a mãos por seus cabelos curtos e loiros e olhava para todos os lados.

— O que? – perguntei.

— Primeiro as roupas.... – começou. Eu entortei a boca. – Agora, isso...

— Não é para sempre. – falei. – É até Jade ficar grande e capaz de vir sempre que quiser.

— Isso vai levar um tempo. – disse ele.

Ficamos em silêncio por alguns minutos e então, permaneci calada. Ele abaixou a cabeça, olhou para Mia  em um papo ótimo com um cara lindo e voltou-se para mim, com um olhar diferente. Eu conhecia Jason, eu sabia que ele estava procurando uma alternativa.

— A não ser que... – começou.

— O que? – perguntei. – O que está planejando? – eu sorria, agora.

— Eu comprei uma casa por aqui. – disse ele, eu pisquei em espanto. – A propriedade dos Zecklos.

— O que? – perguntei, espantada. – Eles venderam?

— Sim. – disse Jason. – Todas as minhas propostas são irrecusáveis, Rose.

Eu gargalhei.

— Estou vendo. – murmurei. – Mas, isso significa que você pode me ver sempre que quiser. Já tem uma casa.

— Não, Rose... – falou, sério. – Isso significa, que essa casa é para você e Jade.

— O que? – peruntei. Eu estava perguntando muito isso para Jason utimamente.

Ele tirou uma chave o bolso da calça jeans preta e colocou-a em cima da mesa, arrastando-a até mim. Eu continuei olhando para a chave de boca aberta.

— É o meu presente de aniversário para a Jade. – disse ele. – E ela é de menor, então... Essa é a chave da sua casa agora, morena.

                                                         ***

Abri a porta da casa da minha mãe e dei de cara com uma Jade sonolenta e um Dimitri suado. Eu sorri. Era ótimo ver a minha filha dando um banho de rapidez em uma cara desse tamanho e tão cheio de si.

— Brincaram muito? – perguntei, pegando Jade no colo. Ela tinha um vestidinho azul com bolinhas brancas. Ela assentiu, coçando os olhinhos.

— Sim mamãe.

Eu respirei fundo, já sabendo a proxima parada de Jade. Olhei para Dimitri e sorri. Jason tinha razão, não adiantava mais esconder de Jade sua origem ou qualquer coisa do tipo. Ela nem sabia porque estava com Dimitri o dia todo.

— Pode esperar no quarto dela. – disse à ele. – É o meu antigo quarto.

— Claro. – disse Dimitri.

Ele foi a minha frente e subiu as escadas, enquanto eu arrastava Jade para um banho. Ela pareceu mais acordada depois da ducha e de eu quase esfolá-la para tirar aquela sujeira de terra.

Coloquei um pijama que estava pela sala e subi com ela já em meu colo, caindo de sono. Assim que entrei no quarto, dei de cara com Dimitri vendo uma antiga foto de quando eu estava grávida.

Eu engoli a seco e pigarrei.

Ele fitou-nos.

— Me conta historinha, mamãe. – disse Jade, enquanto eu colocava o lençol sobre seu corpinho.

Sentei-me de um lado da minha antiga cama de solteira, e Dimitri do outro. Ambos cercando Jade, como deveria ter sido durante todas as noites da vida dela.

— Hoje, nós vamos conversar. – falei. Ela intercalava seu olhar comigo e Dimitri.

— Sobre o que? – perguntou, confusa.

— Lembra que a mamãe te disse que se um dia seu papai aparecesse, você deria tratá-lo com todo amor do mundo. Assim, como trata a mamãe?

Ela balançou a cabeça para cima e para baixo, concordando.

— E se... – começou Dimitri. – Fosse eu o seu pai.

Ela deixou seus olhos chocolate brilharem para ele.

— Você é meu papai?

— Sim, Jade. – disse Dimitri. Jade sorriu, tirando o lençol de cima de si, e sentando-se.

— Então, você ama minha mamãe? – perguntou, agarrada ao seu ursinho marrom. – Como em contos de fada?

Dimitri sorriu, doce. Eu rolei os olhos.

— Contos de fada não existem. – falei. – E isso não vem ao caso, agora. – eu disse.

— Vem ao meu caso. – disse Dimitri, irônico.

— Fica quieto. – falei. Ele sorriu.

— Me cale então. – disse. Eu rolei os olhos, mas parei apenas para ver Jade revirando os olhos para mim. Eu sorri.

— Vocês são engraçados. – disse ela. Eu sorri, e Dimitri fez o mesmo. Ela encarou Dimitri. – Você é o filho da vovó Olena?

Dimitri fitou-me.

Ele sabia que Olena já conhecia Jade há bons anos e que a visitava de modo frequente em Nova York, e não se agradou nada sobre isso. Mas eu não tinha culpa se Olena acreditava na minha promeça de uma rinoplastia de emergencia caso Dimitri descobrisse.

— Sim. – disse Dimitri. – E tem a Tia Vikka também.

— Vovó Olena mostrava fotos da minha tia Vikka.

— Sim. – disse eu. Dimitri fitou-me. – Vocês eram parecidas na mesma idade.

— Não tinha parado para pensar nisso, eu sabia que conhecia Jade de algum lugar.

— Era Vikka quando pequena.

Dimitri abaixou a cabeça, triste.

— Eu nunca tive tempo para brincar com a minha irmãzinha, mas pelo motivos errados. – disse ele, olhando para Jade. – O que vai ser diferente com você, pequena.

Jade sorriu.

— Hora de dormir, garotinha. – falei. – Eu te amo. – murmurei, beijando sua testa.

Dimitri levantou-se junto comigo e beijou a testa de Jade, sorrindo para a minha garotinha em seguida. Ela era a miniatura dele e isso eu nunca poderia esconder.

— Volto amanhã. – disse ele. – Prometo.

Jade assentiu, deitando-se.

Eu e Dimitri caminhamos para fora do quarto de Jade, que era meu antigo quarto e que permanecia exatamente igual. Descemos as escadas juntos e eu abri a porta da minha casa para ele. Esperando que ele dissesse algo.

— Volto amanha, pela noite. – disse ele. Eu assenti. – Tenha uma boa noite, Roza.

— Não me chame assim. – eu disse.

— Eu poderia te chamar de várias coisas. – disse ele, olhando para as minhas pernas, descobertas por causa do short jeans, vindo de Nova York.

— Vá se danar.

— Você não pode xingar. – disse ele.

— Não na frente dela. – disse eu. Rolei os olhos e fechei a porta, sorrindo em seguida. Escutei o carro de Dimitri dar partida um minuto depois, e sorri ainda mais.

Ele leria as cartas.


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Notas finais do capítulo

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