Sem Rumo escrita por Arisusagi


Capítulo 2
Alternative Universe


Notas iniciais do capítulo

Acho que esse capítulo ficou meio estranho, sei lá @_@ Espero que seja só impressão minha.
Aliás, esqueci de explicar que o título dos capítulos é o prompt do dia.
É isso, boa leitura o/



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/671289/chapter/2

Foi em uma noite de lua cheia, há quase um ano, que o mundo virou de cabeça pra baixo.

Lobisomens. Cerca de um terço da população mundial se transformou nessas criaturas e nunca mais voltou ao normal, nem mesmo durante o dia, não se sabe como nem por quê.

Eles tomaram conta das ruas, matando humanos e devorando seus corpos sem piedade. Algumas pessoas aprenderam a lutar contra eles, mas a maioria preferia fugir e se esconder.

Desde então, Rei e Nagisa vagavam sem rumo por Iwatobi, tentando não chamar a atenção dos lobisomens nem dos malfeitores que queriam pegar o pouco que eles tinham.

— Rei-chan, achei uma lata de pêssegos.

Boa parte da população de Iwatobi fugiu para as cidades vizinhas assim que tudo começou. Isso era bom, em parte, pois assim não havia muita gente para competir por comida e abrigo.

Agora, os dois estavam em uma casa abandonada, onde encontraram uma despensa cheia. A maioria dos alimentos era perecível e já estava podre, mas alguns ainda estavam em bom estado.

Aquela parte da cidade era a que mais tinha lobisomens, mas agora ela estava completamente deserta. Julgando pelos vários cadáveres daquelas criaturas que estavam espalhados pelas ruas, alguém decidira espantá-los para outro lugar.

— Achei algumas garrafas de água. Estão lacradas, mas é melhor ferver antes de beber.

— Você vai ferver agora? — Nagisa se ajoelhou para olhar as prateleiras de baixo. — Tem um monte de latas aqui!

— Vou. Olhe a data de validade e não pegue as que estão amassadas ou estufadas, pode ter botulismo e-

— Eu sei! — Ele resmungou.

Rei usaria uma churrasqueira portátil que encontrou naquela casa para ferver a água, já que era um pouco arriscado ficar do lado de fora com uma fogueira acesa.

Ele juntou alguns jornais, papéis e qualquer coisa inflamável que encontrou por ali e foi procurar algo para acender o fogo.

Havia dois isqueiros e um acendedor de fogão nas gavetas da cozinha, mas nenhum funcionava. Se ele tivesse uma pilha e um pedaço de arame ou papel alumínio, ele poderia fazer um curto circuito, que produziria calor suficiente para queimar um pedaço e papel e-

— Achei um monte de fósforo, toma. — Nagisa saiu da despensa com uma caixa de fósforos enorme na mão.

— Ah, obrigado.

Rei acendeu a churrasqueira e encheu uma panela grande com metade de uma garrafa. Levaria um bom tempo para ferver os quatro litros e meio de água que ainda estavam nas garrafas.

De repente, o som de passos sobre a grama assustou os dois rapazes. Rei agarrou sua espingarda, que estava sobre a mesa, e correu para dentro da despensa, onde Nagisa já estava com um canivete em mãos.

Eles se encostaram nas prateleiras e ficaram em silêncio, prestando atenção nos sons. Aqueles passos pareciam humanos, mas não dava para saber quais eram as intenções daquela pessoa.

Rei encostou a bochecha no batente da porta e olhou para a janela da cozinha.

Duas pessoas vestindo roupas escuras e com mochilas nas costas passaram pelo quintal da casa. Uma delas mancava, mas não parecia estar machucada.

A outra parou por um instante e olhou ao redor. Ela tinha o rosto branco e os lábios muito escuros, talvez estivesse usando batom ou algo assim.

Seus olhos encontraram os de Rei, mesmo que de longe, mas ela não demonstrou emoção alguma.

Ele prendeu a respiração, e colocou uma mão sobre o peito de Nagisa, empurrando-o de leve contra as prateleiras, enquanto apertava sua espingarda. Ele nem fazia ideia se as balas daquela arma eram de verdade, seria ruim se aquela pessoa resolvesse atacá-los.

Eles mantiveram contato visual por pouco mais de cinco minutos, até ela voltar a andar e sair do quintal.

Rei suspirou e colocou a espingarda no chão. Seus ombros até estavam meio doloridos por causa da tensão.

— Foram embora? — Nagisa sussurou.

— Acho que sim. — Ele foi até a janela e deu uma olhada no lado de fora. Nenhum sinal daqueles dois, nem de qualquer outro ser.

— Podíamos passar a noite aqui hoje, não acha? — Nagisa voltou a separar as latas de comida.

— Sim — Rei respondeu ainda olhando pela janela. — Tem camas no andar de cima, podemos bloquear a escada com alguma coisa e dormir em um dos quartos.

Depois de semanas dormindo no chão e usando a mochila ou um monte de roupas emboladas como travesseiro, eles se sentiam um pouco empolgados em pensar que se deitariam em uma cama.

— Vou levar a comida lá pra cima e arrumar as camas. — Nagisa saiu da despensa com uma sacola cheia nas mãos.

— Ok. — Rei se encostou na pia e olhou para o seu relógio de pulso.

Era quase três e meia da tarde, se é que aqueles ponteiros mostravam a hora certa.

Levaria um tempo para escurecer, mas isso não era problema, ainda tinha muita água para ferver.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

As duas pessoas que passaram pelo quintal são o Kaito e a pessoa que está com ele na vida que usei de inspiração para fazer essa fanfic, hehehe. Pensei que fosse conseguir postar o capítulo novo em ...Qual? antes de publicar essa aqui, mas não deu, fazer o quê.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Sem Rumo" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.