Alma de Coordenadora Pokémon - Fita da Vida escrita por Kevin


Capítulo 4
Mentiras


Notas iniciais do capítulo

Salve Salve meus queridos leitores!

Quero agradecer a todos os que estão lendo, especialmente aos que estão comentando!!

E para comemorar a primeira recomendação da fic, MUITO OBRIGADO gabrielmotte, farei uma postagem extra na quarta de carnaval e garanto, vai ser um capitulo que valerá a pena.

Mas, não vamos esperar até o carnaval pelo capítulo de hoje.



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Alma de Coordenadora Pokémon
— Fita da Vida -
Episódio 03: Mentiras

 

 

 

— Para resumir, nunca vi nada mais idiota e irresponsável na vida! - Ele esbravejou a ponto de suas veias estarem a pulsar no pescoço. - Agora você pode pedir desculpas, agradecer por mais uma vez salvarmos sua vida e nos explicar o motivo de tudo o que fez. -

 

Desculpas? Será que ele se escutou nos últimos vinte minutos? Eu sei que o escutei, mesmo não querendo. Mas, de todos meus ferimentos, nenhum afetou minha audição. Eu até teria gostado, temporariamente claro!

Idiota, sonsa, louca, irresponsável, maluca, burra, suicida, ignorante e mais um monte de outros insultos que eu nunca havia ouvido falar. Claro, algumas eu até admitia combinarem comigo, amadora e inexperiente eram bem o que eu era e não iria tentar negar tal coisa. No entanto, todas as outras ninguém merecia escutar, que dirá ser chamada daquilo.

Ele enumerava cada erro que cometi desde que o conheci, a menos de vinte quatro horas, colocando diversos adjetivos que estavam me deixando não apenas chateada, mas também humilhada. Era como se eu fosse uma qualquer sendo castigada por ter cometido um crime hediondo. As primeiras palavras dele causaram um efeito paralisante em mim, não ouso nem repeti-las em pensamento! Temi que ele partisse para a agressão física, ou talvez, se eu chorasse, ele usasse aquilo contra mim.

E mesmo com todo aquele sentimento ruim que ele estava me fazendo sentir, eu não podia recriminá-lo. Eu quase matei o pokémon dele! Se eu não tivesse saído correndo, Houndoom não teria lutado contra os Ekans e assim não teria sido envenenado. Berrei por ajuda até desmaiar, impotente diante a situação. Talvez por isso eu não me defenda, não saia correndo, ou qualquer outra coisa do gênero. Deixo que ele descarregue tudo em cima de mim, mesmo eu me sentindo mal com tudo isso. Sinto-me culpada!

Já despertei do desmaio sentindo-me horrível ao perceber que fora Angel que me salvara e ao Houndoom. A sensação só piorou quando percebi que haviam tratado de minhas feridas, inclusive da perna direita. Eu temia-os e julgava-os assassinos e perigosos, mas eles me ajudaram. Cuidaram de mim mesmo não me conhecendo, mesmo achando que eu era idiota, louca e tudo mais que Aries conseguia repetir.

Talvez eu devesse mesmo pedir desculpas. Mas, quem tem força para dizer qualquer coisa depois de ouvir que você é a pior pessoa que já conheceu na vida?

 

— Tente se acalmar! -

 

Angel disse esticando o braço direito e tocando minha perna. Foi a primeira ação dela depois de muito tempo, a outra foi quando acordei, dando um sanduíche que devorei muito rápido, estava faminta e não queria dar tempo de alguém me dizer do que era. Ela esteve ali escutando tudo que aquele louco me dizia, sem fazer menção de interromper ou amenizar a situação. Imagino que ela preferia deixá-lo extravasar o que sentia com tudo aquilo e, realmente, parecia que tinha ajudado mesmo já que ele ficou mais calmo ou algo parecido com isso.

 

— Só queremos entender porque estava na floresta sozinha, sem nenhuma proteção, no meio da noite, muito longe da rota de New Bark para Pallet. -

 

Eu queria não ser tão expressiva. Sou praticamente um livro aberto, não consigo esconder sentimentos ou pensamentos. Eles perceberam de imediato que eu não sabia onde estava, por sinal eu realmente não sabia. Achei que estava na floresta que me levaria a Holly, minha cidade. Ela ficava a cerca de trinta ou quarenta quilômetros de New Bark, se usa-se rotas ou estradas. Mas, cortando pela floresta poderia chegar muito mais rápido. Holly ficava exatamente na direção contrária a uma famosa rota de New Bark em Jotho para Pallet em Kanto.

Demorei para acreditar que eu pudesse ser tão incompetente de ter pego a direção errada. Estava escuro, eu estava chorando e com a mente em frangalhos. Mas, ainda assim só bastava eu diferenciar leste de oeste.

 

— Sério que não sabia que estava fora da rota? - Aries debochou. - Achou que a floresta fechada era o caminho que as pessoas normalmente fazem para Pallet? Pensando bem, você acha que pode ir de New Bark a Pallet sem pokémon algum, então deve imaginar caminhos absurdos! -

 

Eles achava que eu estava indo para Pallet?

 

— Já disse que existem inúmeras explicações para ela estar sozinha, sem proteção e completamente atordoada no meio de uma floresta escura. - Comentou Angel virando-se para o rapaz. - Ela pode ter sido roubada, ser sonambula, ter se perdido de um grupo, ser doente… -

 

Eu estava sentindo-me horrível, humilhada e eles estavam esperando uma justificativa plausível para minha aparente loucura. Eu não podia dizer que após receber um não no laboratório do professor Elm eu fui criança em sair correndo sem perceber realmente para onde estava indo. Não, eu não podia dizer algo assim. Aries iria voltar a me humilhar!

Mas, por que achavam que eu ia para Pallet? Até eu acho um absurdo!

 

— De New Bark a Pallet é quase um mês de caminhada. - Deixei escapulir um dos meus pensamentos em voz alta. Vi que eles pararam de discutir e me olharam. Só então percebi, eles realmente acreditavam que eu estava a tentar pegar aquela rota. - Bem... Eu só queria um pokémon inicial! -

 

Tentei começar a me explicar. Era mínimo que eu poderia fazer, mas os dois me olharam e depois se olharam de uma forma com um sorrisinho estranho. Me senti ainda pior, eles me achavam uma idiota mesmo.

 

— Elm não tinha e combinou que eu poderia pegar um em Kanto! -

 

Parei de falar quando eles me olharam. Eu havia dito aquilo realmente? Eu havia acabado de mentir?

 

— Um inicial em Kanto? - Questionou Angel parecendo pensar. - Então você ia ao laboratório do professor Carvalho? -

 

Eu já tinha escutado falar nesse professor. Era um homem de idade famoso por suas pesquisas, era o homem mais notável quando se fala em pokémon. Seria um absurdo que eu pudesse pegar um pokémon inicial com uma celebridade como ele.

Eu não era mentirosa. Nunca tinha sido feliz contando mentiras, porque sou um livro aberto. Todos percebem quando estou mentindo. Comprovei que eles não acreditaram em mim pois Aries começou a gargalhar chegando a deitar-se na grama, em uma crise. Esbocei uma reação as risadas dele, mas senti minha cabeça tontear. Eu havia levado tantas pancadas pelo corpo que era milagre as dores estarem brandas. Mas, os músculos ainda não estavam prontos para uma reação intensa. Eu teria que aguentar aquela humilhação calada.

 

— Descanse mais um pouco. -

 

Angel disse dando um solavanco em Aries. A loira realmente parecia um anjo, não apenas na aparência, mas também nas atitudes. Ela não precisava, mas defendeu-me, cuidou de mim e não estava pedindo nada em troca além de uma explicação. Recompensei-a com um mentira deslavada e ainda assim ela não deixou de preocupar-se comigo.

Deitei ali onde estava, na grama, e cochilei tentando mandar para fora aquele sentimento horrível que havia tomado conta de mim com os insultos de Aries e que eu havia conseguido piorar ao mentir. Naquele pequeno cochilo eu sonhei com ventos que passavam por mim de uma forma incrível, como se eu estivesse voando. Fiquei ali entre o sonho e a realidade um tempo pensando como eu havia sido louca de achar que poderia me tornar facilmente uma coordenadora pokémon.

Nunca sonhei ser coordenadora pokémon. Não vejo nada demais no mundo de viagens de um lado para o outro, ficar se embrenhando no meio da mata atrás de pokémon x ou y esperando que ele seja o astro de seu time. Time? Não! Coordenadores não possuem time, coordenadores possuem equipe, ou talvez elenco. Holofotes, juris e outros mais não me chamam a atenção e não me lançam nenhum tipo de desafio. O que há de difícil em subir num palco e pedir para que seu pokémon execute os movimentos que já fez ensaio após ensaio? O que há de difícil em impressionar um grupo de pessoas que está ali esperando para ser impressionado?

Nunca vi nada demais na coordenação pokémon e se eu fosse obrigada a iniciar uma jornada pokémon eu faria como treinadora. Mas, confesso que há algo que jamais poderei negar, existe algo de muito belo e verdadeiro nas apresentações dos coordenadores talentosos e que dão a vida por essa profissão.

Lembro-me com perfeição da primeira apresentação que me fez sentir algo. Eu assistia televisão com minha mãe, era uma apresentação temática. Não tenho ideia do que venha a ser isso, na realidade, estou partindo do principio que ela seja baseada em um tema, mas não posso garantir de onde o tema vem. Mas, não importa, o tema visivelmente era natal e a coordenadora fez nevar em pleno palco, logo depois usou bolhas e de alguma forma algo fez as bolhas se reunirem em forma de pinheiro em volta do pokémon e então cada bolha começou a brilhar de uma cor diferente, como se fosse uma árvore de natal multicolorida.

Fiquei encantada por dias. Não tinha ideia de como a pessoa fez aquilo e pouco me importava! Eu senti algo ao ver aquilo, mesmo que fosse pela televisão. Imaginava como era a sensação de quem estava lá, na plateia.

Era estranho que eu estivesse pensando naquela apresentação, mas era uma lembrança agradável que parecia diminuir aquela sensação de vergonha e humilhação tomou conta de mim. Era uma apresentação pura e verdadeira, diferente de mim, uma mentirosa.

 

— Chegamos! -

 

A frase que eu escutei não fez o menor sentido, mas senti o chão balançar e fiquei sem entender. Abri meus olhos e me assustei ao perceber que o chão de gramas agora era beje e tratavam-se de penas. Sentei alarmada, me desequilibrei e constatei que estava no alto e caí de cara no chão.

 

— Você por acaso está namorando com o chão? -

 

A voz de Aries era irritante. Mas, acabei o ignorando porque tudo em minha volta havia mudado. Se ele falou mais alguma coisa eu ignorei, pois anteriormente estávamos em uma campina verde, a pouco mais de dez ou vinte metros da floresta em que quase me matei e o céu era azul. No entanto, a campina havia virado uma rua, a grama deu lugar a asfalto e concreto, havia casas nos ladeando ao invés das poderosas árvores. Estávamos em uma cidade, aparentemente não muito desenvolvida, mas ainda assim a floresta deu lugar a uma cidade que estava a poucas horas de receber uma pancada de chuva, pois o céu estava com nuvens cinzas.

Olhei para o local de onde eu havia caído. Ainda estava no chão, tentando compreender o que aconteceu. Sorte minha, pois teria caído novamente impressionada. Havia um pokémon gigantesco na minha frente, uma ave com cores bejes, marrons e com alguns toques de lilas e preto. Eu não me lembrava de ter visto aquele pokémon em nenhum tipo de evento pokémon, apesar da impressão de ser a evolução final de um pidgey, uma ave simpática que havia aos montes perto da minha casa, a semelhança era grande. Muitos treinadores costumam usar essa ave, até mesmo coordenadores. Mas, por algum motivo sua versão final não costumava ser usada por grandes treinadores e coordenadores.

Uma ave linda, imponente como aquela deveria ter uma força de outro mundo. Ou era difícil fazer com que ela evoluísse para tal forma ou havia algo de muito errado com as pessoas que os capturavam. Talvez, um coordenador não conseguisse usá-la nas apresentações pelo local ser fechado, deveria ser terrível para um pokémon como esse ser liberado em um local fechado.

 

— Pidgeot nos trouxe para Pallet enquanto você dormia. -

 

Angel disse aquilo sorrindo, recolhendo o pokémon ave gigante para a pokebola enquanto eu a olhava assustada. Pallet? Como eu fiquei inerte durante uma viagem de um mês de caminhada? Quanto tempo será que levava voando de New Bark para Pallet? Por que estávamos em Pallet?

Eu os vi com as mochilas nas costas, inclusive Aries carregava a minha e eles começaram a subir a escadaria de uma casa enorme. Levantei-me e quando fui tentar subir parei diante a placa que até então não havia percebido. A placa informava que ali era o laboratório do professor Carvalho.

 

— A perna dói tanto assim que não consegue subir as escadas? - Perguntou Aries parado já no meio do caminho olhando para baixo. - Se eu tiver que te carregar para cima vai ter que pagar. -

 

Olhei-o irritada e comecei a subir. Arrependimento mata, pois realmente eu não conseguia subir sem sentir minha latejar a ponto de eu ter que subir um degrau e parar nele para diminuir a dor. No entanto, eu deveria ter ficado parada, talvez ele vindo até mim eu poderia falar que menti antes de chegarmos ao laboratório, mas Angel já havia chegado no topo e já era atendida por um rapaz negro sorridente de jaleco.

Demorei para chegar lá em cima e quando cheguei algo estava muito errado. Aries Batia boca com o rapaz negro enquanto Angel tentava afastá-los. Ao que parecia, o negro cantou a loira e Aries não gostou nada daquilo e só ainda não havia partido para as via de fato pois aquele era um assistente do professor Carvalho.

 

— Que bagunça, Toody? -

 

Eu tentava recuperar-me das escadas quando outro de Jaleco branco surgiu. Era um senhor de idade que parecia não estar feliz com aquela algazarra.

 

— São esses viajantes professor Carvalho. Estão querendo um pokémon... - O assistente começou a falar, mas foi interrompido por Aries.

 

— Agora você resolve parar as cantadas e falar sobre o pokémon! - Aries virou para o senhor que fora chamado de professor Carvalho. - De o pokémon dela que nós vamos embora imediatamente! -

 

— Dar o pokémon dela? - Questionou o professor olhando para mim sem entender.

 

— Está gaga! - Concluiu Aries. - Pokémon que prometeu a ela por intermédio do professor Elm. Não me faça perder tempo, antes que eu resolva quebrar a cara desse seu assistente idiota! - Ele olhou para o assistente. - Pare de olhar para ela. -

 

E a confusão voltou com Toody e Aries gritando um com o outro, Angel tentando acalmar aos dois e o professor questionando que pokémon prometido era esse que Aries falava. Tudo aquilo por uma mentira que eu contei. Eu não sabia que eles iam me ajudar, sem me consultar, e trazerem-me até Kanto para falar com o professor Carvalho. Eles são loucos? Olha a confusão que eles criaram! Na verdade, olha a confusão que eu criei!

 

— Então vamos resolver isso com as pokebolas! - Gritou Aries já empunhando uma.

 

— Vai ser um prazer dar um jeito em quem chama o renomado professor Carvalho de gaga! - Disse o assistente mostrando que estava preparado para aquele tipo de desafio.

 

— Parem! - Eu barrei mais alto que pude, já com o rosto cheio de lágrimas. - Eu menti! Eu menti! Parem com isso! -

 

O professor olhou para mim, confuso e ainda perdido, tentando entender quem nós eramos. Aries me olhou um sorriso sacana e simplesmente me ignorou virando-se para Toody que havia até me dado alguma atenção, mas como Aries voltou a desafiá-lo de forma agressiva, ele voltou a sua decisão de travar uma batalha para resolver toda aquela contenda. A única pessoa que pareceu ficar observando-me foi Angel que após alguns instantes esticou os braços e segurou o pulso de ambos os combatentes, impedindo que eles se direcionassem para algum lugar para realizar aquela batalha sem sentido.

 

— Vocês até podem se matar se quiserem, mas não por mim. - Ela disse de forma calma. - Aries, não gosto quando faz isso. Eu sei me defender muito bem e uma garota gosta de saber que chamou a atenção dos rapazes. -

 

Ela disse aquilo tão calmamente que eu imaginei que Aries fosse simplesmente ignorar, realizar um puxão com o pulso gritar alguma coisa para ela e depois voltar-se para Toody, ainda mais irritado. Mas, o que ocorreu foi ele bufar, encarar Toody por alguns instantes e logo depois reduzir a pokebola que estava ampliada em sua mão, desistindo da batalha.

 

— Toody. Fico lisonjeada pelo interesse, mas infelizmente eu estou comprometida. - Disse Angel que fez o rapaz arregalar os olhos. - Então, perdoe-me por desapontá-lo e por qualquer ofensa que possamos ter causado ao seu professor. -

 

Toody ficou olhando de Aries para Angel durante algum tempo e até eu levei um tempo imaginando com quem ela estaria comprometida. Não podia ser com Aries, mas que outro motivo teria para alguém como Angel viajar como um louco como Aries? Que outro motivo o moreno de olhos brancos loucos teria para agir com tantos ciúmes?

 

— Desculpe-nos professor. Foi apenas um mal-entendido. Não vamos mais incomodar! -

 

A loira despediu-se com um reverência ao ancião dos pokémon e começou a nos empurrar para fora do local. Eu então entendia o que estava acontecendo até chegar a metade das escadas, onde vi uma aglomeração de pessoas e uma policial. A gritaria criada por Aries chamou a atenção das pessoas que, provavelmente, acionaram a policia.

Eu, que estava no topo da escada, não percebi. Aries estava completamente entregue a sua próxima guerra particular, mas Angel percebeu aquilo e viu que tudo ia acabar mal. Eramos forasteiros na cidade e o professor e seu assistente, no mínimo, eram muito respeitados, para não dizer queridos e celebridades. Acabaríamos presos se as coisas continuassem a correr daquela forma.

Angel era incrível. Ela conseguiu controlar a confusão com rapidez e velocidade, tinha um pokémon super forte e habilidoso com o tal Pidgeot, chamava a atenção dos rapazes e sabia lidar com isso com uma naturalidade que eu nunca vi na vida, e ainda conseguia controlar o namorado louco. Mais do que isso, ela fez tudo isso enquanto acabava de dizer que havia mentido para eles. Ela tinha uma calma e maturidade que eu adoraria ter.

Chegamos aos pés da escadaria. Com a confusão finalizada as pessoas pareciam estar se desinteressando. A policial ganhou as escadas, certamente para averiguar o ocorrido com as pessoas que ela confiava e nesse momento Angel se virou para mim. Eu precisava dizer algo, certamente sobre a mentira. Mas, a primeira coisa que vinha na mente era sobre o que ela acabara de fazer. Eu estava impressionada.

 

— Você é incrí... -

 

Não consegui terminar a fala. Meu rosto contraiu-se ardendo e ficando vermelho devido a força do tapa que recebi naquele momento. Eu caí no chão, já que o corpo já estava todo dolorido.

Mentira conforme o dicionário é o ato de iludir, de faltar com a verdade e enganar a outro. Não foi, nem de perto, o que quis fazer. Eu só queria ocultar a verdade, mas acredito que ocultar e mentir, em certas momentos, tem o mesmo peso.

Talvez por isso aquilo estivesse acontecendo. No meio de todas aquelas pessoas desconhecidas, enquanto eu a elogiava, Angel deu um tapa na minha cara.


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Notas finais do capítulo

Qual será a próxima trapalhada de Mirian?

A Introdução dos personagens e da fic está acabando (como eu disse eu precisava de cinco episódios para preparar tudo)!!

Talvez possam estar achando a introdução lenta, mas acreditem...Esse tapa muda TUDO!



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