Perdida em Crepúsculo: além do sonho. escrita por Andy Sousa


Capítulo 9
Medo.


Notas iniciais do capítulo

Esta temporada terá algumas diferenças bem chocantes quando comparada à primeira. Mas eu já dei pistas, quem for bem observador já deve ter percebido o tipo de coisa que vem pela frente. Vocês sabem, eu amo um drama :)
Boa leitura!



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Aneliese PDV

"Desejei tudo que nunca tive
Como o amor que vem junto com a vida.
Eu senti inveja e odiei isso.
Eu tinha uma passagem só de ida
Para um lugar aonde todos os demônios vão.
Sem esperança, apenas mentiras
E você é ensinada a chorar no travesseiro.
Encontrei um consolo no lugar mais estranho,
Bem no fundo de minha mente.
Vi minha vida no rosto de uma estranha e era o meu.
Você levou tudo, mas ainda estou respirando.
Eu cometi todos os erros que se pode cometer.
Eu peguei o que você deu,
Mas você nunca percebeu que eu estava sofrendo.
Eu te disse que nunca seria esquecida.
Eu sobrevivi, estou viva."

Alive - Sia

~*~

Meu Deus, não podia ser! Estávamos mortas.

Minha primeira intenção foi correr desesperadamente, correr para longe, desaparecer, mas não houve sequer movimento, eu estava paralisada e era por causa do medo; eu sabia que por mais que fugisse estava fadada ao fracasso.

Lauren também estava em silêncio, mesmo sem saber que a nossa frente estava um predador cruel ela ficara assustada, não era comum pessoas pararem as outras assim se não tivessem intenções ruins em sua cabeça.

Victoria riu e era como se o sangue tivesse congelado em minhas veias.

— O que foi meninas? Eu e meus amigos só queremos conversar.

Ao dizer estas palavras mais uma risada se fez ouvir, era debochada e nada agradável e James então surgiu ao lado da companheira.

— Elas estão te dando trabalho? – Indagou.

— Não, elas vão ser boazinhas, não vão?

— Talvez seja melhor irmos para um lugar mais reservado.

Essa terceira voz soou às nossas costas e ao nos virarmos o último integrante do trio nos fitou e sorriu gentilmente.

— Vejam bem – continuou Laurent – nós temos algumas coisas para tratar com vocês, mas prometemos que não seremos maus caso se comportem. Vocês entendem?

Senti um movimento ao meu lado e me virei no momento certo de segurar Lauren pelo braço e fazê-la ficar.

— Me solta Aneliese, eles são loucos!

Forcei mais o aperto e a olhei nos olhos:

— Se você fizer isso eles vão nos torturar até a morte.

O que queria era passar confiança através de minhas palavras, mas minha voz só soou como um lamento, eu não podia conceber que aquilo estivesse mesmo acontecendo, sozinhas com três vampiros famintos – eu notara o negror sem igual em seus olhos – e nenhuma chance de sobreviver. Tudo se passou tão rápido que eu simplesmente não podia aceitar, mas sabia o que me esperava, sabia o que esperava a nós duas e o único pensamento que pude sustentar foi de que devia tentar adiar o acontecimento.

— Aonde vocês querem nos levar?

James riu.

— Vamos dar um passeio, tá legal? – Sugeriu Victoria.

Chegou até nos e começou a andar, respirei fundo e tratei de segui-la, ainda segurando o braço de Lauren e a forçando a ir junto. Eu esperava que ela em algum momento pudesse entender que só fazia aquilo para evitar ter uma morte horrível, ela pensava que eles eram apenas humanos, que estavam fora de si... Ela sequer podia desconfiar o quão errada estava.

Meu cérebro trabalhava com rapidez exagerada, mas eu não dava bola a nenhuma das maneiras que ele tentava me mostrar para fugir, aquilo era apenas meu subconsciente pressentindo o perigo e querendo se defender. Eu ainda raciocinava e compreendia que não havia saída.

Eu iria morrer? Era isso? Não parecia ser real, mas o que mais poderia significar aquele cerco de assassinos?

Enquanto caminhávamos me forcei a pensar em coisas boas. Podia soar sandice, podia dar a impressão de que estava sendo pacífica, mas qual era minha escapatória? Gritar? Chorar? Implorar? Não tinha jeito. De repente saber tanto sobre os vampiros e sobre aquela história não parecia mais tão divertido. Eu já sentira a crueldade destes seres, mas havia ficado viva, contudo agora era diferente, agora eu seria uma vítima fatal.

O que será que farão com nossos corpos?

Lá se ia minha tentativa de manter pensamentos felizes...

Agora só o que via era Charlie, como xerife ele se envolveria pessoalmente no caso. O que faria quando descobrisse que eu estava morta? Como reagiria? E então me lembrei de meus pais. Eu os deixara para viver o que achara ser um sonho e agora sentia o gosto amargo do arrependimento queimando em minha língua. Eu me entregara para a morte, eu era a única culpada.

Mas isto não é real. É uma história, estas são páginas de livro, isto não pode ser real!

Tantas vezes eu me convencera do contrário, de nada adiantava agora tentar pensar de outra forma. Porque diabos eu viera para cá se no final iria perecer?

Quis poder ver minha família uma última vez e dizer que os amava. Quis poder dizer o mesmo a Charlie e a Jacob... Pobre Jacob! Porque eu não dera um jeito de trazê-lo comigo hoje? Sequer passou pela minha cabeça me preocupar com a segurança. Todo o cuidado que o xerife sempre tivera não fora equivocado, todavia nem mesmo o spray de pimenta que ele uma vez me dera teria efeito nesse caso; sequer estava com ele, havia deixado a bolsa no carro junto com as compras, só trouxera comigo minha carteira. Ao menos estava em posse dos documentos, caso houvesse problemas em identificar meu corpo...

Mas que merda, eu ia morrer!

Respirei fundo estremecendo da cabeça aos pés, adentrávamos um beco escuro e afastado, um lugar próximo às docas, mas vazio. Sem testemunhas.

Só então eles pararam e os imitamos, peguei a mão de Lauren e a apertei, ela não sabia o que aconteceria e achei melhor assim, talvez pudesse partir em paz.

— Ótimo. Vocês foram obedientes e eu gosto assim – elogiou James com a voz rouca.

Os três me mortificavam de medo, mas ele era o pior, pois não só matava para se alimentar, ele gostava do sofrimento, ele era sádico.

— O q-que vocês vão fazer conosco? – Sondou Lauren.

Prendi meus lábios tentando não me desfazer em lágrimas, eu sabia a resposta para aquela pergunta.

— Vamos ver, acho que há o suficiente para nós, mas acredito que não se importem que eu faça as honras desta vez – comentou James.

Ele inspirou profundamente e seus olhos recaíram sobre meu rosto.

— Você se machucou?

Sua concentração passou para meu braço e eu sequer consegui respirar.

— O cheiro é muito bom – ele realmente acreditava que se tratasse de um elogio. – Sabe, nós estávamos indo para o norte, íamos nos distanciar deste lugar, mas enquanto viajávamos essa brisa forte trouxe este aroma até nós. Consegue acreditar? E nós meio que hmmm, não fizemos a refeição antes de sair.

Cobri a boca com a mão e ele riu perversamente.

— Como falei é um cheiro bom. Não há mais porque perdermos tempo, vamos começar por você – apontou rapidamente para mim.

— Como assim? Liese, do que ele está falando? Que cheiro é esse? É seu perfume? O que você quer com ela seu pervertido? SAIAM DE PERTO DE NÓS! SOCORRO...

MAS QUE MERDA, LAUREN!

James vinha em minha direção quando o pânico tomou conta dela e então num só movimento ele a pegou pelo pescoço, ergueu e lançou no chão, a cabeça batendo com violência na madeira em um ruído seco.

Eu gritei sem ter chance de me conter e olhei para eles atemorizada.

— James.

Laurent parecia querer repreendê-lo, mas o fez de uma maneira pouco convincente, parecia medir o tom. Seria receio? Se até mesmo ele se continha significava que eu não errara em querer aquele homem bem longe de mim.

— Não gosto quando esses humanos tentam demonstrar coragem, esse desespero patético por atenção, o apelo por ajuda. São coisas que me aborrecem, sabe? – Me olhou, mas eu não disse nada e ele insistiu: - SABE?

Eu comecei a chorar e assenti minimamente, ele era muito perigoso, era dissimulado. Agora seria só uma questão de tempo até me matar. Havia feito aquilo com Lauren sem sequer fazer esforço e não demonstrou nada ao ver sua silhueta imóvel, eu não sabia se ela ainda respirava, mas evitava pensar no pior.

Ela está bem, vai ficar tudo bem, nós vamos ficar bem.

Nunca mais eu veria as pessoas que amava. Aquele era o adeus.

Então a conversa que tivera com Edward na madrugada outra vez invadiu minha mente, eu não havia me esquecido de nada e duvidava que um dia fosse esquecer. Cada coisa que ele dizia tinha a capacidade incrível de ficar grudada em meu cérebro como uma tatuagem.

“Porque dificulta tanto as coisas? Sabe que a amo, sabe que a quero mais que tudo. Errei, mas estou implorando que me aceite de volta. Você vai mesmo esperar? Vai se convencer de que não há esperanças? Aneliese o tempo passa rápido. Jamais desistirei de você, mas talvez depois não seja mais tão fácil perseguir a felicidade. Lembre-se de que nenhum de nós sabe o que o destino reserva.”

Que droga!

Droga, droga, droga.

Ele estava certo, não havia como saber o que o futuro reservava, mas jamais pude esperar ter de encarar isso. Eu não havia pensado em Edward enquanto caminhava em direção ao fim, não havia pensado nele quando ouvira minha sentença, não havia pensado nele quando quis me despedir. E eu sabia exatamente por que.

Não era porque gostasse dele menos do que dos outros, não era porque Edward não significasse nada ou não fosse mais importante para mim. Tratava-se do contrário. Eu não quis lembrar seu rosto porque era impossível acreditar que não o veria mais.

Eu não podia dizer adeus.

“Perder você. Não há nada mais capaz de acabar comigo.”

Se ele tivesse sido real no que dissera então algo muito triste o aguardava, se de algum modo sentisse algo verdadeiro, se fosse capaz de me amar com todo seu coração, se eu significasse para ele o que um dia quis significar então ele sofreria quando se desse conta de que eu não estava mais por perto.

Num surto de rebeldia admiti para mim mesma que pouco me importava a verdade, pouco me importava saber se ele me queria ou não. Os únicos sentimentos com que quis me preocupar eram os meus.

E eu sentiria a falta dele onde quer que estivesse.

Não era como se James tivesse demorado em se ajeitar e recomeçar a andar em minha direção, não era como se estivéssemos muito longe um do outro, na realidade o que se passava era que meu raciocínio havia se tornado veloz por conta da adrenalina.

— Onde estávamos? - Ele pegou meu braço e o levantou, trazendo-o para perto do rosto. – É melhor você fechar os olhos – aconselhou com uma risada.

Não entendi o motivo de tê-lo obedecido, mas pareceu ser o certo. Eu não queria ver nada. Muito menos sentir, se tivesse sorte seria rápido e eu não sofreria.

Então ouvi um barulho repentino e muito próximo e me pareceu ser alguém grunhindo, em seguida escutei um baque alto e surdo. Quando olhei surpreendida quase não pude acreditar. Será que eu já havia morrido? Será que estava imaginando coisas?

Edward estava a minha frente parcialmente abaixado em uma posição defensiva e seu rosto distorcido em fúria. Mas onde estava James? Curvei um pouco minha cabeça e então o avistei de pé próximo a uma parede suja, sua face era de puro ódio. Laurent e Victoria não haviam se movido, mas quando ousaram se mexer estancaram no lugar e olharam para o horizonte, um segundo depois entendi o porquê de sua hesitação.

Edward não viera sozinho. Num piscar de olhos Emmett, Rosalie, Jasper e Alice surgiram próximos a mim, rodeando meu corpo e o de Lauren. Em seguida eles não estavam mais lá e ao procurar vi que tampouco os nômades, todos eles haviam desaparecido.

Três pessoas restaram. Lauren, eu e...

— Edward. Edward!

Ele se virou e o abracei com força como se ele também pudesse sumir sem que eu percebesse. Havia um som alto e entrecortado e era choro, meu choro. Era estranho, eu não imaginei poder estar tão abalada, mas não conseguia conter as lágrimas ou os gemidos, apenas agarrei sua camisa e enterrei meu rosto nela lamentando os últimos minutos. Eu estava viva.

— E-Eu... – Mal consegui formar uma frase, os soluços irrompiam por meu peito descontroladamente.

— Está tudo bem. Eu estou aqui. Shhh está tudo bem.

Eu pensei que não fosse te ver nunca mais, eu achei que este era o fim, eu não queria dizer adeus, eu não queria...

Eu sentia o frio em contraste com a pele de meu rosto, o perfume suave que emanava dele parecia penetrar meus poros e me acalmava como se eu estivesse medicada. Minha mente havia guardado as cenas mais bonitas para depois. Eu só podia ver um rosto lindo de tirar o fôlego e sentir carícias e ansiar um beijo que jamais viria... Mas mesmo o impossível parecia ser a parte mais doce do universo agora.

Algo se moveu próximo a nós e me encolhi por reflexo.

— Os outros ainda estão no mar. – Era a voz de Alice, eu não havia percebido que meus olhos estavam fechados, mas não quis abri-los com receio do que iria ver. – Ela está respirando?

De quem ela falava?

— Sim, está, mas temos de levá-la ao hospital imediatamente.

— Chamei a ambulância, eles devem estar quase chegando.

— Sim, é o melhor. Vou levar Aneliese embora, você fica aqui?

— Não. – Finalmente eu juntei um pouco de calma e falei. Enxuguei freneticamente o rosto com as mangas da blusa. – Eu q-quero ficar com Lauren.

Havia me esquecido dela, eu era uma pessoa horrível. Mas ela estava viva e isto era uma ótima notícia, eu não me esquecera do que James falara, a culpa pelo que nos acontecera era completamente minha. Se eu não tivesse perdido o controle aquele dia com Edward, se não tivesse passado dos limites e tivesse agido de um jeito maduro nada disso teria acontecido, eu iria arcar com as consequências.

— Liese esta não é uma boa ideia.

Focalizei Alice e notei que seus cabelos estavam molhados, com certeza havia acabado de sair da água. Não deixava de ser bonita mesmo assim.

— Tudo bem, se ela quer ficar, deixe-a. – Interviu Edward. Colocou as mãos sobre meus ombros e os segurou com firmeza. – Me escute Aneliese, quando a ambulância chegar eles lhe farão perguntas e você dirá que foram surpreendidas por alguns garotos bêbados.

— É uma boa explicação – concordou Alice. – Você pode dizer que eles as perseguiram até aqui, diga que Lauren caiu enquanto corria e bateu forte a cabeça e isto os fez se afastar. Você tem de se lembrar de falar sobre a queda, pois não sabemos se houve danos.

— Você entendeu Liese? Não poderemos ficar aqui, seria muito suspeito, mas se quer permanecer terá de interpretar bem e será uma mentira que irá perdurar. Pode fazer isso por nós?

— Por vocês?

Ele suspirou e baixou a cabeça, parecia frustrado.

— O que foi? – Eu não compreendia.

— Liese, vocês foram atacadas por vampiros. Como irá encontrar uma maneira de explicar isso? E se você não concordar em mentir então irá destruir nosso disfarce – esclareceu Alice.

Eu sentia um vinco profundo se formando em minha testa.

— Acham que vou entregá-los?

— É uma possibilidade.

— Não vou fazer isso. Não poderia... De qualquer jeito se sequer suspeitam que eu represente ameaça porque não fazem algo? Vocês podem me silenciar, esta é a cena do crime perfeito, jamais seriam pegos.

Eles se entreolharam e suas feições demonstravam espanto.

— E quem de nós você acha que seria capaz de fazer isto? – Questionou Alice de um jeito que indicava que minha sugestão não passara de uma besteira.

Juntei meus lábios e guardei as palavras, desviei o olhar e procurei respirar e aquietar meus nervos, estava sendo um dia muito longo.

— Estamos pedindo que, por favor, mais uma vez você guarde nosso segredo – completou Edward.

Nenhum deles seria capaz de matar você. Não mais.

Será que um dia haviam sido? Queria pensar que não, pois me sentia grata por ter sido salva, mas aquele sábado não havia se apagado de minha memória e ainda se tratava de algo bem ruim.

— Se eu dissesse algo o que fariam?

Assim que verbalizei as palavras quis poder voltar atrás, mas o estrago já havia sido feito.

— Nós teríamos de fugir, trocar de identidade e nos esconder, provavelmente sairíamos do país e esperaríamos alguns anos até que fosse seguro voltar à vida comum.

— Vocês partiriam?

— Imediatamente.

Edward havia sido o único a falar, Alice permanecera em silêncio de braços cruzados e se balançando de um pé para o outro impaciente. Era apreensão, eles achavam que eu ia contar. Esperei que fosse demais, que qualquer um dos dois me acertasse com um golpe, consegui imaginar perfeitamente meu corpo inerte ao lado do de Lauren, mas minhas ideias se mostraram infundadas quando notei que não aconteceria nada.

Ouvimos o som da sirene ecoando ao longe e cada vez se tornando mais pronunciado.

— Temos que ir.

Edward se voltou para mim uma última vez.

— Vou estar por perto todo o tempo, mas a esta altura meus irmãos já devem ter alcançado os agressores, então não deve mais haver perigo. Você vai ficar bem, vou garantir que esteja segura.

— Obrigada.

Ele assentiu e olhou para a irmã, Alice me acenou uma despedida e então eles sumiram assim como os outros. Caminhei até Lauren e me sentei ao seu lado, fiquei observando o movimento mínimo de seu corpo enquanto seus pulmões se expandiam e contraíam em suaves respirações. Era melhor do que eu poderia esperar, nós estávamos a salvo, era só o que importava.

A ambulância adentrou a única rua que margeava o cais e veio até nosso encontro numa velocidade exagerada, os faróis me cegaram momentaneamente e o feixe de luz me ajudou a deixar para trás o terror.

Tudo estava terminado.


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Notas finais do capítulo

Essa foi por pouco. Quero um Edward pra ser meu herói, onde compro um?



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