Jon encaminhou-se até la com seu cavalo, orgulhoso por poder compartilhar daquelas belezas únicas com a única mulher bela que reconhecia, sua esposa. Parou no cume mais alto do mirante e a brisa batia agradavelmente contra o rosto de ambos, ele carinhosamente afastou os cabelos de Dany para o lado e colocou seu queixo no ombro delicado. Fechou os olhos e por um segundo tornou-se completo. Dany parecia estar tentando localizar-se enquanto sentia Jon a envolvendo num caloroso abraço.

— Posso olhar agora? - Disse quase impaciente.

— Permita-me. - Jon tirou a venda com toda a calma.

Os olhos de Dany foram acolhidos pela luz do fim de tarde, ela se fascinou com a vista a sua frente. O Sol aos poucos ia chegando perto das águas azuis e ver dali a imensidão de tudo o que era deles, chegava a emocionar seu coração.

— Jon, isso é tão bonito. - Ele mais uma vez apoiou o rosto sobre o ombro dela sorrindo. - É maravilhoso.

— Quando estive aqui mais cedo, percebi que era maravilhoso. - Viu Daenerys olhá-lo com atenção, tão próximo de seu rosto. - Mas peço perdão, minha rainha.

— Porque, meu rei? - Quis entender.

— Porque esse lugar não teria beleza alguma sem sua presença. - Dany sorriu e o beijou.

O beijo apaixonado e lento, abriu o coração de Dany como uma espada afiada. Ela realmente queria fazê-lo feliz, muito mais do que ela pudesse ser. Jon interrompeu o beijo para descer e desmontá-la, sentando-se escorado a uma árvore, com ela em seus braços. Logo o beijo voltou-se intenso e ele a deitou, ficando por cima. Nenhuma palavra foi dita, porém os corpos diziam sim, as bocas suplicavam irrompidas pelo que viria.

— Preciso pegar as mantas. - Ela o puxou de volta.

— Que objetivo teria? Quero que o crepúsculo nos ilumine, que a relva seja nosso leito, e em certa altura da noite, as estrelas, nosso teto.

— E o calor? - Jon colou sua testa a dela.

— Temos um ao outro agora.

Dany tirou a camisa de Jon enquanto contemplava o sol brilhando em sua pele. Jon pegou seu rosto e a trouxe para um beijo suave, lento. Abaixou lentamente as alças do vestido e puxou-o para vislumbrar os seios. Ele beijou cada um deles, enquanto Dany espreguiçava seu corpo deleitosa. Ela não queria esconder seus gemidos, não queria parar de chamar seu nome; Jon, a mais linda melodia, a palavra mais natural do seu ser.

Ele tirou suas calças depressa e depois o vestido de Dany. Ambos nus em pleno verde, no paraíso de seus desejos.

Dany o deitou e beijou o peito nu, trilhando caminhos luxuriosos em cada traço do tórax perfeito. Jon suspirava sem entender se sonhava ou vivia em seu corpo que estava a mercê dos lábios da esposa. Ele levou os braços a cabeça enquanto sorria, o lobo queria se soltar a cada milímetro em que os doces lábios desciam por sua pele. Ele lutou para prendê-lo, queria que aquilo fosse calmo, apaixonadamente sereno e terno. Dany envolveu-o em sua boca com maestria, provocando-o. Ela deu um pequeno tapa na nádega de Jon e ele sorriu travesso, sabia o que ela queria, sabia que queria o lobo, porém não daquela vez, não seria um bruto inveterado com ela. Levantou-se antes que ela conseguisse o feito e a encaixou em seu abraço, em seu colo e a olhou profundamente. Ele pegou a delicada mão e a beijou, ali ele deixou seu coração livre de medos e o mundo se abriu diante dele.

Jon penetrou devagar e suas investidas foram lentamente despertando o prazer mais intenso. Dany sorria brilhantemente cada vez que sentia Jon mais fundo. Os beijos de Jon a deixavam mais quente, algo que ela não pensou ser possível, as línguas se entrelaçavam com paixão e as mãos tomavam vida própria. Ambos arfavam um romance intenso, inspiravam o perfume da paixão e embebedavam-se em suas próprias vontades, nos olhos um do outro, nas almas que se tornaram uma só. Jon não aumentou a velocidade das investidas, queria amá-la lentamente, pedaço por pedaço. Enquanto o fazia, colocou um dos seios de Dany na boca e mordiscou. Ele sentiu a cascata de cabelos prateados cair sobre seu braço e o arranhar das unhas da amada em suas costas e ombros, a ponto de entrar no caminho do deleite absoluto nos braços do marido.

Ela o olhou nos olhos e do fundo se sua garganta, saíram seus mais avassaladores gemidos. Gritou gradativamente a beira daquele precipício e saltou de olhos fechado, sentindo-se abandonada naquele amor completo, transbordando-se de delírio e desejo. Jon trincou os dentes quando sentiu-a apertar-se contra sua masculinidade, a beijou profundamente para selar um ato de amor de uma forma definitiva. Nada quebraria o encanto de amar Daenerys, nem mesmo a eminência da morte, sendo ela a face da vida, sua vida.

Deitaram-se abraçados e olhava o colorido céu ao seu redor. As estrelas chegavam intimamente para vislumbrar ambos ali entre risos e abraços demorados. Daenerys sentia-se diferente, não saberia explicar, mas sabia que quando Jon adentrou aquela sala e com ela teve aquela intensa noite de amor, algo a acendeu interiormente. Ele levava consigo uma magia, magia que só havia sentido com seus dragões e, por isso poderia dizer que havia nascido de novo, porém o fogo que a envolvia era o amor.

— Foi maravilhoso. - Seu olhar brilhava mais do que as estrelas do céu.

— Você é maravilhosa. - Ele acariciou o rosto dela e beijou sua testa. - Eu amo você.

— Eu te amo mais. - Ela encostou os narizes e deu um beijinho na ponta do nariz de Jon logo em seguida.

Jon foi até o cavalo e retirou algumas cestas, pegando também as mantas. Ele enrolou ambos e abriu cestas com várias frutas exóticas e afrodisíacas. Fez Dany provar todas e inclusive deu-as em sua boca.

— O Alto Septão disse que os casais precisam comer coisas afrodisíacas para a noite de amor do equinócio de verão. - Ele lhe lançou um olhar quente. - Dizem que elas fazem o casal resistirem a noite toda.

— Então é melhor comermos tudo, pois esta noite quero ser sua até o amanhecer.