Ondas de uma vida roubada escrita por Maresia


Capítulo 68
Não desisto!


Notas iniciais do capítulo

Peço desculpa por ter tardado na publicação do capítulo, porém o meu emprego impede-me de escrever com tanta regularidade.



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Steve acordara sobressaltado, o choro da pequena Aurora inundava o seu apartamento como uma brutal chuva de estrelas, o herói levantou-se aos tropeções, estava habituado a acordar de milhares de maneiras, contudo nunca despertara com o choro de um bebé, todavia a sensação era maravilhosa, provavelmente ainda restava tempo. Gentilmente pegou a menina nos seus braços, acariciando-lhe os fofos cabelos, talvez ela assim parasse de chorar, dirigiu-se à cozinha e preparou-se para dar o biberon do leite, pegar num biberon não é a mesma coisa que pegar num escudo, mas não deve ser assim tão diferente, pensava enquanto se sentava no sofá.

— Tu tens fome não é princesa? - Perguntou o louro francamente apreensivo. - Vamos lá beber o leitinho todo!

Depois de diversas e desesperadas tentativas, a menina não pegava no leite por nada deste mundo, continuando a chorar a plenos pulmões como se estivesse na iminência de uma catástrofe mundial. Steve tentava inutilmente limpar-lhe os pequenos e chorosos olhinhos, porém a torrente de lágrimas era infinita tal como as gotas de prata que cobrem o firmamento.

— Bolas a Diana ainda não chegou. - Lamentou-se o Capitão completamente frustrado, realmente estava perdido, não sabia como reagir ao constante choro da bebé. - O que se passa contigo pequenina? Dói-te alguma coisa? - Perguntou, desistindo de lhe dar o biberon, embalando-a carinhosamente nos seus braços. - Tenho que ligar à Diana, eu sozinho não consigo. Espera lá, mas que cheiro é este? - Interrogou-se confuso, sentindo um odor suspeito invadir as suas narinas. - Bolas, já percebi. - Disse, erguendo-se do sofá, caminhando em passo apressado até ao seu telemóvel.

Clint e Diana aninhavam-se no confortável sofá, os seus lábios permaneciam colados pelas inquebráveis cordas do erro e da paixão, pareciam estar completamente trancafiados num mundo especialmente personificado para eles dois, onde nada nem ninguém possuía a capacidade de penetrar, um mundo perfeito e quente, capaz de derreter as suas divergências, desconfianças e atritos, um mundo de onde eles não pretendiam sair.

— Espera Clint. - Pediu Diana em voz abafada, pois o seu telemóvel rompera a barreira prateada do seu mundo perfeito e encantado, um mundo mágico e saboroso que buscava desde que era criança e que teimosamente lhe fugia por entre os dedos, fazendo-a prisioneira daquela realidade inconstante e conturbada. - Tenho mesmo que atender, desculpa.

— Tinha que ser o Cap! - Exclamou o Arqueiro maldisposto, reparando no nome que anunciava a chamada. - Mas o que é que ele quer afinal de contas?

— Não sejas parvo, para falar a verdade nem sei o que estou aqui a fazer! - Retaliou a jovem irritada, desenlaçando-se dos braços que a prendiam fortemente à perfeição trémula e difusa do seu tão desejado Olimpo. - O que se passa Steve?

— Diana, a Aurora está a chorar sem parar, acho que precisa que lhe mudemos a fralda, vem para cá por favor! - Pediu Rogers em tom urgente, como se mudar a fralda a um bebé fosse uma tarefa tão temida que colocava o Capitão América a tremer.

— Fica calmo, eu vou já! - Disse a morena em tom apressado. - Quinze minutos estou aí, brinca com ela entretanto, pode ser que ela pare de chorar. - Sugeriu a morena em voz serena, compreendia na perfeição o pânico que involuntariamente domava Steve, não o censurava.

A adolescente ergueu-se do sofá, mais uma vez as suas emoções viajavam através de um turbilhão de fogo e água, dúvida e lamento, amor e ódio, partida e permanência. O Arqueiro fitava-a tristemente, estava revoltado, todavia o seu poderoso amor mantinha-o firme e tranquilo.

— Quem é a Aurora? - Questionou o louro curioso.

— Uma bebé. - Respondeu a morena insegura, não tinha a certeza se aquela seria a resposta mais apropriada para o momento.

— Ok, já percebi tudo, afinal não foste tu que fizeste figura de estúpida, fui eu! - Retaliou o Gavião completamente domado pela raiva e pela humilhação.

— Clint vá lá sê racional. - Censurou a Sereia em voz entediada, alisando os seus cabelos de chocolate com as finas pontas dos seus dedos.

— Então explica-te, como é que esta bebé apareceu subitamente na tua vida, e porque é que ela está com o Steve? Tens que concordar que é pelo menos estranho. - Atirou o mestre das setas em tom de desafio.

— Não te devo explicações, adeus! - Ripostou Diana com a sua voz emoldurada por milhares de punhais incandescentes, virando as costas à fraca esperança que ainda se aninhava no seu coração, abriu a porta e encarou aqueles degraus que temporariamente foram o seu passeio da felicidade.

— Diana escuta, eu amo-te! Não vou desistir de ti, não vou! - Gritou Clint de forma determinada, vendo a sua linda Sereia deslizar rapidamente sobre os degraus do seu prédio, aqueles beijos deram-lhe as certezas que há muito estavam perdidas na escura colina da dúvida.

A Vingadora adentrava pelo prédio de Steve a grande velocidade, não reparando no estranho homem que se escondia nas sombras sinuosas do seu passado, um passado tão presente como as feridas que lhe desfaziam a mente em milhares de novelinhos de dor e sofrimento.

— Vejo que estás bem. - Murmurou o caminhante das sombras em voz aliviada, vendo Diana perder-se no hall de entrada mal iluminado.

— Steve já cá estou! - Exclamou a jovem, correndo atraída pelo constante choro de Aurora até ao quarto do capitão.

— Finalmente, ajuda-me. - Pediu Rogers desesperado, embalando a bebé nos seus braços.

— Precisamos de lhe tirar esta fralda malcheirosa! - Exclamou a morena sorridente, tapando o nariz.

— Sabes como se faz isso? É que eu não faço ideia. - Perguntou o louro completamente atarantado, todos aqueles delicados procedimentos eram uma grande e complicada novidade.

— Claro que sim. Quando estava no orfanato mudei tantas, já sou profissional nesta área. - Respondeu a Vingadora feliz, recordando os tempos em que ajudava a sua querida Madame Lisa com as inúmeras crianças do orfanato Spring.

— Claro. - Murmurou o Capitão tristemente, o seu lindo sorriso fora roubado pelas trevas e pelo esquecimento. - Vamos a isto.

Nos minutos que se seguiram, Diana, com a desajeitada ajuda de Steve, mudara a fralda da pequena e aflita Aurora, deixando-a muito cheirosa e confortável, dormitando suavemente sobre a cama do louro, voando tranquilamente na frescura perfumada do seu profundo respirar.

— Correu bem o que foste fazer? - Interrogou Steve preocupado, apesar da adolescente aparentar estar calma existia algo de pesado no seu rosto que não o enganava.

— Simplesmente correu, nem bem nem mal. - Respondeu a morena em voz evasiva, tentando evitar que a conversa recaísse sobre aquele delicado assunto.

— Certo, já entendi, quando quiseres falar eu estou aqui. - Disponibilizou-se o louro em voz amável, fazendo uma festinha no rosto cansado de Diana. - Tu podes dormir com a Aurora na minha cama, eu fico no sofá.

— Obrigada, até amanhã. - Despediu-se a adolescente, lançando um enorme bocejo na atmosfera.

No dia seguinte, Diana acordou mais tarde do que realmente pretendia fruto do cansaço provocado pelas fortes emoções da noite anterior. Ergueu-se suavemente da cama, numa tentativa de não acordar Aurora, que dormia como um anjo nos ternos braços de Morfeu. Vestiu-se, penteou os cabelos com os dedos, lavou a cara e caminhou até à sala onde Steve ainda repousava tranquilamente no mundo dos sonhos.

— Talvez seja melhor trazê-la para aqui. - Pensou a adolescente, retornando ao quarto para colocar Aurora junto de Rogers. - Tenho que trazer pão, compota, leite e alguma papinha de bebé, não me posso esquecer. - Listou, enquanto entrava no seu carro queimado pelo sol. - Precisas de uma pintura nova meu amigo!

Quando a morena regressou ao apartamento do Capitão, deparou-se com uma cena simplesmente deliciosa, Aurora acordara e inocentemente dava palmadinhas no rosto do louro, fazendo aqueles barulhinhos de bebé que fazem as maravilhas dos adultos.

— Então princesa, esse dorminhoco não acorda? - Questionou Diana em voz doce, pegando Aurora nos seus braços. - Estás com fome? Claro que estás! Olha comprei-te papinha de pêra! - Exclamou, retirando um potinho de vidro do saco de compras.

— Bom dia! - Exclamou o soldado preguiçosamente, erguendo-se do sofá, caminhando até Diana que gentilmente alimentava a bebé. - Como dormiram as minhas princesas mais lindas? - Perguntou, dando um demorado beijo no rosto da adolescente e uma carícia no cabelo de Aurora.

— Dormimos bem, não foi bebé? - Respondeu a Vingadora feliz, dando mais uma colherada de comida à esfomeada Aurora. - Comprei pão...

— Ainda bem estou cheio de fome, bolas! - Agradeceu Steve de forma entusiasta, começando a remexer no saco pousado sobre a mesa.

— Steve estive aqui a pensar, talvez seja melhor passar pela minha casa para trazer algumas roupas e coisas do género, caso tu não te importes de partilhar o teu apartamento comigo, claro! - Informou a Sereia em voz insegura, terminando a refeição da bebé.

— Claro fico muito satisfeito de te ter aqui, quando formos comprar as coisas para a Aurora passamos na tua casa. - Assentiu Steve feliz, dando um forte abraço a Diana.

— Cuidado, ela é muito frágil! - Reclamou a morena rapidamente, retirando a pequena menina do alcance do apertado abraço do louro. - Também tenho que trazer o Gavião, achas que pode ser? - Perguntou em voz receosa.

— Não vejo qual é o problema. - Concordou o soldado sem hesitar, ter Diana perto de si era o que mais queria, nada iria estragar essa oportunidade, e o tempo passava por ele a uma velocidade incrível, deixando a sua felicidade perdida algures no vasto e sonhador oceano.

— Temos que visitar a Melissa, ela não deve ter mais família. - Disse Diana tristemente, conhecia muito bem a sensação de estar sozinha no mundo, perdida e esquecida pela sorte, é verdade que fora criada pela incrível e dedicada Elisabeth, porém nada substitui o conforto familiar. - Queres ajudá-la a arrotar?

— Se me explicares como se faz, porque não! - Assentiu o Americano de forma apreensiva, tomando a pequena junto do seu peito.

— Coloca-a sobre o teu ombro e dá-lhe pequenas palmadinhas nas costas. - Explicou a jovem sorridente.

— Ela vai gostar de ver a filha, talvez lhe dê algum alento para continuar a lutar contra as adversidades que cruelmente lhe têm barrado o caminho, talvez lhe dê a coragem necessária para continuar a lutar por um futuro melhor para ambas. - Proferiu Rogers de forma esperançada, pedindo a todos os céus que a esperança que cruzara a sua existência guiasse Melissa na sua dura jornada até ao monte da felicidade.

Meia hora depois, Diana, Aurora e Steve adentravam entusiasmados por uma das enormes portas de vidro do centro comercial, fonte de cor, ruído e consumo desmedido.

— Achas que ela poderá gostar mais de cor-de-rosa ou azul? - Questionou a morena feliz, já no interior de uma apinhada loja, pegando dois vestidinhos. - Ou talvez este seja mais bonito! - Exclamou, correndo apressada de um lado para o outro, pegando num outro vestido desta vez branco com borboletas lilases.

— Eu gosto de todos, são ambos muito bonitos, levamos os três! - Aprovou o louro ligeiramente atordoado, nunca entrara numa loja destinada à compra de vestuário feminino, não estava particularmente à vontade. - Vês mais alguma coisa que seja importante comprar?

— Sim, talvez seja melhor comprar uns sapatinhos! - Sugeriu a Vingadora alegremente, caminhando até à outra extrema da loja. - Olha para estes! São perfeitos, combinam com os três vestidos! - Disse, segurando um par de sapatos brancos decorados com pequenas missangas prateadas.

— O que achas destes aqui? - Interrogou Steve apreensivo, segurando nuns sapatinhos azuis água.

— São lindos, levamos os dois! - Concordou a Sereia surpreendida, sorrindo de satisfação.

Daí a quinze minutos os dois heróis, acompanhados pela pequena Aurora, saíam da loja carregados com o saco do orgulho e da solidariedade, finalmente a bebé possuía as roupas que tanto merecia e necessitava. De seguida caminharam até à zona de restauração para almoçarem, Diana deliciou-se com uma maravilhosa pizza, Steve por seu lado optou por um prato mais vegetariano e para a pequena Aurora pediram uma sopa de legumes.

— Achas que é necessário comprar mais alguma coisa? - Questionou Steve em voz sumida, enquanto se dirigiam para o largo corredor principal.

— Vamos só a outra loja, achas que pode ser? - Questionou a Sereia em tom açucarado, olhando para uma iluminada montra repleta de roupinhas deliciosas.

— Sim claro, mas desta vez pago eu. - Prontificou-se o Capitão sorridente, não era justo que Diana pagasse todas as coisas para Aurora.

No interior da loja, a Sereia escolheu três t-shirts, uma azul clara com um cavalo-marinho, outra branca com uma estrela-do-mar e outra cor-de-rosa com um bonito estampado da Minnie. Ainda escolheu três calças que combinavam na perfeição, dois biberons, quatro babetes e uma chupeta nova.

— Poças nunca imaginei que fazer compras cansava tanto! - Exclamou Steve em voz sumida, entrando no carro.

— Pois é meu caro Capitão, fazer compras não está ao alcance de todos os mortais! - Comentou a Vingadora divertida, aninhando-se no banco com a pequena bebé ao seu colo. - Vamos passar em casa para deixarmos as compras e para colocar outra roupa à Aurora?

— Sim, pode ser, além disso, acho que ainda é demasiado cedo para a hora da visita. - Respondeu Rogers de forma aliviada. - Assim posso descansar um pouco.

— Depois eu trago o meu carro. - Afirmou a Sereia, lançando um largo bocejo.

— É um favor que me fazes, prefiro conduzir a minha mota! - Retorquiu o louro, parando de forma abrupta a um vermelho. - Ufa foi por pouco!

— Olha que eu não pago multa nenhuma! - Avisou a jovem divertida, recordando o triste incidente em que Stark tivera que usar toda a sua influência para garantir que a sua carta de condução não era confiscada.

Uma hora mais tarde, Diana entrava pelo quarto hospitalar de Melissa, transportando nos seus braços a adormecida Aurora, trajando um bonito vestido branco com milhares de borboletas lilases e calçando uns sapatinhos brancos. Steve seguia mais atrás, não sabia o que fazer ou dizer, por isso deixava Diana comandar a visita. Durante os seus tempos da Guerra, visitara por inúmeras vezes os seus companheiros em hospitais de campanha, fora um terrível hábito que fora obrigado a aceitar e a cumprir sem pestanejar, contudo o passar indubitável dos anos fez com que se tornasse mais vulnerável à dor e ao sofrimento, perdendo drasticamente a capacidade de lidar com o desespero alheio, sem o transformar no seu próprio e cortante desespero.

— Como estás? - Questionou a morena de forma amável e compreensiva, pousando a bebé junto da sua mãe.

— Os médicos dizem que vou recuperar, porém insistem que devo ser observada por um psicólogo. - Respondeu Melissa em voz triste e distante, sentindo o tremendo peso do seu mundo ruir sobre o seu imaginário paraíso de flores.

— Seres consultada por um psicólogo não tem que ser obrigatoriamente uma coisa má. Ele vai ajudar-te a ultrapassar este problema e posteriormente poderá dar-te conselhos para o teu futuro. - Proferiu a morena sorrindo levemente, sentando-se numa cadeira junto da cama. – Olha, nós, bem, comprámos algumas coisas que faziam falta à Aurora, espero que não fiques aborrecida, somente quisemos ajudar.

— Não sei como vos posso agradecer tanta gentileza, nunca vos poderei pagar nem retribuir tudo isto que estão a fazer por nós. - Lamentou-se Melissa em tom melancólico, acariciando o cabelo da sua filha. - Este vestido é lindo, nunca teria dinheiro para lho comprar.

— Tu podes retribuir a nossa amabilidade apenas de uma forma, sê uma boa mãe para a Aurora ela merece ser feliz, merecem as duas serem felizes. - Comentou Steve subitamente, dando um passo em direcção à cama da jovem.

— Podem ficar tranquilos eu serei uma excelente mãe. - Garantiu Melissa, derramando inúmeras lágrimas, abraçando a sua filha com tremendo esforço fruto das dores que se arrastavam insolentemente pelo seu magoado corpo. - O que aconteceu ao Jeff?

— Ele está no hospital, contudo quando sair irá direitinho para a prisão. - Explicou a Vingadora de forma confiante, retirara do belo e negro jardim de Melissa o seu maior e mais doloroso espinho, trancafiando-o num vaso sem fundo. - Agora podes viver tranquila, longe das garras do medo e da violência, tens a vida toda à tua frente para abraçares a felicidade que há tanto tempo te foge.

— Sim, daqui para a frente tudo será melhor. - Concordou a jovem mãe sorrindo levemente, imaginando o seu futuro pleno de liberdade e alegria. - Só tenho que arranjar um emprego estável.

— Nós vamos fazer o que pudermos para esse efeito, fica descansada. - Prontificou-se a Sereia feliz, pegando em Aurora que começara a chorar a plenos pulmões.

— Desculpem incomodar, mas o tempo da visita terminou, a paciente tem que repousar. - Interrompeu uma jovem enfermeira em voz ternurenta, entrando no quarto a passada segura, estancando a escassos milímetros de Steve.

— Claro, diga-me só uma coisa, quando é que a Melissa tem alta? - Questionou Rogers sorridente, encarando a enfermeira do alto dos seus triunfantes feitos.

— Talvez daqui a três dias, isto se não ocorrerem alterações no estado clínico da paciente. - Respondeu a enfermeira em voz tranquila, olhando Steve com o síndrome da pura admiração.

— Muito obrigado, Melissa não te preocupes, vamos tentar arranjar-te um trabalho. - Garantiu Rogers sorridente, pegando Aurora de forma delicada.

— Bem adeus, fica melhor rapidamente a tua filha está à tua espera! - Exclamou Diana alegremente, acenando à jovem que escondia nas sombras polidas do seu sofrimento as lágrimas que afogavam os seus olhos.

— Acho que já sei com quem é que vou falar por causa do emprego para a Melissa. - Disse a morena em tom sumido e pensativo, abrindo a porta do apartamento do Capitão. - Vou falar com o Tony.

— Boa ideia. - Aprovou o louro de forma cansada, deitando a bebé no seu sofá. - Esquecemo-nos de ir a tua casa buscar as tuas coisas.

— Vou lá agora, até já. - Suavizou a Vingadora sem dar grande importância ao assunto, saindo de novo para a rua suja e altamente movimentada.

As nuvens de poeira assombram a prosperidade da desejada felicidade, os raios escaldantes do alto sol derretem as deliciosas bagas de esperança, o poderoso e gélido vento desfaz as urgentes partículas de solidariedade, as rochas aniquilam suaves pétalas de amor, porém uma simples e polida gota de água resgata todos estes frutos do destino das profundezas do desespero.

Conseguirá Diana o tão necessário emprego para Melissa? Quais as armas que Clint utilizará para vaguear de novo no reino da Sereia? Quanto mais tempo ficará o estranho imerso em sombras e mistério?


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