Ondas de uma vida roubada escrita por Maresia


Capítulo 29
Falcão




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                A manhã despontara atribulada na escola secundária de Queens, Diana, como já era hábito chegara atrasada à primeira aula, normalmente iria assistir na mesma, contudo naquele dia não estava para isso, não tinha paciência para mais uma aula chata de história, sabia que iriam realizar revisões da matéria para o próximo teste, porém nunca precisara desse tipo de aulas para conseguir adquirir excelentes resultados. Caminhou vagarosamente até ao bar, sentou-se num dos cantos mais distantes, abriu a sua mochila e retirou um caderno de apontamentos, onde escrevinhou diversas palavras, voltando a guardá-lo de seguida ao escutar o estridente som da campainha. Peter veio rapidamente ao seu encontro, estava preocupado, não era frequente a sua amiga faltar às aulas, algo não estava bem.

— Então o que se passou? – Perguntou o jovem calmamente, sentando-se a seu lado.

— Não dormi bem. – Respondeu a morena sem se alongar, sabia que Peter era um ótimo ouvinte, todavia ainda não estava pronta para falar sobre o sucedido da noite anterior. – Fico feliz por tu e a Mary estarem a dar-se bem. - Disse, numa tentativa desesperada de desviar o assunto.

— Sim, estamos, ela é simplesmente única, gosto muito de estar com ela. – Afirmou Peter sorrindo á socapa.

— Se continuas a elogiá-la dessa forma, fico com ciúmes! – Brincou a Vingadora divertida. – Vamos até lá fora? – Perguntou, a sala de convívio começava a encher-se e a sua cabeça latejava pesadamente.

— Bora lá! – Assentiu o Aranha entusiasmado, erguendo-se e saindo pela porta aberta.

                Já no pátio, a confusão era notória, um vasto grupo de rapazes e raparigas rodeavam um pequeno bando, alguns gritavam, outros aplaudiam, outros teciam comentários de reprovação, todavia mantinham-se imóveis assistindo a algo que Diana e Peter desconheciam.

— O que se passa aqui? – Questionou a morena curiosa, dirigindo-se a Tatiana.

— O Flash armou confusão outra vez, desta vez é muito grave. – Explicou a ruiva assustada, cedendo a passagem aos dois amigos.

— Desta vez ele não escapa. – Murmurou Diana enraivecida, furando pelo meio da multidão estudantil.

— Vê lá o que fazes, tem calma contigo! – Avisou Peter, imaginando quem teria sido desta vez a vítima do “grande” Flash.

                Finalmente a multidão dissipara-se, revelando um brutal cenário de violência, no chão jazia inconsciente um miúdo gordinho, alguns golpes brilhavam na sua cara, um grosso fio de sangue brotava horrivelmente da sua testa, estava muito mal tratado.

— Espero que tenhas aprendido a lição! – Cuspiu o detestável bully, pisando a mão do violentado.

— Eu acho que tu é que precisas de aprender uma lição! – Disse Diana em voz cortante, aproximando-se com passada lenta de Flash que a olhou com desprezo.

— E suponho que és tu que me vais ensinar! – Exclamou o jovem com escarnio na voz. – Este tipo já andava a pedi-las há muito tempo, olha desta vez teve azar, não é verdade Kong? – Perguntou, dirigindo-se a um macacão que lhe guardava as costas.

— Peter, ele precisa de ser observado por um médico. - Comentou Diana alarmada, examinando com atenção os ferimentos. – Por favor alguém que chame a doutora Beatriz, rápido! – Ordenou em voz audível a alguns alunos que rodeavam o local. – E agora nós. Como te sentirias se alguém te tratasse da mesma forma? O que farias se alguém te tratasse como lixo, que na realidade és? Vamos responde, estou à espera! – Inquiriu, cruzando os braços.

— Cuidado, estás a pisar o risco, não quero saber se és miúda. – Ameaçou Flash arrogantemente, avançando ao encontro de Diana. – Como vai ser, pedes desculpa ou serei obrigado a fazer-te pedir? 

— Claro que não peço, seu verme nojento, imundo e sem escrúpulos! – Gritou a Vingadora perdendo as estribeiras, detestava pessoas que impunham a sua vontade acima das vontades alheias.

— Sua vadia! – Berrou o jovem irritado, agarrando-se à boca, onde brotava um enorme fio vermelho, a Sereia assertara-lhe com um potente soco.

— Diana não! Vais arranjar problemas! – Preveniu Peter, segurando a morena pelos ombros a fim de evitar uma nova e furiosa investida.

— Achas que eu já me esqueci da cena com os russos, podes ter armado todo aquele teatro com o Capitão América, podes ter convencido meio mundo das tuas boas intenções, contudo eu sei que não passas de uma farsa! – Grunhiu o rapaz completamente colérico, avançando de novo na direção da adolescente. – O que deste tu ao Capitão América para ele te apertar a mão? Talvez lhe tenhas feito alguma coisa em privado! – Sugeriu de forma ordinária, grande erro Flash!

                No momento que se seguiu Diana precipitara-se furtivamente sobre o jovem, atirando-o com violência no pavimento empedrado, desferindo-lhe diversos murros e pontapés, ouvindo os gemidos de dor percorrerem o seu espírito, não era uma pessoa violenta mas aquele sujeito ultrapassara todos os limites, não iria admitir a ninguém que ultrajasse Steve na sua presença, ela estava disposta a dar a sua vida por ele se fosse necessário.

— Quando falares de mim lava essa boca porca com lixivia, ouviste bem! – Avisou a Vingadora furibunda, torcendo o braço de Flash com mestria.

— Sua vadia repulsiva e oferecida, vais pagar bem caro, vais mesmo! – Ameaçou o jovem, sentindo cada osso do seu corpo gritar de dor.

— Não me voltas a ofender…

— Diana chega, a diretora vem a caminho, estás tramada. – Preveniu o herói nervosamente, segurando-a junto a si. – Onde é que ela arranjou tanta força? – Pensou, enquanto o som dos saltos altos da diretora faziam a multidão dissipar numa correria desenfreada.

— Merda! – Exclamou a Vingadora em voz sumida, estava metida em graves problemas.

— Diana acompanha-me à sala da direção. – Ordenou a diretora em tom maldisposto.

— Diretora, eu posso explicar. Não devia ter reagido desta maneira, sei bem disso, contudo o Flash também tem justificações para dar. – Defendeu-se a Sereia desesperada, sabia bem a sorte que a esperava.

— É verdade diretora! – Exclamaram vários estudantes.

— O Flash agrediu o Joe!

— Veja como ele está maltratado!

— Onde está a justiça desta escola?

— Vá lá diretora seja sensata!

— Vamos fazer uma manifestação!

— Vamos a isso!

— Bora trancar a escola com correntes!

— Chega, se insistem neste motim, serão todos punidos com dias de suspensão! Agora à minha frente Diana! – Ordenou a diretora impassível, ignorando a enorme onda de apoio que se erguia numa única voz.

                A Vingadora caminhou em silêncio através dos vastos corredores desertos, escutando os seus passos ecoarem no vazio da sua mente de uma forma arrepiante. Sabia que tinha feito a coisa certa, contudo as leis escolares condenavam-na drasticamente, não havia volta a dar.

— Senta-te! – Imperou a horrenda diretora, indicando uma cadeira de madeira vazia. – Tens noção do que fizeste? – Inquiriu, puxando para junto de si uma folha branca e uma caneta na qual desenhou diversas palavras.

— Sim, eu tenho consciência do que fiz, mas se quer assim tanto saber não estou arrependida, só lamento não lhe ter dado mais. – Disse Diana arrogantemente, estava farta de ser julgada. – Porque é que só vê o que eu fiz, só o fiz porque ele me deu motivos. – Perguntou indignada.

— Quando os problemas não são connosco, nós não metemos o bedelho, existem autoridades competentes para lidar com este tipo de situação. – Censurou a docente irritada com as declarações da jovem.

— Pois, são notórias as intervenções dessas autoridades nesta escola! – Exclamou a Sereia sinicamente. – Qual é o meu castigo afinal? Preciso de apanhar ar estou a sufocar com tanta hipocrisia e corrupção. – Perguntou no mesmo tom.

— Estás a agravar a tua situação. – Avisou a diretora impaciente, sentindo o seu sangue ferver de raiva, em vinte anos ligada à educação nunca antes fora tratada com tanta ousadia. – Para começar estás destituída do teu cargo de presidente da Associação de estudantes, depois ficarás suspensa até eu achar necessário e por último quando voltares às aulas irás realizar uma vasta panóplia de tarefas comunitárias. – Listou, escrevinhando tudo o que prenunciava numa letrinha desordenada.

— Realmente quando eu penso que as instituições de ensino não conseguem tocar mais no fundo, bem deixe lá. Só gostaria de saber quantos jantares é que o pai do Flash lhe pagou, ou quantos pares de sapatos, ou quantas transferências bancárias ocorreram?

— Chega miúda insolente! – Berrou a docente, segurando Diana pelo braço. – Se continuas com este tipo de insinuações nunca mais estudas em escola nenhuma neste país, ouviste bem!

— Espero que não tenha vindo demasiado tarde para esta reunião, senhora diretora! – Exclamou uma voz fria vinda da entrada da sala. – Então o que temos nós aqui? – Perguntou a mesma voz cortante.

— Tony, o que fazes aqui? – Questionou a Sereia absorta com tal presença.

— Desculpa Diana, esqueci-me de te informar que sou acionista maioritário desta escola, isso quer dizer que tenho uma palavra a dar sobre qualquer tipo de decisão que seja tomada, seja em que âmbito for. – Explicou Stark orgulhoso, sentando-se na cadeira ao lado de Diana. – Posso ler e analisar o relatório? – Perguntou docemente.

— Aqui tem Stark. – Disse a diretora muito mais colérica do que estava anteriormente, passando a folha de rompante.

— Tanta gentileza a sua! – Comentou o milionário sinicamente, observando o documento. – Pelo que vejo estas medidas são ultrajantes, não estamos a condenar um criminoso de guerra, ela é somente uma miúda, acho que o seu senso de justiça está demasiado apurado, temos que contornar esse facto. – Constatou mantendo o profissionalismo acima de tudo o resto.

— Deixe-se de análises infundadas, qual é o seu veredito afinal? – Questionou a profissional de educação sem paciência.

— Não concordo com a suspensão, tudo o resto está adequado, esta reunião está terminada, vamos Diana. – Disse Tony de forma autoritária, fazendo sinal para que a jovem o seguisse. – Até uma próxima caríssima diretora. – Despediu-se, estendendo uma mão que a docente ignorou.

                Tony Stark e a Vingadora caminharam em silêncio pelos corredores escolares, Diana fitava o chão com cara de poucos amigos, o milionário olhava simplesmente em redor. Peter observava-os de longe, sabia que não era a altura oportuna para abordar a sua amiga, conhecia-a bem de mais para se manter longe dos estilhaços cortantes da discussão, ela detestava ser injustiçada quando simplesmente fora justa, mas o que se pode fazer quando a sociedade é corrompida, manipulada e comprada pela riqueza e pelo luxo, a justiça jamais importa.

— Até logo Tony. – Disse a Sereia em voz sumida, dirigindo-se ao seu carro.

— Nem penses nisso, tu vens comigo. – Protestou o homem de ferro, segurando-a pelo braço.

— Larga-me! Eu tenho o meu carro não preciso de ir contigo. – Ripostou a morena aborrecida, detestava que a agarrassem quando se sentia humilhada pela comprada justiça do sistema.

— Eu sei que tens um carro, contudo hoje vens comigo, mais tarde mandarei alguém buscá-lo. – Insistiu Tony com uma paciência de ferro que lhe era pouco usual. – Entra! – Ordenou, abrindo a porta do seu automóvel.

— Se me vais dar algum raspanete esquece, não tenho paciência para te aturar. – Afirmou Diana arrogantemente, entrando na sala dos Vingadores, seguida de bem perto por Stark.

— Vamos até á sala de reuniões, quero apenas que percebas o erro que cometeste. – Explicou no mesmo tom frio, abrindo a porta da vasta sala.

— Ah! Deixa ver se percebi, agora ser justa e defender os mais fracos é um grande erro digno de punição, poupa-me à tua hipocrisia! – Exclamou a Sereia sarcasticamente, atirando-se com força num sofá junto da janela.

— Não me fales nesse tom, só te quero ajudar. – Retaliou Tony indignado, puxando uma cadeira para junto da adolescente. – Eu só não aprovo o teu comportamento porque usaste os meios errados para defender o teu amigo, existem outras formas de demostrares a tua justiça, a tua bondade e a tua amizade, entendes o que te digo? – Perguntou em voz doce.

— Tens noção há quanto tempo duram estes ataques? Estou farta que me julguem, fiz o que na altura achei correto, não acho que ser justa seja um crime, logo não me interessa dos teus sermões. – Afirmou Diana categoricamente, batendo ao de leve com o pé no chão, que feitio complicado, boa sorte Tony! – Ele além de ter agredido um inocente, também insinuou coisas ordinárias sobre o Cap e isso, desculpa, mas eu não tolero, não deixo passar em branco nem perdoo. – Explicou zangada.

— Ah! Então foi isso, mas sabes o Steve já é muito crescidinho para se defender sozinho. – Constatou Stark mal-humorado.

— Anthony! Olha para mim! Quando foi a última vez que defendeste um amigo? Quando foi a última vez que sentiste o sangue a ferver por ultrajarem um amigo? Quando foi a última vez que te estiveste a lixar para as leis para proteger um amigo? Tu melhor do que ninguém devias saber o valor da amizade. – Censurou a Vingadora furiosa, erguendo-se de rompante do sofá. – Uma pessoa que não se preocupa com os seus amigos não tem moral nenhuma para me condenar.

— Estás a ser injusta comigo, se eu não fosse teu amigo não te teria ido ajudar. – Proferiu Stark furibundo, odiava quando as pessoas não compreendiam as suas reais intenções.

— Pensei que só tinhas ido à minha escola para uma reunião. – Comentou Diana, voltando a sentar-se.

— Mais uma vez estás enganada, eu recebi uma chamada do teu amigo Peter, a explicar que estavas metida em sarilhos, nem pensei duas vezes fui de imediato para lá, ainda achas que não me preocupo com os meus amigos? Ser amigo de alguém não significa que lhe devemos dar sempre palmadinhas nas costas, se esperas isso da minha amizade então acho que esta conversa chegou ao fim. – Declarou o milionário em tom definitivo, erguendo-se e começando a percorrer lentamente a sala. – Só lamento que estejas a desperdiçar um futuro provavelmente brilhante. – Comentou em voz baixa.

— Se para ter um futuro brilhante tenho que ignorar as necessidades e fraquezas dos que me rodeiam, então não me interessa esse tal futuro, obrigada. – Retorquiu a Sereia absorvida pelos seus incontestáveis valores morais.

— O que se passa aqui, Diana não devias estar na escola? – Perguntou a voz inigualável de Steve Rogers entrando na sala alarmado.

— As aulas da Diana hoje terminaram mais cedo, ela teve a brilhante ideia de espancar um dos alunos. – Disse Stark com azedume, encarando o Capitão com fúria.

— Isto é verdade? - Interrogou Rogers admirado. – Isto que o Tony está a dizer é verdade?

— Mais ou menos, eu só o agredi porque ele agrediu primeiro um miúdo, e segundo consta já não era a primeira vez. – Esclareceu a morena em voz fria. – Cap vá lá, o que eu fiz não está errado!

— Achas que foste justa? Tens a tua consciência tranquila? Estás feliz por teres defendido um amigo? – Perguntou Steve calmamente, encarando aqueles olhos marinhos repletos de justiça e amabilidade.

— Sim! – Respondeu a Vingadora, com a gratidão a toldar-lhe a voz.

— Se assim é, então está tudo bem. Contudo devo-te prevenir, para todas as nossas ações existem consequências inerentes, deves ter a coragem de as enfrentar. – Proferiu Rogers pensativo. – Como são parecidos é incrível, é como se estivesse de novo com ele. – Cismou tristemente.

— Então é isso que lhe tens para dizer? – Questionou Stark amargamente, saindo da sala de rompante.

— Talvez seja melhor falares com ele mais tarde. – Sugeriu Steve docemente, sentando-se na cadeira anteriormente ocupada pelo milionário. – Apesar de eu e o Tony termos ideologias diferentes e de tu te identificares mais comigo, não significa que os conselhos dele estejam errados, muito pelo contrário, deves levá-los em grande consideração. – Preveniu, era demasiado amigo do Homem de Ferro para o pintar de mau da fita. - Preciso de falar contigo, a partir de amanhã já não serei eu a liderar os teus treinos. – Disse em tom ausente.

— Porquê? – Perguntou a Sereia confusa, não imaginava os seus treinos sem o Capitão América.

— Tenho alguns trabalhos para realizar para a S.H.I.E.L.D. algo que tenho de ser mesmo eu a fazer, desculpa. – Explicou Rogers melancolicamente, fitando a tristeza que floria nas ondas azuis da morena. – Tenho que desvendar e analisar alguns documentos sobre a Segunda Guerra mundial. – Incluiu.

— Certo, eu compreendo. – Afirmou a Vingadora, o que mais lhe ia acontecer naquele dia. – Então treinarei com quem?

— Com um grande amigo meu, Sam Wilson mais conhecido como Falcão, tenho a certeza de que se vão dar muito bem. – Respondeu Steve, coçando o queixo. – Promete-me que irás dar o teu melhor.

— Prometo. – Concordou a morena sorrindo, não o iria desiludir, não iria desiludir o homem que sempre lutara por ela.

— Acho que estás com cara de quem precisa de comer um chocolate! – Exclamou Rogers sorrindo, dando-lhe uma ternurenta carícia no rosto.

                O Capitão e a Sereia saíram juntos da sala, vaguearam pela quase deserta sala de estar até um pequeno armário, na opinião de Diana o mais fantástico armário que existia na mansão, retiraram dois grandes chocolates da Nestlé e desfrutaram deliciados aquela iguaria do olimpo.

— Hey Diana, ouvi dizer que deste uma surra em alguém, quem foi o desgraçado? – Perguntou a voz divertida de Clint que fazia a sua entrada na vasta divisão, espalhando água à sua passagem, certamente estivera na piscina.

— A ti, se não me sais do caminho! – Respondeu a Vingadora cruelmente, a aparição do Arqueiro trouxera á tona todas as recordações da noite anterior.

                Nos dias que se seguiram, a morena refugiou-se na sua solitária casa, saindo apenas para a escola que se tornara um autêntico inferno na terra, somente visitava a mansão dos Heróis mais poderosos da terra quando era mesmo necessário, sabia que tinha que falar com Tony e com Clint, contudo ainda não chegara a oportuna altura, devia garantir que os seus pensamentos estavam claros, nítidos e suficientemente racionais para não cometer erros fulcrais que lhe podiam custar o fim das duas de quatro relações mais importantes da sua vida.

                Num desses dias, Diana terminara a sua aula de dança um pouco mais cedo, aproveitando esse facto dirigiu-se ao centro comercial para se distrair com umas comprinhas, bela terapia! Deambulou durante cerca de uma hora pelas infindáveis lojas de roupa e bijutaria, comprou entre outras coisas: uns calções brancos de linha, um top azul água, um vestido cinza adornado com um elegante laço rosa e uns brincos prateados em forma de concha. Quando fazia o caminho de retorno a casa apercebeu-se de uma tremenda confusão numa das principais e mais movimentadas avenidas de Nova York, pessoas corriam amedrontadas em diversas e desordenadas direções, os gritos de pânico, caos e receio enchiam a atmosfera, inúmeros carros de polícia desfilavam rapidamente pelo alcatrão, muitos pais corriam desesperados até aos estabelecimentos de ensino. Diana estacionou de forma abrupta o seu Audi, saindo para a confusa e atribulada avenida, enfrentando toda aquela extrema e desconhecida confusão.

— O que se passa aqui afinal? – Pensou atónita, enquanto se misturava com a multidão, tentando alcançar a fonte do problema.

                Uma feroz e conhecida ameaça paira novamente sobre a cidade de Nova York, conseguirá Diana deter o cenário de destruição que a fúria verde arrasta a seu lado? Debater-se-á de novo com o subjetivo conceito da justiça?


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Notas finais do capítulo

Neste capitulo, volto a debruçar-me sobre uma outra problemática social, desta vez o Bullying está na minha mira, este é um monstro, por vezes silencioso, que assombra milhares de pátios escolares por todo o mundo.



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