Ondas de uma vida roubada escrita por Maresia


Capítulo 11
Entre o amor e o ódio


Notas iniciais do capítulo

Neste capitulo podem encontrar uma descrição muito subtil de uma cena um pouco erótica mas não é nada explicito mantendo assim o status de história livre para todos.



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                O grande relógio de parede badalou estridentemente as oito da noite, todos os Vingadores presentes se dirigiram esfomeados para a comprida mesa de refeições, onde diversas travessas eram expostas apinhadas de deliciosa comida bem confecionada.

— Fico contente que tenhas vindo! – Exclamou Diana alegremente, vendo o seu amigo Aranha irromper discretamente pela cheia sala.

— Estive para não vir, mas achei que o jantar aqui fosse mais saboroso, a tia May ia cozinhar peixe cozido com batatas cozidas, bolas que comida de hospital, detesto! – Afirmou Peter em voz sumida só para Diana escutar.

— Não devias desvalorizar a comida que a tua tia confeciona, aposto que é deliciosa. – Murmurou a morena sorrindo.

—Normalmente até é, contudo não aprecio comida diatética, eu estou bastante em forma. – Gabou-se o rapaz, mostrando os músculos dos braços atléticos.

— Bem vamos para a mesa? – Perguntou a jovem, olhando para os lugares já preenchidos.

— Certo, mas olha não te esqueças que aqui sou o Homem-Aranha, e não o Peter. – Preveniu o jovem apreensivo.

—Sim, eu sei, não sejas parvo, achas mesmo que eu me ia descair? – Censurou Diana, encontrando dois lugares ainda vazios.

— Contigo nunca se sabe. – Respondeu Peter, sentando-se e começando a servir-se da boa comida americana.

— Por favor Peter, eu não sou louca. – Retaliou Diana servindo-se igualmente, piscando o olho para o outro lado da mesa onde o belo Thor se sentava ao lado do Capitão América.

— Fala a miúda que ainda não decorou a porcaria do horário escolar! – Brincou o Aranha saboreando um grande pedaço de carne grelhada com um forte trago a limão, os dois amigos riram com prazer.

— Desculpem o atraso. – Pediu Sue Storm entrando rapidamente na divisão ruidosa.

— Senta-te aqui Sue. – Chamou Diana sorrindo à bonita mulher de vestido preto muito elegante.

— Mas que mulher! – Murmurou Peter maravilhado, respirando fundo.

— Não sejas estúpido! – Exclamou Diana dando-lhe uma valente cotovelada nas costelas.

— Bolas os treinos estão mesmo a sortir efeito. – Queixou-se Peter dolorido, esfregando o local onde a sua amiga o assertara.

— Boa noite Diana, como tens passado? – Saudou Susan educadamente beijando a face da morena.

— Tenho-me sentido ligeiramente cansada, mas acho que é normal. – Desabafou a adolescente. A amizade entre ela e Susan tinha florido a uma velocidade incrível desde o dia em que se conheceram, não um sentimento comum entre duas amigas de escola, mas sim um sentimento maternal.

— Tens dormido bem? – Perguntou preocupada a mulher.

— Esta noite até que dormi muito bem na companhia do meu querido Gavião. – Respondeu Diana com simplicidade.

                Após proferir aquelas palavras todos os rostos da mansão se viraram confusos, interrogativos e recriminadores tanto na direcção de Diana como de Clint que se engasgou ao ouvir aquela frase.

— Querem-nos contar alguma coisa? – Questionou Janet sorrindo maliciosamente.

— Pensávamos que vocês se odiavam. – Proferiu Scott Lang, olhando o Gavião com curiosidade.

— Podem-me explicar o que se passa aqui? – Perguntou Steve Rogers, superiorizando a sua habitual voz tranquila aos murmúrios que percorriam insolentemente a sala.

— Isso pergunto eu. Desde quando é que tu dormiste comigo a noite passada? – Perguntou o Arqueiro furioso.

— Eu nunca disse que tinha dormido contigo. – Respondeu Diana sem pestanejar.

— Ah isso é que disseste, nós ouvimos todos. – Ripostou Thor indignado com aquela confissão pública. – Pensei que eramos amigos. – Disse em voz baixa e rancorosa.

— Eu jamais dormiria contigo seu estúpido convencido, eu não tenho culpa do meu cão se chamar Gavião. – Esclareceu Diana zangada. Todos olharam para ela confusos, e então os risos encheram a divisão estrondosa.

— Isto não vai ficar assim. – Ameaçou Clint num murmúrio.

— Vê lá o que vais fazer. – Avisou Scott que escutara a ameaça claramente.

— Parece que a vossa relação está cada vez pior. – Constatou Susan tristemente.

— É, parece que sim. - Confirmou a morena sem dar muita importância, porém sabia no seu consciente que o troco estaria para breve, muito breve, o Arqueiro não era homem de se deixar ficar.

— Parece que ele não ficou muito contente. – Afirmou Peter olhando o ar furibundo descrito nos olhos azuis do rapaz das setas.

— Quem se rala, eu não. – Respondeu Diana, finalizando a refeição. – Bolas, eu não tenho guardanapo. – Lamentou-se.

— Estão ali. – Indicou Susan, apontando para onde Clint estava sentado.

— É preciso ter sorte. Hey, Clint passa-me um guardanapo por favor. – Pediu, adivinhando a possível resposta.

— Vem cá buscá-lo, eles estão aqui à tua espera, não vão a lado nenhum. – Respondeu o Gavião com azedume na voz habitualmente divertida.

— E lá vamos nós outra vez. Começa a segunda ronda! – Pensou Peter.

— Custa-te muito…

— Aqui tens. – Disse Scott chateado com aquela briga sem fundamento algum, passando o rolo dos guardanapos a Diana.

— Obrigada Scott. – Agradeceu a morena em voz sumida.

— Aqueles dois realmente não se suportam. – Afirmou Tony, olhando para Thor que acenou afirmativamente.

— Nunca vi duas pessoas que se dessem tão mal. – Proferiu o Deus do trovão, olhando aqueles dois com profunda reprovação. – Mas a maior parte da culpa é dele, sem dúvida. – Desvendou como se dissesse uma verdade absoluta e inabalável.

— Só dizes isso porque és muito amiguinho dela. – Desaprovou a Vespa. – Ela também tem culpas no cartório. – Atirou sem rodeios, contudo Thor ignorou-a.

— Como estão a correr as aulas? – Perguntou Sue, numa tentativa desesperada de quebrar o gelo.

— Amanhã tenho teste de literatura estrangeira. – Respondeu a adolescente timidamente. – Não sei se irá correr bem, não tive muito tempo para estudar. – Confessou amargamente.

— Claro que vai correr bem, tu és uma excelente aluna. – Incentivou Susan sorrindo amavelmente.

— Vamos ver. Ai bolas está frio! – Gritou Diana alarmada quando sentiu um gelado copo de água ser-lhe despejado pelo top cor-de-rosa. Ela olhou para trás mesmo a tempo de ver o Gavião Arqueiro sorrir de satisfação.

— Achei que estivesses com calor, só quis ser prestável. – Afirmou em voz audível, adotando uma expressão inocente.

— Se ficas contente. – Murmurou Diana, erguendo-se da sua cadeira. – Desculpem. – Disse dirigindo-se a todos os outros e desaparecendo no exterior escuro da noite.

— Foste longe de mais Clint. – Repreendeu Susan agressivamente.

— Eu não fui longe, nem saí daqui Susan. – Respondeu o Arqueiro bem-disposto voltando a sentar-se junto do Homem Formiga.

                Thor e Peter levantaram-se quase em sincronização perfeita, cruzaram a porta que Diana deixara aberta e aventuraram-se na escuridão chorosa da noite.

— Tem calma. – Murmurou o Deus, encontrando Diana sentada na borda da piscina com o bonito rosto coberto com as mãos trémulas e beijadas pela brisa lunar.

— Foi só uma brincadeira. – Tentou tranquiliza-la Peter acariciando-lhe os cabelos achocolatados.

— É sempre só mais uma brincadeira. – Disse Diana entre vagas tristes de lágrimas. – Eu não compreendo porque é que ele tem estas atitudes para comigo. – Desabafou erguendo os olhos para as inúmeras estrelas que brilhavam no céu distante e inalcançável.

— Vocês não se suportam, isso está claro como a água. – Constatou Peter sinceramente.

— Mas nada lhe dá o direito de fazer estas coisas. – Rosnou Thor irritado com a situação. – A minha vontade é ir lá dentro e obriga-lo a pedir desculpa. – Disse furioso.

— Não é necessário Thor. A culpa no fim de contas também é minha, porque lhe dou importância e cedo às provocações dele. – Confessou Diana convicta do que afirmava.

— Talvez, mas mesmo assim. – Insistiu o Deus louro.

— Não faças nada Thor. – Pediu a morena limpando os olhos com o guardanapo que ainda apertava na sua mão esquerda.

— Certo. – Resignou-se Thor. – Precisas de mais alguma coisa? – Perguntou.

— Não obrigada. – Respondeu a morena, sabia perfeitamente que o amigo tinha planos para aquela noite e não queria ser responsável pela mudança repentina do programa.

— Então eu vou andando. Cuida dela. – Disse amigavelmente, olhando para Peter com ar implorador.

— Vai descansado, curte a tua noite. – Desejou o Aranha no mesmo tom de amizade semiconstruída.

                Alguns minutos se passaram, apenas o som dos automóveis quebrava o silêncio reconfortante beijado pela água refletida da piscina, até que o Homem-Aranha ganhou coragem para formular a pergunta que martelava na sua cabeça havia semanas.

— Diana desculpa, mas eu tenho que perguntar. – Principiou em voz baixa. – A nossa amizade sempre resultou tão bem porque nunca houve mentiras entre nós. – Continuou escolhendo com cautela as melhores palavras. – Tu sentes alguma coisa pelo Gavião? – Finalizou corajosamente, temendo a resposta.

— Mas que raio de pergunta, claro que não sinto. – Respondeu sem hesitar, porém a culpa e os remorsos atacaram-na com uma força brutal. – Bem, eu não sei. – Confessou.

— Acho melhor compreenderes o que sentes, antes que te magoes de mais. – Aconselhou Peter, sabendo na perfeição que a sua amiga jamais confessaria os seus verdadeiros sentimentos, desde que a conhecia ela sempre fora assim.

— Desculpa se te estraguei o jantar. – Pediu Diana.

— Não tem importância alguma, afinal os amigos servem para isto mesmo. – Garantiu o adolescente, abraçando a sua morena favorita.

                O interior da mansão ficava vazio de modo gradual, até que por fim, apenas restavam duas pessoas sentadas à mesa de jantar. Clint olhava o vazio da sua mente culpada e confusa, não compreendendo aqueles terríveis sentimentos. Scott Lang escutava teimosamente as tímidas questões que surgiam em turbilhão na sua mente inteligente. Ele queria conversar com o seu amigo sobre aqueles sucessivos acontecimentos, porém desconhecia a melhor maneira de abordar o assunto, pois tinha consciência da sua trágica delicadeza. Clint olhou taciturno para o enorme relógio que mostrava as nove e meia da noite de forma legível.

— Bem tenho que ir. – Disse categoricamente sem dar mais explicações.

— Clint, espera, quero falar contigo. – Pediu sem hesitar o Homem Formiga.

— Se é para falar sobre a Diana, esquece porque não estou interessado nesse assunto. – Respondeu o Arqueiro irredutível.

— Desculpa, mas vais falar, quer queiras, quer não queiras. – Afirmou Scott de forma desafiadora, puxando o amigo pelo braço. – O que se passa afinal? Nunca te vi implicares desta forma com ninguém. O que se passa? – Questionou sem meias palavras.

— Não se passa nada. – Respondeu Clint sem se alongar.

— Eu não acredito. Conheço-te muito bem para saber que isso não é verdade. – Insistiu Scott sem rodeios, estava disposto a levar aquela conversa até ao fim.

— Já te disse que não se passa nada. Só não vou à bola com ela, mais nada. – Esclareceu Clint mal-humorado.

— Não vais à bola com ela porque ela te dá luta, pensas que eu não entendo. – Disse o Formiga em tom entendido. – Ela não caiu nas tuas boas graças, e tu não consegues lidar com isso. – Finalizou agressivamente, tocando no ponto certo.

— E se for? Ninguém tem nada a ver com isso. – Proferiu o Arqueiro arrogantemente.

— Então significa que sentes algo por ela? – Inquiriu vitorioso Scott.

— Achas mesmo que sim? Claro que não. Ela é apenas uma miúda, francamente. – Retorquiu o Gavião com ar indignado.

— Não sei se será bem assim. – Murmurou Lang.

— Claro que é, eu é que sei. E além disso, ela anda sempre a pavonear-se por aí com o Thor. – Afirmou o Arqueiro alheio ao olhar recriminador estampado na cara do seu amigo.

— Estás com ciúmes. – Constatou Scott irredutível.

— Claro que não, não sejas ridículo. Posso ter todas as miúdas que eu quiser. – Respondeu Clint orgulhoso do seu aspeto físico.

— De facto isso é verdade. – Redimiu-se Scott. – Mas meu amigo dou-te um conselho, pensa no que queres, porque ela é bastante bonita e o Thor é um óptimo partido. – Dizendo estas palavras, levantou-se e partiu em direção ao elevador.

— Ela que fique com o Thor, quero lá saber. – Pensou Clint amachucando um guardanapo.

                Peter retornou à sua casa por volta das onze horas, deixando Diana entregue a uma pesada e chata ficha de História Mundial. A morena pegou na sua cansada caneta e começou a redigir uma longa e infindável resposta no âmbito da evolução económica da China nos anos oitenta e noventa.

— Já estou mesmo a ver que não vou conseguir dormir nada de jeito. – Cismou Diana, escrevendo a centésima linha, enquanto o relógio anunciava a chegada impiedosa da meia-noite. Alguns passos rápidos e silenciosos quebraram a quietude da mansão adormecida. - Espero que a ponte de Brooklyn não esteja muito escorregadia devido a chuva intensa que caiu. – Atirou a morena, sem levantar os seus olhos incrivelmente vermelhos da folha que lhe roubava arrogantemente as preciosas e merecidas horas de sono, para um Gavião Arqueiro que sorrateiramente se tentava esgueirar pelo elevador sem levantar suspeitas da sua fuga noturna.

— Desculpa, estás a falar comigo? – Perguntou mostrando-se despreocupado.

— Sim estou, presta atenção aos pneus do teu carro, ouvi dizer que o piso pode estar bastante propício à ocorrência de acidentes. – Preveniu Diana com um sorriso cínico a bailar-lhe no rosto atraente.

— Se contas a alguém sobre as minhas escapadelas, eu digo que dormiste comigo. – Ameaçou em voz baixa o rapaz.

— Mas isso é mentira. – Defendeu-se a jovem irritada com aquela afirmação hipócrita.

— Nós sabemos que é mentira, porém eles desconhecem a verdade. – Afirmou Clint, lançando um olhar de soslaio aos quartos onde todos os outros Vingadores dormiam. – Estamos entendidos? – Perguntou lambendo involuntariamente os lábios.

— Não, não estamos! – Afirmou Diana, deitando os seus materiais escolares ao chão e cruzando a passada larga e irada a distância que a separava daquele detestável herói.

— O que pensas que estás a fazer? – Perguntou o Arqueiro aflito, sendo assertado com um murro em cheio no estômago.

                Os dois vingadores iniciaram uma luta desigual, pois Clint devido à sua estatura ficou em superioridade nítida, embora Diana ganhasse devido à sua determinação, raiva e cansaço extremo.

— Já chega desta dança. – Disse Clint, colocando a adolescente deitada no chão de madeira brilhante.

— Não chega não, isto não vai ficar assim. – Desafiou Diana, desequilibrando o herói que caiu desamparado nos seus frágeis braços.

— Estás maluca… - Prenunciou o Gavião, todavia os seus olhos afundaram-se nos olhos profundos e aquosos da linda e doce morena.

                Os dois respiravam com dificuldade, tentando reprimir os seus verdadeiros desejos, as suas verdadeiras intenções, os seus verdadeiros sentimentos. Os braços de Clint enlaçavam Diana num nó muito apertado quase eterno, que mantinha os dois corpos colados sobre o tapete envernizado. O Arqueiro deslizava a sua mão direita pelo cabelo liso e fofo da sua refém, a jovem por seu turno, não conseguiu resistir à tentação e beijou aqueles lábios arrogantes e apetecíveis. Ficaram ali, juntos, imóveis, colados pelos lábios, sentindo todas as suas entranhas arder de desejo constante e iminente.

                O rapaz perdia-se nas curvas bem definidas do corpo da adolescente, tateando atrevidamente todas as superfícies que talentosamente alcançava. Diana caía a pique naquele pescoço tentador, beijando-o loucamente. Os dois corações uniam-se numa graciosa melodia de palpitações e gemidos de prazer.

— Aqui não, vamos para o meu quarto. – Decidiu Clint em tom ofegante, tomando a morena nos seus fortes braços.

— Certo. – Assentiu a adolescente, em voz sumida e rendida aquele homem arrogante, orgulhoso e magnificamente esculpido. Os dois amantes cruzaram o caminho longo até ao quarto embalados pela brisa envolvente dos beijos doces e traiçoeiros que denunciavam a fragilidade da condição humana.

                Finalmente, a ansiada porta veio lentamente ao encontro dos dois heróis, Clint abriu-a desajeitadamente com uma das mãos, segurando a linda jovem com o outro braço apertando-a contra o seu corpo, sentindo cada detalhe, cada centímetro, cada local perfeitamente desenhado percorrer a sua imaginativa mente. O Arqueiro pousou delicadamente Diana sobre a sua cama, deitando-se de seguida junto dela, abraçando-a, acariciando o seu fervilhante corpo, tateando no seu cabelo desalinhado pelo vento do prazer, beijando violentamente os seus lábios.

                Até que por fim, o calor do momento primaveril aliado às deliciosas ondas espumosas do corpo magicamente definido da morena sopraram as vestes dos dois heróis, espalhando-as pelo chão limpo do quarto escuro e aquecido pelo vendaval do desejo. A jovem mexeu-se desconfortavelmente, sentindo o perfeito corpo de Clint envolver o seu sem restrições, barreiras, discussões ou qualquer outro obstáculo.

— Tens a certeza de que é isto que queres? – Questionou o louro respirando com dificuldade.

— Sim, eu quero. – Decidiu Diana, já era tarde para arrependimentos ou para recuos.

                Os dois entraram numa dança corporal movida pelo desejo incontrolável, pelo prazer surreal, pela ardente paixão desmedida e temporária, abrindo caminho até ao mundo dos sonhos através de uma longa e quente estrada de fortes abraços, beijos violentos, selvagens e caprichosos, lambidelas doces e salgadas, suores de luta, fúria e cumplicidade. Depois de tantos turbilhões de emoções impensáveis e não planeadas os dois caíram no imperturbável mundo dos sonhos, entregando-se às maravilhosas fantasias das suas mentes confusas, unindo-se numa sintonia perfeita e aparente trancados pelos fortes laços do inconstante e temporário amor imperfeito.

                Algures num outro qualquer quarto o Capitão América dava voltas inquietas na sua solitária cama, vagueando pelo vasto e espinhoso caminho que cruza as preocupações do passado com as preocupações do presente, transformando-as em futuras incertezas.

                Qual será o desfecho desta noite de loucura? O que perturba o sono do bravo herói?


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Notas finais do capítulo

O Gavião Arqueiro para se libertar do stress, da pressão e dos deveres da sua vida de herói pratica habitualmente corridas de carros puníveis por lei.



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