Jake Caius sempre esteve ao meu lado, em todos os momentos. Ele se mudou para casa do quarteirão em frente à minha casa há um ano, eu o via sempre olhando pela janela, ele quase nunca saia, mas uma vez estava chovendo, eu decidi ir chamá-lo para tirar ele de lá e conhece-lo, como eu tinha apenas doze anos, eu queria ter amigos como todo o resto, bati na porta duas vezes ele abriu depressa, como se tivesse esperando a minha visita, Ele me olhou com vergonha e sorriu eu o puxei para fora e fomos brincar na chuva. Desde então todas as vezes que chovia Jake aparecia em minha casa ou eu ia a casa dele.

Fomos matriculados na mesma escola, já éramos novos na cidade, a escola era bem legal e todos os dias eu voltava pra casa junto com Jake e os pais deles. Uma noite ás 23:45am senti uma dor nada agradável no peito, eu estava na janela olhando o relógio vendo a hora passar para ser a primeira a comemorar meu aniversário, um pensamento meio tosco mas é meu jeito. A dor aumentou a exato 00:01am tive falta de ar, e daí fui ao médico.

Fui diagnosticada com insuficiência cardíaca aos treze anos de idade, uma notícia nada legal para minha família. Depois desse dia comecei a ir ao hospital quase todos os dias em que me lembro, não brincava mais e nem nada, só ficava em casa olhando pela janela, Jake vinha me visitar bastante. Nos dias em que eu me sentia bem, eu ia para a escola junto com ele e na escola, ele esperava eu sair da sala para irmos juntos para casa era isso todos os dias eu me sentia bem. Até que um dia nós fizemos dezesseis anos e então chegamos ao temido ensino médio, onde os outros adolescentes eram estranhos aos nossos olhos, já que éramos novatos. Naquele ano algumas coisas mudaram entre mim e Jake, ele fez novas amizades e eu também mas o carinho entre nós ainda era o mesmo. Em uma tarde em que estávamos voltando para casa senti um desconforto, uma falta de ar terrível, Jake ligou para meus país e corremos para o hospital. Não me lembro de muita coisa por que assim que cheguei eu desmaiei, mas me lembro de um rosto, um garoto estranho que eu nunca vi, ele estava com o braço enfaixado e estava me olhando fixamente como se quisesse ajudar.

No dia seguinte eu havia saído cedo, então decidir ir buscar Jake, e o garoto estranho do hospital estava lá, parado na porta da sala, perguntei o nome dele, Oliver Bruce e ele tinha um sorriso lindo. Oliver era o tipo de garoto que aparentava não estar nem aí para o mundo, andar de skate fazia ele relaxar, era a maneira dele de dizer que temos nossa liberdade. Conversamos bastante, ele morava a cinco ruas da minha casa e era um ano mais velho que eu. Oliver quase não ia para a escola, mas ele era inteligente o bastante. Um dia matamos aula para conversar, ele guardou uma barra de chocolate na jaqueta, o chocolate derreteu todo, então fomos comprar mais um ele fez questão. Depois de cinco barras de chocolate eu já o conhecia como ninguém e ele me conhecia também, numa noite saímos e ele disse que gostava de mim então nos beijamos e depois de um tempo começamos a namorar, eu o amava e ele me amava também, mas por um lado Jake se afastou de mim, em um dia de chuva ele havia jogado pedras em minha janela e gritou “eu te amo!” eu fiquei sem reação e não respondi nada, não havia como. Eu amava os dois e jake não sabia, então ele se afastou se afastou de mim.

Passaram-se meses e as coisas foram melhorando para mim e minha família. Meus pais aceitaram o namoro com Oliver e jake voltou a falar comigo.