Por trás das lentes escrita por Megan Queen


Capítulo 40
Heart Killer


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!!!!!!
Depois de alguns anos-luz, eu estou de volta!!! :)
Gente, minha vida está um caos completo por causa do monte de trabalhos que estou tendo de fazer e planejar (admito eu sou CDF e não gosto de fazer nada que não seja bom...haha)
Mas, eu estava sim de olho nos reviews e muito feliz pelo acompanhamento nas duas fics...♥
Primeiro de tudo...
MILIIIIII, MUUUITO OBRIGADA PELA RECOMENDAÇÃO MAIS QUE PERFEITA QUE VC FEZ!!! Como sempre eu ri muito, mas dessa vez, meus olhos encheram de lágrimas por todo o carinho que vc tem por mim e por minhas histórias, sempre me motivando bastante ~nem que seja por MP's me ameaçando de morte...kkkk "EOPQ"... ri alto já que pra bom entendedor meia palavra basta...kkkkk~
Enfim, eu dedico este cap pra vc apesar de achar que você vai querer me matar depois e...sem spoiler! ;)
E também à minha amiga, Emily Queen pela linda resenha que fez do cap anterior no seu review...~assim que as coisas acalmarem por aqui responderei, ok?~
Muito obrigada a cada uma das lindas que tem comentado! Se não respondi algum, logo o farei!
Por fim, eu percebi que estava enrolando muito nesse final ~apego com a fic e dó de terminar...kkk~ então resolvi desenrolar logo as coisas e arrancar todos os curativos de vez para quem sabe acabar daqui a 5 caps ~QUEM SABE, NÉ? Talvez eu acabe esticando mais....
Enfim...
Boa leitura!



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Felicity Smoak

Corro até a sala rapidamente, parando em frente a porta com uma sensação doce no peito ao constatar que apenas ela me separa de Oliver.

— Você não quer que eu arrombe isso aqui, quer? – a voz dele soa abafada do outro, me despertando.

Rio de suas palavras e destranco a porta, abrindo-a e dando de cara com o loiro, que tem as mãos no bolso e um sorriso de menino nos lábios.

— Idiota. – falo, rindo e me jogando em cima dele, que me suspende, fazendo com que minhas pernas abracem sua cintura. – Eu senti tanta saudade! – murmuro contra seu pescoço, à medida que ele entra e fecha a porta com o calcanhar.

— Por que você é tão teimosa, hein? – beija meu ombro, me pondo no chão. – Não vê que não conseguimos ficar longe um do outro? – questiona, enlaçando minha cintura e cobrindo meu rosto de beijos, o que arranca um sorriso meu.

— O céu é azul, a grama é verde e Felicity Smoak é teimosa! – retruco com uma piscadela e ele dá uma risada alta. – Acostume-se. – digo, dando de ombros e lhe roubando um selinho antes de puxá-lo pela mão para meu quarto. – Não dá pra mudar. – acrescento, quando adentramos o cômodo.

— Nossa, loirinha, direto pro quarto? – ele debocha, assim que eu fecho a porta. Vamos com calma, o.k.? Ah, e nada de sado ou qualquer coisa que envolva algemas e chicotes... – ele abre um sorrisinho provocativo.

— Safado! – dou um tapa em seu ombro, rindo e revirando os olhos. – Te trouxe pra cá porque a cama é mais confortável que o sofá. – ele arqueia uma sobrancelha com um sorriso de canto cafajeste, após minhas palavras. Coro. – Não estou falando de ser confortável para o que você está pensando! – ergo um indicador. – Não que não seja melhor pra isso também... Mas não estou falando disso! – corto a mim mesma quando minha mente começa a divagar sobre coisas não tão puras. Fecho os olhos para recuperar meu raciocínio. – Eu ia ver um filme! – aponto, abrindo os olhos e vendo Oliver concordar com a cabeça, um sorriso divertido em seus lábios. – É mais confortável assistir aqui. – explico. – Pensei que pudéssemos fazer um programa de casal normal... Apesar de estarmos bem longe de ser um... – meneio a cabeça.

— Com certeza. – Oliver assente, ao mesmo tempo que tira os sapatos e caminha até a cama, se livrando da jaqueta de um modo totalmente sexy antes de sentar no colchão.

Santo Google! No dia em que a beleza foi distribuída, Oliver entrou na fila umas 5 vezes!— mordo o lábio inferior, observando-o ajeitar-se contra a cabeceira.

— Esse olhar somado à essa camiseta não estão ajudando no seu plano de fazermos um programa de “casal normal”... – a voz enrouquecida de Oliver me tira de meu transe e eu sinto todo o meu rosto esquentar. – Se você realmente quiser apenas assistir um filme, sugiro parar de me encarar dessa forma... – ele acrescenta, sério.

— Oh. O.k.! – balbucio, indo até o aparelho de DVD e colocando o filme de forma atrapalhada. – Não me responsabilizo pelo que vamos assistir. Foi Sara quem trouxe. – aviso, me voltando para meu namorado, que ergue a sobrancelha, confuso. – Ela e Tommy brigaram, então as chances de ser algo totalmente meloso são gigantescas! – explico e ele gargalha.

— Não tenho problemas com isso. – dá de ombros. – Quanto mais entediante for o filme, mais tempo vamos ter pra namorar enquanto assistimos. – pisca um olho, malicioso, e eu rio, pegando o controle e indo até a cama.

Engatinho sobre o colchão e me aconchego ao lado de Oliver, que me puxa para deitar a cabeça em seu peito.

— Eu realmente preciso perguntar a Thea que perfume é esse! – penso em voz alta, aspirando o cheiro no algodão da camiseta. Ele solta uma risada curta e beija o topo da minha cabeça, enquanto seleciona o idioma do filme e põe pra iniciar. A Última Música— Como disse, meloso. Mas até que eu gosto.

— Por falar em Thea... – Oliver murmura, acariciando minhas costas, num tom preocupado. Aí vem coisa...— Ela tem estado estranha nos últimos 2 dias... – ele coça a cabeça e eu engasgo com minha própria saliva. – Felicity... – se afasta um pouco para me encarar, parecendo se dar conta de algo. – Você... – seus olhos se arregalam e meu coração falta pular pela boca. – Você acha que Thea pode estar grávida? – questiona e me seguro para não soltar um suspiro muito alto de alívio.

— O quê?! Por que acha isso? – quero saber, ambos ignorando o começo do filme.

— Bom... – ele suspira, parecendo mais calmo por não ter ouvido uma confirmação da minha parte. – Ela passou o dia de ontem tagarelando sobre bebês e enxovais. Eu até pensei que fosse porque Lyla está a duas semanas do parto. – dá de ombros.

— Pode ser isso. – tento despistar, com uma vontade insana de esganar minha cunhada.

— É. Mas não parou por aí... – ele ergue o indicador e começo a me preocupar. – Hoje de tarde ela me perguntou o que eu acharia de ter um novo Queen a caminho. – continua, concentrado demais em sua fala, e eu seguro um palavrão na ponta da língua. – Respondi que ainda não tinha pensado a respeito, já que mamãe não pode ter mais filhos há um bom tempo. Além disso, eu e você nunca conversamos sobre esse assunto. – ele faz um gesto entre nós dois e prendo a respiração. – Daí, ela ficou com um olhar bem estranho. E se ela não estivesse falando da gente, mas de Roy e de si mesma?

Claro, Oliver! Thea nem sequer pensou na gente com essa história toda...— retruco mentalmente, começando a roer as unhas.

— Não acho que ela esteja grávida. – recupero minha voz ao ver a preocupação crescer em suas feições. – Thea me contaria se estivesse. – acrescento e depois de um momento, ele concorda com a cabeça.

— Tem razão. – diz, coçando o queixo. – Às vezes eu não entendo Thea...

— Bem vindo ao clube. – tento fazer piada.

— Essa foi estranha demais até pra ela... – ele continua pensativo, para meu desespero, e começo a fazer promessas silenciosas ao perceber as engrenagens de seu cérebro trabalhando a todo vapor. – Quer saber? Acho melhor eu esquecer isso. – ele sacode a cabeça. – Thea contaria a você algo desse tipo e tenho certeza de que você não esconderia de mim se estivesse grávida. – dá um riso nervoso, me encarando, e eu engulo em seco. – Esconderia?

Respiro fundo.

— Eu não estou grávida! – exclamo, rápida, começando a me estressar.

— Calma! – Oliver ergue as mãos, assustado com minha rispidez. – Eu não disse isso! – esclarece e me permito relaxar. – Apenas disse que quando isso acontecer... – arregalo os olhos ao vê-lo planejando um futuro junto comigo. – Sim, Felicity, eu penso nisso. Em formar uma família...Uma família com você! – meus olhos enchem de lágrimas. Céus! Meu humor está terrível. TPM, só pode! — E quando você engravidar, quero ser o primeiro a saber! – diz seriamente. – Afinal, esse será o nosso milagre! – conclui, acariciando minha bochecha.

— Oliver! – falo com a voz embargada. – Por que você tem que dizer essas coisas tão bonitas? – fungo e ele ri. – Eu te amo! – exclamo, me aproximando para beijá-lo.

A intenção era que fosse um beijo curto, mas no momento em que nossos lábios se tocam, essa deixa de ser uma opção. Oliver rapidamente me puxa para seu colo, minhas pernas se encaixando ao redor de seu corpo e suas mãos, uma enroscada nos cabelos de minha nuca, a outra descendo por minhas costas e fincando-se em minha coxa direita.

— Senti saudades disso... – ele murmura contra a base da minha orelha, distribuindo alguns beijos e mordidinhas por ali. – De te sentir tão perto, tão minha. De ter você em meu colo... – sopra as palavras sensualmente, me arrepiando e mordiscando meu queixo. – Eu amo você! – diz, nos girando e ficando sobre mim, me fazendo gargalhar.

— O que foi? – pergunto, quando percebo que ele parou no lugar, me observando com atenção, enquanto seus dedos fazem pequenos círculos distraídos em minhas pernas.

— Nada. – ele balança a cabeça numa negativa. – Adoro seu sorriso. – afirma, seu polegar delineando meus lábios e pressionando o inferior para baixo, entreabrindo-os. – No dia em que nos conhecemos, lembro de ter me surpreendido com o que senti ao te ver sorrir. – continua, viajando nas lembranças e me levando junto. – Quero dizer, você já é uma pessoa naturalmente fascinante. Mas, quando você sorri... Eu não sei dizer. Sinto como se tivesse a obrigação de fazer algo para tornar a ver esse sorriso! – seu olhar encontra o meu, brilhando. – Acho que não conseguiria viver num mundo onde não pudesse ver Felicity Smoak sorrir. – conclui e tenho certeza de já estar com um sorriso bobo para ele, que me dá um selinho demorado antes de nos virar novamente, recostando-se à cabeceira da cama, comigo sentada entre suas pernas. Franzo a testa, confusa por sua atitude. – Programa de casal normal. – ele informa com uma piscadela e eu rio alto.

Voltamos a prestar atenção no filme, mas vez por outra percebo que Oliver rejeita algumas ligações no celular, o que me intriga. Não me considero uma pessoa ciumenta, mas acho que todas as minhas inseguranças sobre mim mesma, me tornaram naturalmente desconfiada. Por mais que Oliver faça questão de sempre lembrar o quanto me ama, há aquela parte d mim que tem medo de que ele encontre alguém melhor ou mais interessante.

— No que está pensando? – ele beija meu ombro, ao perguntar.

— Nada. – digo rapidamente, sem desviar o olhar do filme.

Sweet... – ele começa, mas antes que possa concluir, ouvimos a campainha. – Eu atendo. – suspira, me afastando levemente para sair da cama, me fazendo resmungar baixinho. – Deve ser a pizza  que pedi. – explica e eu assinto, entendendo. – Pode segurar meu celular, por favor? – pede, me entregando o aparelho. – Já volto. – beija minha testa  antes de sair do quarto.

Oh, boy...— encaro o celular como se ele queimasse minha palma, curiosidade me corroendo.

Depois de alguns segundos, a parte curiosa vence a racional e eu ligo a tela.

Surpreendo-me ao ver uma foto minha com Thea sentada em meu colo, as duas rindo uma da outra. Isso é o bastante para fazer meu coração aquecer. Lembro-me das inúmeras vezes em que Oliver me agradecera por ter entrado não só em sua vida, mas também na de sua irmã. Depois de tão pouco tempo, já via os Queen como minha família e apesar de temerosa, também tenho muita vontade de conhecer Moira, de quem ambos me falavam sempre com adoração.

Por um momento, sinto-me culpada pela desconfiança que me assaltara há pouco. Oliver jamais me deu motivos para desconfiar dele, sempre fora completamente sincero comigo e agora, aqui estou eu, procurando motivos para fazer exatamente isso.

— Helena. – ouço sua voz rouca e me viro para a porta, vendo-o escorado nela de braços cruzados. – Era ela quem estava me ligando. – aponta o celular com a cabeça, me fazendo corar por ter sido pega no flagra.

— Sua ex-noiva, que te traiu em rede nacional com seu primo? – questiono, só depois me dando conta do que falei. – Desculpe. – peço, sem-graça.

Para minha surpresa, Oliver ri.

— No meu carro. – acrescenta. – Esqueceu desse detalhe. – brinca, caminhando até sentar na beirada da cama, à certa distância de mim.

— Por que ela estava te ligando? – a pergunta escapa de minha boca antes que eu possa contê-la. – Digo, deve haver alguma regra que diz que após uma traição épica daquelas, deve-se no mínimo ter a decência de manter distância... – tagarelo.

Ele suspira.

— Há uma semana, ela resolveu surgir com a ideia insana de que podíamos tentar ser amigos. – conta, me surpreendendo. – Digamos que minha paciência não está das melhores graças a isso. A garota sabe ser insistente...

— Hmm... – murmuro, tentando esconder meu incômodo por causa da situação.

Sweet... – Oliver chama, pegando uma das minhas mãos. – Ela não significa nada para mim! – afirma. – Acredite.

— Eu acredito. – retruco rapidamente.

— Felicity... – ele suspira. – Eu sei que você tem inseguranças a nosso respeito. – abro a boca para protestar, mas ele aperta minha mão, pedindo que o escute. –Todas as vezes em que o celular tocou e eu recusei a ligação, deu pra perceber seu incômodo aumentando. Eu realmente esperei uma pergunta sua, mas você preferiu alimentar a desconfiança em silêncio. – seu olhar ganha um brilho triste. – Não entendo o que fiz para fazê-la achar que eu mentiria. – diz.

— Eu não... – começo, culpada.

— Sim, você achou. – ele me corta, com o semblante cansado. –Tanto que quando eu saí, decidiu verificar por si mesma ao invés de me perguntar. – aponta.

— Desculpe. – peço, me aproximando deliberadamente dele, sentando em seu colo e enterrando a cabeça na curva de seu pescoço. – Não devia ter desconfiado de você. – murmuro, minha voz saindo abafada contra sua pele quente. – É só que... eu tenho tanto medo de não ser boa o suficiente para você. – confesso e ele suspira, seus braços me envolvendo e uma de suas mãos apertando minha cintura. – Não suporto a ideia de te perder e mesmo assim, não consigo evitá-la.

— Felicity... – Oliver chama, me fazendo encará-lo, e põe sua mão grande na lateral de meu rosto. – Eu preciso que entenda uma coisa: Eu amo você! – fala devagar, os olhos presos nos meus. – Não vai ser Helena, seu passado, meu passado ou qualquer pessoa e coisa que vão me fazer desistir do melhor sentimento que já abriguei dentro de mim! – seu semblante é sério e firme. – Por favor, acredite nisso!

— Eu acredito no seu amor, Oliver. – minha voz soa rouca. – O que não sei é se sou digna de recebê-lo. – admito.

— Apenas me responda um coisa. – ele pede e eu assinto. – Você me ama?

— Claro que sim! – exclamo sem pensar muito.

— O resto deixa de importar depois disso. Você me ama e eu te amo! É mais simples do que parece na verdade. Eu não me preocupo com o que você fez no seu passado, por mais sujo que ele tenha sido. O importante pra mim é o quanto estou apaixonado pela mulher que você é, apesar de tudo. – ele afirma, segurando minhas mãos entre as suas, meus olhos transbordando. – Só o que te peço é: Me deixe amar você!

Olho nos olhos de Oliver e vejo a súplica presente em suas íris claras. Ao mesmo tempo em que desejo jogar tudo para o alto e aceitar o que ele me oferece, sei que existe uma última coisa me prendendo.

Lembro-me das palavras de Sara e, apesar de seu pedido, não consigo evitar o tom de autocondenação ao despejar a verdade que me sufocou durante todos esses meses:

— Eu o matei. – solto e Oliver franze o cenho, confuso. – Cooper. – esclareço. – Eu o matei. Eu decidi matá-lo. Eu mirei a arma em sua cabeça e eu puxei o gatilho! – pequenos filetes de lágrimas deslizam por minha face sem permissão. – Não pensei duas vezes antes de escolher tirar a vida do homem que amei por quase 2 anos! – vejo o rosto de Oliver empalidecer aos poucos, meu coração se quebrando ao constatar que tudo irá mudar após isso, mas continuo. – E, antes da culpa que me consumiu desde então, o único sentimento que tive ao vê-lo cair morto aos meus pés foi alívio. – confesso, num soluço, as mãos de Oliver soltando as minhas, enquanto ele assimila tudo que digo. – Pensei que fosse incapaz de amar novamente depois disso. Mas aconteceu e eu não pude fazer nada para evitar. – dou de ombros com tristeza. – Mas agora a questão é: Você consegue amar uma assassina, Oliver Queen? – faço a pergunta apesar de já ter uma ideia de qual será a resposta.

Assassina. Eu acabara de matar minha felicidade e o amor do homem que curara grande parte de minhas feridas...


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Notas finais do capítulo

Pois é... sem comentários da minha parte, já falei de mais!
Mas aguardo pra saber o que acharam do início da reta final de PTdL! :)
E, meninas que comentam MM e eu não respondi o review, assim que tiver tempo o farei!
Xero ♥