Por trás das lentes escrita por Megan Queen


Capítulo 37
Capítulo 36


Notas iniciais do capítulo

E aí, povo lindo?
Cá estou com mais um cap da nossa fic!! :)
Espero q gostem!
Queria agradecer de coração aos comentários do cap anterior, apesar de dizer q senti falta de algumas leitoras :(
Não esqueçam de deixar seus reviews, é muito importante pra mim e, fantasminhas, eu não mordo, ok?kkk
Boa Leitura!



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Sara Lance

Acordo com a sensação de estar sendo observada. Encolho-me mais entre os braços de Tommy, piscando os olhos várias vezes para acostumá-los à claridade do quarto devido às cortinas abertas.

Espera só um minutinho aí... — minha mente desperta de uma vez. – Se Thomas está ao meu lado, quem abriu as cortinas?

Meus olhos percorrem o quarto minuciosamente e eu sento de uma vez na cama ao ver a pessoa sentada ao lado da escrivaninha de Tommy.

— THEA! – grito, me cobrindo até o pescoço com o edredom e acordando Tommy, que quase cai da cama com o susto.

— Bom dia, casal. – Thea cumprimenta casualmente, como se não estivesse no nosso quarto, com nós dois cobertos apenas pelo lençol.

— O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI? – grito novamente e ela juntamente com seu irmão, que ainda está atordoado e confuso, cobrem os ouvidos com as mãos.

— Ela sempre acorda tão mal-humorada? – a Queen/Merlyn pergunta a ele, que simplesmente dá de ombros, me fazendo pensar que provavelmente não era a primeira vez que Thea fazia o que estava fazendo hoje.

— Não, Thea! – respondo. – Eu só estou assim hoje porque, por um acaso, eu tenho uma cunhada pra lá de intrometida que desconhece o significado da palavra privacidade, isso se ela sequer conhece a palavra em si! – acrescento, me sentando e prendendo o lençol debaixo dos braços, enquanto Tommy apenas se deita de bruços e volta a dormir, resmungando algo ininteligível.

— Ossos do ofício, Sarinha. – Thea dá um aceno displicente com a mão e eu bufo alto. – Tome isso. – joga um vestidinho amarelo com estampa floral azul e verde, que estava em seu colo, em cima de mim. – Vista, se maquie, calce uma sapatilha e desça. Estarei te esperando na sala. – ela fala, se levantando. Arregalo os olhos. – Caitlin está tocando o terror na minha vida desde que me responsabilizei pela organização do casamento e, além do mais, hoje será a primeira prova dos vestidos da noiva e das damas de honra. – ela explica, entediada.

— Não poderia ter simplesmente me ligado ou, sei lá, mandado uma mensagem? – pergunto, incrédula.

— Claro que poderia! – ela responde, rápida, revirando os olhos. – Mas aí eu perderia toda a parte da diversão... – dá uma piscadela e sai do quarto saltitante.

— EU VOU MATAR VOCÊ, THEA QUEEN! – rosno, ouvindo sua risada se distanciar.

— Sara, amor, juro que te amo. – Tommy fala, sua mão alcançando meu braço e acariciando a pele. – Mas gosto de ser capaz de ouvir sua voz, o que nesse ritmo, você vai tornar impossível. – dá um tapinha leve e carinhoso. – Então, antes que me ensurdeça com seus gritos adoráveis, faça logo o que Thea pediu, o.k.?

Bufo, revirando os olhos, e me levanto.

— Thomas? – chamo, da porta do banheiro, e ele abre apenas um olho. – Não foi a primeira vez que Thea invadiu seu quarto sendo que você tinha companhia, foi? – questiono e vejo um sorriso preguiçoso se abrir em seus lábios.

— Você não ia gostar da resposta. – é tudo o que ele diz, me fazendo suspirar.

Jamais deveria ter subestimado essa garota!— penso, olhando meu reflexo no grande espelho que há sobre a pia e sacudindo a cabeça, resignada.

~*~

Estamos dentro do carro, com Diggle ao volante e Thea ao meu lado no banco de trás.

Estou de braços cruzados e com minha melhor expressão de quem está prestes a cometer homicídio.

— Vai ficar assim até quando? – ela me observa, curiosa.

— Ainda não decidi. – dou de ombros, evitando encará-la.

— Você sabe que eu vou infernizá-la até você parar de me ignorar, não sabe? – pergunta em um tom meigo nada condizente com sua ameaça.

Vejo o sorriso divertido de Dig pelo retrovisor.

— Por experiência própria e nada agradável, devo acrescentar... – ele se manifesta. – Aconselho você a fazer logo as pazes com a srt.ª Queen, srt.ª Lance... – aconselha, com um ar sorridente.

— Ora Dig... – Thea faz um tom manhoso nada convincente. – Não é como se eu já o tivesse atormentado alguma vez...

Diggle ri alto.

— Srt.ª Queen, não me faça contar a Sara como você conseguiu o posto de futura madrinha da minha filha. – murmura, encarando-a com diversão evidente, mesclada a um carinho quase paterno pela garota.

— Ah! Pode parar, tá legal? – ela bufa. – Você já ia me convidar, eu só dei o empurrãozinho para fazer você se tocar que essa garota não podia ser afilhada de outra pessoa.

— Thea querida... – Dig assume um tom condescendente. – Você passou três semanas consecutivas perguntando se eu e Lyla já havíamos decidido quem iriam ser os padrinhos do bebê. E depois que descobrimos que era uma menina, você chegou a dar de presente um enxoval inteiro bordado com a frase “Princesa da madrinha” e uma pequena coroa dourada nada sutil. – ele dá um riso pelo nariz.

— Às vezes você me dá medo... – murmuro encarando o sorriso divertido de minha cunhada.

— Eu apenas sei lutar pelo que quero... – ela dá de ombros. – E, aliás, se não fosse por esse motivo, você e Tommy ainda estariam separados e insuportáveis até hoje! – ela recorda.

— Você não existe. – reviro os olhos e ela gargalha.

— Pra sorte de vocês, sim eu existo. – ela rebate, me abraçando manhosa. – Vamos lá, Sara. Não pode ficar com raiva de mim por uma bobagem... – faz uma vozinha engraçada e eu mordo o lábio inferior para segurar o riso.

— Apenas prometa que da próxima vez vai me ligar ao invés de invadir o quarto de Thomas daquela forma. – sentencio e ela suspira.

— Odeio ter de fazer promessas complicadas. – murmura. – Mas tudo bem, eu prometo, cunhadinha. – ela me lança um olhar pidão.

— Está perdoada. – digo, afagando seus cabelos. – Agora desgruda. – a empurro pelos ombros.

— Affe! – ela bufa, se afastando. – É por essas e outras que Licity é a minha cunhada favorita. – torce o nariz.

— Lis ainda não é sua cunhada. – retruco.

— Pra você ver... - ela estala a língua, sarcástica.

Dig solta uma risada sonora com o último comentário de Thea, antes de estacionar o carro, indicando nossa parada.

— Você é terrível! – balanço a cabeça, mesmo que com um sorriso nos lábios.

— Sara, por favor me ame menos! – ela estala um beijo na minha bochecha, saltando para fora do veículo antes de mim.

— Ela é terrivelmente adorável, não acha? – Dig aponta  com a cabeça na direção dela e eu assinto sorrindo. Não há como não amá-la. – Só espero que minha filha não herde tanta energia quanto a da madrinha... Para mim basta o seu coração de ouro. – acrescenta e novamente vejo o carinho paternal por Thea em suas palavras.

— Já escolheu um nome? – pergunto e ele franze a testa, sem entender. – Para a bebê, eu quis dizer. – explico e ele nega com um sorriso.

— Lyla quer esperar pelo nascimento. – dá de ombros. – Ela acha que o momento terá uma grande relevância na hora da escolha.

— Tenho certeza de que ela será maravilhosa. – afirmo. – E logo logo estaremos babando em cima da pequena Diggle. – acrescento e ele ri abobado.

— Lyla já está quase completando o nono mês, mal posso esperar para ter minha princesinha nos braços. – fala, com o olhar brilhante.

Me pego pensando em como Tommy ficaria estonteado com a chegada de filhos. Imagino uma menina de cabelos negros como os dele e olhos âmbar como os de minha mãe e que o teria por completo em suas pequenas mãozinhas. Ou quem sabe um garotinho loiro como eu, com meus olhos e o sorriso de Tommy nos lábios, me enlouquecendo com suas traquinagens.

Sacudo a cabeça, espantando esses pensamentos de um futuro tão incerto ou distante, na melhor das hipóteses. Apesar de adorarmos crianças, não acho que eu ou Tommy já estejamos prontos para uma responsabilidade assim. Mal consigo cuidar de mim mesma!

— Sabe... – a voz de Dig me chama à realidade. – Acho que você daria uma excelente mãe.

— Por que acha isso? – pergunto, com um sorriso leve.

— Intuição, talvez. – ele dá de ombros e eu assinto, saindo do carro e me despedindo dele ao ver Thea com as mãos na cintura, ao lado de Cait que parece estar pirando totalmente, na calçada.

— Cait! – digo, a abraçando de lado. – Como vai?

— O de sempre, né, Sara! Pirada! – ela responde ácida.

— Credo, você está um bombonzinho de alho, Snow! – falo pra ela que franze os lábios, irritada, para depois suspirar pesadamente. – Mas nós, principalmente Barry continuamos te amando mesmo assim! – afirmo e ela dá um sorriso fraco ao ver o assentimento da Queen caçula. – Vai dar tudo certo, Cait! – a encorajo.

— Obrigada, meninas! – ela aperta nossas mãos. – Não sei o que seria de mim sem vocês!

— Uma noiva descabelada e treslouca que acabaria com a paz de Barry. – Thea murmura e ela finalmente gargalha.

E é por isso que, apesar dos pesares, eu amo essa baixinha!

— Cadê Felicity? – a médica pergunta, olhando ao redor. – Ela não veio mesmo para a prova dos vestidos? – sua voz soa magoada ao perceber a ausência de nossa outra loirinha. – Ela prometeu que viria aqui ao menos para isso.

— Felicity é uma amiga desnaturada, isso sim! – Thea estala a língua, desgostosa, talvez pelo fato de seu irmão e Lis terem mandado somente uma mensagem de áudio para cada um de nós anunciando que chegariam apenas hoje e desligado seus celulares logo após. Só Deus sabe o quanto Thea odeia ser ignorada. Deus e Roy, que teve de ouvir os resmungos intermináveis da namorada ontem.

— Quem é desnaturada, Thea? – ouvimos a voz doce tão conhecida por nós e nos viramos juntas para vê-la saindo de um táxi, com um sorriso provocativo e enorme, sozinha. É claro que ela não se exporia com Oliver pela cidade. — penso comigo mesma.

Caitlin pula em cima dela assim que a mesma chega próximo de nós, quase a derrubando no processo.

— Que saudade que eu estava de você, Loira! – murmura, ainda apertando-a e ouvimos a risada melodiosa de Felicity em resposta.

— Também estava com saudades de você, amiga! Não sei como sobrevivi sem ter você pra me dizer que devo mastigar bem antes de engolir a comida a cada refeição... – provoca e Cait ri alto, soltando-a. – Também senti saudade de você, Sara. – ela me encara, saindo de perto da morena para me abraçar.

— Não mais do que eu senti de você, barbie... – retruco, apertando-a.

— Eu sei o que você fez. – murmura em tom baixo e ameaçador quando nos afastamos um pouco e eu arregalo os olhos engolindo em seco. – Muito obrigada! – ela exclama, me abraçando com mais força dessa vez e me surpreendendo, mas logo retribuo o abraço, feliz que tudo esteja bem outra vez.

— Dá pra parar de monopolizá-la, Sara? – Thea resmunga, chateada. Claro! Não seria Thea se não o fizesse...

Felicity se afasta de mim com um sorriso e vai até a irmã caçula de Oliver.

— Nos vimos anteontem, Queen! – lembra e a outra revira os olhos. – Mas tem algo que queria muito te encontrar pra dizer... – fala, segurando-a pelos braços com delicadeza. – Muito obrigada por tudo que me disse! – agradece, abraçando-a com força e sussurrando em seu ouvido. – Será um prazer te chamar de cunhada! – se afasta e lhe dá uma piscadela, diante do olhar arregalado da mais nova. – Shiusss! – põe um dedo sobre os lábios, pedindo silêncio ao perceber que Thea está prestes a dar um de seus surtos gigantescos.

A garota põe as duas mãos sobre a boca e começa a pular freneticamente, fingindo abafar vários gritos eufóricos.

Sorrio com a cena, juntamente de Caitlin, trocando um olhar significativo com ela.

Finalmente as coisas estão dando certo para todas nós! — reflito, com um sorriso satisfeito brincando em meu rosto.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Aguardo seu feedback, meninas!
Nem vou me delongar mais aqui pq o sono já está batendo...kkk
Nos vemos nos reviews!
Xero