Por trás das lentes escrita por Megan Queen


Capítulo 36
Capítulo 35


Notas iniciais do capítulo

E aí, gente!
Demorei um pouquinho mas estou de volta!
E queria agradecer do fundo do meu coração aos lindos comentários que recebi no último cap! Vcs são mesmo uns amores e sempre me incentivam bastante!
Obrigadaaaaa!
Esse cap está mais amorzinho e tal, mas gostei bastante de escrevê-lo, então espero que gostem e comentem, ok?
Eu gostaria de dedicá-lo a três pessoas em especial: Mili Olicity ~ainda estou me recuperando do seu review surtado e perfeito~, Regina Merlyn ~não faz ideia do quanto vc me incentiva, flor!~ e Emily Queen, minha amiga diva que sempre me emociona com suas resenhas lindas ~assim que puder e tiver tempo, respoderei seu review, ok?~
Como sempre, incentivo a deixarem seus reviews, favoritarem e, se puderem, recomedarem a fic e me alegrarem ainda mais!
Boa leitura!



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Felicity Smoak

Acordo com uma sensação de paz infindável dentro do peito como há muito tempo não sentia. Ainda de olhos fechados me aconchego mais ao calor do corpo ao meu lado, sentindo o atrito suave entre nossas peles.

Falando em corpo...

Abro meus olhos devagar ao lembrar-me com nitidez da noite anterior e encontro os olhos azuis-tormenta de Oliver à minha espera, me observando com adoração à medida que ele aumenta o agarre de nosso abraço.

— Oi... – ele murmura com a voz rouca de quando se acaba de acordar e um pequeno sorriso nos lábios, antes de beijar minha testa, num gesto que já se tornava um hábito.

— Oi... – devolvo, pondo uma de minhas mãos sobre seu peito, acariciando suave e inconscientemente. Tenho certeza de que estou com um sorriso bobo no rosto, mas realmente não me importo. – Então, aconteceu. – constato, olhando para nossos corpos, cobertos pelo edredom ocre de Oliver.

— Sim. – ele sorri, seguindo meu olhar. – Fico feliz que tenha acontecido, você não?

— Deixe de perguntas idiotas, Oliver. – reviro os olhos, estalando um tapinha em seu abdômen. – É claro que estou feliz, e muito!

— Me chamando de idiota logo cedo pela manhã? – ele cutuca minha cintura com o indicador e eu sorrio. – Sabe que eu poderia me acostumar com isso todos os dias? – questiona, brincalhão e eu reviro novamente os olhos.

Oliver leva uma de suas mãos ao meu cabelo, que deve estar uma zona de tão embaraçado, e põe uma mecha atrás da minha orelha, olhando em meus olhos e me fazendo suspirar com sua intensidade.

— Quem diria... – murmura e solta uma risada curta pelo nariz. – Nunca imaginei que um dia fosse me apaixonar novamente. E quando isso ocorreu não imaginei que você fosse me dar uma chance. – acrescenta e eu rio.

— Eu realmente sei ser difícil... – admito e ele assente.

— Eu que o diga. – suspira dramaticamente e nós dois gargalhamos. – Mas valeu a pena cada patada que ganhei de você, srt.ª Smoak. E, por mais que eu tenha sofrido horrivelmente com a distância nessas semanas, fico feliz de que ela tenha nos feito cair na real sobre nossos sentimentos. – dá de ombros.

Concordo com a cabeça ainda absorvendo suas palavras. Realmente, não sei quanto tempo levaria para me dar conta do meu amor por Oliver se não tivesse sido obrigada a tê-lo fora de minha vida por umas semanas.

— Eu amo você, Oliver. – afirmo, me inclinando para lhe dar um selinho. Ao me afastar vejo que ele permanece de olhos fechados, um sorriso satisfeito no rosto. – O que foi? – ergo uma sobrancelha e ele me surpreende, puxando-me pela mão e chocando nossos corpos, antes de nos girar de modo a ficar por cima de mim.

— Nunca vou cansar de te ouvir dizendo que me ama, sabia? – ele murmura contra a pele do meu pescoço, depositando alguns beijos no local, me causando uma mistura de cócegas e arrepio e trazendo outro sorriso aos meus lábios.

— Te amo. – repito, apenas para ouvi-lo sorrir contra mim, suas mãos começando a explorar meu corpo por sob o edredom. Suspiro. – Oliver... – murmuro, em tom de aviso quando seus dedos longos e habilidosos aumentam a intensidade de seus toques sobre minha pele, me incendiando em questão de segundos. – Oliver! – exclamo, ofegante, quando ele aperta minhas coxas com força, mordiscando meu pescoço e ombro ao mesmo tempo.

— Hmm? – ele murmura, com falsa inocência e eu cravo minhas unhas em seus braços quando ele força seu corpo grande contra o meu de maneira sutil, me roubando o ar. – Tinha alguma coisa a dizer, sweet? – pergunta e, mesmo tendo seu rosto oculto em meu colo, minhas mãos agarradas em seus cabelos enquanto eu mordo o lábio inferior, posso visualizar seu sorriso cafajeste ao me sentir amolecer abaixo de seu corpo, cedendo aos poucos.

— Esqueça! – exclamo, puxando sua cabeça para mim, atacando seus lábios com urgência numa tentativa de diminuir o calor que está derretendo cada osso meu.

— Só um momento. – ele fala, ofegante, separando nossos lábios e me encarando com os olhos brilhantes, de um azul mais escuro e revolto.

— O que houve? – pergunto, minha respiração acelerada e minhas mãos subindo e descendo por toda a extensão de suas costas enquanto eu me ajeito embaixo dele.

— Esqueci de dizer algo... – ele afirma, com o semblante sério e leva sua boca à minha orelha. – Eu amo você! – sussurra e eu prendo minha respiração, maravilhada como na primeira vez em que ouvi essas palavras de sua boca. Oliver morde meu lóbulo, me fazendo ofegar alto e arranhar suas costas, cujos músculos se contraem ante minhas unhas. – Amo você. – seu fôlego toca minha bochecha, aquecendo a pele. – Amo você com todo o meu coração! – finaliza, sua boca rente à minha, para logo depois cobri-la em um beijo faminto.

Deus, como eu amo esse homem— meu último resquício de razão ou sanidade se esvai rapidamente e eu despenco no precipício que atende pelo nome de Oliver Queen.

~*~

Oliver Queen

— Não quero ir embora. – Felicity resmunga, se enroscando contra mim e entrelaçando nossas pernas sobre o sofá, de onde assistimos um seriado qualquer na TV e jogamos conversa fora.

— Também não quero. – assinto, beijando o topo de sua cabeça e acariciando suas costas. – Parece até que estamos em outra dimensão, sabia? Eu e você, sozinhos, longe de tudo, só curtindo a presença um do outro... Queria isso todos os dias. – afirmo, nostálgico.

— Somos dois... – ela confirma, para logo depois se afastar e caminhar até o frigobar em busca de água. A sigo com os olhos, apreciando a visão.

— Quer água? – ela pergunta por sobre o copo, sem perceber que estou secando suas pernas. – Oliver! – estala os dedos e eu subo meu olhar lentamente até chegar aos seus olhos, encontrando repreensão neles, ainda que mesclada a diversão.

— Sabe... – coço meu queixo, me fazendo pensativo. – Minha camisa caiu melhor em você do que em mim. – aponto e ela cora adoravelmente, puxando para baixo a barra da camisa de botões azul-marinho que eu usava na noite anterior e que tem um ou dois botões faltando pela forma em que foi arrancada por ela.

Sorrio com sua tentativa falha de cobrir mais das suas pernas torneadas e eu a chamo com a mão. Depois de suspirar, ela caminha até mim e, depois de eu bater levemente em minha perna num convite mudo, se senta em meu colo, jogando suas pernas sobre o sofá e cruzando os tornozelos, sua mão fazendo um cafuné delicioso em meus cabelos.

Fecho meus olhos aproveitando o carinho e só os abro ao escutar a risada curta e repentina dela.

— Do que está rindo? – questiono, com um meio sorriso, meus dedos traçando pequenos círculos distraídos em sua coxa esquerda, enquanto ela acaricia minha nuca.

— Thea. – responde simplesmente e eu ergo uma sobrancelha. – Ela vai surtar quando souber que, entre as milhares de roupas que escolheu para mim, eu estou circulando com sua camisa de botões, em que faltam vários botões, aliás... – murmura, pensativa. – Quer saber? Ela não vai nem sonhar que isso aconteceu. A mente de Thea é maliciosa demais para eu ainda lhe fornecer material. – conclui, franzindo a testa e parecendo falar mais consigo que comigo.

— O importante é a minha opinião. – afirmo, chamando sua atenção para meu rosto. – E eu adorei sua escolha de roupas. – dou de ombros, beijando sua bochecha rapidamente.

— Safado. – ela me dá um tapinha leve no peito.

— O que posso fazer? – faço minha melhor expressão inocente. – Você me fornece material. – uso suas palavras e ela revira os olhos, se aconchegando contra mim.

— Não quero que esse dia acabe... – murmura, tristonha.

— Eu estive pensando. – falo e ela vira seu rosto para me encarar. – Você está desempregada e eu sou o CEO da minha empresa. – ela ergue as sobrancelhas, sem entender.

— E?

— E que podemos passar o dia inteiro aqui, sweet! – explico e ela suspira.

— Você disse uma noite, Oliver... – ela recorda. – Essa noite já se transformou em uma manhã...

— Por favor? – faço manha e ela põe a mão na testa, suspirando e fechando os olhos.

— Eu realmente preciso aprender a te dizer ‘não’. – murmura, me lançando um olhar de leve repreensão.

— E eu realmente não acho isso necessário. – retruco com uma piscadela e ela bufa alto, escondendo seu rosto em meu ombro.

— Só mais hoje, Mr. Queen! – cede, sua voz saindo abafada contra minha pele. – Amanhã, às 5:30 da manhã, vamos estar no caminho para Star City sem falta. – avisa e eu bato continência em provocação. – Palhaço!

— E você gosta. – alfineto e ela morde meu ombro como revide. – Ai! – seguro-a pela cintura, empurrando seu corpo levemente para longe, encarando seu sorriso sapeca. – Vejo que de inofensiva você não tem nada! – massageio o local da mordida.

— Sério que só agora se deu conta disso, Queen? – ela arqueia uma sobrancelha. – Sinto dizer, mas é tarde para pular fora. – estala a língua e eu gargalho.

— Como eu disse no primeiro dia, acho que no fundo sou um grande masoquista. – lembro e ela revira os olhos.

— Engraçadinho você, hein? – estreita os olhos.

— Sério que só agora se deu conta disso, Smoak? – a imito e ela morde o lábio inferior, segurando o riso. – Sinto dizer, mas é tarde para pular fora. – concluo, com uma piscadela, e ela gargalha finalmente.

— Você é tão idiota... – murmura entre risos.

— Ainda bem que tenho pelo menos 2 trunfos a meu favor... – retruco e ela me encara, curiosa.

— Que seriam?

— Número 1 e mais importante. – ergo um dedo. – Você me ama. – ela ri. – Número 2. – levanto outro dedo. – Eu tenho uma caixa cheinha de chocolates na geladeira. – concluo, vendo seus olhos brilharem e ela começar a bater palmas animada, enquanto distribui beijinhos molhados por meu rosto. – Sabe, começo a me questionar se o número 1 é mesmo o mais importante. – murmuro e ela me lança um olhar divertido.

— Deus, como eu amo você! – exclama, me beijando rapidamente nos lábios.

— Como eu já disse, você tem problemas sérios com chocolate e continuo achando que fazer terapia é uma boa... – provoco e ela gargalha sonoramente, me deliciando com o som de sua risada que se tornou tão freqüente nas últimas 24 horas.

— Cala a boca, Queen! – fala, se levantando e me puxando junto. – O que está esperando para buscar meu chocolate? – ergue uma sobrancelha, petulante, me fazendo arregalar os olhos. – Não achou mesmo que eu fosse ignorar o fato de estar debaixo do mesmo teto que uma caixa de chocolates, não é? – acrescenta, num tom falso de confidência.

— Você é maluca! – murmuro, caminhando para a porta.

— Problema seu! – ela me mostra a língua num gesto infantil e eu rio alto. – Pense bem da próxima vez que for se apaixonar por uma chocólatra. – acrescenta, me fazendo encará-la, com a porta já aberta.

— Não vai ter próxima vez. – sentencio. – De chocólatra na minha vida basta você! – jogo um beijo no ar e pisco um olho, finalmente saindo após o seu sorriso largo e apaixonado diante das minhas palavras.

Céus! Essa mulher com certeza é a minha perdição!

~*~

Sara Lance

— Cait, eu realmente acho que você deveria mesmo é tomar uma xícara de chá de camomila e pedir pro Barry dormir aí com você... – falo, ao telefone, com minha amiga, a “noiva surtada”.

— Você sabe que eu estou uma pilha com tantos preparativos, Sara! Não dá pra relaxar! E se eu chamar Barry pra cá nesse estado é bem capaz de ele desfazer o noivado e sumir da minha vida... – sua voz se torna chorosa e eu reviro os olhos. – Você é uma péssima amiga, Sara Lance! Como se já não bastasse o abandono da Felicity, agora nem você me agüenta mais! – ela acusa e eu prendo o riso com seu drama.

— Pare de dizer bobagens, Caitlin! Barry te ama e jamais vai cancelar o casamento, além do mais, Felicity chega aqui amanhã. – tento raciocinar com ela. – Já são 9:45 h da noite e você ainda não descansou um só segundo. Você tem que estar relaxada pra não acabar criando rugas, olheiras ou emagrecer em excesso... – aconselho.

— Meu Deus! Eu vou parecer a noiva cadáver no meu casamento... – ela lamenta, me fazendo contar até 10 em busca da paciência de Jó. – Tudo vai dar errado, eu não vou conseguir!

— Se você não parar com esse drama agora mesmo, juro que pego meu carro para ir até aí e defenestrar você! – exclamo.

Tommy ergue a cabeça em minha direção ao ouvir isso e levanta da cama, vindo até mim e se pondo às minhas costas, massageando meus ombros para me fazer relaxar. Me viro para encará-lo e digo um “Eu te amo” sem som antes de voltar a prestar atenção a conversa.

Sara... — Cait volta a choramingar.

— Snow! – corto. – Ligue para Barry agora mesmo e o peça para ir dormir com você antes que eu mesma o faça. Beijo, te amo! Você ainda vai me agradecer por isso, tchau! . – falo rapidamente, desligando o celular na cara dela e suspirando pesadamente. – Nesse ritmo, Caitlin vai se enlouquecer e no processo, enlouquecer a mim, Thea e Felicity! – digo para Tommy, sentindo meu corpo amolecer com a pressão suave que ele faz nos meus ombros.

— Relaxe, amor! – ele murmura, beijando a pele atrás da minha orelha, me fazendo rir. – Eu estarei sempre aqui para mantê-la sã... – assegura. – Ou tirar o resto da sua sanidade de vez, né? – acrescenta, mordendo meu ombro devagar e eu gargalho, me virando para ele e o abraçando com força antes de beijá-lo calmamente. – Amo você. – ele murmura, roçando nossos narizes em um beijo esquimó.

— E eu te amo,também... – retruco, lhe dando um selinho.

— O que posso fazer para você, esta noite? - ele quer saber.

— No momento, só preciso relaxar e sei que você pode me ajudar... - pisco, maliciosa e seu olhar logo escurece.

— Como quiser, minha princesa! – ele exclama me puxando para seu colo.

Pelo visto, todos nós finalmente encontramos alguém para chamar de amor!— penso, à medida que ele me carrega para a cama, me beijando devagar.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? aguardo o feedback de vcs, meus amores!
Pra quem lê MM e eu ainda não respondi os reviews, assim que eu tiver tempo irei fazê-lo, Ok?
Xero, flores!