Por trás das lentes escrita por Megan Queen
Notas iniciais do capítulo
Treta!
Espero que curtam...
Felicity Smoak
– Poxa, Felicity. Tá bom que você não é fã do cara, mas não pensei que odiasse...- Barry comenta.
– Vocês não estão entendendo! - bufo - É ele!
– É ele o quê? - Sara me olha desconfiada e cerra seus olhos verdes.
Eu reviro os olhos e conto como encontrei Oliver mais cedo da maneira mais resumida possível.
– Você não fez isso! - Barry é o primeiro a se recuperar do choque.
– Pois é, eu fiz - suspiro.
– Você ficou maluca? - ele praticamente grita.
– TPM, gente...- tento me justificar.
– Isso não justifica você agir de maneira tão antiprofissional!
– Qual é! Não era nem um encontro formal.
– Heloow! - Sara se ajoelha na minha frente - Com gente poderosa sempre temos que ser profissionais! Não é como se você tivesse encontrado com um sem-noção como o seu porteiro no meio da rua... É Oliver Queen! - ela estala os dedos - Mas me diz...ele é tão lindo como nas fotos? - ela me olha em expectativa.
– Sim - suspiro - Digo, não! Quer dizer, não é como se ele fosse perfeito, mas também não é como se não fosse...ele é só...Ai, minha cabeça já tá até doendo! - falo, vendo o sorriso zombeteiro de Sara com minha confusão - Maldito Queen! Vou no banheiro, se eu não voltar, liguem pra funerária - aviso, me levantando e saindo do estúdio.
Caminho rápido em direção aos banheiros, querendo me matar. Eu realmente prefiro morrer a ter que passar uma manhã na mesma sala com aquele cara depois do que fiz. Tanta beleza reunida em um único homem não fará nenhum bem à minha sanidade.
– Droga. Droga. Droga. - murmuro, enquanto caminho - Eu sou uma grande idiota! A maior de todas as idiotas - paro por um instante - Estou falando sozinha. Isso é estranho. E eu continuo falando.- balanço a cabeça e continuo andando.
Meu celular toca. Barry.
– Oi.
– Nem pense em fugir, mocinha! Agora é uma boa hora para pôr em prática aquela sua filosofia de vida.
– Não vou fugir! - reclamo, indignada - Por que faria isso?
– Por que você foi uma grossa com nosso cliente mais importante?
– Como é que eu vou esquecer o que ficou pra trás com você passando isso na minha cara?
– O.k. parei! - ele desliga e coloco o celular na bolsa.
Chego na porta do banheiro e está ocupado. Ótimo!
Me encosto na parede e fecho os olhos, imaginando a maneira mais rápida e indolor de morrer.
O celular toca de novo. Atendo de olhos fechados e levo a outra mão à testa.
– Eu já disse que não vou fugir e eu não fugi ainda! Satisfeito? Poxa, Barry, mas que saco!
– Em primeiro lugar, estou sim muito satisfeito...- Ai. Meu. Deus!– E em segundo, é bom saber que você é assim com todos - responde a voz que vem tanto do meu celular, como diretamente à minha frente - Pelo menos seu mal-humor não é nada pessoal.
Cerro meus olhos ainda mais, a enxaqueca me deixando tonta.
– Por favor, me diz que não é você! - falo, devagar.
– O.k. Não sou eu - ele ri.
Abro os olhos lentamente e o vejo bem na minha frente, segurando o celular na orelha. Oliver Queen.
– Merda! - é a única coisa que vem à minha mente.
– Também estou feliz em revê-la, cara Srta. Smoak - ele ri, frisando meu sobrenome, baixando o celular.
– Como...?
Ele levanta um pequeno cartão que logo reconheço.
– Merda! - repito, arrancando mais um sorriso dele, que caminha na minha direção com passos decididos.
Tento dar um passo à frente, mas meus joelhos falham pela tontura e ele me segura pelos cotovelos, espalhando uma deliciosa eletricidade por toda a pele que toca e impedindo que eu me estatele no chão.
– Opa! - fala, me ajudando a sentar num pequeno sofá.
– Acho que vou vomitar - aviso, rouca.
– Já fiz muitas mulheres desmaiarem, mas vomitar é uma experiência nova...
Reviro os olhos e o enjoo passa.
– É sempre tão convencido? - o encaro.
– Só as segundas e quando há mulheres bonitas envolvidas - ele dá de ombros e eu sorrio sem querer - Viu? Não doeu e você ficou encantadora sorrindo - ele me dá uma cotovelada de brincadeira.
– Alguém já te disse que você é um chato? - questiono, mas logo tapo a boca com a mão e assumo minha expressão profissional - Perdão, Sr. Queen. Obrigada por sua ajuda - dou um sorriso fraco.
– Ah, não. Não faça isso! - ele fica sério, de repente - Não estrague tudo!
– O quê?! C-Como assim?
– Não me chame de "senhor" nem pelo meu sobrenome. Sério, prefiro ser chamado de chato que isso!
– Mas, como...eu...você...bom, não sei se te entendi - balbucio e já percebi que ele é craque em me deixar assim.
– Não notou? - ele segura minha mão com intensidade - Adoro seu jeito espontâneo. Não faz ideia do quanto senti falta de ser tratado coma alguém normal.
Puxo minha mão da dele e me levanto bruscamente.
– Sinto muito, Sr. Queen, mas sou uma profissional.
– Em primeiro lugar, "Sr. Queen" era meu pai...
– É, mas ele tá morto - falo, pra depois me tocar do que disse - Quer dizer, ele se afogou - pioro a situação - E você não. Significa que você pode vir até a empresa onde trabalho e me ver me enrolando - continuo, ao ver um sorriso crescendo em seu rosto - Mas vai acabar. Acabar em 3,2,1...- dou a deixa para que ele continue.
– O.k. E em segundo lugar, como uma profissional, tem que ser gentil com seus clientes, certo?
Assinto, controlando meus instintos assassinos.
– Portanto, se um deles deseja ser chamado pelo primeiro nome, você deve fazê-lo, estou correto?
– Sim, senhor...- ele levanta uma sobrancelha - Digo, sim, Oliver.
– Bem melhor. Mas, para não ofender o seu senso de profissionalismo, vou chama-la apenas de "Srta. Smoak", até segunda ordem - ele levanta e faz uma mesura, arrancando mais um sorriso de mim.
E é então que a porta se abre e sai uma Íris chocada ao me ver de papo com Oliver Queen.
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