Por trás das lentes escrita por Megan Queen


Capítulo 29
Capítulo 28 (Bônus)


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!!!
Não vou demorar muito por aqui pq estou simplesmente caindo de sono...
Massss... Gostaria de dizer meu muuuuuuiiiiiittooooo obrigada pelos 19 lindos reviews que recebi no cap passado! Batemos nosso recorde! ashuashu
Obrigada, meninas, vcs me emocionaram muito, se pudesse teria marcado vários como favoritos.
Queria dedicar esse cap à leitora Regina Coeli pela ideia da música e do cap, além do review que me fez chorar de emoção!
Espero que goste da minha pequena surpresa, flor!
Vamos ao cap!



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Narradora

As semanas haviam passado, mas, enquanto Oliver e Felicity tinham evoluído em seu relacionamento, Sara e Tommy apenas regrediram.

Tommy havia se mantido distante, evitando encontrá-la com afinco enquanto Sara... Bom, Sara era Sara e, portanto, jamais seria aquela que corre atrás, apesar de saber que sentia tanto a falta dele como ele a dela.

Laurel por sua vez, se culpava pela “separação” daquele casal que nem sequer chegara a se formalizar e sabia que sua chegada repentina provavelmente havia interrompido algo importante. Apesar de ela e Sara serem completamente opostas, amava sua irmã e a conhecia bem o bastante para saber que Thomas havia mexido com ela como ninguém antes. Por isso, não conseguia deixar de pensar que tinha a obrigação de pelo menos tentar ajudar. E, ao ver a chamada da irmã caçula do Merlyn em seu celular, percebeu que não era a única.

— Pode entrar, Thea... – ela fala, após Thea ser encaminhada ao seu escritório de advocacia, no 13º andar de um grande prédio no centro de Star.

A garota entra na sala e observa tudo de maneira curiosa, como é típico dela. Não tinha intimidade com Laurel, sempre soube que ela nutria uma paixão por Oliver e, depois de conhecer Felicity, meio que sentia estar traindo a amiga, ao se aproximar da advogada do irmão. Mas, fora isso, sabia que Laurel era uma boa pessoa e, no momento, iria ajuda-la em uma causa maior.

— Olá – ela fala, dando um pequeno sorriso – Nunca imaginei que o prédio onde você montou seu escritório fosse tão... UAU! – faz um aceno exagerado com as mãos e Laurel sorri.

— Bom, só esse andar é meu – a advogada dá de ombros – Mas me sinto orgulhosa de ter chegado tão longe... – E era verdade! Ela adorava sua profissão e havia dado duro até se considerar suficientemente boa no que fazia e conquistar seu espaço, tendo muitos clientes importantes, como o irmão da garota que agora se sentara à sua frente.

— Então... – Thea brinca com as mãos – Eu poderia tentar começar essa conversa de um jeito bem mais sutil, mas realmente não sou boa nisso – ela faz uma careta engraçada e Laurel prende o riso – Por isso, vamos direto ao ponto: Tommy está insuportável! Sério, não o suporto mais nem um único segundo e estou a ponto de enforca-lo com minhas próprias mãos! – a garota afunda na cadeira e a outra morde os lábios para esconder o riso diante de sua explosão dramática – E eu sei que isso tem tudo a ver com Sara – ela conclui e encara a mais velha.

— Thea, você sabe o que houve entre eles? – pergunta, realmente curiosa.

— Felizmente, eu sou o ser mais irritante do mundo quando quero... – Laurel franze a testa ao ouvir isso – E, graças a esse atributo, consegui fazer Tommy mais ou menos me contar o que aconteceu.

— Mais ou menos? – a advogada a olha confusa e a menina apenas revira os olhos e dá um aceno displicente com a mão ao explicar.

— É... digamos que sua confissão veio em meio à uma enxurrada de palavrões, os quais prefiro omitir pelo bem da sua audição, e muitas frases desconexas e sem sentido algum... – ela fica pensativa e depois coça o queixo – Acho que exagerei na quantidade de doses que o fiz tomar... – murmura e a outra arregala os olhos.

— Você embebedou seu irmão? – questiona, incrédula.

— Ele supera... – ela dá outro aceno despreocupado – O importante é que, resumindo a história, ele a pediu em namoro, mas você chegou bem na hora, então Sara se afastou e o apresentou a você como, nas palavras dele, “o bosta de um amigo” – faz aspas com a mão – Daí, ele ficou p* da vida com ela e os dois estão sem se falar desde esse dia. Moral da história: Dois cabeças-dura que se amam, mas não admitem, e que precisam urgentemente de almas caridosas como as nossas para se dar conta do que sentem – ela conclui e é a vez de Laurel afundar na cadeira, se sentindo ainda mais culpada pela situação dos dois – Não se culpe! – a garota fala, como se lesse seus pensamentos – Acredite, eu sei mais do que ninguém como arruinar totalmente um clima. Oliver e Felicity que o digam...— ela murmura a última parte e Laurel, apesar de ter ouvido, segura a língua para não questioná-la sobre isso. Já tinha visto o bastante no dia do noivado de Barry e a vida de Oliver não lhe dizia respeito, além do que, para ela já estava claro que seu relacionamento com ele nunca deixaria de ser puramente platônico. Ela suspira, pensando no quanto sua vida amorosa é um desastre, mas logo freia seus pensamentos. No momento, o importante era a vida amorosa de Sara e, se não podia resolver a sua própria, faria isso pela de sua irmã.

— O que tem em mente? – pergunta, receosa das ideias mirabolantes que a Queen caçula poderia ter.

— Ainda não pensei em nada muito concreto – a outra estala a língua em desgosto – Mas, resumindo, precisamos dar um jeito de mantê-los no mesmo lugar, sozinhos, por tempo suficiente para se entenderem... – ela explica;

Laurel sempre se orgulhara de seu raciocínio rápido, mas nunca se sentiu tão grata por ele como nessa ocasião.

— Tive uma ideia – estala os dedos, pegando o celular e discando o número da simpática moça que trabalhava na recepção. Após alguns segundos, ela atende – Regina? Oi. Aqui é a Laurel – informa e recebe um cumprimento amigável da outra – Bom, lembra-se daquele favor que você me devia? Preciso muito dele, agora... – fala, para só depois explicar o que tem em mente, diante do olhar atento de Thea, cujos olhos brilham ao finalmente entender e começa a bater palmas, animada.

— Thea? – Laurel chama, depois de encerrar a ligação – O que acha de chamarmos nossas caronas? – dá um sorriso malicioso, que é logo devolvido pela mais nova.

— Só se for agora! – ela pega seu celular da bolsa, discando o número de Tommy.

Thomas Merlyn

Perdi a hora, mas encontrei você aqui

Desde aquela noite eu nunca mais me entendi

Você levou meu coração

Levou o meu olhar

Eu sigo cego e infeliz

Querendo te encontrar

[...]

— A Vida tem dessas Coisas (Ritchie)

Saco!

Essa é a palavra do momento. Eu nem mesmo estou me reconhecendo. Mal-humorado, ranzinza, entediado e estressado. Sinceramente, me tornei o tipo de pessoa que mais detesto!

Eu, Thomas Merlyn, o rei da diversão, estou simplesmente irreconhecível nas últimas semanas. Sério, está se tornando uma situação insustentável a ponto de nem eu mesmo me aguentar e, por vezes, desejar sair do meu corpo e mandar a mim mesmo para o quinto dos infernos com passagem só de ida!

E tudo se torna ainda pior por eu saber exatamente qual – ou quem— é a causa do meu problema, mas nunca, jamais, ser capaz de admitir que esteja assim por causa de uma mulher.

Faz algumas semanas que eu e Sara não nos vemos, falamos ou trocamos mensagens e meu humor não poderia estar pior. Eu havia me dado conta de que realmente gostava dela, mas, ao contrário do que eu esperava, tinha descoberto que não é recíproco. Eu fora colocado do outro lado da situação: Havia sido rejeitado quando quis algo mais sério. Eu lhe disse depois que o pedido de namoro fora um erro, que nunca daríamos certo juntos e, ao invés de me contradizer, ela apenas concordou! E eu não posso fingir que estou bem com isso pelo simples fato de não estar! Então, me afastei, ignorei suas ligações e não respondi suas mensagens nos primeiros dias. Até que ela enfim desistiu de me procurar, rápido demais para meu gosto!

Bufo e jogo a cabeça sobre o encosto do sofá, me odiando por estar pensando nela novamente.

Passa um pouco das 5:30 da tarde e estou em casa, assistindo um programa qualquer em um canal qualquer de televisão.

Thea saiu mais cedo, furiosa com meu estado de espírito e jurando que, se tivesse de passar mais dois minutos no mesmo lugar que eu, me mataria com suas próprias mãos!

Céus! A que ponto cheguei?

Ouço meu celular tocar e o tiro de meu bolso, vendo a foto de Thea brilhar na tela. Respiro fundo e atendo.

— Traga essa sua bunda magra até aqui! Preciso de carona e Dig não pode vir me buscar. – ela dispara, com seu jeito Thea de ser.

— Primeiro: Minha bunda não é magra! Segundo: eu nem sequer sei onde você está. E terceiro: Por que não pede para Oliver ou Roy irem te buscar? – reviro meus olhos.

— Não vou discutir sobre sua bunda. Estou na Av. Highwalls, esquina com a Bridgerton e, finalmente, Ollie e Roy são homens ocupados, ao contrário de você, querido irmãozinho vagabundo do meu coração... – ela retruca, petulante.

— Você realmente não está me convencendo com seus argumentos tão dóceis, Thea... – falo, sarcasticamente.

— 20 minutos – ela devolve e desliga na minha cara.

Que saudade dos meus tempos de filho único...

Visto uma camisa branca de botões por cima da regata que já estava usando, troco a bermuda por uma calça jeans preta e calço um tênis. Pego as chaves do carro e, depois de passar um pouco de perfume, saio do apartamento, indo até garagem buscar meu Audi prata.

Ponho o endereço no GPS e logo estou em frente a um prédio bonito de, no mínimo, 20 andares. Desço do carro após estacioná-lo pensando em como Thea espera que eu a encontre se não me disse em qual andar está.

Ao entrar, vou até a recepção e lá encontro uma jovem morena de óculos que me encara como se já esperasse minha chegada. Aproximo-me dela e leio o nome em seu crachá: Regina.

— Olá, Regina – lhe lanço um sorriso de canto e ela solta um suspiro quase imperceptível como se estivesse diante de seu ídolo, o que me assusta um pouco. – Sou Thomas Merlyn...

— Oh! Eu sei quem você é! – ela fala rapidamente, após recuperar a voz e põe o cabelo atrás da orelha – Posso ajudar? – pergunta, se endireitando e prendendo o cabelo com uma caneta.

— Na verdade, pode sim – murmuro, me inclinando sobre o balcão – Estou a procura de uma pessoa. Thea Queen. Imagino que saiba de quem se trata.

— Claro – ela responde, simplesmente.

— Bom, ela me pediu para buscá-la, mas não me disse o andar onde se encontrava. E agora ela não atende o celular de jeito nenhum! – aponto o aparelho em minha mão – Você saberia me dizer onde ela está?

— Bom, Sr. Merlyn...

— Tommy – corto e ela me encara, confusa – Me chame de Tommy – explico e suas bochechas ficam coradas.

— Okay, Tommy – ela fala, devagar – Eu lembro sim de ter visto a srta. Queen chegar aqui mais cedo. Acontece que não faço a menor ideia de para qual andar ela subiu – dá de ombros e eu suspiro, frustrado – Mas, eu posso dar uma olhada nos computadores para ver se acho alguma coisa – ela pisca um olho para mim e eu sorrio.

— Isso seria ótimo!

— Só um minuto... – ela começa a digitar no teclado, mas percebo que está dividindo sua atenção entre mim, o computador e a entrada, como se aguardasse alguém, o que me deixa confuso.

Passam-se uns 8 a 10 minutos e ela desiste.

— Sinto muito, mas não achei nada... – lamenta.

— Não se desculpe, Regina... – eu retruco, sorrindo levemente – Você foi maravilhosa por tentar ajudar – acrescento e vejo suas bochechas corarem novamente, o que me faz sorrir mais abertamente.

— Só estava fazendo meu trabalho, eu... – ela começa a minimizar, mas então para subitamente, olhando alguém atrás de mim e se voltando para digitar rapidamente algo no computador. Me viro por pura curiosidade

Só não esperava dar de cara com Sara Lance, me observando também surpresa, na portaria.

Só pode ser brincadeira!

— Srta. Lance! – Regina a cumprimenta, fazendo-a desviar seu olhar de mim para encará-la – a Dr.ª Laurel está lhe aguardando lá em cima.

Ah! Então é aqui que Laurel trabalha!

— Ela não pode simplesmente descer? Estou com pressa... – ela fala, desviando seu olhar para mim por breves segundos.

Ouço um bipe indicando a chegada de uma mensagem em meu celular e me afasto um pouco para ler o grande texto de duas palavras que Thea me manda, informando sua localização, ao mesmo tempo em que ouço Regina explicar a Sara que Laurel havia solicitado especificamente que ela subisse. Me encaminho para o elevador e ela me acompanha a contra gosto, tão desconfortável quanto eu com a proximidade, apesar de ter percebido nela a mesma euforia em me ver que eu senti quando nossos olhares se encontraram.

Entramos juntos e, sem encará-la, vou até o painel para digitar o número do andar que Thea me passou. Qual não é a minha surpresa quando nossas mãos se esbarram sobre o número 13. Sinto um ligeiro tremor se apossar de meu corpo com o contato, mas o ignoro, me sentindo confuso. Desde quando Thea e Laurel se encontravam?

— O que está fazendo aqui, Thomas? – Sara me pergunta desconfiada. – Veio ver Laurel? – questiona, de sobrancelha erguida.

Tento ignorar o fato de ter notado algo muito parecido com ciúme em seu tom, mas simplesmente não consigo. Sem saber por que, resisto ao impulso de negar de pronto e apenas dou de ombros, ganhando um olhar fumegante de volta.

Ela realmente está com ciúmes! — constato e algo em mim acende com essa confirmação – Quem sente ciúmes se importa, não é?

De repente, o elevador para de maneira brusca, fazendo com que eu e Sara nos choquemos um contra o outro, e eu solto um suspiro sôfrego ao constatar o quanto senti falta de tocá-la, à medida que envolvo minhas mãos em sua fina cintura, por puro reflexo.

A vida tem dessas coisas

Olha só nós dois aqui

Presos num elevador

Uma noite sem dormir

Zero hora no relógio

Legal você está aqui

[...]

— O que houve? – sua voz sai baixa, pelo susto, mas ela não se afasta.

— O elevador parou – levanto uma sobrancelha, sarcástico e sua risada parece sair involuntariamente, me aquecendo por dentro.

— Realmente não foi uma pergunta inteligente...

— Não, não foi... – a provoco e ela revira os olhos.

— E agora? O que fazemos?

— O jeito é esperarmos até voltar a funcionar – dou de ombros e ela assente, só então se dando conta de nossa situação. Ela cora suavemente e se afasta, fazendo com que um frio agarre meus ossos pela distância.

— Acha que vai demorar muito? – ela questiona, olhando para todos os cantos, menos pra mim.

— Não sei – retruco – Espero que não.

— Não entendo por que Laurel me quer lá em cima se já vai estar ocupada com você – ela murmura, fazendo uma careta e eu percebo sua insinuação.

Me surpreendo por ela achar que Laurel seria capaz de ficar com o mesmo homem que dormira com sua irmã caçula. Ao mesmo tempo, me sinto ofendido por ela achar que eu teria alguma coisa com Laurel depois de tudo que vivemos juntos.

— Você acha que Laurel aceitaria ter algo comigo depois do que houve entre nós dois? – pergunto, incrédulo.

Só percebo que ela entendeu totalmente errado minha pergunta quando sinto o estalo de sua mão em minha face.

Sara Lance

Isso é sério? Thomas está realmente querendo algo com Laurel e, pior, me usando para sondar o terreno?

Antes que me aperceba, minha mão já encontrou seu rosto em um tapa estrondoso.

Ele me encara, chocado, e cobre a face vermelha com uma das mãos.

— Você ficou maluca? – pergunta, baixo e furiosamente.

— Eu?! – dou uma risada sarcástica – Deixe-me pensar... Você me pediu em namoro apenas algumas semanas atrás e agora está me pedindo para dá-lo informações sobre Laurel? – questiono, enterrando o indicador em seu peito – Eu sou a maluca agora? – minha voz sai esganiçada de ódio.

— Você não aceitou! – ele acusa, também alterado.

— Claro! Você sequer me deu tempo para isso! – retruco – Aliás, a única sugestão que posso lhe dar quanto a Laurel ou qualquer outra mulher que venha a ser de seu interesse é que espere a resposta dela antes de retirar a porcaria do pedido! – esbravejo e ele me encara atônito.

— Você disse que eu não lhe dei tempo para aceitar... – murmura, pensativo.

Sério que ele só prestou atenção nessa parte?

Reviro os olhos e lhe dou as costas, tentando esconder as lágrimas em meus olhos.

— Isso não importa – me limito a dizer.

— É claro que importa! – ele me puxa pelo braço, me forçando a encará-lo e me repreendo mentalmente por apreciar seu toque.

— Não, Thomas! Não importa! – tento me soltar, mas ele me prende pela cintura, me fazendo esbarrar contra seu peito e eu espalmo minhas mãos ali – O que quer que eu diga? Que sim, eu ia aceitar, mas que não me importo de vê-lo interessado em minha irmã mais velha? Por quê? – minha voz sai rouca e embargada por minhas lágrimas de raiva e mágoa – Vai me dizer que está usando Laurel apenas para me atingir? – esmurro seu peito, tentando expulsar a dor – Ou vai repetir aquela história de que nós nunca daríamos certo juntos? Porque eu realmente não estou interessada e disp-...

— Cala a boca! – ele exclama de uma vez e eu arregalo os olhos. Mas, antes que eu possa soltar todos os palavrões que tenho em mente, seus lábios estão sobre os meus.

Seu beijo não é delicado nem carinhoso. Há raiva, fome, saudade e paixão na mesma medida quando sua língua invade minha boca à procura da minha. Correspondo seu beijo com a mesma intensidade, até me lembrar de algo.

Empurro seu peito de leve e separo nossos lábios, ofegante.

— E Laurel?

Ele revira os olhos e me encara como se eu tivesse 2 anos de idade.

— Não há nada entre mim e ela! Minha perdição é a outra irmã Lance – cola nossas testas e acaricia minhas costas – Uma loirinha de boca grande e da mão pesada... conhece? – provoca e eu solto um pequeno riso, ainda confusa.

— Mas... Você veio até aqui... Por quê? – pergunto, atordoada tanto pela dúvida como pelo movimento circular de suas mãos em minhas costas.

— Vim buscar Thea... – ele dá de ombros – Por alguma coincidência, ela veio visitar Laurel hoje... – franze a testa.

Suspiro, finalmente entendendo e enterro minha cabeça em seu peito.

— Eu vou matar nossas irmãs! – grunho e o encaro – Isso nunca foi uma coincidência! Elas nos chamaram até aqui para nos forçar a conversar e aposto todo o meu dinheiro no banco como subornaram Regina para nos prender nesse elevador... – explico, apontando o painel.

— Isso é tão a cara da Thea que não sei como não percebi antes – ele dá um sorriso irônico e encosta as costas da cabeça na parede do elevador, caindo na gargalhada junto comigo.

— Thomas? – chamo devagar, quando nos recuperamos.

— Sim? – fala, pondo minha franja atrás da orelha e me olhando com doçura.

— Eu... – suspiro, fechando os olhos – Eu passei essas semanas inteiras tentando convencer a mim mesma que você estava certo e que nós não devíamos tentar algo mais sério. Tentei acreditar que não precisava de você na minha vida e que podia simplesmente ignorar o que sentia, mas... – abro os olhos e me perco diante de seu olhar intenso, como se cada palavra minha o hipnotizasse – Eu não posso ignorar! Não posso continuar com você longe de mim... – admito e sorrio tristemente – Essas semanas sem você foram um inferno e as coisas pareciam simplesmente fora de contexto, não parecia certo, não pra mim! Porque, no meio do caminho, eu percebi que preciso de você pra fazer isso funcionar... Então eu queria saber se...

— Você quer namorar comigo? – ele me interrompe, com um sorriso gigantesco – E, se sua resposta for sim, prometo esperar o tempo que for preciso para ouvi-la!

Acho que se eu sorrir mais, provavelmente vou rasgar minha face, mas realmente não me importo! Me jogo em seus braços e o abraço apertado.

— Sim! Sim! É claro que sim! – falo, distribuindo beijinhos por seu rosto e ele parece ter ouvido a melhor coisa do mundo.

Repentinamente, o elevador recomeça a se mover e caímos na risada.

— Valeu, maninha e cunhada! – nós dois falamos para a câmera, sorridentes.

E amanhã pela manhã

A gente pode sair

E conversar

Se convencer

Se confessar

Quero só você!

Felicity Smoak

Estou terminando de recolher minhas coisas e me preparo para sair de meu estúdio. Sara e Barry já se foram e restou apenas eu de minha equipe, por isso começo a procurar o número de Oliver na agenda telefônica para lhe pedir uma carona.

Interrompo-me ao dar de cara com minha querida só que não supervisora, Isabitch Isabel Rochev.

— Olá, srta. Smoak... – ela me encara com aquele olhar que mais parece assassino e seu lábios se curvam no que deveria ser um sorriso mas que se assemelha mais a uma careta.

— Olá... Deseja alguma coisa? - pergunto, desconfiada.

— Claro! Acompanhe-me até minha sala. – diz – Temos assuntos a discutir...

O quê?


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Notas finais do capítulo

E então?
Laurel se redimiu?
Ela e a Thea deram uma de cupido e arrasaram, né não? kkk
Sarmy finalmente ficou oficial!!!
O que será que a Isabitch quer com a Fe, hein? Palpites?
Xero