Por trás das lentes escrita por Megan Queen


Capítulo 28
Por trás das lentes


Notas iniciais do capítulo

Yay, gente!
Nem preciso, mas vou dizer: Quase caí morta no chão quando depois de meia hora que tinha postado o cap anterior, vi que já tinham 10 reviews! Sério, fiquei emocionada! E a emoção não parou por aí, pq recebi muitos mais depois! Amoooo vcs e o carinho que demonstram por mim e pela fic! Garanto que os comentários de vcs : Mili Olicity, Luzi, Stay Alive, laurasfelix, Bianca Rocha, TatiChaves, Laura Alessandra, DelenaGrey, WalleryVSouza, Regina Coeli ~rindo muito até agora~ Kel Oliveira, La Volpe, Mrs Smoak Queen, Flávia, emily comello, Emily Queen ~♥♥♥~ SarahRP e AndreaNeves, foram um grande hiper mega duper incentivo pra eu nunca abandonar essa fic, que só existe e chegou até aqui graças ao apoio que vcs tem me dado! Nunca vou cansar de dizer OBRIGADA!
E...
MEU DEUS DO CÉU ME SEGURA QUE EU ESTOU PIRANDOOOOO ~novamente...kkk~
TatiChaves, sua maravilhosa, vc me deixou com lágrimas nos olhos com sua recomendação perfeita para a fic! Sério, gata, estou sem palavras para descrever toda a felicidade que estou sentindo, então vou resumir em duas: MUITO OBRIGADA! Esse cap é pra vc, flor!
Vamos ao cap!
Ele leva o nome da fic, pq ele foi o primeiro que idealizei e ele foi dele que eu tirei a ideia pra nomear a história. Tem muuuuitaaa fofura Olicity, então aconselho às diabéticas a tomarem cuidado...hahaha.
Novamente, a música é Photograph de Ed Sheeran e aconselho vcs a escutarem a partir da parte em que eu colocar "play".
E, mais uma vez, não deixem de comentar e me alegrar mais uma vez!



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Loving can hurts

Loving can hurts sometimes

But it’s the only thing

That I know

[…]

Photograph – Ed Sheeran

Oliver Queen

Depois de alguns minutos, Felicity sai, vestindo uma camisetinha azul royal e uma saia rodada de um tecido fino branco com várias mesclas do mesmo tom da blusa e que vai até uns quatro dedos acima do joelho. Seu cabelo está solto sobre seus ombros e ela amarrou uma faixa sobre eles. Linda! Não há outra palavra para descrevê-la com justiça.

— Posso dar uma sugestão? – digo, me levantando.

— Claro – ela responde.

— Leve sua câmera. Acho que vai querer usá-la... – dou de ombros diante do seu olhar interrogativo.

— Está cheio de mistérios hoje, hein Queen? – ela ergue uma sobrancelha, mas vai até o quarto e traz o estojo de sua máquina fotográfica consigo – Mais alguma coisa? – ela quer saber.

— Não, eu acho – digo, estendendo a mão para ela, que logo entrelaça seus dedos aos meus – Vamos comprar a comida no caminho... – acrescento, à medida que saímos do seu apartamento e ela tranca a porta.

— Ótimo... estou faminta! – ela fala, passando uma das mãos sobre o estômago e me fazendo rir.

— Não entendo como uma criatura tão pequena pode comer tanto... – sacudo a cabeça e ela faz uma carranca.

— Woa! Não é bem assim! – retruca e eu lanço um olhar sarcástico em sua direção – Okay. Admito que eu como bastante... – ela encolhe os ombros, enquanto vemos Dig estacionar o carro próximo ao meio-fio – Mas em minha defesa, essa semana tem sido um verdadeiro inferno na empresa. Isabel parece estar cada vez mais decidida a me enlouquecer... – suspira – Mal tenho tido tempo de comer algo decente – conclui.

Diggle sai do carro e ela o cumprimenta com um abraço, deixando-o sem graça. Não posso evitar me divertir com o constrangimento dele, quando ela se estica para estalar um beijinho em sua bochecha. Essa é uma boa hora para começar a usar a câmera...

— Boa tarde, Dig! – ela fala, sem se dar conta do rubor nas bochechas dele – Como está Layla? – questiona e vejo a expressão dele suavizar com a menção dela – Tudo certinho com a pequena Diggle?

Mal ouço a resposta abobalhada dele a essas questões sobre sua noiva e filha por nascer, perdido ao admirar a forma doce como ela trata aos outros, mesmo enfrentando uma barra como a de hoje. Felicity com certeza é uma mulher em um milhão!

Depois de trocarem mais algumas palavras, John abre a porta traseira do carro e nós dois entramos juntos, não antes de eu sussurrar o destino no ouvido dele.

— Não gosto de surpresas... – ela resmunga pela décima quinta vez e eu sorrio de sua birra.

— Te deixaria mais feliz se eu dissesse que vamos almoçar a comida do Big Belly? – pergunto e, sem mentira nenhuma, seus olhos brilham.

— Oh! Com certeza! – ela exclama sorridente – Fritas e milk-shake? – faz uma expressão pidona e mordo o lábio inferior para não cair na gargalhada.

— Tudo que você quiser, sweet... – respondo e seu olhar se torna divertido.

— Não prometa demais, Oliver... Ficaria surpreso ao saber que posso querer muitas coisas quando me apetece. – desvia o olhar para suas unhas, fingindo inspencioná-las e eu balanço a cabeça, rindo de suas loucuras.

Depois de passarmos em uma lanchonete do Big Belly Burguer e comprarmos dois hambúrgueres-monstro, dois copos de milk-shake de chocolate, duas porções de fritas e um pote de sorvete, que não sei como daríamos conta, seguimos em frente até chegarmos ao nosso destino: Um parque antigo e quase esquecido na fronteira de Star. Poucas pessoas ainda o frequentam, mas esse era meu lugar preferido quando criança e nunca deixei de vir para cá, pensar ou caminhar. Apenas alguns casais de idosos e famílias passeiam por aqui à essa hora, deixando o local inundado pelo som mágico que a natureza ecoa em meio a quietude.

Saímos juntos do carro e Felicity endireita os óculos, observando tudo quase com reverência e aspirando o cheiro puro das árvores e flores.

[play]

— É lindo! – ela murmura.

— É mesmo... – respondo, soltando sua mão para pegar um pano na mala do carro, logo retornando e puxando-a até meu lugar favorito, depois de nos despedirmos de Diggle.

É uma grande árvore, um pouco afastada do centro do parque e que beira um pequeno córrego de águas cristalinas. Estendo o pano no chão e me sento encostado na árvore, só então notando que ela está em transe olhando ao redor. A deixo admirar tudo em paz e começo a desembrulhar nosso “almoço”.

— Como conhece esse lugar? – ela questiona, sentando-se à minha frente e pegando seu hambúrguer.

— Meu pai me trazia aqui com Tommy e depois com Thea, quando eu era pequeno. Acaba que se tornou meu esconderijo do mundo... – solto uma risada pelo nariz, pegando meu lanche e dando uma mordida, sem deixar de olhá-la – Não sei... Tem uma paz aqui que me faz adorar esse lugar!

— Tem razão... – ela assente e olha ao redor – Também sinto essa paz. – me encara e segura uma das minhas mãos – Obrigada por estar me ajudando a esquecer um pouco.

— Por nada... – dou de ombros – Isso é apenas minha forma de agradecer por tudo que você tem realizado em minha vida! – concluo e ela sorri docemente, para logo depois voltar a comer.

Em meio à conversa descontraída que temos, logo terminamos de almoçar e, por incrível que pareça, eu a acompanho no pote de sorvete de flocos. Em um dado momento, nós dois lambuzamos um ao outro com o sorvete e me espanto ao sentir um flash em meu rosto. Felicity sorri de minha cara de espanto e torna a me fotografar, sorrindo.

We keep this love in a photograph

We made these memories for ourselves

Where our eyes are never closing

Hearts were never broken

And time’s forever frozen still

E é ali que me dou conta de que nenhuma cena é mais hipnotizante do que ver seu olhar concentrado por trás das lentes, quase como se ela irradiasse uma luz só dela, sua alegria e talento se misturando num só à medida que ela passa sua paixão às suas fotografias.

— No que está pensando? – ela pergunta, abaixando a câmera com a expressão curiosa.

— Em como você enxerga as coisas daí... – aponto com o queixo.

— Daqui? – ela franze o cenho.

— Sim, daí. Detrás dessa máquina... – explico.

— Não é nada demais... – ela dá de ombros – Pode tentar, se quiser... – oferece.

— Me mostre como... – chamo com a mão e ela ergue as sobrancelhas, se ajoelhando no pano – Me mostre o que você vê. – acrescento.

Felicity me encara por alguns segundos e depois se aproxima mais. Afasto minhas pernas e ela se senta entre elas, apoiando as costas em meu peito e suspirando suavemente ao relaxar seu corpo contra o meu.

— Coloque suas mãos sobre as minhas... – ela pede e eu o faço. Ela inclina a cabeça para o lado e eu encaixo meu rosto sobre seu ombro – Para todos os efeitos, nunca ensinei ninguém a fotografar... – ela dá um riso nervoso e eu beijo sua nuca devagar.

— Só faça o que sempre faz e eu vou tentar acompanhar. Explique-me o que sente e eu tentarei sentir... – incentivo e ela assente.

— O que você acha de mais bonito aqui? – ela pergunta e eu me afasto um pouco para observar melhor o que há ao meu redor.

— A forma como as águas refletem de maneira desregular e surreal os contornos das copas das árvores... – digo – É o que acho de mais bonito aqui... – acrescento, me aproximando novamente e a vendo focar a câmera.

— Agora, olhe para a câmera... – instrui – Olhe para a câmera e, com as mãos, “mostre” a ela o que você vê, faça-a capturar o seu ângulo preferido, o momento que você mais admira... – dá as coordenadas e, à medida que meus ouvidos se deliciam na cadência de sua voz melódica, movo minhas mãos, dando uma direção para a câmera e ajustando o ângulo que mais me agrada – Por último, eu quero que você sinta.

— Como assim? – pergunto, confuso.

So you can keep me

Inside the pocket

Of your ripped jeans

Holding me close until our eyes meet

You won’t ever be alone

— Sinta a si mesmo. O importante não é a máquina ou a potência dela Oliver. É claro que isso é de grande ajuda para aumentar a qualidade da fotografia, mas não é o essencial. A câmera é seu instrumento, mas não passa de um objeto que congela o que sua visão está admirando. O mais importante é quem está por trás das lentes, o que você vê e o que você quer que os outros vejam através do seu olhar! Uma fotografia sempre carrega muito do que seu autor é... Então, eu quero apenas que você me faça ver o que você enxerga e me faça sentir o que você está sentindo ao enxergá-lo. – ela descreve apaixonadamente e me sinto ainda mais fascinado por ela, se possível. – Me mostre o que vê – ela repete meu pedido e, depois de alguns segundos, me vejo tirando a primeira fotografia de verdade em toda a minha vida e ganhando um pequeno beijo casto da mulher que me mostrou o que seus olhos vêem ao mesmo tempo em que viu pelos meus.

Ela tem razão.

Em uma fotografia cabem muitos sentimentos! E a minha mostra de maneira suave que seu autor está apaixonado...

When I’m away

I will remember how you kissed me

Under the lamppost back on 6th street

Hearing you whisper through the phone

Wait for me to come home.

 

Felicity Smoak

Depois de mais algumas fotografias tiradas por Oliver, me deito com a cabeça sobre suas pernas e pego a câmera para ver seu trabalho. Não posso negar que ele se saiu muito bem, mas é claro que não deixo de provocá-lo um pouco, arrancando-lhe alguns sorrisos.

Ele começa a acariciar meus cabelos e, por alguns instantes, fecho os olhos e me permito sentir a paz do momento.

— Oliver? – chamo e ele me encara.

— Pensei que tivesse dormido... – sorri levemente, afastando minha franja da testa.

— Posso te fazer uma pergunta?

— Outra? – ele provoca e eu reviro os olhos, dando um tapinha em seu braço.

— Você já tinha se imaginado numa situação como essa? – quero saber e ele suspira, desviando o olhar de mim e observando o que há ao redor, pensativo.

— Não nesses últimos 2 anos... – admite, voltando a me olhar e dando um sorriso de canto – Na verdade, antes de te conhecer, eu tinha um lema.

— Qual? – ergo minha cabeça e me apoio sobre um cotovelo, inclinando o rosto sobre meu punho, para encará-lo.

— “Figurinha repetida não completa álbum” – ele me dá um sorriso sapeca diante de meu olhar incrédulo.

— Que cafajeste! – belisco seu braço, mantendo minha mão sobre o local, o acariciando.

— Tem razão. – ele dá de ombros - Mas não estou falando isso pra te irritar. Só quero te explicar como as coisas caminharam até chegar onde estão. – ele fala, acariciando minha bochecha com delicadeza.

— Prossiga...

— Foi com o passar do tempo e de tantas mulheres que eu percebi o quanto meu peito era vazio e que, bem no fundo, o que eu realmente queria era encontrar uma mulher que me fizesse encher o álbum com a mesma figurinha milhares de vezes! Mas depois do que houve com Helena, eu meio que desacreditei nesta possibilidade e assumi que uma mulher assim não existia... – ele me encara de maneira profunda por alguns segundos antes de continuar – Então eu conheci você – se inclina um pouco e coloca uma mecha de meu cabelo atrás da minha orelha, à medida que prendo a respiração – E você virou minha vida de cabeça pra baixo, me fez questionar meus ideais e acreditar em uma nova chance. Eu não sabia exatamente o porquê, mas desde o momento em que nos encaramos pela primeira vez eu senti que estava diante de alguém especial, alguém que eu não podia simplesmente deixar ir... E hoje eu sei que eu estava completamente certo!

— Mesmo eu não tendo lhe dado a chance de ter algo mais sério comigo? Ainda assim?

— Mesmo assim! As pessoas se prendem muito a títulos, mas o que eu quero que você entenda é que pra mim, não interessa no momento se você é minha namorada, amiga colorida ou o que quer que seja, desde que eu tenha você do meu lado! Com você aqui – ele aponta o próprio peito – esses títulos não significam nada, não mudam o que sinto ou o que temos. – ele declara convicto – Você entende? – ele se vira para me encarar, encontrando o flash de minha câmera e sorrindo pra mim com doçura.

— Sim, Oliver, eu entendo – afirmo, visualizando a imagem na pequena tela da máquina – E parece que acabei de encontrar minha foto preferida... – sorrio para ele, me erguendo para depositar um pequeno selinho em seus lábios, que logo se transforma em um beijo intenso e cheio de palavras não faladas e declarações jamais ditas quando ele segura a lateral de minha face, mantendo nossos lábios unidos.

Sim, esse é meu momento favorito do dia.

Por trás das lentes, vendo o motivo da minha paz constante sorrir para mim e não para a câmera!

E, diante do meu sentimento persistente de que essa paz está com seus dias contados, não resisti ao impulso de congelar esse sorriso só para mim em uma fotografia.

We keep this love in a photograph

We made these memories for ourselves

Where our eyes are never closing

Hearts were never broken

And time’s forever frozen still

[...]

Wait for me to come home.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
Aguardo o feedback...
Só mais uma coisa, um pequeno spoiler, na verdade: Lembram da Isabel Rochev, a supervisora bruxa da Fefe? Pois é, em breve ela vai dar as caras novamente e, só tenho uma coisa a declarar: Coisa boa ela não vai aprontar! Preparem seus corações Olicity!
Xero