Um Novo Amanhecer escrita por KathyCullen


Capítulo 2
Capítulo 2: O Retorno


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo pra vocês.

A partir de agora, eu irei mudar muitas coisas. Terá bastante spoilers de Amanhecer, mas muita coisa será diferente.

Gente, eu não sei escrever mantendo a personalidade deles totalmente igual a do livro, então tentem entender se verem algo que foge um pouco da realidade do livro.

Curtam o capítulo.

Boa leitura!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/67052/chapter/2

Edward Pov

 

Eu e Bella já nos encontrávamos dentro do avião com destino a Seatle. O vôo teve um atraso de uma hora, mas ainda assim conseguiríamos chegar lá antes do amanhecer, o que era bom.  

 

Só tem uma coisa que está me deixando muito preocupado. Bella está muito estranha, desde ontem. Ela tem dormido bastante e tem passado mal direto. Em menos de duas horas, ela já foi quatro vezes no banheiro, pra vomitar. Sem falar que, assim que entramos no avião e nos acomodamos em nossas cadeiras, elas simplismente apagou. Estou achando que ela contraiu alguma doença sul-americana. Tomara que seja apenas isso. Não pode ser nada grave, não agora que conseguimos estabilisar nossas vidas e resolver todos os nossos problemas.

 

 

 Bella Pov

 

Mais uma vez eu estava naquele sonho com os Volturi. Só que agora a criança se encontrava em meus braços. Eu podia sentir seu corpo quente agarrado ao meu, sua respiração ofegante, como se algo a assustasse. Seu coração estava batendo num ritmo rápido demais para um humano, como se estivessem na velocidade das batidas das asas de um beija-flor.

 

Eu podia ver seus cabelos num tom de cobre incrivelmente familiar e sua pele quase tão branca quanto a de um vampiro, mas não conseguia ver seu rosto.

 

Apesar da familiariadade com o outro sonho, eu sentia que algo não se encaixava. Alguma coisa ali estava totalmente diferente. Olhei para os lados e, somente nessa hora, reparei o que me incomodava. Eu estava sozinha, era apenas eu e a criança. Ninguém mais se encontrava ali ao meu lado, nenhum dos Cullens, nem mesmo os lobos. Ouvi um grunhido e olhei em sua direção, estacando com o que vi. Ali, há dois metros de mim, estavam os Volturi, cobertos com suas capas negras que davam a eles um ar mais assustador.

 

Aro, cercado por Renata e Jane, me lançava um olhar debochado e presunçoso, assim como Caius e Félix. De minha garganta saiu um rosnado assustador quando senti uma pressão sobre meu escudo. Passei meu olhar pela guarda e reparei que era Jane. Senti uma enorme vontade de lhe lançar um sorriso debochado, mas algo dentro de mim me impedia de fazer isso. Eu não sabia o porque mas estava sentindo uma dor horrível em meu coração, um sentimento de perda.

 

Uma brisa forte passou por mim, balançando meus cabelos e trazendo um cheiro de queimado. Olhei na direção e então ofeguei. Era uma fogueira com vários pedaços de corpos sendo queimados. Todos que eu conhecia estavam ali, os Cullens, os lobos, Charlie, Billy, Angela...Meu coração se apertou ainda mais ao ver a cabeça de Edward bem no topo da pilha de corpos, com um olhar pesaroso, me pedindo desculpas.

 

Minha boca se abriu, liberando um rosnado e deixando expostos os meus dentes afiados. Dentro de mim nascia um intenso desejo de vingança. Porém eu sabia que não havia nada que eu pudesse fazer. Se eu tentasse algo, eles me matariam, junto com a criança. Eu sentia que tinha que protegê-la, nem que fosse a última coisa que eu fizesse. Então, a coloquei em minhas costas e me agachei, sentindo meu corpo ficar rígido, pronto para o ataque. Lancei um olhar furioso aos vampiros em minha frente, bem a tempo de vê-los correndo em minha direção, antes de sentir um baque forte contra meu corpo.

 

Pulei assustada na poltrona. Olhei em volta e reparei que ainda estávamos no avião. Suspirei, agradecida, que estivessemos na primeira classe, pois não iria me sentir bem com os olhares questionadores dos outros passageiros. Senti uma mão fria sobre a minha, era Edward.

 

-Está tudo bem? -perguntou

 

-Sim. Foi apenas um pesadelo. -falei, balançando a cabeça.

 

-Está sentindo algo? Tem fome? -perguntou, preocupado

 

-Não, estou bem. Sério. -falei, tentando tranquilizá-lo.

 

-Quer falar sobre o pesadelo?-perguntou

 

-Não. Agora não. -falei

 

Ele assentiu e me puxou para seus braços. Encostei minha cabeça em seu peito, aproveitando a calma que ele me passava. As imagens do sonho voltaram em minha mente, fazendo com que eu estremecesse. Edward reparou, mas nada falou.

 

-Onde estamos? -perguntei, olhando-o

 

-Já estamos perto, durminhoca. Daqui a alguns minutos já estaremos pousando em Seatle. -falou, sorrindo.

 

Assenti, voltando a me aconchegar em seus braços.

 

Acho que esses dias na ilha mudou totalmente o meu ritmo, ou então eu peguei alguma doença na ilha. Porque, desde ontem, eu tenho me sentido mal e tenho dormido mais do que costumava dormir. Sério. Nestas últimas 48hs meu corpo tem estado bastante cansado, só o que faço é dormir. Sem falar nestes sonhos grotescos que ando tendo. Se amanhã eu não estiver melhor pedirei pro Carlisle me examinar. Espero que não seja nada sério. Afinal, eu e Edward merecemos um descanso por todos os problemas que já enfrentamos. 

 

Uma aeromoça se aproximou de nós dois, praticamente comendo Edward com os olhos.

 

-Boa noite. O senhor gostaria de alguma coisa? -perguntou, num tom malicioso.

 

Estreitei meus olhos em sua direção mas a dita cuja não tirava os olhos de Edward.

 

-Nao. Muito obrigado. -ele disse seco, sem nem ao menos olhar pra ela.

 

Ela não se intimidou com o seu tom de voz.

 

-O senhor tem certeza? É só pedir que lhe atenderei com todo prazer. -falou, umidecendo os lábios com a língua.

 

-Não quero nada. Muito obrigado. -ele falou, tentando ser educado.

 

Olhei pra ele indignada. Isso não é hora pra se ter educação. É por isso que as mulheres vivem no pé dele.

 

-Mas eu posso dar o que o senhor quiser. Com todo o prazer. -falou, colocando a mão em seu ombro, alisando-o.

 

Isso foi a gota d'água. Antes que Edward pudesse fazer algo, peguei seu pulso, afundando minhas unhas ali, e falei:

 

-Ele já disse que não precisa de nada. Melhor: ELE NÃO TE QUER! Entendeu ou quer que eu desenhe? -perguntei, incrivelmente irritada.

 

Ela tentou afastar minha mão de seu pulso, em vão. Não sei de onde eu estava tirando força, mas não queria nem saber.

 

-Entendeu? -perguntei

 

Ela apenas assentiu, fechando os olhos por causa da dor.

 

-Ótimo. Assim me poupa de te meter a porrada. -falei, fuzilando-a com os olhos e largando seu pulso, que estavam ficando roxo.

 

Uau. Eu não sabia que era tão forte assim. A aeromoça saiu me xingando baixinho, mas nem dei importância. Me virei pra Edward e então comecei a rir. Ele estava me olhando com uma cara muito engraçada. Seus olhos estavam arregalados e sua boca aberta. Sem falar que seu corpo estava paralisado, como se ele estivesse em choque. Porém ele reagiu quando ouviu o som de minha risada.

 

-Bella? Você está bem? -perguntou

 

-Estou ótima, por que? -perguntei, entre os risos.

 

-Não precisava disso tudo. Por que fez aquilo? -perguntou

 

-Claro que precisava. Uma coisa é ela te paquerar falando aquelas coisas estúpidas, outra bem diferente é ela te tocar e ficar te alisando. Ou você estava gostando?-perguntei, novamente irritada.

 

-Isso é ridículo. O que está acontecendo com você? Não és assim. -falou, se afastando pra me olhar.

 

Senti a rejeição bater em mim. Do nada, comecei a chorar.

 

-Então não me quer mais? Quer ficar com ela, é? Então vai. -falei, começando a soluçar.

 

Ele me lançou um olhar confuso antes de me abraçar apertado.

 

-Bella, deixa de ser absurda. Sabe que é você que eu quero e amo. Por que está agindo assim? Não estou te entendendo. -ele disse, com as sombrancelhas arqueadas.

 

-Você me ama?-perguntei, dengosa.

 

-Claro que eu te amo. Mais do que minha própria vida. -ele disse

 

Tão logo como veio, as lágrimas pararam de rolar. Me aconcheguei em seus braços e sorri, depois de dar um selinho em seus lábios frios.

 

Ok. Não sei o que está acontecendo comigo. Uma hora eu fico extremamente feliz, segundos depois fico completamente irritada. Depois fico triste a ponto de chorar e então fico feliz novamente, e dengosa. Acho que essa lua-de-mel mexeu com meus nervos, na verdade, mexeu comigo toda. Edward ficou me olhando confuso, mas não comentou nada a respeito dessa minha crise de emoções. Isso é bom, não sei o que poderia fazer agora se ele resolvesse revelar seus pensamentos.

 

Fui tirada de meus pensamentos pelo aviso da aeromoça, dizendo que iríamos pousar. Sorri, feliz, pensando que logo iria encontrar nossa família. Só agora me liguei no tanto de saudades que tinha deles. Eu queria vê-los o quanto antes.

 

Edward parecia pensar na mesma coisa que eu, pois abriu um sorriso radiante em minha direção. Não teve como não retribuir. Juntei nossas mãos enquanto sentia o avião pousando, não por ter medo de avião, mas sim porque não conseguia ficar muito tempo sem tocá-lo. 

 

Assim que o avião parou, nos levantamos e pegamos nossas malas, quer dizer, Edward pegou. Estávamos nos dirigindo para a saída do mesmo, quando a aeromoça se aproximou de nós dois novamente, lançando um olhar malicioso ao meu marido, que ficou rígido no lugar, provavelmente vendo os pensamentos dela. 

 

-O senhor não gostaria de um último pedido antes de desembarcar? -perguntou

 

Olhei pra ela incrédula. Será que ela não aprendeu a lição? Novamente o ódio me atingiu em cheio. Edward percebeu minha reação e deu um leve aperto em minha mão, num aviso. O ignorei e fiquei encarando a aeromoça, que em nenhum momento me olhou.

 

-Não quero nada. Muito obrigado. -respondeu Edward, como sempre educado.

 

Ela se aproximou, colocou as mãos no peito de Edward e chegou perto do seu ouvido.

 

-Quando cansar dessa sem sal e quiser uma mulher de verdade, me procura. -falou, colocando um papel no bolso de Edward.

 

De repente, perdendo totalmente a noção do perigo, ela colou seus lábios aos dele. Edward a segurou pelos braços e a empurrou, levemente. Fiquei consumida pela raiva e fiz a única coisa que passava pela minha cabeça no momento. Peguei em seus cabelos e dei um puxão, afastando-a dele. Quando ela virou pra tirar satisfação, meti a mão na cara dela, num tapa que chegou a estalar. Meus dedos ficaram marcados em seu rosto. Ela me fuzilou com os olhos e veio pra cima de mim. Num movimento rápido, me abaixei, deixando-a bater no vacuo. Fui pra trás dela e puxei seu cabelo pra baixo, fazendo com que seu corpo se arqueasse pra trás. Dei mais dois tapas em sua cara e a empurrei para o chão.

 

-Isso é pra você aprender a não mexer com o que é meu, sua vadia. -falei, totalmente consumida pela ira.

 

Ela fez menção pra se levantar e pular em mim, mas antes que conseguisse, o piloto chegou junto com o resto das aeromoças e perguntou:

 

-O que está acontecendo aqui?

 

Me deu uma enorme vontade de me vingar, então coloquei um sorriso inocente no rosto, arregalei os olhos e fiz tremi meus lábios, imitando a carinha que Alice faz quando quer algo.

 

-Ela agarrou meu marido. -falei, com a voz embargada.

 

Por um momento o piloto, que devia ter pouco mais de trinta, me olhou deslumbrado, então lançou um olhar reprovador para a aeromoça e disse:

 

-Levante-se daí e faça o favor de se comportar, senão serei obrigado a informar aos nossos superiores o que você anda aprontando.

 

Ela arregalou os olhos pra ele e se levantou. Me lançou um olhar furioso antes de sair correndo do avião.

 

-Me desculpe por isso, minha senhora. Não irá se repetir. -falou o piloto, com um olhar doce, até demais, pra mim.

 

-Muito obrigado. -falei, fingida, vendo-o se afastar junto com o resto do povo que tinha parado pra ver.

 

Olhei pra Edward e novamente vi aquele seu olhar incrédulo em minha direção.

 

-O que foi?-perguntei, mais calma, como se nada tivesse acontecido.

 

-Bella, essas suas mudanças de humor estão me deixando maluco. -ele disse, tentando conter o riso.

 

-Mas, pelo que estou vendo, está se divertindo com isso. -falei, rindo

 

-Confesso que achei engraçado, mas você não devia ter feito aquilo com a moça. Poderia muito bem ter conversado. -ele disse, enquanto saiamos do avião.

 

Parei de andar e me virei pra ela, com um olhar demoníaco na cara.

 

-O.que.você.disse? -perguntei, pausadamente

 

Ele me olhou receoso antes de responder:

 

-Poderíamos ter resolvido a situação na base da conversa. -ele falou

 

-Na base da conversa é o cacete. -falei, nervosa, novamente.

 

Ele me olhou assustado.

 

-Nem vem reclamar que você é o primeiro a querer partir pra briga quando alguém me paquera. Então fica na tua e sai logo desse avião, antes que a abusadinha volte e eu meta a porrada nela de novo. -falei, apontando pra porta.

 

Edward me olhou assustado antes de sair pela porta de desembraque. Ele caminhou pelo aeroporto sempre mantendo uma distância de mim. Achei a situação tão engraçada que comecei a gargalhar no meio da multidão. Não tinha como segurar o riso. Afinal, era a primeira vez que eu vi um vampiro com medo de uma humana frágil e atrapalhada como eu. Eu percebi, com um pouco de vergonha, que eu estava rindo muito alto, o que chamava a atenção de todos que passavam por nós, mas não conseguia conter a risada num tom baixo. Era praticamente impossível. Edward me olhou, o que me fez parar com a mão na barriga e gargalhar mais ainda. Ele estava com um olhar mais assustado ainda. Estava impagável.

 

-Bella! Edward!-ouvi alguém nos chamar.

 

Olhei na direção e vi toda a família Cullen nos esperando. Alice quicava no lugar com um sorriso enorme no rosto. Ouvi um suspiro de alívio vindo de Edward, que me fiz ter uma nova crise de riso. Todos nos olharam consufos, principalmente Jasper, que estava sentindo o que sentíamos.

 

-Bella, que saudades.-disse Alice, me abraçando.

 

Consegui me controlar e parei de rir subitamente. Atraindo olhares pra cima de mim.

 

-Allie, também estava com saudades de ti, minha fadinha. -falei, retribuindo o abraço.

 

-Eu vi o que aconteceu. Você arrasou amiga. -ela disse, rindo.

 

-Parece que nem todos pensam assim.-falei, apontando para o Edward.

 

-Ele só ficou assustado com sua reação. Também, quem não ficaria? Você sempre foi a calminha. -ela disse

 

-Eu sei. Também estou assustado. Não sei o que está acontecendo comigo. -falei

 

Nossa conversa foi interrompida por Emmett, que me pegou em um de seus abraços de urso.

 

-Bellinha!! Como senti sua falta maninha. Aquela casa não é a mesma sem você. -ele disse

 

-Também senti sua falta, irmãos urso. Senti falta de todos vocês. -falei, olhando pra eles.

 

Jasper, como sempre, m cumprimentou de longe e Rosalie apenas me deu um sorriso amarelo. Esme se aproximou de mim e me deu um abraço de mãe, aqueles que só ela sabe dar.

 

-Minha querida, que saudades. Como foi a lua-de-mel? Gostou? -perguntou

 

-Querida, deixa pra conversarmos sobre isso em casa, Bella deve estar cansada da viagem. -disse Calisle, me abraçando. -É bom ter vocês de volta.

 

-É bom estar em casa. -falei

 

-Oh, me desculpe, querida. Eu esqueci que a viagem foi cansativa pra você. Venha, vamos pra casa. -disse Esme, passando os braços por meus ombros, me puxando com ela.

 

-Bellinha, por que você estava rindo daquele jeito? E por que o Edward tá com essa cara de assustado. -perguntou Emmett

 

-Depois ele te fala. -falei, rindo, lançando um olhar pra Alice, que riu também.

 

Pegamos nossas malas e fomos até o estacionamento, onde se encontravam o Porsche da Alice e a BMW da Rose. Carlisle e Esme foram com Rose e Emmett, enquanto eu e Edward fomos com Alice e Jazz. Nos acomodamos no banco de trás, onde me aconcheguei ao corpo frio de Edward e adormeci, instantaneamente.

 

 

 

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Olá Pessoal!!!

Bom, eu sei que neste capítulo a Bella está totalmente diferente do que ela é nos livros da tia Steph. Mas, quero que levem em conta que ela está sobre os efeitos da gravidez, o que causa essas variações de humor. A enxurada de hormônios que invade o corpo no início da gravidez deixa as mulheres assim. Isso é comum no primeiro trimestre. Então, vocês ainda irão ver muitas situações engraçadas como essa.

Espero que gostem.

Comentem!!!!!!!!!!