Far Away escrita por JA


Capítulo 29
Capítulo 29


Notas iniciais do capítulo

Oi meu amoreeeeees, como vocês estão? Espero que estejam bem, lembrando que esse mês é voltado pra um tema muito importante, a prevenção ao suicídio, sei que tem muita gente acha de pouca importância, mas acho que o nosso papel e ajudar o outro da forma que for possível, então estou aqui pra me disponibilizar a quem de vocês precisarem de alguém pra conversa, é só pedir meu wpp nos comentários ou nas mensagens, também vou deixar o link do meu facebook e twitter se acharem mais fácil. Niguém tá sozinho no mundo, que nos ajudemos uns aos outros e espallhemos amor em nosso caminho.
E falando em amor, trago um capítulo bem softzinho pra aquecer o coração de vocês e alegrá-los!

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Boa leitura



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Era mais de 4h45 da manhã, Emily voltava pra cama, depois de alimentar Anna.

—Que horas são?- Aaron pergunta sonolento.

—Mais cedo que 5h.- Diz se aconchegando a ele.

—Acho melhor ir para outro quarto então.- A mulher já estava com os olhos fechados, envolvida em seus braços.

—Por quê?- Pergunta sem se mexer.

—As crianças podem acordar, vir aqui e nos ver juntos.- Emily o olhava sem entender- Melhor temos certeza disso, antes delas saberem?

—Não me resta nenhuma dúvida, pra você resta?- Dizia sem titubear, fazendo o homem sorrir.

—Nenhuma.

—Ótimo, agora podemos dormir? Daqui a pouco Anna acorda novamente.- Aaron beija o topo da cabeça da mulher, e continua ali com ela. Quando Prentiss estava quase dormindo Lucy entra no quarto.

—Mamãezinha.- Chamou carinhosamente, com a voz sonolenta.

—Oi pequena.- Abre os olhos, vendo a filha coçar os olhinhos.- Tudo bem?

—Posso dormir com a senhora? Estou com saudades.

—Vem cá pequena.- Chama a menina que sobe na cama.

—O papai também tá aqui?- Faz cara de surpresa.

—Ele também estava com saudade.- Sorri pra garota.- Agora, vou dormir bem agarradinha em você.- Beijando o pescoço da filha fazendo a rir, acordando Aaron.

—O que está acontecendo?- Pergunta meio afobado.

—Lucy veio dormir conosco, fique tranquilo.- Acaricia o braço dele que envolvia sua cintura.- Vamos dormir.- A menina abraça a mãe.

—Ainda bem que voltou mamãe.- Fazendo Emily sorri.

Era 5h30 da manhã, Emily havia acabado de pegar no sono, ao lado de Aaron e Lucy, então um som ecoa pelo quarto, vindo da babá eletrônica, a caçula havia acordado e estava chorando.

—Deixa comigo.- Aaron se levanta, Prentiss sorri em agradecimento, fica deitada com a do meio.

Theo aparece na porta, pouco tempo depois do pai sair, assim como a irmã, se deita junto a mãe. Enquanto isso Aaron estava sentado com Anna sobre seu peito, acamando a garota que estava com cólica, passado alguns minutos ela já dormia, foi colocada no berço e o pai permaneceu ali, a observando.

Ele olhava a filha, e sorria de gratidão pela garota ter dado força a ele, para que continuasse quando o que mais desejava era desistir, por ela ter aguentado firme mesmo nas crises mais difíceis e ter vindo ao mundo ficar ao lado deles, por ter o unido mais a Theo e Lucy, e possibilitado que ele e Emily recuperassem sentimentos que haviam perdido, Anna trazia consigo a certeza de um recomeço mais firme, depois de todos os problemas.

Aaron ainda estava no quarto quando a menina voltou a chorar.

—Shhhhi, calma Sweet, vai passa!- Pega a menina colocando sobre o peitoral.- Vamos dormir com sua mãe, também.- Ao entrar no quarto sorri, ao ver Emily rodeada pelos dois mais velhos.- Sweet, parece que não tem espaço pra nós.- Fala baixo, ao ouvir, a mulher abre os olhos e sorri sonolenta.

—Sempre haverá! É cólica?- Aaron apenas concorda, caminhando até a cama, enquanto Emily arruma Theo e Lucy com cuidado, liberando os braços para pegar Anna.

—Vou dormir no outro quarto, pra vocês terem mais espaço.

—A gente não precisa de tanto espaço assim.- Pegando a menina.- Dorme aqui com a gente- diz sorrindo, e ele não consegue negar, e se deita ao lado de Lucy, aproximando a garota de si.

O homem fica ali, no entanto, não consegue dormir de imediato, fica olhando os quatro, sua família estava ali dormindo tranquilamente, aquilo o preenchia completamente, a um ano atrás era incapaz de imaginar que aquilo aconteceria e estaria novamente ao lado de Emily.

POV Aaron ON

O que ela disse na noite anterior sobre Kenneth, realmente as chances das coisas estarem como estão eram mínimas se tudo continuasse igual, mas mesmo vendo por esse lado, o sequestro não se torna um episódio mais fácil, o trauma psicológico é maior que o físico, Kenneth me disse coisas terríveis, que fazem com que me questione sobre o homem que sou, as ações e decisões de toda a minha vida, como pai e marido, palavras tão difíceis de ouvir – que certamente nunca saíram da minha mente – me enchem de medo de errar novamente com minha família.

POV Aaron Off

Hotch estava agora atordoado por seus próprios pensamentos, pensar daquela forma o fez perde o sono, se levanta e passa a mão na cabeça suspirando alto, se aproxima da janela e fica olhando pra fora, onde aos poucos o sol surgia, era difícil lidar com a culpa e o tormento, uma mistura perfeita para deixá-lo em estresse, sua feição estava completamente diferente de quando começou a observar a família.

Prentiss que não dormia completamente, percebe a movimentação na cama e abre os olhos vendo o semblante esboçado por ele, reconhece-o, era o de quando ele precisava falar, só não sabia, ela imaginava o que estava tirando seu sono. Com cuidado – para não acordar as crianças – se senta na cama, Aaron vê e faz menção em ajudá-la, mas a mulher nega com a cabeça e se levanta com Anna ainda no colo, então coloca a menina no chiqueirinho e se aproxima do marido.

—Alguém já te disse como fica lindo de manhã?- Ele sorri fraco e Emily sela suas bocas, e recebe o olhar do amado por alguns instantes.- Você está bem?- É abraçada por Aaron e ficam assim por um tempo.- É o sequestro?

—Emily- não queria entrar naquele assunto, ela se afasta um pouco de forma que o conseguisse olhar nos olhos.

—O que te disse ontem não quer dizer que acredito no sequestro ter sido algo bom, não estou fechando meus olhos pra todo o sofrimento que passou, seria incapaz disso.

—Eu sei, mas não é fácil falar sobre isso com você, sendo que tudo o que sinto é vinculado contigo.- Ela estava surpresa e um pouco confusa com o que ouviu.- Sinto culpa e medo, pelo que fiz e posso fazer a você, e as palavras do Kenneth rondam minha cabeça me fazendo duvidar que possa ser diferente agora, questionar se mereço estar ao seu lado, e cada vez chego a conclusão de que não, não mereço isso.- Olha para as crianças dormindo e novamente para a mulher.

—Pense sobre merecimento, deixei você com o coração partido para ser espiã e anos depois isso voltou à tona os colocando em risco, talvez eu não mereça isso aqui, talvez você não mereça, mas nós temos, isso que importa.

—É diferente, fiz vocês Sofrerem, fiz acusações incabíveis e julguei sem fundamento nenhum, deixei as crianças sentirem sua ausência e viverem em meio ao clima de total desarmonia, deixei ficarem em meio a um furacão sem necessidade alguma, e mesmo no fundo questionando se estava agindo certo, não me permiti voltar atrás, não quis dar o braço a torcer de que podia está errado, na nossa última conversa, antes da confusão com Gregson na BAU, eu sabia que estava errado e ainda sim, não consegui admitir. Continuei sendo orgulhoso e egoísta.

—É, você realmente é orgulhoso, mas isso nunca me impediu de te escolher, o que aconteceu é culpa sua, no entanto, eu te perdoei e o faria quantas vezes fosse preciso, e você precisa fazer isso, tem que entender que pode errar, porém, isso não faz de você mal, apenas humano.

—Errei por mais de quatro anos.- Emily concorda com a cabeça.

—Mas no meio disso, mesmo com toda raiva me estendeu a mão, colocou sua carreira em risco me mandando para Paris e sua vida indo até lá, deixou de ficar até mais tarde na BAU e fazer viagens para estar a lado das crianças, quando voltei intercedeu por mim diante das crianças e da equipe, teve inúmeras conversas com Theo, o fazendo me aceitar novamente.

—Isso não faz de mim bom samaritano, não apaga as noites que foram dormir com saudades de você ou que não concordei que ficasse com a guarda deles.

—Não apaga, mas mostra que além de orgulhoso e egoísta, você é solidário, cuidadoso, protetor, amoroso, é nisso que precisa focar, em ser isso. É normal errar, você ainda vai me magoar, eu ainda vou te machucar, e tudo bem, desde que a gente se esforce ao máximo para não ser frequente e continuo, e quando acontecer voltemos atrás, peçamos perdão e mudemos a ação.

—Como conseguiu me perdoar? Por que me perdoou?

—Sou egoísta, te perdoei porque senti sua falta, precisava de você, em contrapartida meu orgulho não me deixou simplesmente ouvir isso, precisei lutar contra os meus instintos que colocavam na frente da necessidade de ti, minha mágoa e o ego ferido por não acreditar em mim. E só então pelo meu amor, por sabe que você precisava de mim, depois entendi sua condição de ser humano que erra, vi teu arrependimento verdadeiro, por fim, ficou ao meu lado, não só como o pai da Anna, não estava só nos exames e consultas, tava comigo, me ouviu, me abraçou quando precisei, a forma como cuidou de mim.

—Ele disse tanta coisa, não sei quanto tempo vou ficar questionando se Kenneth estava certo e não mereço essa chance, o meu papel como pai, tenho medo de ser o maior motivo do sofrimento de vocês.

—Apenas esteja ao nosso lado e tudo ficará bem, sempre que precisar estaremos aqui para clarear sua mente.

—Obrigado por nós!- A beija.-Te amo.

—Tenho certeza disso!- Ela sorri.- Mas preciso fazer uma pergunta- com um tom sério.

—O que?

—Quer casar comigo?- Sorri o olhando com amor, o rosto dele se acende e surge um sorriso enorme em seus lábios que novamente vão de encontro ao dela.


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Notas finais do capítulo

O que vocês acharam????? Me contem, os comentários de você me enchem de amor e estimulo, prometo que logo vou tirar um tempinho para reponder com todo carinho!
Muita luz na vida de vocês, sempre!

Beijos, JA



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