Far Away escrita por JA


Capítulo 24
Capítulo 24


Notas iniciais do capítulo

Amoreeeeeees como vocês estão? Eu tõ bem feliz, principalmente nesse mês, é mês da minha 2º Festa anual preferida, é fexxxxta junina, melhores comidas, melhor clima, uma quermesse melho que a outra, que mês meus amigos, e pra completar é amo de copa, ai fica um mix sensacional que a gente só tem de 4 em 4 anos, então aproveitem esse mês que todos os anos já é sensacional e esse ano tem um big bônus (mas sem fechar os olhos pra tudo que nos cerca), agora que já falei do mês delícia, vamo falar de capítulo delícia?
Esse capítulo tem muito amor, mas nem tudo não flores, então se preparem.

Boa leitura,



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—A senhora Prentiss entrou em coma!

A imagem da médica dando aquela notícia ficavam rodeando a cabeça de Aaron, como um filme que se repetia, muitas vezes em câmera lenta, revisitando aquela memória sem parar, aquele que era para ser um dos dias mais felizes da vida deles, viu se transformar em um pesadelo, mesmo sendo infinitamente grato por Anna ter nascido saudável, apesar de prematura, sem nenhum grande problema, necessitando apenas ganhar peso e se desenvolver um pouco mais, Emily estava em coma, após a parada cardíaca, que ocasionou uma respiratória, a equipe médica conseguiu fazer com que seu coração voltasse a bater, mas não conseguiram evitar, a mulher entrou em coma.

Ao receber a notícia agradeceu de imediato, afinal quado saiu daquela sala de cirurgia, achou que Emily havia partido, mas isso já fazia seis dias e ela não havia mostrado nenhum progresso, continuava na mesma, o que tornava inevitável não pensar no pior, era impossível ficar sem imaginar que a mulher pudesse ficar naquele estado por mais meses ou anos, o que o deixava apavorado, pensar que seus filhos poderiam crescer e construir suas vidas com Emily em coma, parecia tão justo, depois de tudo que aconteceu, do que ela sofreu, estava ali, sem consciência, sem vê a evolução de Anna a cada dia.

Ele até se sentia culpado, talvez fosse o destino querendo se vingar dele, fazendo o pagar por não ter acreditado, por ter acabado com seu casamento, fazendo com que ele pagasse por todos sofrimento que fez a família passar, fosse o tão famoso carma, aquela situação o estava deixando fora de si, o cético Aaron Hotch estava acreditando em carma, porque não via outro motivo para está passado por aquilo, devia ser castigo. Devia ser castigo vê os olhos vermelhos dos filhos quando contou o que aconteceu com a mãe, ouvir Lucy pergunta se Emily acordou nas últimas cinco manhãs e vê-la decepcionada ao saber que não, saber que Theo tem chorado as escondidas e usado a internet para pesquisas sobre “como sair do coma”. Enquanto a mulher estava ali deitada como se dormisse em completa paz.

Hotch se pudesse passaria o tempo todo ali, apenas a esperando abrir os olhos, sem fazer mais nada, no entanto, não podia, precisava acompanhar Anna e seu desenvolvimento, cuida para que Theo e Lucy ficassem o melhor possível, e ainda tinha BAU, a grande sorte dele era a equipe e Dulce, além de Elizabeth e a mãe dele, que ficavam se revesado para ficar com as crianças. Com o acontecido, recebeu apoio completo para tirar licença, Rossi intercedeu junto a Strauss, mesmo sem ser necessário, garantiu que não houvesse retaliações e todo dia ligava querendo saber como Aaron Hotch estava e o direcionando, Dulce cuidava das crianças com todo o cuidado, aliás como sempre fez, Penélope vai todo dia a casa dos Prentiss Hotch para ver como os filhos mais velhos estão e os distrai, e ao sair passa no hospital, vê Emily e Anna, depois conversa com os médicos,

JJ ficou com a afilhada e Theo quando pegou folga e ligou todas as tardes para Dulce perguntando se necessitava de alguma coisa e falando com as crianças, depois ligava para o chefe querendo saber o estado das duas que estavam no hospital. Derek ficou como chefe da unidade, todo dia a primeira e última coisa que Aaron recebia era uma mensagem dele, perguntando como as coisas estavam e informando como a BAU estava, ele sabia como Hotch se preocupava com a unidade. Spencer passou o dia de folga no hospital, ao lado de Emily, leu um livro em francês e conversou, ele estava muito abalado, mal havia se recuperado do que aconteceu meses atrás em sua vida e agora vê-la ali o desestruturou, ficou um tempo com Anna contando coisas para estimular seu desenvolvimento.

As crianças haviam ido visitar Emily três vezes, todas após muita insistência de Theo, o filho mais velho do casal estava devastado, e como os pais, tinha a tendência de se trancar dentro de si e transparecer a imagem de inabalável, mas toda noite depois de tranquiliza a irmã e do pai sair do quarto, ele chorava preocupado, sempre que ia ver a mãe sussurrava coisas para que apenas ela ouvisse. Quando conheceu Anna ficou a olhando como se a culpasse, então lembro do pedido que a mãe o fez para que cuidasse das irmãs e começo a olha a caçula com amor e compaixão.

Lucy ao ver a mãe sorriu, surpreendendo o pai disse: “Por que tá todo mundo tão triste? Ela só está descaçando, olha a tranquilidade do sono da mamãe, quando o sono acabar, ela acorda”, disse inocente e tranquila vendo Emily, claro que ela entendia o que estava acontecendo, mas aprendeu com a tia Penélope a pensar positivo, ao conhecer a irmã logo se encanto, queria tira da incubadora e pegar no colo, com delicadeza as enfermeiras explicaram que Anna ainda era muito frágil para isso.

E daqui a pouco os acontecidos dos cinco dias acabaram se tornando a rotina deles.

10º Dia no hospital

Elizabeth adentra ao quarto onde a filha estava sobre uma cama hospitalar, os olhos fechados e pele pálida, vê-la daquela forma a deixa apreensiva, Emily nunca foi muito adepta a hospital e mesmo quando precisava deles saia rápido, mesmo as inúmeras quedas e tropeços geraram apenas alguns machucados, nunca antes havia ficado tanto tempo em um local como a aquele, quando era criança nunca precisou ser internada, as outras gestações foram tranquilas, sem nenhum susto e a única vez em que ficou em situação parecida, a mãe acreditava que estava morta.

A Prentiss mais velha se aproxima da cama, acaricia o rosto da filha e fica a observando.

As duas sempre tiveram tantas divergências, ambas de gênios fortes entravam em conflito com frequência desde quando Emily era apenas uma menina, principalmente após o falecimento do pai da garota, quando Elizabeth perdeu o marido as coisas ficaram difíceis, a filha era uma menina de apenas 11 anos, começando a desvendar o mundo, cheia de opiniões e desejos, que era extremamente apegada ao pai, ele sempre foi um elo muito forte entre as duas, que apaziguava as conversas mais complicadas, era quem intercedia pela filha, quando o homem se foi, parecia que as duas haviam perdido a parte mais bonita que tinham.

Era oposto da esposa, sempre sorridente e brincalhão, adorava os momentos de grandes reuniões, muito apegado a familiares e amigos, era professor de história em Harvard, quando Elizabeth foi enviada para um consulado na Arábia Saudita, abandonou o trabalho e mudou-se junto a ela, a mulher não concordou, acreditava que podiam manter um relacionamento a distância, mas ele não concordava, os dois, mesmo sendo diferentes eram completamente apaixonados. Steve despertava o melhor de Elizabeth, a deixava mais tranquila e leve, quando Emily nasceu ambos se realizaram, a menina veio e fez transborda o amor, que já eram imenso, a descoberta deles como pais foi a trajetória mais linda que viveram juntos.

Emily sempre foi um reflexo do relacionamento dos dois, era atenciosa, sorridente, justa, era louca pelo pai, passava a maior parte do tempo junto a ele, já que a mãe trabalhava um longo período, foi ele quem passou para a garota o gosto por leitura e por conhecer outras culturas, foi dele que a menina herdou as características que a mãe mais amava, a preocupação com os amigos, a lealdade, a leveza, o sorriso fácil, sempre que via a menina assim era como estar mais próxima ao marido, e ao mesmo tempo que aquilo a fazia bem a deixava com ainda mais saudade.

As duas brigava muito, porque Emily também tinha muitas semelhanças com a mãe, a dedicação ao trabalho, a facilidade com política – embora uma gostasse e a outra detestasse – a coragem para enfrentar desafios e a dificuldade de aceitar não, o que era uma das maiores fontes de conflito entre elas, atrás apenas das acusações de Emily sobre a ausência da mãe, Elizabeth sabia que não eram sem fundamentos, mas só ela sabia como era difícil dar contar de tudo, comandar uma embaixada e criar a filha sozinha era complicado demais, ela tentava dar conta de tudo, no entanto, eram muitos desafios.

Quando perdeu Steve, achou que aquela seria a maior dor de sua vida, estava enganada e descobriu isso a quase três anos atrás, ao receber a notícia de que a filha tinha morrido, a pior coisa que podia acontecer, nada nunca havia doído tanto quanto receber aquela notícia, perdeu completamente o chão, Emily – mesmo não acreditando – era o que a embaixadora tinha de mais importante, ao ficar sabendo da falsa morte se afastou da embaixada e passou dois meses no EUA próxima aos netos, se isolou de tudo, deixando Dulce preocupada, Elizabeth perdeu toda sua armadura, os únicos momentos em que se via vida em seus olhos era quando estava junto a Theo e Lucy.

A mulher não conseguiria passar por tudo aquilo novamente.

—Sei que está fazendo o melhor que pode, sempre soube Emily e por isso exigi muito, conheço teu potencial melhor que ninguém, a sua força e determinação me enchem de orgulho, mas o que mais amo em você é a sua generosidade e vontade de ver os que ama felizes, preciso te falar, nós não estamos bem, precisamos de ti aqui, eu, as crianças, Aaron, seus amigos, a ATU, te imploro, junta toda tua força e determinação para voltar, preciso de você minha menina, a mamãe não suportaria te perder novamente, estou esperando por ti, você prometeu que estaria ao meu lado nesse momento de transição, se você resistir e voltar para nós prometo que deixarei você me ver sem armadura mais vezes, prometo ser melhor, por favor, fica com a mamãe, ainda não é hora reencontra o papai.- Beija a testa da filha e fica ali ao lado dela quando Dulce entra.

—Ela continuará aqui, como da última vez, é a Emily, você sabe que ela é dura na queda, como a mãe- tenta descontrair a tensão da ex-embaixadora.

—É mais dura que eu- sorri triste- mas é minha menina, ela é forte, independente e determinada, no entanto, sempre enxerguei as fragilidades e inseguranças dela, mesmo quando está com sua armadura Prentiss totalmente incorporada, eu vejo minha pequena Emily, não importa o quão escondida ela esteja, e agora, olhe para ela, só consigo vê minha frágil menininha, e o pior de tudo, não posso ajudá-la, não posso fazer nada.

—Você pode, está fazendo o seu melhor, quando ela acorda ficará imensamente feliz por saber que está perto das crianças, que está cuidado dos seus netos.

—Espero, você sabe como ela detesta que eu a veja sem armadura, como sempre necessitava me provar o quão forte e independente era, só queria que isso a motivasse a volta, mesmo eu sabe que ela é mais forte do que eu jamais serei.

—As duas são tão parecidas, você e Emily, não precisam prova mais nada uma a outra, você sempre foi e será a maior referência dela, e vice-versa, deixe ela saber disso, ok?

15º Dia no hospital

Sarah, mãe de Aaron, havia levado os netos para visitar Emily e Anna no hospital, ao chegar Theo pediu para ficar sozinho com a mãe no quarto, não era permitido, mas com muito esforço convenceu o pai e avó a deixar que apenas uma enfermeira desconhecida o observasse enquanto conversava com a mãe, queria um momento com ela.

—Oi mãe, como você está? Sei que todos deve está perguntando isso para a senhora, a verdade é que estamos muito preocupados, sabe, já fazem 15 dias desde que está aqui, nós não estamos gostando disso, sério, tudo está um pouco maluco, vovós Sarah e Elizabeth estão sempre em nossa casa, ficam se revesado, papai não aceitou que ela se distanciassem totalmente de suas vidas para cuidar de nós, elas continuam em seus trabalhos, mas a vó está responsável por nos levar e buscar na escola, enquanto a Sarah se responsabilizou por fazer comprar e nos levar aos treinos e aulas de dança, sinto que Dulce poderia fazer isso, como sempre, só que elas precisam se sentir úteis, e no fundo gosto de as ter mais perto, assim como o vovô, tenho que confessar ele é o mais legal, sempre fica por perto nos fazendo rir, e toda noite tia Penélope vem a nossa casa nos ajudar com o deve, além dos outros membros do team BAU estarem sempre por perto e Dulce que tem orquestrado tudo isso para que no fim nossa rotina não vire uma bagunça, os dias não tem sido chatos, no entanto, não estão sendo completamente felizes, sempre há alguém falado da sua situação, e isso é um saco, é um saco você está assim, todos nós precisamos de você, e sinto que todos eles cercam a mim e a Lucy para sentirem que estão agindo certo contigo, sei que nos amam e querem cuidar que estejamos bem, mas uma parte deles faz isso para se sentir mais perto de ti, não os culpo, porque fica perto deles me faz sentir mais perto de você.- Ele respira fundo e faz uma pausa.

—Mas a verdade, é que mesmo amando meus avós, meus tios, meu pai e minhas irmãs, amo você, preciso de ti, mãe não me deixa de novo, da outra vez, quando foi de mentira, sofri muito, não quero sofrer novamente, por favor, mamãe volta, sinto muita saudade, ninguém substitui o teu abraço e seu sorriso, preciso do seu colo mais vezes, volta pra mim mamãe.


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Notas finais do capítulo

O que vocês acharaaaaaaam? Contem pra mim, por favorzinho, to esperando os comentário rsrsrsrssrsrs, e claro, desejando um mês recheado de bolo de milho, canjica, paçoca, pé de muleque, arroz doce, cuscuz, milho assado, quentão, aproveitem essas festas maravilhosas com aquele forrôzin raiz tocando de fundo.

Beijos, JA



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