Era o dia do chá de bebê, Emily estava de sete meses, estava afastada do FBI a cinco, a gravidez de risco a obrigava a repousar, não podia fazer nenhum tipo de esforço, durante aqueles meses sangramentos foram controlados, tantas idas ao hospital para controlar a pressão, em nenhum momento se sentia completamente segura, o medo de que aquela gravidez não tivesse o fim desejado, mesmo com toda a dedicação e sacrifício que estava fazendo, qualquer dor já a deixava em alerta. Theo e Lucy ficavam sempre fazendo companhia a ela, mas Emily se sentia culpada por não poder se dedicar aos dois como desejava, tinha que pensar no bebê sendo gerando dentro de si.

Aaron estava deixando de ir em alguns casos para ficar perto, estava com todas as responsabilidades das duas casas e das crianças, era quem fazia as compras, ia as reuniões e afins; Dulce o estava ajudando como sempre, claro que Prentiss era grata, no entanto, aquilo a incomodava, sempre foi muito independente, mesmo quando estava casada com Aaron, sempre cuidou de seus interesses pessoalmente e dividia as tarefas, porém, agora ficava a maior parte do tempo deitada ou sentada.

Como não podia se esforçar, Penélope e JJ se responsabilizaram por organizar o chá de bebê, elas sabiam que tanto Emiyl, quanto Aaron estavam se dedicando ao máximo para cuidar das crianças e materem a gravidez estava, então as duas loiras fizeram tudo, decoração, comidas e bebidas, oraganização, claro que sempre deixaram os pais a par de tudo, e era deles a palavra final, como a mulher não podia passar por muita agitação fizeram tudo muito íntimo, apenas as equipes da BAU e ATU, os pais de Aaron, Sean, Elizabeth e Dulce. Organizaram tudo no quintal da casa dos Hotch, para evitar o estresse de locomoção para Emily,

Garcia e Jareau cuidaram de cada detalhe com muito carinho, sabiam como a amiga não estava em seus melhores dias, devido aos problemas da gestação, entendiam a preocupação dos pais de Anna, bem como a importância, de garantir que aquele momento fosse de comemoração e alegria, se empearram em fazer o melhor que podiam. A decoração era colorida, em tons clarinhos, para trazer alegria, ao ínves do habitual rosa e branco, estava tudo em concordância a mesa tinha o bolo, os doces, alguns brinquedos, e o nome da menina, com letras de MDF pintadas.

—Nós realmente esperamos que vocês gostem.- Diz JJ levando Emily e Aaron ao quintal juntos a PG.

—Fizemos com muito, muito amor.- Garante a analista.

—Tá lindo, lindo mamãe.- Lucy fala encantada.

—Vocês podem tira essas fendas, logo.- Emily pede sorrido.

—Estão nos matando de curiosidade.- Garante o pai de Anna, e assim os olhos dos dois não destampados, os dois sorriem ao ver os detalhe.- Está lindo!

—Perfeito meninas, é perfeito!- Prentiss diz radiante.

—Vocês realmente gostaram?- Penélope pergunta com um sorrisão.

—Tá incrível PG.- A grávida diz e sente a filha chutar.- Anna aprovou disse colocando a mão sobre o ventre.

—É para você garotinha.- JJ diz sorrindo.

—Nós amamos você Anna.- A analista passa a mão na barriga da amiga.

—Que horas todo mundo vai chegar?- Theo pergunta.

—Nós marcamos para as 2h já devem está chegando.- Jennifer informa.

—Tia Emily é melhor você certa, não pode ficar cansada.- Henry diz preocupado.

—Você está certo querido.- Concorda a grávida, que obedece o menino.

Aos pouco todos vão chegando, entregavam os presentes e cumprimentavam os demais, os presentes estão felizes por estarem ali, pela vinda de Anna, foi uma tarde recheada de boas risadas e animação a garota no ventre da mãe vez ou outra se agitava um pouco, nada que causa-se grande preocupação. Mas Rossi via que Emily tinha preocupação em sua feição, então se aproxima dela.

—Como está nossa garotinha?- Sorri carinhosamente.

—Bem, um pouco agitada.

—E você?

—Bem.- Tenta disfarçar.

—Sério?- A olhava como se não acreditasse.

—É preocupação, você sabe tem sido difícil!- Ele concorda.- Ver todos felizes e ansiosos pela chegada de Anna me deixa imensamente feliz, mas tenho medo de não ser como esperamos.

—Tem medo de que ela vá antes da hora?

—Também, mas tenho medo de não está aqui para vê-la crescer, se integrar nessa família.

—Emily.- David a olhava com compaixão.

—Sabe que sou realista, e isso pode acontecer.

—Não pode ficar pesando nisso, você é forte, você literalmente venceu a morte.- Sorrindo para convencê-la.

—Eu sei, mas agora é diferente, não sei até onde aguento, está tão difícil, nós vamos ao hospital toda semana praticamente, estou fazendo tudo o que posso, mas parece insuficiente.

—Será, precisamos ser como Penélope, manter o pensamento positivo.

—Ok, mas preciso te pedir...- O agente sênior a interrompe.

—Não faça isso Emily.

—Por favor, preciso de você.- Ele a olhava sério.- Se acontecer alguma coisa comigo, ele precisará de você, sabe que mesmo com a postura inabalável, isso o abalará demais, promete que cuidará dele?-O homem ficava a olhando.- David, por favor, me prometa.

—Prometo Emily, se prometer que fará de tudo para ficar aqui.

—Prometo!- Sorriu o abraçando.- Obrigada!

—Como você faz um coisa dessa no chá de bebê?

—Sou um carossel de homônios, faço coisas em momentos inaprópriados.- Justifica a chefe da ATU.

—Boa jogada Prentiss!- Sorriu afetuoso.- Amo você.

—Nós amamos você David Rossi.- Deixando uma lágrima escapar.

—Não faça isso comigo Emily Prentiss, você não chora!- Fala brincando.- Mantenha sua postura.

—Ok.- Ela sorri se recompondo, quando Theo aparece.

—Mãe, a tia Penélope falou que está na hore abrir os presentes.

—Ótimo, vamos lá.- Emily diz se levrantando com a ajuda de David.

Depois da conversa que tiveram o homem ficou apreensivo, as coisas que Emily disse, o pedido que fez a ele, sabia que ela estava preocupada, mas a possibilidade de perdê-la para que Anna nascesse não havia passado por sua cabeça, começa a ver o sorrisos e comemorações, e mesmo sem demonstrar uma parte dele estava deslocado, sem saber direito o que sentia e como agir. Aaron ficaria devastado se perdesse a mulher naquele momento, Theo e Lucy que são tão apegados a mãe como reagiriam, como aquilo interferiria na vida deles, não podia imaginar nem o que ele setiria se aquilo acontecesse.

Era fim de tarde quando os convidados iam embora, ficando apenas Derek, Spencer e David, que foram convocados a ajudar Penélope e Jennifer a organizarem as coisas, com o auxílio das crianças e Aaron. Eles embrulharam as coisas, guadaram os presentes, limparam o ambiente, colocaram as comidas e bebidas e locais adequados, tudo estava indo bem, quando Henry aparece no quintal assustado.

—A tia Emily está sentido muita dor.- Todos entram para casa preocupados.

—Emily o que está sentindo?

—Dói Aaron, dói muito, ela não está se mexendo!- A agente a ATU estava assustada.

—Calma, pode está dormindo.

—Não é isso.- Emily tinha certeza.- Anna precisa logo.- O homem ficava a olhando preocupado, parecia paralisado.

—Ok, Emily precisa ir para a maternidade!- JJ pega o controle da situação.- Spencer pega a bolsa no quarto do bebê, Morgan dirigi e ajuda Aaron a levar Emily para o carro.- A loira os instrue.- Vou ligar para a médica.

—Oh meu Deus, o que nós fazemos?- Penélope pergunta

—Mantemos a calma, e vamos ao hospital- Diz Rossi.

—JJ cuida das crianças, por favor.- Emily fala com dor.

—Posso fazer isso.- Ela sorri preocupada.- Agora vão.

Derek dirigi o carro que leva Emily e Aaron, e no de trás iam Rossi, Spencer com a bolsa do bebê e Garcia com a de Emily. Estavam todos com os sentimentos a flor da pele, uma mistura de alegria e perocupação dominava todos eles. Ao chegarem ao hospital Emily é colocada em uma maca e levada com urgência Aaron a acompanha, enquanto Garcia preenche a ficha da grávida juntos a Reid, os outros dois homens estacionavam os carros.

A médica não demora muito a chegar no hospital e examinar Prentiss, a notícia não era das melhores a pressão da mulher tinha subido, Anna não estava recebendo nutrientes e oxigênio, a cesária teria que ser imediata. Menos de meia hora da chegada, Aaron entra junto a Emily na SO. Mesmo preocupados não parava de sorrir, imaginando que logo teriam Anna em seus braços. A anestesia é aplicada, a sonda na bexiga, e logo o procedimento cirúgico começa, era delicado os médico tinha que ter atenção a pressão de Emily, e retirarrem o bebê com cautela.

A equipe médica, que conhecia o histórico da grávidez e fez seu acompanhamento, estava um tanto quanto apreensiva, haviam muitos riscos, não podiam negar, tanto para Emily quanto para o bebê, estava todos tensos, mesmo sendo a melhor cirugia neonatal de Washington, com uma equipe super capacitada, aquela cesária era delicada. Até que 28 minutos após a entrada deles na SO, ecoa o choro de Anna pela sala.

A menina é rápidamente pesada e examinada, estava perfeita, quando é entregue aos país que sorriram radiantes ao tê-la junto a eles, por um segundo ficaram alíviados. Quando os equipamentos ligados a Emily começam a fazer barulhos estranhos, "Parada Cardíaca", Aaron ouve a médica dizer, logo tem Anna tirada de seus braços, começa a chamar por Emily que fechava os olhos, onde uma lágrima caia, perdendo a consciência, ele começa a se apavorar chamando Emily incerssantemente, não estavam conseguindo resucita-lá, quando é tirado da sala de cirúrgia, as lágrimas caiam dos seus olhos, ela não poderia deixá-lo.

Os quatro na sala de espera andavam de um lado para o outro, estavam ansiosos e alegres, mesmo preocupados com as dores que a amiga estava sentindo, conversava e trocavam sorrisos. David era o mais calado, depois da conversa com Emily várias coisas começaram a passar por sua cabeça, mas não as passava para os outros. Estava impaciente, quando Aaron aparece, e a fenção de todos eles se tornam sérias e triste, ao verem o homem com o rosto molhado de lágrimas e olhos vermelhos, vinha se arrastando quando quase caí sem forçar e é pego por Derek, que o coloca em uma das cadeira da sala, nenhum deles queria perguntar, sabiam que algo muito errado havia acontecido, faltava coragem. Penélope já tinha lágrimas nos olhos.

—O que aconteceu?- Spencer pergunta de frente ao chefe.

—Emily teve uma parada cardíaca, até eu sair de lá não tinham conseguido trazê-lá de volta.- Conta entre lágrimas.

—Não.- Penélope começa a chorar. Morgan soca a parede. David fica em silêncio. Spencer respira fundo e continua.

—E Anna?

—Está bem, é uma linda garotinha, está perfeita!- Um sorriso escapa entre as lágrimas do homem.

—Ok.- Reid se senta ao lado do chefe e coloca a mão nos rosto, enquanto Morgan abraçava Garcia. Quando o telefone de David toca, era JJ, ele respira fundo e se distância um pouco.

Ligação ON

—Rossi.- Atende automaticamente.

—Sou eu, já nasceu?- Tinha um tom esperançoso.

—Sim, é uma linda garotinha, segundo Aaron.

—Ótimo.- Ela sorri, mas sabia que havia algo errado pela voz do amigo.- Anna está bem?

—Está bem.

—O que há de errado, então?- Agora JJ tinha um tom preocupado,

—Emily teve um parada cardíaca, não sabemos o que aconteceu.

—David não me esconda.

—O médicos não falaram nada ainda.

—Ok.- Ela respira fundo, contendo as lágrimas.- Qualquer coisa me avisem!

—Pode deixa.- A loira desliga.

Ligação OFF

JJ estava preocupada, mas as crianças estavam ali, não podia deixar nada trasparecer, afinal Emily pode está bem, não podia preocupá-los, respira fundo e se vira, as três crianças a olhavam com um sorriso enorme.

—Minha irmã já nasceu?- Lucy pergunta sorrindo.

—Sim.- JJ sorri para eles se aproximando.- É uma linda garotinha.

—Ela está bem?- Theo questiona.

—Sim, está bem.

—Quando poderemos vê-la?- Pergunta o pequeno Henry.

—Não hoje, ela precisa de alguns cuidados ainda é muito pequenininha,

—Queria muito ver elas hoje.- Jennifer sente uma pontada de dor, sabia que Theo se referia a mãe também.

—Eu sei querido, mas hoje não podemos.

—Quando eles vão voltar?- A afilhada a questiona.

—Hoje não, quem dormirá com vocês será eu, Henry e Dulce.- As crianças comemoram, eles adoravam ficar juntos.- Ótimo que gostaram.- Dulce os olhava da entrada da cozinha, a perfiladora se levanta indo até ela.

—Como Emily está?- Jennifer não consegue disfarça o olhar triste diante da mais velha.- JJ?

—Teve um parada cardíaca.- Fala de modo que só ela ouvisse.- Não sei o que aconteceu além disso.

—Oh céus.- Abraça a loira.

—Vai ficar tudo bem.- Tenta se convencer daquilo também.

—Eu sei, você parecia precisar disso.- A loira sorri e afirma com a cabeça.