Emily entra em um chalé, ao abrir a porta se surpreende, o ambiente estava iluminado por velas, uma cama baixa com várias almofadas, todas brancas, e no centro uma bandeja com duas taças, uma garrafa de vinho, frutas como uva, morango, amora, cereja e kiwi, haviam dois fondues, pedaços de pão e batatas pequenas, ao leste do quarto havia uma jacuzzi cheia, com acabamento todo de madeira, que tinha pétalas de rosa e algumas velas ao redor, a oeste com um sorriso apaixonado, o habitual terno e gravata estava Aaron. Mesmo que ela quisesse não conseguiria conter o sorriso que estampava seu rosto, aquele lugar, daquela forma e ele, os olhares se encontram e uma explosão se felicidade parece atingi-la.

—O que há de tão especial?- Emily finge não saber.

—Me diga você- desafiador.

—23 anos?- Ela não esqueceria aquela data nem se quisesse.

—Que conhecia a mais rebelde garota de Yale no The Game.

—Não é pra tanto, só pra lembrar Harvard nunca será melhor que Yale.

—Não é o que diz o resultado dos últimos 5 anos- ela rola os olhos.

—Nós nos recuperaremos esse ano.

—Sem chance.

—Esse é um ano de reviravoltas, não duvide disso.

—Só duvido de Yale mesmo.

—Olha que a melhor coisa da sua vida veio de lá.

—A da sua de Harvard.

—Parece que nesse jogo deu empate.- Ficam se olhando, Aaron caminha até a cama e coloca vinho nas taças, as pega e vai até onde ela está a entregando uma.

—O que achou?

—Lindo!- Emily sela suas bocas.- Aos nossos 23 anos.- Levanta a taça para brindarem.

—A tudo que vivemos nesses anos- brindam.

—Não achei que faria tudo isso.

—Depois de quatro anos sem comemorarmos essa data, achei que precisávamos de algo especial.

—Qualquer coisa é especial, com tanto que você esteja ao meu lado!- Se aproxima e o beija, um beijo calmo, sem prensa e com sentimento de sobra.

—Eu te amo.- Aaron estava radiante.

—Agora me conte uma novidade?- sorrindo.

—Esperava algo do tipo, eu também te amo;

—Não preciso dizer o que você já sabe.

—Não me importo de escutar- com aquele sorriso que apenas ela era capaz de colocar em seu rosto.

—Não gosto muito de falar; prefiro demonstrar!- Sussurra no ouvido dele.

—E como seria isso?

—Ah ai é com você, é só escolher!- Mordiscando a orelha e beijando o pescoço.

—Você gosta de brincar com fogo.

—Gosto de me divertir- ele a puxa pra si e a beija, um beijo repleto de desejo e luxúria.

Os beijos e carícias se tornam mais intensas, as roupas deixam o corpo de ambos, era sublime, a quatro anos eles não comemoravam aquela data, o dia em que se conheceram, aquele dia em que se olharam pela primeira vez, nunca imaginaram tudo que viveria dali em diante, não sabiam ainda, que se tornariam melhores amigos, que ele seria o segurança da mãe dela, que a parceria entre eles fosse crescer a tal ponto de se tornar o amor mais forte, sentimento esse que resistiu a tantas dificuldades, sobreviveu a separação, brigas, missões, desconfiança, permaneceu firme e vivo dentro deles, independente do que fizeram para mudá-lo, transformá-lo, negá-lo, nada adiantou, pois mais teimoso que eles apenas esse sentimento que um tem pelo outro, que os fez construir uma família, uma vida.

***

—Sabe o que está me lembrando esse fondue de queijo?- Emily tinha uma lembrança.

—O que?

—O aniversário de casamento dos seus pais.

—Qual deles?- Aaron finge não saber.

—Até parece que você não lembra- sorrindo e ele nega- o que sua mãe achou que você estava com a Haley.

—De 30 anos?

—Exatamente, nunca vou esquecer a cara que ela fez quando viu que era eu que estava com você.

—Emily minha mãe sempre gostou de você.

—Nunca como da Haley.

—Ela a viu crescer.

—Eu sei, mas foi engraçado ela chegou toda sorridente no quarto acompanhada com um garço que trazia um fondue igual a esse, “Aaron querido, fiquei tão feliz que você chegou, e já sei da novidade, você trouxe Haley com você” e ai sai do banheiro, e a decepção estampou o rosto dela.

—Ela ficou sem graça, não decepcionada.

—Um pouco dos dois- sorri.

—Você soube conquistar ela.

—Tive um pouco de dificuldade, nem todo mundo tem sorte com a sogra como você.

—O que posso dizer, sou uma pessoa muito amável.

—Nunca a ouvi reclamar do meu trabalho, até quando nós demos um tempo pra eu ir trabalhar no Oriente.

—Mães sabem o que é melhor para seus filhos!- Sorri se gabando.

—Você precisa ser mais humilde meu amor- o beija, quando um telefone toca- ótima hora- a mulher pega o telefone no automático nem olha qual é e atende.

Ligação ON

—Prentiss.

—Emily!- Penélope diz surpresa e a morena gela.- Por que você está atendendo do telefone do Aaron?

—Penélope.- Olha para Hotch com cara de assustada e ele começa a rir- é, é eu estou com as crianças e não percebi que peguei o celular dele- fazendo sinal para o homem não fazer barulho.

—Você tem certeza disso ou vocês estão- é interrompida.

—É claro que tenho certeza, ele está descendo vou entregar, desculpa- fala rapidamente e entrega- desculpa, atendi seu telefone sem querer, é a Penélope- fala para tentar despistar a amiga.

—Sim Garcia.- O homem sorri.

—Temos um caso, é melhor o senhor vir rápido.

—Ok- ele ia desligar quando ouve a loira continuar.

—Ah senhor, manda um beijo pra Emily e as crianças.

—Claro- e desliga.

Ligação OFF

—Você acha que ela vai ligar lá em casa ou rastrear nosso celular pra saber se estamos lá mesmo?- Aaron pergunta pensativo.

—Acho que rastrear é mais a praia dela!- Emily sorria.- Agora acho que você tem que se vestir.

—Tinha planejado mais coisa pra gente.

—O dever te chama!- Se aproxima sela suas bocas.

—Assim você só vai me fazer querer ficar- sorri.

—Vai, quem sabe você chega lá antes da PG dividir o que ela desconfia com os outros.

—Acho meio impossível- começa a se vestir- parece que não vamos conseguir esconder por muito tempo.

—Talvez.

***

JJ, Morgan e Reid já haviam chegado e estavam na sala de reunião quando Penélope agitadíssima se junta a eles.

—O que está acontecendo BabyGirl?

—Vocês não sabem o que aconteceu quando liguei para o Hotch?- Fala superentusiasmada.

—O que?- Jennifer estava curiosa.

—Vocês realmente estão preparados para isso?- Todos olham curiosos.- Emily Prentiss atendeu o celular dele! Isso mesmo ela atendeu, achando que era o dela, falou que estava na casa deles com as crianças e confundiu.

—Ela pode realmente ter confundido.- Spencer diz lógico.

—Você já viu o Aaron longe do celular?- O gênio nega com a cabeça.- Exatamente, ele nunca está longe do celular, vocês sabem disso.

—Acho que você está com muita esperança por nada, ela apenas atendeu.- JJ diz.

—Ok, imaginei que falariam isso, mas para ter certeza que Emily estava com as crianças rastreei o celular dela, ela está em um chalé, sabe o celular de quem está na mesma localização?

—Você não fez isso.- A mãe de Henry fingi está incrédula.

—Isso mesmo meus queridos, Aaron Hotchner- fala ignorando a falsa surpresa da amiga.

—O que tem o Aaron?- David pergunta entrando na sala junto a Alex.

—Ele e Emily estão juntos.- Pg diz animada.

—Como sabe disso?- O mais velho duvidava que eles já tivessem admitido.

—Emily atendeu o celular dele e Penélope rastreou o celular deles em um chalé.- Spencer informas os dois.

—Você fez isso?- Alex estava realmente surpresa.

—Está é Penélope Garcia!- Derek diz sorrindo.

—Eles voltaram.- A analista estava animada.

—A questão é, eles vão assumir?- JJ é lógica.

—A questão é, eles estão realmente juntos?

—David Rossi não venha com isso, eles tem que está juntos.- PG olhava o agente sênior levemente irritada..

—Ok, não está mais aqui quem falou.- Todos riem, logo Aaron chega e a analista técnica começa apresentar o caso.

—Nosso caso é sobre o desaparecimento de quatro jovens, Ethan de 16 anos, Josh de 19, Logan e Elijah de 17- e a fotos deles aparecem na tela.

—Eles se conheciam, frequentava os mesmos lugares?- Questiona Derek.

—Ao que tudo indica não, moram em bairros diferentes, frequentam escolas diferentes, não possuíam os mesmos hobbies.

—Como tem certeza que foram sequestrados pela mesma pessoa?- JJ procurava a ligação entre os casos.

—Por isso- e mostra a imagem de um lenço vermelho com o número 3 e a letra A invertidos.

—Já vi isso antes, não foi em um caso da ATU?- Spencer é interrompido pela chegada de um homem.

—De 5 anos atrás, quando uma unidade terrorista estava recrutando,- Na porta da sala de reunião.

—Jonh Gregson vai trabalhar conosco nesse caso.- Informa Penélope.

—Então porque o caso veio pra nós e não para a UAT?- Pergunta Derek olhando aquele que era conhecido por todos.

—Porque os envolvidos foram preso, nós acreditamos que seja alguém que conseguiu fugir.- Diz o antigo chefe da ATU.

—Ok, Morgan e Blak vão para a cadeia falar com o líder, Reid reveja todo o caso anterior, Garcia quero que vasculhe cada detalhe da vida desses garotos, principalmente os computadores, JJ e Rossi vão à casa de Ethan, eu falo com os outros familiares.

—Posso ficar aqui com o Dr. Reid, ver se não deixamos algo passar.- Aaron apenas concorda com a cabeça.

Todos começam a fazer sua tarefa, antes de sair David vai para a sala de Hotch.

—Entre.- Aaron pede.

—Vocês deveriam esconder melhor, ela atender seu telefone foi muito descuido.

—Do que está falando David?

—Do que a equipe estava falando quando cheguei, você e Emily, Garcia ficou eufórica.

—David nós temos 4 garotos desaparecidos.

—Ok, mas vocês não vão conseguir esconder por muito mais tempo.

—Não há o que esconder, JJ deve está a sua espera.

—Recado entendido- se levanta e vai ao encontro da loira.