Amor em 12 partes escrita por Gessikk


Capítulo 5
Março: O dia em que cederam.


Notas iniciais do capítulo

Olá, lindinhos!! Março chegou e eu também!
Estou triste porque amanhã vai lançar o ULTIMO episódio da quinta temporada e acho que vocês também devem estar, por isso, aqui está um capítulo bem Stydia para animar um pouquinho!



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Lydia não conseguia parar de pensar em Stiles e ele, não conseguia se afastar de Malia. Mesmo assim, naquele exato momento, a Banshee beijava Parrish e o humano, tinha acabado de brigar com a coiote.

— Eu vou matar o Isaac. — Stiles murmurou com uma voz assassina, fechando as mãos em punho.

Justo quando o menino teve a certeza do quanto era apaixonado por Malia, Isaac volta para Beacon Hills e a coiote fica visivelmente abalada com a presença do loiro, mas o humano estava disposto a fazer qualquer coisa para não perder a namorada.

Ele estava dentro da delegacia, onde pretendia visitar o pai com Malia e depois, ir para o cinema, mas no meio do caminho, com o casal dentro do Jeep, Stiles acabou citando o nome de Isaac e isso resultou em uma briga que estragou todos seus planos. Agora, o garoto estava sozinho, emburrado, esperando o pai sair do escritório para falar com ele.

— Stiles! — O pai abriu um sorriso imenso, que se desfez ao ver o bico de mau humor do menino. — O que foi? E aonde está a minha garota, não veio com você?

— O problema foi a sua garota, pai. — Respondeu bufando com a forma que o pai chamava Malia. — Ela está toda interessada no Isaac, mas não gostou que eu dissesse isso.

— Vocês brigaram de novo? — O xerife falou negando com a cabeça e respirando fundo. — Stiles, você realmente não sabe como agir com as mulheres.

— Fala o solteirão convicto que nunca teve coragem de convidar Melissa para sair.

— Stiles! — O homem repreendeu, os olhos claros arregalados.

— Vai dizer que eu estou mentindo? Eu não sou cego, pai. Vejo como você olha para ela.

— Fala baixo, moleque! — O menino sorriu abertamente quando o xerife ficou completamente corado.

— Enfim, eu só vim dizer oi. — Disse rápido, sem paciência para falar com o pai, depois de ter brigado com Malia. — Então, oi e tchau, pai!

O garoto, desajeitado, andou até a porta antes que o pai conseguisse responder, ou ter alguma reação, mas antes que Stiles conseguisse sair da delegacia, Parrish e Lydia entraram no lugar. O humano, distraído, bateu a cabeça no peito de Parrish, que era infinitamente mais alto e mais forte que ele.

— Ai! — Exclamou e logo em seguida deu um mínimo sorriso, ao reconhece-los. — Ah, oi!

A expressão de Stiles voltou a demonstrar a chateação, pensando novamente em Malia e nenhum dos homens, percebeu o olhar significativo de Lydia na direção do humano. Ela observou aquela boca fazendo biquinho, a testa franzida, o cabelo completamente bagunçado e seu andar desajeitado, que por algum motivo, parecia charmoso.

— Ei, vou deixar você trabalhar. — Lydia sussurrou para Parrish assim que Stiles saiu da delegacia, acenando brevemente para os dois.

— Mas eu ia deixa-la em casa antes, só quis pegar meu relatório.

— Não se preocupa, eu pego uma carona com o Stiles. — Respondeu aflita, com medo que não desse tempo de encontrar o humano do lado de fora.

— Não, eu que...

— A verdade é que eu preciso falar com ele, aí queria aproveitar e falar agora. — Confessou, recebendo uma expressão desconfiada do policial, que concordou com a cabeça, relutante.

Antes de sair, Parrish beijou delicadamente a boca de Lydia e ela, não sentiu absolutamente nada. Houve apenas o contato confortável de suas bocas, mas seu interior permanecia inerte e indiferente ao beijo.

— Ei, Stiles! — A garota, sem saber o motivo para estar afoita, gritou o nome do amigo, dando passos apressados em sua direção.

— Lydia? — Ele apenas murmurou o nome, virando em sua direção, já com a mão na porta do Jeep.

— Você tem alguma coisa para fazer?

— Eu ia para casa.

— Podíamos dar uma volta! — Quando percebeu como soou desesperada, corou levemente e Stiles achou aquilo surreal.

Desde quando Lydia ficava intimidada e pedindo para sair com ele? Achando que tinha algo errado com a garota, já que era a única justificativa lógica para o modo como estava agindo, Stiles abriu um sorriso meigo e concordou com o rosto, esquecendo a irritação com Malia.

— Claro, estou com saudade de você me perturbando. — E ele falou isso, de maneira tão carinhosa e doce, que Lydia abriu um sorriso imenso, sentindo o peito disparar sem nenhum motivo aparente.

Quando Stiles começou a dirigir, com a garota sentada no banco ao seu lado, ela observou o quanto ele era bonito. Os olhos cor de avelã, o formato dos lábios finos, as pintinhas espalhas na pele muito clara e o nariz empinado, que era estranhamente fofo.

— Você brigou com a Malia? — Falou, tentando expulsar os pensamentos.

— Como você sabe?

— Conheço você o suficiente para entender seu biquinho de quem está emburrado.

— Quando Lydia Martin começou a reparar alguma coisa em mim?

Stiles ficou surpreso com a afirmação da garota, pois ele a conhecia por inteiro, sabia e entendia cada um dos sentimentos transmitidos em cada expressão e ação da ruiva, mas não imaginava que ela também o conhecesse daquela forma.

Já Lydia, ficou desconfortável ao perceber o tom de surpresa na voz de Stiles. Ela mesma não entendia como passou tanto tempo sem nem perceber a existência do garoto que se tornou tão indispensável na sua vida.

— Brigaram por quê?

— Isaac. — Falou simplesmente, incapaz de esconder algo da menina.

— Ela está dando em cima dele? — Perguntou satisfeita e pensativa. — Até que eles ficariam bem juntos.

— Obrigado pelo apoio, Martin. — Falou incrédulo com a reação dela, os lábios formando um novo bico. — Onde você quer ir?

— Shopping.

— Oh, meu Deus! Diz que isso não foi um plano para você me arrastar para um dia de compras!

Lydia riu da reação do garoto e ele, inevitavelmente, riu com ela.

Stiles reclamou, disse que Lydia tinha uma mente diabólica e que na sua última encarnação, deve ter sido um homem muito mal para merecer aquilo, mas ainda assim, foi ao shopping com a garota, sem conseguir esconder o sorriso divertido.

— Confessa, Stiles, você gosta de ir as compras comigo.

— Nem com tortura eu falo isso.

— Então por que está sorrindo?

— Porque gosto da sua companhia, não do seu consumismo compulsivo. — Falou, sem querer ceder.

Lydia, se sentindo uma pré-adolescente cheia de hormônios, perdeu o compasso da respiração com aquela frase estupida: “ eu gosto da sua companhia”. Ali, ela chegou à conclusão que estava enlouquecendo.

Eles andaram durantes horas, foram a inúmeras lojas e o garoto, manteve a paciência, ajudando a menina, dando opinião, esquecendo completamente a irritação com Malia.

Quando perceberam, já tinham perdido completamente a noção da hora e não conseguiam conter a crise de risos enquanto travavam uma lutinha infantil, tacando soverte um no outro.

— Você é uma criança, Stiles! — Ela reclamou, rindo, sem se importar de estar com o rosto todo sujo de sorvete.

— Eu? Foi você que provocou essa guerra!

— Eu só disse que você tem um péssimo gosto para sorvetes!

— Não tenho nada!

— Ninguém gosta de sorvete de abacate, Stiles. Nem sabia que isso existia e você fez o favor de comprar só um sabor para a gente dividir!

— É muito bom. — Ele se defendeu, mordendo o lábio inferior, tentando parar de rir, ao ver o rosto da garota todo sujo. — E não importa se você gosta, é bom e você tem a obrigação de comer comigo!

Ele parou de falar, limpou o nariz com um guardanapo e se debruçou sobre a mesa, acabando com a distância entre eles, aproximando o rosto do da garota, ficando á centímetros de distância.

— E eu ganhei essa lutinha. — Ao sussurrar, rouco, aquela pequena frase e piscar o olho esquerdo, Stiles pretendia somente provocar a garota, mas acabou causando outras reações nela.

Lydia não conseguiu resistir.

Aquele rosto colado no seu, a expressão brincalhona e infantil, a piscada ridiculamente sexy, o cheiro de perfume que emanava de sua pele e a voz grave, gostosa, tudo aquilo foi demais para a menina. Sem raciocinar, ela o beijou.

Stiles, surpreso ao sentir os lábios grossos contra os seus, seguiu o instinto, sem pensar, sugando a boca gostosa para a sua, mordendo com força e logo em seguida, lambendo o lábio inferior saboroso.

Naquele dia, eles cederam a vontade de suas bocas.

Lydia arfou e assim que teve o lábio inferior liberto, colocou a língua na boca quente e desconhecida. O sabor duvidoso do sorvete, ainda estava em suas línguas, mas não incomodou Lydia e tornou para Stiles, o momento mais saboroso.

Ele era tão carinhoso, mexendo a boca timidamente, inseguro, que era como se afagasse a boca dela, como um cafuné delicioso e aquilo era simplesmente enlouquecedor para a menina, que beijava de maneira segura e decidida.

Lydia tentava a todo custo, intensificar o beijo, já Stiles, enquanto começava a raciocinar, bem lentamente, o que estava fazendo, mantinha o beijo dolorosamente lento.

A garota teve a certeza que podia facilmente se embriagar com saliva quente do humano e ele, estava tão atordoado com o formigamento nos lábios, que não conseguia pensar com clareza.

O único defeito do beijo, foi ter sido muito curto. Os adolescentes só permitiram aquele momento agradável, prazeroso, por poucos minutos, se conhecendo, provando a sensação de agradar o outro, deliciados ao perceberem como seus corpos reagiam com arrepios, tremores, corações disparados e sem sincronia.

Eles se afastaram sem entender nada, confusos, pupilas dilatadas e respirações irregulares.


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Notas finais do capítulo

É isso gente, espero realmente que tenham gostado, pois estava ansiosa para postar essa capítulo! Ainda nos vemos esse mês com o capítulo Melinski!
Beijinhos