Amor em 12 partes escrita por Gessikk


Capítulo 2
Scallison: O dia em que ela o deixou.


Notas iniciais do capítulo

Quem está animado com a nova promo Stydia, por favor, me dê um abraço virtual!!
Como estão, lindinhos? Não tenho muito o que dizer, então aqui está o bônus desse mês, agora só vejo vocês em fevereiro!
Espero que gostem.



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O dia que Scott descobriu que estava completamente enganado e ao mesmo tempo, completamente certo, foi, ironicamente, no dia que ela o deixou, quando faleceu em seus braços.

E mesmo depois de tanto tempo, a dor continuava a mesma, assim como as lágrimas que escapavam de seus olhos. Tudo parecia igual, desde que ela o deixou.

Igualmente sem cor, igualmente triste, igualmente doloroso, igualmente sem sentido.

— Ei, Allison. — Scott cumprimentou timidamente, encarando a lápide do tumulo. — Você provavelmente não ia gostar de me ver aqui, mas hoje faz mais um ano que você me deixou.

O lobisomem, se sentindo completamente indefeso, fraco, sentou na terra molhada, cruzando as pernas. Suas mãos, trêmulas, colocaram um buquê de flores em cima do tumulo e só assim, ele entendeu como Stiles se sentia ao todo ano, deixar flores para a mãe.

— Eu sei que fiquei muito tempo sem vir aqui, mas é que as coisas viraram um caos desde que você partiu. — Ele suspirou, incapaz de pronunciar a palavra “morreu”. — Prefiro nem falar o que tem acontecido, se não vou acabar invocando seu fantasma e você vai vir aqui para resolver tudo por mim. — Ele riu, sem jeito, sem graça, deixando mais lágrimas escaparem dos olhos castanhos. — Tudo parecia mais fácil com você aqui.

Ele suspirou e ficou em silêncio por alguns minutos, quase que esperando a resposta da garota. Fechou os olhos e se permitiu lembrar daquele sorriso de covinhas, os olhos brilhantes, o cabelo chocolate, a pele macia sob seu toque, a voz que o fazia sorrir.

Scott sentia falta dela, de cada detalhe daquele corpo lindo, de cada defeito de sua personalidade, da sua irritação, da sua alegria, de seus sentimentos intensos e do rosto expressivo. Ele sentia falta de tudo nela, inclusive, do pedaço de si mesmo que morreu com ela.

Uma parte do antigo Scott McCall, não existia mais, estava enterrado junto com Allison, seu primeiro amor.

— Você disse que estava tudo bem, que não doía, mas não está nada bem, Allison. Dói em mim, de maneira insuportável, toda dor que você não sentiu na hora, continua me esmagando até hoje. — Ele colocou as mãos sobre a pedra fria, seu tronco desabou na direção da lápide. — Mas você sabe o porquê, não sabe? Você percebeu a mesma coisa que eu naquele dia.

Um soluço subiu por sua garganta, saindo de sua boca audivelmente, junto com uma tosse falha, fraca. Os olhos do garoto, antes castanhos, se tornaram vermelhos, ardentes, vivos, em uma falha tentativa de diminuir a dor que sentia rasgar seus órgãos.

— Eu disse que nós acabaríamos juntos novamente e você duvidou, falou que destino não existia. — A voz do garoto estava fraca ao relembrar o beijo de despedida, assim que terminaram o namoro. — Eu estava tão certo e tão terrivelmente enganado, você percebeu isso, não foi? — Ele proferiu a contradição com dificuldade, engasgado.

Novamente, ele ficou em silêncios por mais alguns minutos, chorando e tomando coragem para continuar a falar com o vazio, conversando com a pedra sem vida, com a natureza morta, o ar gélido.

— Nós ficamos com outras pessoas, nunca voltamos a namorar, a nos beijar, mas ainda assim, tudo acabou com nós dois juntos.  Você morreu depois de dizer que me amava e eu só conseguia pensar que queria outra chance de fazer tudo dar certo. — Ele sentiu uma pontada de dor na cabeça, as garras saltaram de suas mãos, sentindo perder o controle. — No final, mesmo separados, nunca esquecemos um ao outro. Desculpa por não ter sido capaz de responder, por não ter reagido quando você disse que estava nos braços de seu primeiro amor, mas Allison, você sabe que toda essa dor que eu ainda sinto, é porque eu a amo.

“ Porque eu te amo”, aquela frase, que foi tantas vezes repetida por ele, ecoou em sua cabeça, o fazendo sentir uma vertigem, um enjoo, novas pancadas no abdômen.

— Eu não sei como ser forte sem você, Allison, eu não sei como ser minha própria âncora. — Scott criou forças para levantar, a transformação em lobisomem já completa. — Você era minha âncora e afundou, agora estou afundando cada vez mais, morrendo com você.

Ele não suportou mais, uivou para a noite estrelada, completamente descontrolado e correu, para longe do cemitério, tentando se afastar daquela dor horrenda. A última coisa que encarou, antes de correr, foram as palavras escritas na lápide.

“Allison Argent

1997-2014

Filha.

Amiga.

Guerreira.

Heroína. ”

Aquelas palavras, aquela lápide, o atormentaram durante toda a noite.


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Notas finais do capítulo

O próximo capítulo é: O dia que ela percebeu.
E o bônus de fevereiro será Malisaac.
Até lá!