Capítulo IV: Então temos um acordo?

Eu olhava para ele sem entender onde ele queria chegar, como eu posso ajuda-lo a escolher uma esposa. Eu acho que ele percebeu a minha cara de confusão pois continuou.

—Eady olha, como a minha mãe falou todo grupo tem um líder, ás vezes não foram todas que falaram mal de você mas apenas foram influenciada por alguém ou por um grupo de pessoas. E eu preciso que você me ajude a saber qual garota quer ser apenas rainha, qual gosta de mim, se é uma boa pessoa, essas coisa. Você é a única com quem eu posso confiar e pedir ajuda. E além do mais você não me quer e eu não te quero, você pode me ajudar.

—E o que eu ganho em troca se eu te ajudar?-eu disse cruzando os braços.

—Você pode pedir qualquer coisa, por favor nada exagerado.-eu sorri, eu sabia muito bem o que ele poderia me dar.

—Eu quero ser a arquiteta oficial de Illéia quando você assumir o trono.

—Isso eu posso fazer, mas você sabe que esse cargo é muito importante e muito trabalhoso?-eu assenti com a cabeça- então se é isso mesmo que você quer, quando eu assumir o trono você será a minha arquiteta.

—Mais tem um detalhe.

—O que foi?-ele disse fechando o sorriso.

—Eu vou ser a arquiteta oficial ajudo nas construções das escolas, hospitais, casas, nada mais justo que eu mude algumas coisas no palácio-ele acenou com a cabeça-só que nessas horas são as rainhas que escolhem tudo, como pode e não pode. E eu não quero que nenhuma dessas garotas mande no meu projeto, na minha decoração.

—Tudo bem Eady, você irá me ajudar muito na Seleção eu posso deixar você no comando das mudanças. Então temos um acordo?-ele levantou a mão para fecharmos mas quando eu iria apertar ele retira-Mas Eadlyn com esse acordo, você vai ficar até o final da seleção, e você não vai poder mais fazer essas brincadeiras e terá que ser simpáticas com as garotas, se não elas nunca irão contar nada para você.

—Kile eu estou achando que ser Arquiteta Oficial está muito pouco para o que você está me pedindo.-eu disse e sorri.

—Eadlyn.-ele disse sério.

—Calma estou brincando, temos um acordo, eu vou ser uma ótima selecionada.-eu disse e apertamos as mãos.

Depois que o Kile saiu, chamei as meninas para me ajudar a me arrumar para o jantar. Coloquei o vestido vermelho que as meninas fizeram no primeiro dia, mais precisamente ontem, parece que foi uma eternidade.

—Meninas, eu pensei melhor e eu vou lutar pelo Kile, eu escutei algumas coisas que as selecionadas falaram de mim e eu quero mostrar que eu sou Eadlyn Woodwork, se eu quiser ganhar eu ganho.-eu disse para elas eu sabia que era mentira mas elas não precisavam saber. Elas me deram um sorriso de felicidade.

—Da licença.-Neena disse com a mão da boca e saiu, acho que ela está passando mal. Não pude nem pergunta para Brigit porque ela me expulsou do quarto logo depois, sim estou atrasada de novo.

—Vamos menina se você quer lutar pelo príncipe tem que estar pontual porém não é o caso.-ela disse me levando para fora do quarto.

Cheguei no salão do jantar e todos se calarão, acho que ficaram surpresos por me verem de vestido, não gosto de me exibir mas eu estava muito bonita com um vestido vermelho longo de um lado só, com um detalhe um poco abaixo dos meus seios do lado esquerdo de brilho, um batom claro, realçando os meus olhos e os cabelos solto. Eu queria deixar elas com inveja.

O jantar foi logo servido, percebi que era o meu prato preferido, bacalhau ao molho espanhola.

Eu olhei para a família Real e eu percebi que a minha madrinha me olhava, foi então percebi que o jantar era o modo dela de me pedir desculpa e eu apenas assenti com a cabeça e sorri para ela. A comida estava maravilhosa e a sobremesa também era a minha preferida, brigadeirão. Já estava cheia e muito feliz, sempre fico feliz depois que eu como. Fico muito estressada quando estou com fome.

—Senhoritas peço atenção de todas.-Kile disse se levantando eu percebi que todas se mexeram desconfortável, eu estava no final da mesa como sempre mas eu percebi que ele olhou para mim e eu apenas continuei olhando-Quero agradecer a presença de todas e as garotas que eu chamarem, quero que me acompanhem...-não escutei o nome porque eu estava prestando mais atenção em algumas garotas lá da frente olhando pra mim e algumas até sorriram mais o melhor foi quando eu sorri de novo.

Parei de encara as garotas quando uma menina do meu lado começou a chorar e se retirar. Foram 3 eliminadas.

Eu percebi que muitas garotas ficaram surpresas, por eu não ter sido eliminada. Mas com certeza, a minha mãe ganhou o prêmio de melhor espanto. Ela olhava pra mim sem acreditar, eu já estava no auge de começar a rir a qualquer momento, então eu preferi me retirar. Kile tinha se levantado para consolar as eliminadas, e muitas pessoas olhavam pra mim como a minha mãe.

***

Acordei com Neena abrindo as cortinas, pulei da cama e fui direto para o banho. Já estava quase pronta, quando me lembrei que Neena ontem passou mal.

—Neena você está bem?-eu disse me virando do banco enfrente ao meu pequeno camarim, na verdade pequeno é eufemismo, é uma bancada enorme cheia de maquiagem que eu não sei nem para que serve. E tem várias maquinas para o cabelo, e eu pensava que só existia, secador, chapinha, e o babyliss mas pelo jeito tem mais cindo. Como eu disse um "pequeno" camarim. Quando eu me arrumava para as festas um maquiador profissional vinha me maquiagem, eu não tenho essas coisas.

—Claro Eadlyn não precisa se preocupar, foi só uma dor de cabeça, correria do di-a-dia.-ela falou sorrindo parecia feliz por eu ter me preocupado com ela.

—Já passou certo?-ela assentiu com a cabeça e gritou belíssima, eu estava pronta, mas a verdade que Neena é muito exagerada, estava com um vestido azul até o joelho, cabelo solto como sempre e um pouco de maquiagem.

Eu estava certa sobre que a Neena exagera, eu em comparação a algumas garotas, parecia um lixo, tinha meninas que pareciam filhas do palhaço de tanta maquiagem. O café da manhã estava normal como sempre, algumas garotas conversavam entre si. E eu estava só no meu pão com geleia.

—Você é a Eadlyn né?-uma garota de olhos azuis e cabelos loiros, parecia aquela garota do livro Menina dos Cachinhos Dourado.

—Sim sou eu, por quê?-ela que estava sorrindo, fechou o sorriso. E foi quando percebi o meu erro, eu não gosto de parecer legal e simpática com gente que eu não quero nem conhecer mas para conseguirmos o que queremos as vezes temos que fazer sacrifícios e eu quero ser a Arquiteta de Illéia.-Quer dizer e o seu? Desculpa de manhã eu sou um pouco lerda.

—Tudo bem sou Angeliny e fiquei feliz que você ficou.-agora fiquei curiosa.

—Por que, eu pensei que todas vocês não gostassem de mim e também cada eliminada é menos uma na competição?

—Sim é menos uma, mas não é por isso que temos que ficar feliz com a sua saída, e eu acho que as outras garotas não gostaram de você porque perceberam atitude em você e toda rainha precisa ter atitude.-ela disse sorrindo de lado.

—Não! Eu não posso ser comparada uma Rainha nunca, você viu que nos jornais eles me detonaram, não eu acho que não foi por esse motivo que elas me odeiam.

—Pode até ser, mas não podemos esquecer que de todas nós, você é a única que conhece o Kile, você não fica nervosa perto dele, não tem dúvida em chama-lo de alteza ou Kile, não fica corada todas as vezes que ele fala com você.-ela disse e olhou para ele.

—È verdade eu não fico nada disso que você falou mas eu posso ajudar vocês, todas se vocês deixarem?-ela abriu um grande sorriso.

Logo depois do café da manhã, Angeliny conseguiu reunir todas no salão das mulheres. E agora eu estou de frente para todas, elas não estavam entendendo nada mas estavam curiosas. A minha vontade era nunca mais olhar na cara delas por ter falado aqueles absurdos de mim mas pelo meu trabalho eu faço.

—Eu sei que muitas de vocês não gostam de mim, na verdade não tiro a razão de vocês vamos dizer que eu comecei com pé esquerdo com todas vocês, com o negócio dos sapos-elas me olharam chocadas, eu apenas deu um sorrisinho de culpa- a calça jeans e o pijama no jantar. E para me redimir com vocês eu quero ajudar todas vocês com o Kile, eu posso dizer a comida preferida dele, a cor, sei lá, qualquer coisa, vocês aceitam a minha ajuda?

—Como vamos saber que você não está mentindo?-uma morena falou, olhei para o seu nome escrito, Alanna. Talvez eu tenha que ficar de olho nessa.

—Vocês não tem como saber, vocês vão ter que confiar em mim. E tenho certeza que todas virão o que estava escrito nos jornais e eu não pretendia ofender ninguém era apenas uma brincadeira, então se vamos conviver por um tempo pelo menos poderíamos tentar ser amigas, e por isso eu queria ajudar vocês. A prova que eu estou arrependida.-fez um silêncio depois que eu acabei de falar, estava rezando que meu discurso tenha funcionado, mas o surpreendente foi que funcionou. Depois disso foi uma festa todas vieram pra cima de mim fazendo preguntas.

Ficamos conversando por muito tempo, eu percebi que eu consegui a confiança delas, podemos não ter virado melhores amigas mas agora elas não vão mais ficar me xingando. Mais o melhor de tudo é que eu sei quase nada sobre o Kile.

Quando criança eramos amigos, na verdade melhores amigos, era o trio inseparável, eu, Kile e o Ahren. Mas os gostos mudam com o tempo por exemplo, eu lembro que quando criança a sua cor favorita era verde, mas eu não sei se ele mudou, a sua comida preferida era batata-frita e batata-frita não é nem um prato de comida então eu preferi mentir, macarrão ao molho branco, quem não gosta de macarrão.