2. Capítulo IV: Primeiro Baile

Três meses depois.

Três meses se passaram e eu tenho certeza que a minha paciência foi junto. Não sei por qual motivo exato, tem tantos. Se eu disser que nesses três meses não aconteceu nada de interessante, seria mentira. Meu afilhado nasceu. Sim, Chase é lindo, olhos verdes com cabelos negros. Neena ficou muito feliz em saber que o filho é a cara do pai.

Ben, o pai do Chase, mudou. Depois que descobriu que o filho é afilhado da Rainha, veio correndo atrás da Neena. Ela me disse que ele pediu perdão e até comprou rosas para ela. Mas no final Neena não o quis, acho que ela sofreu muito como mulher, eles iriam se casar e quando ela mais precisou dele, ele disse que o filho não era dele. Porém Neena tem um coração de ouro ou tem tanto amor ao filho que aceitou olhar no rosto de Ben todos os dias. Sim, ele visita o filho todos os dia, acho que depois que viu que o pequeno é tão lindo e fofo, não tem como ficar longe dele. Eu não queria deixar-lo quando o visitei a primeira vez.

—Kile! Kile! Nasceu!-entrei correndo no seu escritório sem bater na porta. Ele levantou a cabeça das suas papeladas e disse calmamente.

—Quem nasceu Eadlyn?

—Neena...o filho...precisamos ir...agora.-eu disse respirando fundo, subir três andares correndo cansa.

—Esqueci que ele é o seu afilhado mas como você descobriu que a criança já nasceu?-Kile perguntou levantando da sua cadeira.

—Eu iria visitar Neena mesmo se o bebê não fosse o meu afilhado. É a Neena. E eu acabei de receber a notícia, Brigit ligou para o castelo.

Não era longe o castelo até a casa de Neena, cinco minutos de carro. Kile não sabia a história da Neena, então eu fiz um resumo de cinco minutos até a casa dela. Eu percebi que ele ficou irritado, a sua mandíbula estava tensa como o seu corpo ao meu lado, porém ele não disse nada. 

Foi parto normal, quando cheguei Chase já estava arrumado no colo da mãe. Neena estava com uma cara péssima mas o seu sorriso era lindo de se ver. Confesso que a melhor parte do dia, foi quando eu peguei Chase no colo e chamei o Kile para ver também. Ele parou no meu lado e ficou olhando Chase dormir e depois ele olhou para mim e sorriu. Não um sorriso qualquer, mas o sorriso que eu tanto conheço, o sorriso que eu mais gosto, o seu sorriso sincero. Eu sabia o que ele estava pensando, eu pensava a mesma coisa. Agora é o filho da Neena mas na próxima pode ser o nosso filho. O nosso filho. Então eu sorri para ele. Acho que uma criança pode trazer mesmo felicidade para o casal, mesmo o casal não sendo os seus pais.

Passei a tarde com a Neena, a Brigit e o pequeno Chase. Quando já estava para ir embora, fui procurar o Kile e o Ben. Kile tinha chamado o Ben para conversar. Eles estavam na cozinha, e eu sorri pelo o que eu estava vendo. Kile estava segurando Ben pelo colarinho da blusa e esse estava com uma cara muito assustada, mesmo sendo forte como o Kile, não poderia bater no seu Rei.

—Eu só vou dizer pela última vez. Se você sonhar em machucar a Neena de novo, eu não vou querer saber se você tem um filho ou não. Neena é especial para a Eadlyn. E não vai ser o nada como você, que vai deixar a minha garota triste. Espero que você assuma a sua responsabilidade como pai, já que podemos ter a clara certeza que o garoto é o seu filho.-Kile soltou Ben e eu fingi que não tinha visto nada, quando dei passos para trás e fingir ter entrado na cozinha naquela hora.

Se naquele dia eu pensei que as coisas iriam mudar entre nós, eu estava erroneamente enganada. Nada mudou.

Acho que foi por isso que a minha paciência foi acabando. Ver o Kile sair de manhã e voltar tarde da noite e não me dizer o por que. Quando eu o perguntei, disse que estava terminando de fazer alguns trabalhos. 

Tenho certeza que sem a minha luta com o General, eu já teria ido a loucura. Mas mesmo com a luta, o trabalho com o Sr. Newton que eu tanto gosto de fazer, cuidar do palácio que eu estou achando interessante. Tem dias que eu acordo com o pé esquerdo, principalmente se for ao dia anterior que eu peguei Angeliny conversando no corredor com o Kile. Eles estavam muito próximos um do outro, não vi o rosto do Kile, ele estava de costa mas a Angeliny estava sorrindo.

Por isso que quando eu cheguei no meu quarto á tarde para buscar algo. Sim, já estávamos no quarto de Rei e Rainha. O quarto é lindo e simplesmente enorme, eu estou dormindo no quarto de Rei junto com o Kile, mas o quarto de Rainha eu decorei do meu modo e está simplesmente magnífico. E vi Angeliny e o Kile no quarto, eles não estavam muito próximos, mas estavam próximos o suficiente em um quarto para achar estranho. Naquele momento a raiva subiu a cabeça.

—Angeliny saia.-eu disse séria sem olhar para ela, eu só conseguia olhar para o Kile.

—Eadlyn eu...-eu a interrompi sem a olhar.

—Angeliny saia, eu quero falar com o meu marido a sós.-eu só escutei a porta se fechando.

—Eadlyn ela...-Kile tentou falar mas eu o interrompi.

—Não. Agora você vai me ouvir.-eu percebi que ele engoliu em seco, confesso que nem eu mesma estava reconhecendo a minha voz.-Eu não quero saber o que você faz com a Angeliny. Mas no meu quarto não. No meu quarto não. Não quero que você dirija a palavra a ela no meu quarto. Eu exijo respeito no meu quarto, se eu não tenho na minha própria casa.

—Eadlyn-ele sussurrou o meu nome.

—Não terminei.-eu disse firme.-Eu só espero que você não me apareça com um bastardo. Porque eu aceito a criança, mas não sei o que eu faço com a mãe.

—Eu nunca faria isso Eadlyn.

—Espero mesmo, porque o que não falta é mulher tentando engravidar o Rei.

—Eadlyn.

—Eu não quero saber, já falei tudo.-eu disse e me virei para a porta mas antes escutei o Kile.

—Ela só veio pegar uma pasta para você.-fechei a porta com força.

Eu e o Kile dormimos na mesma cama. Nunca fizemos nada, na verdade nunca nos beijamos sem ser necessário. A maioria das minhas roupas está no meu quarto mas eu tenho bastante coisa no quarto dele, ele nunca falou que não me queria no seu quarto. E eu gosto de saber a hora que ele chega, não chega tão tarde como no primeiro mês, agora ele chega uma ou uma e meia. Mas continua acordando primeiro do que eu.

Para o país o nosso casamento é perfeito. Para a nossa família, aceitável. Mas o que importa mesmo é o país. Quando saímos para inaugurar algo para o país, ou visitar um lugar importante, somos perfeitos. Descobri que sou um ótima atriz. Dizem no jornal, que nosso amor é diferente. Não precisamos nos beijar nem fazer carícias, o tempo todo. Sim, não nos beijamos toda hora. Não que o Kile não beije bem, porque o Kile beija super bem. Eles dizem que o nosso jeito de olhar um para o outro, ou nossos sorrisos, dizem tudo o que sentimos. Acho ótimo que eles vejam algo que não existe. 

York ficou uma cidade linda. Fomos na inauguração da Nova York. Kile que disse que agora era uma nova York e o nome pegou e todos agora conhecem York como Nova York. E posso dizer que a felicidade no olhar de Pietro e Mathew compensou aquelas reuniões insuportáveis com o Conselho.

Respirei fundo. Vai dar tudo certo. Tem que dar tudo certo. Foram três longos meses eu trabalhando nesse baile. A decoração estava linda mas também com os gastos feitos era para estar deslumbrante.

—A senhora está linda!-sorri para June.

June é a minha secretária, muito eficiente, trabalhadora e dedicada. Quando eu disse para a Dinda que procurava uma secretária para me ajudar, ela indicou a June, foi a sua assessora também. No meu caso June é a minha secretária, para minha Dinda era assessora de imprensa mas ela se afastou quando teve seu primeiro filho e quando a minha Dinda mandou um telefonema, ela aceitou na hora em me ajudar. June se percebeu como é o meu casamento com o Kile, nunca disse nada. Eu pensei em colocar Josie em vez da June mas eu não quero que ela pense que eu sou infeliz, Josie acha que eu e o Kile estamos bem e se ela trabalhar para mim vai perceber que nem todos os casamentos começa com um sorriso no rosto.

Josie acredita que mesmo com as nossas brigas, nós convivemos como dois casais apaixonados. Foi ela que fez o Kile me beijar no Jornal Oficial. Ela me contou que ele olhou para ela, e ela estava com uma cara nada boa e então ela sussurrou, se beijam logo. E o Kile me beijou e para a felicidade de todos o público amou a nossa entrevista.

—Obrigada June, todos já chegaram?

—Sim senhora.-June disse sorrindo. June é baixa com os cabelos negros e uma franja que a deixa bem mais nova.

—Nervosa?-olhei para cima e o Kile estava sorrindo para mim.

—Esse vai ser o nosso primeiro baile. Todos os nossos aliados estão presentes e o nossos não aliados também. Nervosa não descreve o que eu estou sentindo.-ele aumentou o sorriso.

—Eu ainda não entrei no salão mas tenho certeza que está digno de Eadlyn Schreave.-foi a minha vez de sorrir e eu só escutei a salva de palmas quando a porta se abriu.

—Só não me deixe cair.-eu disse sorrindo.

—Nunca.

Tem a entrada principal que é o por onde todos entram, mas no final do salão tem uma porta e uma escada enorme com tapete vermelho. Onde o Rei e a Rainha precisam fazer uma entrada triunfal. E nesse caso como a tradição pede, estou eu e o Kile descendo essas escadas. Eu estou me segurando nele, já que eu não posso olhar para essas escadas, e o meu vestido não ajuda. Estou de azul escuro com brilho e o vestido tem uma capa de renda longa. O meu cabelo está em um coque e a minha maquiagem está forte e o meu batom é vinho.

Quando descemos finalmente as escadas, tiramos fotos e demos pequenas entrevistas. Logo depois seguimos para falar com cada Majestade presente. Depois da formalidade de falar cordialmente com todos. Fui até Neena e peguei meu afilhado no colo, Chase já estava enorme.

—Eadlyn?-olhei para o lado ainda com o Chase no colo.

—Sim Angeliny?

—Você deseja alguma coisa?-Angeliny estava com um vestido preto.

—Aproveite a festa Angeliny. Essa noite você não é a minha empregada.-vi algo nos seus olhos, talvez tristeza, raiva, desapontamento. O que fosse eu não descobri, porque logo depois ela pediu licença e se retirou.

—Não acredito que você ainda está com ela.-olhei para a Neena.

—Não comece Neena, hoje não.

—Eadlyn.-eu a olhei dizendo "não". E ela começou a falar que mesmo Ben não morando com ela e trabalhando no castelo está sendo um excelente pai.

—Quem diria?-eu disse olhando para o Chase.

Madrinha e todos disseram que o Baile estava lindo. Uma Rainha da Venezuela disse que não comparecia a um baile tão bom há décadas. 

Eu só poderia está radiando felicidade, as pessoas estão dizendo que o Baile está incrível. Já ouvi algumas mulheres dizendo que eu sou a Rainha mais adorada de Illéia. Que o povo me ama. Que o meu casamento com o Kile é de dar inveja em muitos casais. Algumas coisas eram exageradas, outras mentiras mas pelo menos eram coisas boas.

—Preparada?-Kile perguntou quando estávamos no centro do salão para abrir a pista de dança para dançar a valsa, todos estavam a nossa volta.

—Não é como se fosse nossa primeira valsa.-eu disse sussurrando.

—E nem será a última.-ele disse e começamos a dançar. 

Eu e o Kile nunca tivemos problemas em dançar, talvez pela prática dos anos. Desde pequenos, aprendemos juntos, então a nossa dança sempre foi fácil. Sabíamos o que cada um iria fazer, sabíamos a hora certa de virar, a posição de cada pé, a girada de acordo com a música. Uma vez, Dinda disse que a nossa valsa era como ver dois anjos dançarem nas nuvens de tão livre e bonito de se ver. Também acho que foi exagerado o elogio, mas diga isso para America Schreave.

Por isso que quando acabou e o salão foi apanhado com muitas palmas não me surpreendeu  que dançamos bem. Kile segurou a minha mão e me levou para longe quando a parte da pista estava enchendo com outros casais dançando valsa como Kaden e Josie.

—Kile, você vai falar com o Ahren?-eu perguntei quando paramos e alguns metros de nós estava o Ahren e Camille sorrindo um para o outro. Ele estava olhando o irmão e antes de responder, respirou firme.

—Eu...eu perdoei ele por ter fugido. Mas ainda não estou preparado para falar com ele. Você poderia ir falar com eles por Illéia?-eu sorri.

—Claro, não eramos um trio inseparável?! Fico feliz em saber que você o perdoo, você merece ser feliz com seu irmão e agora que está cada um em um país, vocês tem que se encontrar e sorrirem um para o outro.-Kile me deu um beijo na testa e saiu sem dizer nada.

—Ahren. Camille.-eu disse sorrindo quando parei na frente deles. Ahren ficou sério, eu percebi que ele estava nervoso, também pela nossa última conversa no dia do meu casamento, eu não o tratei tão bem.-Não vai me dar um abraço?

Depois que eu disse isso, Ahren abriu um grande sorriso e veio até mim e me deu um grande abraço. A questão é que eu também havia o perdoado. Ahren errou? Errou mas eu sabia que ele tinha se arrependido. Eu soube que no dia do meu casamento ele foi até o quarto dos seus pais com os pais e pediu perdão por ter ido embora e disse que nunca quis machucar America. Se os pais o perdoaram, porque eu não iria o perdoar.

—Eadlyn você é a minha irmã. Você não sabe como eu fico feliz em saber que você me perdoou.-Ahren disse quando me soltou.

—Dizem que o tempo cura todas as feridas.

—Nem todas pelo visto.-Ahren disse e eu segui o seu olhar. Kile estava brincando com o Osten.

—Algumas feridas demoram mais do que as outras para cicatrizar. Ele vai te perdoar por completo. E um dia isso será apenas uma pequena lembrança.

—Você acha que ele me perdoa?-Ahren perguntou e eu vía a tristeza no seu olhar.

—Claro Ahren. Eu nunca ví vocês dois ficarem um dia sem falar um com o outro. Eu vou te ajudar com ele. Apenas dê um tempo para ele. Apenas um tempo.

—Você vai me ajudar Eady?-Ahren perguntou esperançoso.

—Vou Ahren.-eu disse sorrindo. Ele abriu um grande sorriso e me abraçou de novo, atrás de mim eu vi Camille sorrindo também.

 Eu não sei se eu sou má mas eu estou ajudando o Ahen, principalmente pelo Kile, depois pelo Ahren. Eu sei que a falta do irmão o incomoda, eles eram inseparáveis, e eu sei que ele está triste que o irmão o abandonou quando ele mais precisava. Então eu sei a falta que o irmão o faz, e eu sei como o Kile quer falar com irmão mas eu sei que ele está em uma luta interna.

—Eadlyn!-eu sorri e abracei o Kile, quando cheguei onde ele estava com os outros Reis.

Estávamos em um roda de Majestades homens. Kile sorriu e me apresentou a dois homens que eu não conhecia.

—Os senhores sabem do Rei Jason da Croácia?-eu perguntei abraçada ao Kile. Um senhor que deveria ter a idade do meu pai disse.

—A senhora não soube? Ele se casou com uma duquesa do país dele. Acho que foi próximo ao seu casamento.

—Sim eu soube do casamento.

—Eu ouvi dizer que eles estão em uma crise com a população. O povo não gostou da sua nova rainha e por isso está ocorrendo muitos problemas e como eles estão saindo de uma crise financeira, a situação está complicada na Croácia.-um velho falou, acho que ele é o Rei da África do Sul.

Depois desse comentário, o assunto mudou bruscamente. Eles começaram a falar de finanças, eu confesso que não sou expert em contabilidade, mas eu estou aprendendo, já são três meses que estou estudando, trabalhando bastante para estar a par de tudo em Illéia. Então quando eu disse um comentário normal para o Rei da África do Sul, ele veio com tantas pedras para cima de mim que eu acho que todos ficaram assustados.

—A senhora não deveria nem estar aqui. Isso é assunto de Rei e não de Rainha que não entende nada. A senhora deveria se comportar melhor.-ele disse sério olhando para mim.

—Quem deveria se comportar melhor senhor, é você. Em nenhum momento eu o desrespeitei. Eu concordo que o senhor é bem mais velho e tem muito para dizer mas não aceito que o senhor me ofenda na minha casa. Se o senhor não sabe eu sou uma Rainha que ajuda o seu marido em tudo para Illéia, eu fui escolhida pelo povo, então faço de tudo para ajuda-los. Exijo mais respeito.

—O senhor concorda com ela?-o velho falou de modo esnobe olhando para o Kile.

—Senhor Hiron o senhor está sendo inconveniente. Eu tenho muito orgulho da minha mulher e exijo que o senhor a respeite, porque tenho certeza que todos nesse salão sabem a sua posição social. E nós sabemos que o senhor não está nas melhores condições. Se me dão licença eu e a minha mulher precisamos recepcionar algumas pessoas.-Kile me puxou dali sem eu conseguir dizer nada.

—Kile tudo bem. Nós sabemos que o mundo ainda é machista. É difícil eles vêem uma Rainha que não fica tomando chá e fazendo filho.-se o Kile achou engraçado não demonstrou.

—Eles não vão lhe ofender e não na minha frente. Eu sei que não é só aquele velho que acha errado você me ajudar a governar, eu percebi alguns homens falando.-Kile se afastou, segurando a minha mão

—Kile!-eu disse e algumas pessoas nos olharam estranho.

—Por favor peço atenção de todos.-Kile disse. E logo depois todos estavam olhando para ele. Ele pegou uma taça de champanhe e continuou segurando a minha mão.-Todos sabem que eu sou um recém casados e posso dizer que sou muito feliz com a mulher mais maravilhosa do mundo. Alguns podem dizer que somos diferentes dos demais. Não acho que somos diferentes, somos apenas a representação do nosso futuro. Agradeço sempre ao meu povo por ter me ajudado abrir os olhos para essa linda mulher que a cada dia me dá muito orgulho. Por isso quero ajuda de vocês, quero agradecer a minha mulher por tudo e por ser exatamente como ela é. Quero pedir um brinde a minha mulher.-Kile levantou a sua taça e gritou.-A minha mulher!

—A sua mulher!-todos gritaram e levantaram a taça.

Kile se virou para mim com um sorriso no rosto.

—A minha mulher.-ele sussurrou e me beijou. Foi um beijo totalmente diferente, eu sorria no beijo, não sei como é possível mas deixava o beijo ainda melhor. E mesmo com a salva de palmas o Kile não parou de me beijar.

Talvez a minha vida esteja mudando. Para melhor.