Cinzas de uma Era escrita por Kris Loyal


Capítulo 15
Capítulo 15 – Vestido com arabescos azuis.


Notas iniciais do capítulo

Tudo certo galera? :D
Aos novos leitores BEM VINDOS! E a todos os que comentaram, MUITO OBRIGADA!
Você que nunca comentou, ou comentou apenas uma vez e não mais (eu lembro hein), eu estou esperando por vocês ;)
A maioria em peso gostou da Lily, e eu tenho que confessar que também acho ela uma personagem adorável. É perceptível que Lily é importante para o enredo, e a prova disso é o modo como sua influência vem trazendo coisas boas ao casal.
Bem, chega de conversa. Vamos lá?



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— Para onde a gente vai, Tio Peeta?

— Você não gosta de surpresas? – perguntou ele, abaixando-se para ficar da altura da pequena loira curiosa – É uma surpresa.

— Peeta não é perigoso?- indagou Katniss – sair de carro para tão longe, deixar nossas coisas...

— Não é tão longe – respondeu sorrindo – além do mais, Lily está morrendo de vontade de ter um passeio. Não está, pequena Lily?

— Sim! Sim!                       

— Então seu desejo é uma ordem, Princesa Lily. – disse ele fazendo uma simples reverência e depois levantou-se, virando-se em direção à morena– Não precisa se preocupar, hum? Só vamos ao lago, e voltamos logo. Lily merece algo assim.

— Eu sei, Peeta, mas...

—Pois então tudo certo. – sorriu enquanto beijava-lhe bochecha.

Katniss ainda se sentia perdida toda as vezes que observava a mudança de Peeta. Era claro, Lily o mudou por completo, ele tinha voltado a sorrir, tinha voltado a ser carinhoso outra vez, coisa que o Peeta que ela conhecera não era nem de longe.

Partiram os três no carro, com Katniss sempre atenta aos lados: ela tinha medo que os vissem. Assim como os Colt’s e o bando de Dick comemoravam quando achavam uma menina ou uma garota, ela tinha certeza que outras gangues reagiriam do mesmo jeito. Ela tinha certeza que matariam Peeta para tentar se apossar delas. Mas ele não parecia tão preocupado assim.

— Cuidado com essa pistola carregada – advertiu ele – aliás, acho que você pode travá-la. Está tudo bem, Katniss.

— Sempre é bom prevenir, não é?

Ele deu de ombros e depois de alguns momentos disse:

— Só quero dar algo normal à ela – referiu-se a Lily – uma esperança de que algum dia as coisas voltarão a ser boas para ela.

— Eu sei. – respondeu a mulher, com um sorriso pequeno, feliz com a pretensão dele, mas ainda achando arriscado.

Chegaram ao lago que Peeta titulara como destino, e ele parecia ainda mais límpido e calmo do que foi descrito. A ausência das pessoas servira para algo, afinal.

Lily correu para a água feliz como não esteve durante vários meses. Peeta sorriu, e puxou Katniss para assistir ao seu lado a cena da menina que pulava na água, como se aquilo fosse um presente de natal trago pelo próprio papai Noel.

Katniss se sentiu aquecida com o toque dele em suas costas, mas ele pareceu não perceber, ainda com os olhos voltados à garotinha.

Não tinham se beijado mais. O beijo havia sido há três dias, e depois desse dia, nenhum dos dois tentou nada, porém era evidente o quanto ele estava mais carinhoso com ela: a beijava no rosto, a abraçava sempre que podia, e não esperava mais que ela se encostasse nele na hora de dormir, puxando ele mesmo a morena para si.

Lily nunca deixou de dormir no sofá. Ela dizia que sua mãe sempre lhe disse que uma mocinha não devia dormir com os pais, e para ela, era o que Katniss e Peeta representavam.

— A água está uma delícia tio Peeta! Vem! Vem, Tia Kat!

Peeta soltou-se da morena e foi em direção à garotinha que chamava. Tirou a camiseta e a bermuda e entrou na água de sunga. Katniss nunca entendeu como uma pessoa tinha roupas tão específicas como Peeta. Era como se aquelas roupas fossem realmente dele, como se ele não tivesse pego de lugar algum. Outro mistério era as roupas que ela própria vestia. Ela não sabia de onde vieram, mas haviam muitas. Para quê Peeta queria tanta roupa de mulher? E de criança? Quando Lily chegou, Katniss encontrou varias roupas de menina bem guardadas, o que serviu-lhe imediatamente.

Será que ele já planejava resgatar uma mulher e uma criança em algum lugar para tentar ser mais feliz? Bem, ele juntava muitas roupas então é o que se dá para pensar. Que outro motivo ele teria para pegar roupas de outras mulheres e meninas e guardar em sua casa?

A morena tirou o vestido que vestia por cima do maiô azul escuro e seguiu para  lago, onde os dois brincavam. Peeta a olhou enquanto ela se aproximava, e a morena tentou disfarçar o constrangimento de estar sendo tão intimamente observada. Quem quebrou o silêncio e a observação foi Lily:

— Ela está tão bonita com esse maiô! Não está, tio Peeta?

Ele apenas sorriu e concordou maneando a cabeça.

Brincaram vários minutos na água e depois Katniss se pôs a nadar, como sempre gostara de fazer. Minutos depois, ela seguiu para fora da água, alegando que ia buscar os alimentos que trouxe no carro.

— Tio.

— O que é, Lily?

— Vem para cá, deixa a tia Kat ir, quero te dizer uma coisa.

Peeta riu, mas a seguiu para mais a dentro do lago.

— Porque estamos sussurrando? – perguntou ele , ainda achando graça da situação.

— Porque temos um plano. – disse a garotinha simplesmente

— Temos? Eu e você?

— Sim, um plano sobre você e a Tia Kat.

— Lily, você sabe, sua tia já te falou que você não deve se intrometer nos assuntos dos adultos...

— É só um plano.

— Tá, tudo bem. – redeu-se ele – então me conte o que é.

— Você tem que chamar a tia Kat pra jantar fora. Eu me lembro de ter assistido um filme em que um romance começou quando jantaram fora. – disse Lily, olhando para os lados, forçando sua mente a lembrar-se – Não ri! – irritou-se com o tio que gargalhava ao lado dela – O plano é sério, Tio Peeta!

— Você fala como se tivesse vinte anos, Lily!

— Vamos voltar ao plano okay? Sem risadinhas, tudo bem tio?

Peeta que mordia os lábios para não gargalhar, concordou.

— Muito bem. Agora o senhor tem que chama-la para jantar fora.

— Janta fora? Onde Lily? Se você não se lembra não tem mais restaurantes abertos.

— A gente pode colocar a mesa no corredor! É fora do mesmo jeito, não é?

Peeta gargalhou alto chamando a atenção de Katniss que do outro lado estendia um forro no chão, espalhando alimentos. Ela sorriu.

— Shiiiu! Tio Peeta, você vai acabar com a surpresa!

— Tudo bem, tudo bem. Não está mais aqui quem riu.

— Então, continuando, a gente coloca a mesa para fora. E vocês podem jantar lá.

—  Hum. – concordou ele ainda achando a situação cômica – e depois?

— Depois você beija ela, não é tio?! Ai meu Deus, tenho que te ensinar tudo!

Peeta não aguentou e soltou uma outra gargalhada alta que mais uma vez chamou a atenção de Katniss, que dessa vez ficou curiosa:

— Do que é que vocês tanto riem?

Lily arregalou os olhos como se Katniss estivesse prestes a descobrir um segredo de estado, e depois de meio minuto inventou a desculpa mais esfarrapada que Peeta já tinha ouvido, o fazendo rir ainda mais:

— Tio Peeta estava me falando sobre... Sobre.... Sobre uma sereia boba que vive por aqui.

Katniss seguiu Peeta gargalhando enquanto Lily ria nervosa, comemorando por achar que sua desculpa tinha dado certo. A inocência era algo raro naquele mundo.

— Venham, deixem a sereia para lá, e vamos comer alguma coisa.

A garotinha tentou piscar apenas um olho para o tio, mas acabou piscando os dois. Os dois saíram da água em direção à toalha estirada.

Katniss e Peeta comeram em silêncio enquanto ouviam as histórias de Lily de quando ela ia á praia com sua mãe e seus tios. Em algumas histórias, Katniss estava presente.

— Vamos? – chamou Peeta – já é fim de tarde e não é bom estarmos fora de casa quando começar a anoitecer.

Seguiram para casa, enquanto se ouvia Lily cantar baixnho no banco de trás. Ela estava realmente feliz.

Chegando em casa, Katniss se despois a trocar de roupa para logo mais, começar a fazer o jantar.

— Não. Hoje eu faço o jantar. – explicou Peeta a ela com um sorriso.

Ela deu de ombros em um pequeno sorriso seguindo para o quarto onde deitou-se um pouco. 

Katniss podia ouvir os cochichos que vinham da cozinha e ria de pensar em como Lily devia estar enchendo a cabeça de Peeta de ideias. Antes que percebesse, caiu no sono, sendo acordada quarenta minutos por Lily, que sentada à sua frente a balançava.

— Você precisa levantar, tia.  O jantar está pronto.

— Tudo bem. – Respondeu ela, levantando-se e indo em direção à porta, quando foi interrompida pela exclamação de Lily;

— Não!

— Não? – confundiu-se a morena

— É... Na verdade sim, mas... Que tal se eu te arrumasse um pouco, tia Kat?

— E qual seria a razão disso?

— Porque hoje é um dia especial!

— Especial? Especial por que?

— Hum... Por que... Por que... – era realmente engraçado ver Lily tentando invetar desculpas. Katniss sabia que ela e Peeta estavam aprontando algo, mas não estava com pressa em descobrir, sabendo que, elétrica como Lily sempre foi, não ia demorar para saber do que se tratava – Bem por que... Por que nós fomos ao lago hoje! Isso não é especial, tia?

— Tudo bem – respondeu Katniss sorrindo – digamos que eu acredite. Então preciso me arrumar, é isso?

— Sim! Olha eu procurei nas roupas e achei esse vestido! Vai ficar lindo em você tia! Ele estava muito bem guardado, bem no fim do guarda roupa, e rasgou um pouquinho na barra quando eu puxei, mas nem dá para perceber, olha!

A garotinha estendeu na cama um vestido branco com estampas azuis no estilo de arabescos que ia até abaixo da coxa. Ela o olhava esperançosa enquanto Katniss segurava o riso pela empolgação da menina.

— Tudo bem pequena Lily. Vou vesti-lo! O que acha?

A menina sorriu e esperou que Katniss o vestisse, ajudando-a a fechar o zíper de trás.

— Agora vou arrumar seu cabelo tia.

— Você tem certeza? Não acha que é melhor que eu faça isso?

Lily fez uma careta enquanto provavelmente se lembrava de suas tentativas falhas de fazer algum penteado decente, fazendo-a concordar com a tia prontamente segundos depois.

Katniss prendeu o cabelo em uma trança lateral e Lily apareceu com duas pequenas florezinhas para colocar-lhe no cabelo.

— Peguei lá fora. Perto do rio.

Assim que foi considerada pronta (por Lily) Katniss saiu do quarto, sendo instruída por Lily a seguir para fora do apartamento e olhar para o corredor. A menina não a acompanhou dizendo que o Tio Peeta já havia lhe servido sua janta.

Katniss seguiu para fora do apartamento e ao sair, encontrou uma mesa do lado de fora, dois prato com poucos talheres e copos e uma garrafa de vinho no canto da mesa. Haviam duas cadeiras, ambas vazias.

Quando se aproximou mais, ela percebeu o loiro sentado no chão, mais precisamente no degrau da escada encarando as mãos. Ao ouvir os passos dela, ele voltou seu olhar para observá-la, e quando o fez parou por um minuto.

Depois de um minuto de total silêncio, a morena resolveu interromper o olhar dele que não se desviava dela:

— Peeta?

Ele que pareceu acordar do transe, ergueu os olhos agora encarando-a antes de dar um sorriso triste e dizer:

— O vestido lhe caiu muito bem.

— Obrigado... É... Nós estamos aqui por que mesmo?

— Ah claro, - levantou-se ele agora aparentando mais nervoso – nós vamos... Hum.. Jantar.

— Isso eu estou vendo – brincou a mulher – mas... acho que é a pergunta é: por quê?

— Bem, foi ideia da Lily – ele se apressou em dizer – não precisa ficar se não quiser. Mas a comida está boa, se quer saber.

— É claro que vou ficar. Está brincando? Eu estou morta de fome. – o riso dela tranquilizou mais o clima e ambos seguiram para a mesa. Ele serviu o ensopado em ambos os pratos e logo após abriu o vinho para despejar nos copos.

— É uma pena não termos taças.

— Bem eu já acho que temos sorte por ter copos. E vinho? Vinho é regalia! Onde conseguiu um vidro de vinho, Peeta?

— Eu já o tinha – respondeu ele tomando seu assento – ele estava guardado. Talvez para uma ocasião especial ou para um dia em que eu estivesse achando que seria realmente o último.

— Vamos fazer uma missão suicida amanhã? Hoje é o ultimo dia?

— Na verdade é a primeira opção. Uma ocasião especial.

— Segundo Lily. – riu a morena.

— Segundo Lily. – Repetiu ele. – ela é ótima sabe? Não sei como uma criança pode ser tão esperta e ativa quanto ela.

— Eu também eu acho. Posso apostar um dos meus braços que isso tudo foi ideia dela.

— Culpada. – riu ele – Ela planejou e ajudou a executar tudo mas...

— Mas... – insistiu ela depois de experimentar o vinho.

— Mas eu também queria algo assim.

Katniss riu-se um pouco e voltou-se ao prato para experimentar o ensopado.

— Está ótimo! Uma delícia! Isso é sério? Nós ainda temos possibilidade de comer algo realmente bom?

— É o que parece.- brincou ele

Em um momento de silêncio, os dois se puseram a comer. Então depois de um tempo, Peeta parou, e voltou a observa-la em silêncio, como fizeram quando a descobriu no corredor.

— O que foi? – perguntou ela

Ele demorou a responder, e quando respondeu, disse uma coisa que Katniss não esperava:

— O Vestido. – deu uma pausa. – Ela adorava usar esse vestido quando estava feliz.

— Você tinha alguém. – concluiu ela, ainda surpresa por ele estar falando algo que nunca tinha comentado – Por isso as muitas roupas de mulher. Ela morava aqui com você, não é?

Ele silenciou um pouco a ponto de Katniss imaginar que tinha ido longe demais. Mas instantes depois, sua voz ressurgiu:

— Ela era minha esposa. Era a nossa casa.

Katniss se fixou na cadeira estupefata.

— Você ficou aqui todo esse tempo? Conseguiu proteger esse lugar por todo esse tempo sozinho?

— Eu não podia sair. Não podia, entende? – Katniss observou enquanto ele remexia o vinho no copo – As coisas delas estavam aqui, eu não podia simplesmente virar as costas e deixar que levassem tudo. Matei a todos que subiram aqui para tentar pegar algo. Todos.

— Delas?

— O vestido ficou bem em você, em todo caso. Ele ainda parece alegre em você. – Katniss percebeu que ele mudara de assunto, mas fingiu não se importar e deu um sorriso singelo. Assim como tinha contado sobre o vestido e a esposa, ela o deixaria a vontade para contar todo resto assim que quisesse.

— Foi Lily que o encontrou. Você sabe, no guarda roupas.

Ele assentiu e terminou o ensopado com sua última colherada, voltando a preencher seu copo de vinho. Ao levantar os olhos, Katniss pôde perceber que os olhos dele aos poucos se enchiam de lágrimas, e se ela não fizesse algo, logo ele choraria.

Ela não queria isso. Peeta sempre fora tão guerreiro, tão forte. Ver um guerreiro chorar é o mesmo que vê-lo aceitar o quanto era fraco. E Peeta não era fraco. Ele era forte, e não precisava passar por isso sozinho.

Ela deslizou sua mão pela mesa até chegar na dele, segurando-a firmemente enquanto o olhava querendo dizer-lhe tantas coisas: Que ele não merecia nada daquilo, que não precisava se embriagar para esquecer como ela percebeu que faria, que ele precisava seguir.

Ele apertou a mão dela em busca de apoio, enquanto observava suas mãos juntas. Ao ver que isso não estava ajudando muito, que ele ainda se sentia nostálgico e triste, ela levantou-se de sua cadeira, indo até ele que se surpreendeu quando ela sentou-se em uma de suas pernas.

Aproveitando a proximidade, Katniss colocou seus dedos entre seus cabelos e ele logo fechou os olhos apreciando o carinho. A moça sentiu aos poucos ele aceitar sua atenção quando devagar ele deslizou a mão para segurar-lhe pela cintura, mantendo-a ali.

A morena descansou sua cabeça escondendo-a no pescoço do loiro, que passou minutos a fio apenas apreciando o carinho que ela lhe proporcionava, aproveitando uma sensação que não sentira desde que ficou sozinho naquela casa: a de ser amado.

Em um dado momento, a afastou minimamente, para beijar-lhe ambas as bochechas, depois o queixo e por fim os lábios, que lentamente saboreou, sem a menor pressa de afastar-se.

Quando parou um pouco, sua testa junto ao nariz dela, a respiração batendo-lhe no rosto, ele sorriu antes de dizer:

— Lily acaba por sempre ter razão, afinal.

Katniss também riu, levantando-se do colo dele apesar dos protestos e do modo que ele a prendia firmemente para que continuasse ali.

— Vamos levar essas coisas para dentro, Peeta. Se não sabe, já está bem tarde. Tenho que verificar o que Lily está aprontando sozinha e calada esse tempo todo.

Quando entraram a menina já dormia encolhida no sofá que ela adotou como sua cama. Katniss terminou de cobri-la e logo mais deitava-se na cama sendo seguida por Peeta.

O loiro aproximou-se dela, cheirando-lhe o pescoço enquanto ria por perceber a morena se encolher.

— O que foi? – perguntou rindo sacana

— Engraçadinho. Você sabe.

— Eu? Eu não sei de nada.

Continuou a beijar-lhe pelo pescoço, se demorando naquela área, vez em quando seguindo para seu ombro e deixando um beijo singelo ali. Subiu novamente para o pescoço encontrando ali um ponto fraco quando a ouviu suspirar alto.

Aquilo foi suficiente para que ele perdesse metade do controle que estava tendo até agora, e a passasse para debaixo dele, a vendo fechar os olhos. Porém antes que pudesse continuar com seus propósitos, uma voz baixinha se ouviu do outro lado da porta:

— Tio Peeta? Tio?

Katniss abriu os olhos e o empurrou de cima dela, o que o fez rir quase que instantaneamente. A mulher abriu a porta e encontrou Lily abraçando a si mesmo.

— Tia Kat, você pode pedir para o Tio Peeta olhar minha janela? Eu ouvi um barulho nela e estou com medo.

Peeta levantou-se para averiguar a janela, e como não encontrou nada, tranquilizou a menina dizendo que devia ter sido só o vento.

Mas Lily se recusava a se deitar novamente. Dizia que estava bem assim, acordada, mas ambos os adultos sabiam que ela ainda queria dormir mas estava com medo.

— Sabe, as vezes mesmo as mocinhas dividem a cama com alguém quando estão com medo. – afirmou Peeta. – Se você quiser, pode ficar comigo e com a Tia Kat hoje.

A loirinha apenas assentiu e seguiu para a cama onde deitou-se encolhidinha no meio, esperando que Peeta e Katniss a acompanhassem.

Meia hora depois, de muito cafuné e paciência, Lily finalmente dormiu, então Katniss aproveitou para sussurrar:

— Você vai me contar sobre elas?


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Notas finais do capítulo

E aí gente? O que acharam dessa parte do passado de Peeta?
O título do próximo capítulo é "Caso" e o que posso dizer é que essa palavra vem de um verbo muitooo conhecido em fanfics asuahsuhas
Me digam lá nos reviews o que é!
Bjss até mais !