Parents for our children escrita por EuSemideus


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Bem, meu nome eh Fernanda, mas podem me chamar de Nanda. Tive essa ideia depois de ouvir uma música. Espero que gostem da fic!



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Prólogo

Annabeth

Annabeth respirou fundo e abriu a última caixa. Dentro dela haviam mais jogos de roupa de cama e um tapete rosa claro. Tirou este último de lá e balançou-o, para depois estende-lo ao pé da cama do quarto onde jazia.

– Mamãe, vamos morar aqui para sempre? - perguntou uma menininha, que arrumava alguns brinquedos na prateleira mais baixa da estante do outro lado do quarto.

Annabeth fitou a filha, pensando em como responde-la. Anna tinha somente cinco anos, mas não era nenhuma boba. Assim como a própria Annabeth costumava fazer, a pequena lhe fitava com os olhos cinzentos inquisidores, exigindo uma resposta sincera.

Anna havia sido um acidente.

O melhor deles.

Ainda se lembrava do desespero que a invadira quando soubera que gerava uma criança. Só tinha dezenove anos, não era casada e ainda estava cursando a faculdade de arquitetura, como pudera ser tão descuidada? E ele... Ah, ele não estava mais junto dela. Provavelmente teria gostado da notícia, mas, por obra do cruel destino, nunca viria a saber que um herdeiro de seu sangue estivera para vir ao mundo.

Tivera que voltar a morar na casa dos pais e não sabia o que teria sido de si sem eles. Passara toda a gravidez preocupada com o futuro, mas quando segurou sua filha pela primeira vez, soube que que tudo ficaria bem. Ela não estava mais sozinha. Elas tinham uma a outra.

Mesmo depois de seus pais terem se mudado para a Austrália dois anos antes, Annabeth permanecera em sua terra natal, San Francisco. Porém a empresa em que trabalhava lhe oferecera um aumento de salário de 150% se ela aceitasse trabalhar no escritório central, em Nova York. E, por mais que não lhe agradasse deixar sua querida cidade, aquela oportunidade poderia oferecer uma futuro muito melhor para sua filha, e, por ela, a mulher faria qualquer coisa.

A mudança tinha sido rápida. Encontrara um apartamento que acomodasse as duas com certa facilidade e uma boa escola com período integral para Anna. Então, lá estavam elas, terminando de organizar seu novo "lar".

– Acredito que não, meu amor - respondeu à filha, por fim, enquanto tirava alguns lençóis da caixa - Por que a pergunta?

A menina olhou para a mãe e abaixou a cabeça, como se temesse dizer algo que pudesse magoa-la.

Anna não poderia ser mais parecida com a mãe. Os cabelos loiros ondulados tinham exatamente a mesma cor e formato. A pele branca, com minúsculas pintinhas marrons em alguns pontos, era outro ponto em comum, sem falar dos traços do rosto e da personalidade. A única coisa que ela herdara do pai fora, parcialmente, a cor dos olhos. Já que estes permaneciam cinzentos a maior parte do tempo, como os de Annabeth, mas em ambientes muito claros tomavam um tom azul celeste, como os do pai.

– É que... Sabe... Aqui é muito... - pequena balançou um dos pés para frente e para trás - Pequenininho.

Annabeth sorriu e se aproximou da filha. Anna morara toda a sua vida na casa dos avós, que era grande e espaçosa e tinha um quintal imenso na visão de uma criança pequena como ela. Obviamente ela acharia aquela apartamento de dois quartos minúsculo. Porém, aquilo era o melhor para elas naquele momento. Tinha o tamanho exato para as duas e a loira mais velha não precisaria contratar nada mais que uma diarista que faxinasse o local uma vez por semana.

A mulher abaixou-se na altura da filha e segurou seus ombros, fazendo a pequena olhar-lhe nos olhos.

– Eu sei que é muito diferente da casa da vovó e do vovô, mas é o que precisamos agora - explicou Annabeth carinhosamente - Quando a mamãe juntar bastante dinheiro, prometo que vamos nos mudar para um lugar maior, ok?

A menina sorriu e assentiu.

– Okay - ela disse abraçando a mãe.

Annabeth apertou-a em seus braços e fechou os olhos. Aquela era uma boa chance de mudar sua vida, de recomeçar tudo do zero. Da poder oferecer algo melhor para sua menininha. E ela não ia desperdiça-la.

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Percy

– Mas por que tem que ser agora, papai? - reclamou o pequeno, enquanto era carregado para o quarto.

– Porque amanhã tem aula - respondeu Percy, sem deixar de andar.

O homem sentiu seu filho deitar a cabeça sobre seu ombro, sem conseguir lutar contra o cansaço.

Peter era simplesmente o motivo da existência de Percy. Era dele que o moreno tirava forças e por ele que seguia em frente.

Percy casara-se cedo, ainda no primeiro ano de faculdade, e quando estava com seus vinte e um anos, tivera a notícia de que seria pai. Ainda cursava direito, assim como sua esposa não tinha terminado artes, mas aquilo não fora um problema. Mal coubera em si quando ficou sabendo que um pedaço de si crescia no ventre de sua amada. Mas, bem, nem tudo fora um mar de rosas.

Rachel, sua esposa, tivera uma gravidez difícil e arriscada. Contando até mesmo com um quase aborto espontâneo. Seus pais tinham pago os melhores médicos para a ruiva, fazendo de tudo para que ela e o bebê terminassem aquela gestação bem.

Cinco anos atrás a cesária fora realizada e Percy saíra do hospital somente com o filho nos braços.

Não fora fácil continuar. Fora o sorriso de Peter que lhe dera ânimo. Seus pais haviam ajudado muito, afinal, ele não sabia nada sobre como cuidar de uma criança. Aos poucos se adaptara e passaram a viver tranquilamente.

A única coisa que Percy lamentava, era o filho não ser mais parecido com a esposa. Dela, ele só herdara algumas sardas nas bochechas.

– Por que eu tenho que ir para a escola? - indagou Peter, claramente sonolento - As férias foram muito curtas.

Percy soltou uma risada, deitando o filho em sua cama.

– Você passou três meses em casa, Pet - lembrou ao pequeno - As férias foram do tamanho que tinham que ser.

O menino coçou os olhos verdes, assim como os dos pai, e bocejou.

– Mas eu nem consegui... - Peter bocejou novamente - Eu nem consegui terminar aquele jogo.

Percy cobriu o filho e viu-o aconchegar-se entre os lençóis.

– Isso é porque você ganhou-o há dois dias - replicou o homem - Feche os olhos, sei que logo estará dormindo.

– Duvido - disse o pequeno, bocejando mais uma vez e fechando os olhos.

Percy acariciou os cabelos negros do pequeno, idênticos aos seus, e viu-o cair no sono em menos de cinco minutos.

No dia seguinte Peter iria para escola nova e sua rotina no escritório voltaria ao normal.

Suspirou e sorriu. Algo lhe dizia que uma grande mudança estava por vir, mas não dava muita atenção a esse sentimento. Afinal, o que poderia acontecer?


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Notas finais do capítulo

Bem, esse prólogo eh para vcs entenderem mais ou menos como e quem são os personagens dessa fic. Por favor, n deixem de dizer o que acharam, eh muito importante!Bjs, até!EuSemideus



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