Uma Semideusa Inadequada escrita por Geek Apaixonada
Notas iniciais do capítulo
Hey, consegui terminar antes do prazo. Foi meio difícil por que eu estou com outra fanfic do 5sos, e estou ecrevendo pras duas. Mas consegui. Espero que vocÊs gostem, boa leitura!
P.S.: O pijama da Tracy é uma calça xadrez vermelha e uma camisa do Ramones.
Arregalei os olhos, mas fiquei quieta. Estava escuro no quarto.
— Muito bem – sussurrou uma voz. - Agora levante-se e siga seu namorado gostosão.
Revirei os olhos no escuro e tirei a mão dele da minha boca, mas levantei e fiz o que ele mandou. Estava com o coração acelerado de medo de alguém ter nos ouvido, mas Trent não havia parado de roncar em nenhum momento e Juliet estava na cama de cima, dormindo tranquilamente. Lancei um último olhar nervoso para os dois, peguei a mão de Apolo e o segui porta afora.
Saindo no corredor, agora na claridade, olhei bem para Apolo. Ele vestia jeans, uma camisa do Sublime with Rome¹ e All Star. Sem pensar duas vezes, soltei sua mão e pulei em seu pescoço.
— Deuses, como eu senti sua falta... – confessei, exalando seu aroma. Inebriante, suave e caloroso. Como a luz do sol.
— Você tá bem? – ele acariciou meu cabelo. – Normalmente sou eu quem fala esse tipo de coisa.
Ri e desenterrei o rosto do pescoço dele.
— É essa missão. – falei. – Ela que está me deixando assim.
— Se missões te deixam mais amorosa, então você devia participar de mais delas.
— Nem brinque com isso. – fiquei séria. – Aliás, você não devia ter vindo aqui! Já pensou se alguém descobrisse...?!
Ele fechou a cara e sustentou meu olhar. Apolo nunca foi a favor de manter nossa relação em segredo. Foi sempre eu que quis assim. Normalmente não costumo ligar pro que os outros pensam, mas além de minha mãe não aprovar e de todos me julgarem por namorar o deus mais vagabundo e vingativo do Olimpo, essa relação pode me colocar em perigo. Mesmos motivos que o Peter Park teve para terminar com a Mary Jane.
— Quer que eu vá embora?
Balancei a cabeça de um lado para o outro. Não, não queria que ele fosse embora. Mas também era orgulhosa demais pra dizer em voz alta.
— Vamos pra cima então.
Ele pegou minha mão novamente e me puxou até o elevador enquanto eu lançava olhares inseguros para a porta do quarto.
— Por que não pediu um quarto separado pra você? Poderíamos dormir juntos.
— Por que não temos muito dinheiro.
— Isso não é problema. Eu...
— Não quero seu dinheiro.
Apolo bufou e ficou me olhando. Eu fixei o olhar nas portas do elevador, e no número que mudava a cada andar que ultrapassávamos, fingindo que não percebia ele me encarando descaradamente.
— Você fica linda com esse pijama. – suspirou. – Mas tenho medo de te elogiar demais e isso te subir a cabeça.
Olho para ele e semicerro os olhos.
— Olha só quem está falando... O deus mais metido do Olimpo!
Apolo riu.
— Se não fosse você e sim outra pessoa que dissesse isso, eu a queimaria viva.
— Oh, como você é romântico! – coloquei uma mão sobre o peito. – Acho que vou me derreter!
Ele riu mais ainda.
— Você foi mesmo feita pra mim.
Revirei os olhos sem conseguir conter um sorriso. Ele embalou minha cintura e me puxou para perto, beijando minha bochecha, minha orelha e minha bochecha novamente. Inclinei a cabeça de lado e fechei os olhos enquanto ele distribuía beijos molhados e mordidas pelo meu pescoço. Estava quase me virando e cedendo quando as portas do elevador se abriram.
— Chegamos. – abri os olhos. – Cobertura.
Ele suspirou, e eu o puxei para fora. Na cobertura só havia uma espreguiçadeira enferrujada e uma caixa d’agua coberta. Olhei para meu namorado decepcionada.
— Solzinho?
— Hã?
— Faz uma mágica aí!
Ele revirou os olhos e estalou os dedos. Uma cama box coberta por um edredom e com travesseiros surgiu na minha frente. Sorri, fiquei de costas para ela e me joguei. Apolo se jogou em seguida, só que em cima de mim.
— Que tal luzes? – pedi.
Foi só o tempo de eu piscar os olhos e de repente havia pisca-piscas nas paredes, em forma de corações. Empurrei Apolo para o lado e me sentei, olhando ao redor.
— Mais alguma coisa? – ele perguntou.
— Sim. Um tapete bem grande aqui em volta. Não quero sujar minhas pantufas de leão.
Ele estalou os dedos e o chão se cobriu de carpete azul. Me virei para ele e me inclinei sobre seu corpo.
— Você é o melhor namorado do mundo.
— Eu sei.
O deus sol acariciou meu rosto, sorrindo metidamente. Acho que essa palavra nem existe, mas dane-se. De repente ele parou de sorrir e seu olhar ficou distante, embora ele continuasse acariciando meu rosto.
— Você foi ver minha mãe?
— Fui. Por quê?
— Nada... Ela meio que comentou comigo.
— Humm... Já que você tocou nesse assunto de mãe... Eu topei com Éris esses dias.
— Não entendi o que isso tem a ver com...
— Ela disse que se eu contar pra Despina sobre nós dois, ela me dirá onde estão os pomos.
Apolo não expressou nada, apenas continuou acariciando meu rosto com o olhar distante.
— E você vai contar?
— Sim. – comecei a brincar a com a gola da camisa dele. – Quanto antes acabarmos essa missão, melhor.
— Só assim pra você tomar uma atitude...
Saí de cima dele e me deitei de costas, olhando para o céu. Estava salpicado de estrelas e a lua estava cheia. Lindo demais. Só não era mais lindo que a pessoa do meu lado.
— Ártemis deve estar caçando. – comentei.
— E logo serei eu. Faltam cinco horas pro sol nascer.
— Eu preciso voltar pro quarto... Alguém pode acordar e dar minha falta.
— Não vão. Fica aqui, eu te acordo antes de ir trabalhar.
Olhei para aqueles olhos azuis como o céu. Ele estava fazendo aquela cara triste para qual eu não conseguia dizer não.
— Tudo bem. Eu fico.
Ele sorriu. – Vem cá, quero sentir seu cheiro e quero que ele fique na minha roupa.
Obedeci e ele me abraçou. Era mais fácil dormir com ele, pois eu nunca tinha pesadelos e me sentia segura. Os braços de Apolo eram o lugar mais seguro e protegido do mundo. Apolo era meu paraíso e meu inferno ao mesmo tempo. Dormi tranquilamente e fui acordada com beijos. Nos despedimos e eu desci até meu andar, esfregando os olhos e bocejando de sono.
No quarto, Trent ainda roncava alto. Olhei para Juliet e ela estava deitada virada para mim, na cama de cima do beliche. Os lábios estavam comprimidos como se estivesse se contendo pra não falar algo, e os olhos arregalados e culposos na minha direção. Então ela se virou pro outro lado da cama, para a parede, e eu fiquei parada sem saber o que fazer.
Ela sabe.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Sublime with Rome é uma banda de raggae.