Especial de Ano Novo escrita por Doctor Alice Kingsley


Capítulo 4
Blásio Zabini e Luna Lovegood


Notas iniciais do capítulo

Olá, tudo bem? Espero que estejam gostando das histórias, essa também é UA e é sobre um casal não tão conhecido assim, mas eu adoro. Blás e Luna, espero que gostem e nos vemos lá embaixo. Beijos com gosto de cupcakes,



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Eu me lembro como se fosse hoje o dia em que Luna Lovegood entrou na minha escola e bagunçou a minha vida. Tínhamos por volta de nossos quinze anos, uma idade importante para todos.

— Me chamo Luna Lovegood. E você é? – uma garota loira se apresentou.

— Blásio Zabini, não quero ser grosso, mas se não se importa poderia sentar em outra mesa? – falei apontando a mesa em que Harry estava sentando.

Harry Potter é filho de um famoso jogador de pôquer, seus melhores amigos são Hermione Granger e Ronald Weasley. Meu melhor amigo se chama Draco Malfoy e seu pai é rival do James Potter, o que automaticamente criou uma rixa entre Harry e Draco.

— Sem problemas, mas achei que as pessoas do St. Ireland fossem mais legais. – me olhou com desdém e saiu.

Na época não percebi, mas eu mereci o jeito que ela me tratou. Ela estava perdida e tentando fazer novas amizades e eu simplesmente a ignorei e descartei como se fosse um pedaço de chocolate estragado. Eu era um idiota mesmo, mas ainda iria receber meu troco.

Na semana seguinte tivemos que fazer dupla na aula de química, ela já estava sentada em seu lugar e eu tive que me dirigir até ela. Todos os olhares estavam direcionados a mim, porque eram as pessoas que vinham até a minha bancada, pelo menos até aquele dia.

— Você nunca pode facilitar as coisas para mim não é mesmo? – estava furioso.

— Não tem esse direito, sabia? – retrucou.

— Eu não ligo para a sua opinião e não me importo com você. – proferi.

— E eu não preciso de você nem da sua presença em minha vida. Mas estou te avisando, se me esnobar mais uma vez vai desejar nunca ter nascido. –ameaçou.

Luna na maior parte do tempo era a pessoa mais calma e sonhadora que alguém pode conhecer, também é extremamente inteligente. Eu deveria ter seguido seu conselho e ficado quieto. Estávamos no primeiro ano do colegial.

No último dia de aula ela resolveu se vingar de mim, não sabia que alguém com uma aparência tão fofa como a dela, era capaz de se vingar de alguém. Ela inventou um bicho chamado zonzóbulos e me fez ficar caçando eles pela escola usando um par de óculos estranho, uma lente era rosa e a outra azul.

As férias enfim chegaram e cada um seguiu seu caminho, no segundo ano, as coisas se ajeitaram um pouco, eu já podia aceitar a presença dela ali e ela parecia já ter superado os acontecimentos do ano anterior.

Nosso professor de história nos obrigou a fazer um trabalho juntos, era sobre a Segunda Guerra Mundial. Não sabia como iriamos fazer, pois tínhamos que ler alguns livros, dentre eles: o menino do pijama listrado, a menina que roubava livros e o diário de Anne Frank. Também tínhamos que ver alguns filmes sobre esse tema, os títulos eram: a vida é bela, bastardos inglórios, caçadores de obras primas, o jogo da imitação e fury.

Marcamos de realizar esse trabalho na casa dela, mas não deu certo. Ela não aguentou ver as cenas de violência dos filmes e eu não consegui chegar nem na metade de cada livro. A vantagem é que ficamos um pouco mais próximos devido a esse fato. Nas cenas que continham sangue, ela enterrava seu rosto em meu peitoral e eu a ouvia enquanto resumia os livros para mim.

Tiramos um oito, o que estava ótimo para ambos. Sabia que meu professor ia espalhar a notícia pela escola, então fiquei esperando o momento em que os outros professores iam nos colocar juntos para fazermos todos os trabalhos em duplas. Não demorou muito, no final do primeiro semestre eu já conhecia toda sua família e ela a minha. Muita convivência gera isso mesmo, como se não bastasse eu ainda a encontrava todos os dias na rua.

— Sabe, você não é tão estupido quanto eu pensei que fosse. – Luna disse se aproximando de mim.

— E você não é tão idiota quanto eu imaginei. – retruquei.

— Estava pensando no que? – indagou me fitando.

— No dia em que te conheci, no fim do primeiro ano do ensino médio. –disse a fitando.

— Bons tempos, quando não sabíamos o que era responsabilidade e namorávamos apenas por diversão. – falou com seu tão presente ar sonhador.

— Claro, porque agora namoramos por obrigação. – me irritei.

— Lógico que não, mas naquela época não precisávamos nos preocupar em ganhar dinheiro para nos sustentarmos. – disse e me olhou.

Esse diálogo ocorreu um ano após a formatura, me lembrei dele, pois mudamos muito a visão que tínhamos um do outro durante os anos que foram passando. No segundo semestre eu e ela estávamos mais unidos, talvez por conta dos trabalhos ou porque nossos amigos estavam saindo. Draco e Hermione estavam namorando, o que nos obrigava a ser vela.

Quando não fazíamos o papel de vela, éramos obrigados a participar desses encontros duplos e fingir que estávamos apaixonados um pelo outro. Acho que de tanto fingirmos começamos a acreditar que era verdade.

Comecei a me preocupar e a ligar para ela sem motivo e ela percebeu, as vezes recebia uma mensagem dela perguntando como eu estava. E eu sabia que ela não perguntava para ser cordial, toda vez que mandava uma mensagem para alguém esperava a verdade como resposta.

Quando estava bem mandava um simples “aham”, mas quando estava mal desabafava com ela e sabia que ela leria tudo com calma e pensaria antes de me responder, por isso nunca estranhei o fato dela não me responder na hora. Era até reconfortante saber que se preocupavam de verdade comigo. Que não era apenas enganação ou educação.

Com o tempo ela foi criando intimidade para desabafar comigo também, exatamente do jeito que fazia com ela. Encontrei uma amiga, mas ela não era como as outras, nunca fora. Qualquer pessoa normal responderia uma mensagem na hora e não demoraria quase 20 minutos apenas para resumir um livro, mas ela não era normal e o mais legal era que ela não se importava com a opinião alheia.

Usava um vestido amarelo bufante sim e não se importava com os comentários maldosos vindos de outras pessoas, eu por outro lado estava sempre preocupado demais com o que os outros iam pensar e dizer sobre mim. Estava engando, eu não precisava disso para ser feliz.

— Como faz para ser você mesma? – pedi uma explicação.

— Simples, seja quem você é. Os outros vão falar sempre de você, porque ninguém é perfeito, mas só você constrói a sua felicidade. Roupas demonstram a sua personalidade, então você escolhe o que quer ser. Independente e forte ou um cachorro covarde que obedece aos outros? – me aconselhou.

Nem preciso dizer qual foi a minha resposta, preciso? Começamos a namorar quando fomos para o terceiro colegial, terminamos quando entramos na faculdade, mas esse término não durou nem um mês. Atualmente estamos com 25 anos, já estamos juntos a dez anos e planejamos nos mudar e morar juntos.

Estou sentando no sofá da sala ao lado de meu sogro, esperando ela descer. Nossos amigos já estão sentados na varanda, faltam 5 minutos para a virada do ano e ela ainda não está pronta. Quando olho novamente em meu relógio só faltam 3 minutos e ela aparece.

Está com um vestido curto que vai até seu joelho, usa uma rasteirinha bege e seu cabelo está solto, a maquiagem é simples, mas é o suficiente para ressaltar sua beleza.

— Você está maravilhosa. – elogiei.

— Obrigada, você também está muito bonito.

— Obrigado. Por que demorou tanto? – indaguei.

— Fiquei lendo e perdi a hora, mas o importante é que estamos todos aqui, não é mesmo? – disse sorrindo.

Balancei a cabeça e começamos a fazer a contagem regressiva para a virada do ano, depois de todos desejarem “feliz ano novo” para o restante de nós, eu pedi Luna em casamento, ela aceitou e nosso próximo passo é construir uma família. De tijolo em tijolo nós teremos um lar e uma família maravilhosa, eu tenho certeza disso


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e não se esqueçam de comentar, a opinião de vocês é muito importante para mim. Nos vemos no próximo capítulo.



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