The Híbrida escrita por Freya


Capítulo 11
Capítulo 11 ~ Conciliação


Notas iniciais do capítulo

~ Então, ta ai, sem demora mais um capítulo, obrigada a quem comentou o ultimo, vocês são demais ♥ ~



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— Me desculpa... — Sussurrei entrei o choro. — Me desculpa, me desculpa...

Ele me abraçou forte, seu abraço era quente e aconchegante. Então me permiti chorar, e me senti mais leve desde que cheguei. Era bom não guarda comigo esse segredo. Apesar de não saber qual a reação de Sean. Apenas me deixei ser embalada por seus braços e cair na inconsciência.

Capítulo 11 – Conciliação

P.D.V. NIKITA

Acordei e já era fim de tarde, pude notar o sol se pondo pela janela sem cortina. Qual foi a última vez que dormi tão bem assim? Nem se quer conseguia me lembrar.

Olhei ao meu redor, notando que este não era meu quarto nem minha cama. Com toda certeza este era o quarto de Sean. Levantei minha cabeça e observei melhor o cômodo, era pequeno e aconchegante, a cama era de casal, tinha uma escrivaninha com alguns livros e papeis em cima, o armário era pequeno, mas imagino que fosse o suficiente para ele. E seu cheiro estava impregnado em todo canto. Me senti à vontade na sua cama, deitei minha cabeça e mirei o teto, quase podia esquecer todos meus problemas fora daqui, quase.

Ao lado da cama, num pequeno criado mudo de madeira e um pouco empoeirado estava um bilhete, peguei-o e li:

“Minha princesa, fui para a ronda, volto quando anoitecer, fique a vontade...

Te amo, Sean”.

 

Terminei de ler com um sorriso bobo no rosto, sua grafia até que não era tão ruim como das outras vezes que observei no colégio. Como já era fim de tarde logo ele estaria aqui. Com esse pensamento me bateu uma ansiedade e senti um friozinho na barriga, era sempre assim antes de encontra-lo.

Levantei-me da cama e caminhei até a janela, não tinha uma vista tão incrível como na casa dos Cullens, apenas uma rua com casas simples de La push, fui até seu armário e o abri. O cheiro de Sean me atingiu forte e sorri novamente, amadeirado com canela era definitivamente minha fragrância favorita. Peguei uma camisa de botões azul claro no guarda-roupa e fui até o banheiro. Não foi difícil de achar, já que sua casa formada por três cômodos.

Observei meu rosto no pequeno espelho do banheiro, e graças ao meu gene de vampiro, meu rosto não estava inchado, muito pelo contrário, estava perfeito, como sempre esteve.

A água estava quente na medida certa, caia sobre meu corpo como um relaxante muscular maravilhoso. Ainda não sabia o que iria fazer a respeitos dos últimos acontecimentos, mas agora não queria pensar nisso, embora as palavras do vampiro que ataquei não saíssem da minha mente. Suspirei. Porque Jonathan tinha sempre que estragar a minha vida? Será que saiu espalhando para todos os cantos sobre mim? E se mais vampiros aparecessem? Definitivamente, se isso acontecesse eu estaria dando muito trabalho para os Cullens, sem contar no perigo disso tudo, não só para nós, mas para os lobos e humanos que viviam próximos.

Eu finalmente tinha me acertado com Sean, ou pelo menos assim pensava, já que não o vi desde que contei a verdade sobre meu passado. Queria que tudo isso sumisse, que fossemos apenas eu e ele, sem passado, sem vampiros, sem lobos, só nós dois. Mas nada era perfeito. E eu aprendi de várias formas que se tudo pode dar errado, vai dar! Como diz aquele cara cujo nome não me lembro agora.

Ouvi a porta da sala ser aberta e ele entrar na casa. Decidi que estava na hora de sair do banho e encarar a realidade, descobrir o que Sean pensa sobre isso, e depois decidiria o que fazer em relação ao Jonathan.

Sai do banho e me vesti, a camisa dele ficou quase no meio da minha coxa, até que serviu bem! Penteei o cabelo e usei sua escova de dentes. Espero que Sean não fique bravo por isso. Encarei a porta do banheiro, já estava destrancada, mas quando eu saísse teria que encará-lo. E não me sentia segura o bastante para isso, ele poderia agir de duas formas, e eu torcia para que fosse a melhor delas. Com o coração apertado abri a porta e sai, indo em direção ao seu cheiro. O encontrei na sala.

— Uau. — Foi a primeira coisa que saiu de minha boca, ao observar o estado que a sala dele se encontrava, não estava assim quando cheguei, horas antes. — Isso foi um furacão enquanto eu dormia? — Tentei fazer graça ainda olhando o local sem encara-lo, mas como um imã o mirei, e me perdi nos seus olhos.

— Nossa, você... — Ele engasgou enquanto encarava meu corpo. Mas logo seu olhar voltou a fixar no meu, e pude ver raiva em seus olhos. Minha garganta ficou seca e olhei para o chão voluntariamente. Eu não sabia o que ele sentia, mas minhas mãos começaram a soar e provavelmente minha temperatura estava caindo. — Eu vou arrumar tudo isso depois, acho que temos que conversar, não é? — Voltei a olhar ao redor, a sala estava em um estado lastimável, a pequena raque estava caída e a televisão com a tela rachada, o sofá parecia ter sido comido por cães famintos.  

— Eu posso te ajudar com a sala. — Minha voz saiu mais baixa do que eu queria. Sean caminhou na minha direção.

— Esquece a sala Niki. Temos mesmo que conversar. — Seu tom era sério, e sua aproximação só serviu para me deixar mais nervosa do que já estava. Procurei as palavras certas, mas seu calor fazia com que meu cérebro derretesse feito uma gelatina. Respirei fundo e ele ficou parado na minha frente, me encarando.

— Sim, eu sei... — Tentei não gaguejar enquanto falava. — Olha eu não queria ter contado, nem mostrado nada daquilo...

— COMO NIKI? Você não pode estar falando sério. — Ele disse com uma risada nervosa e passou a mão pelo cabelo, depois voltou a me encarar. — É obvio que tinha que ter me contado. — Falou um pouco exasperado e me encolhi. — Eu nunca me senti assim, eu nem sei o que estou sentindo agora. — Seus olhos demonstravam muita fúria, mas continham lágrimas que não caíram. Se acalmou, respirou fundo e continuou. — Me sinto tão impotente por não ter te protegido disso.

— Como? — Foi minha vez de interrompê-lo. — Você não estava lá Sean, não é sua culpa. — Apertei os dedos com o nervosismo, eu queria abaixar o olhar, mas sentia que se o fizesse seria pior, então me contive apenas em apertar os dedos.

— Mas é meu dever protege-la.

— Não é culpa sua, e nem minha também. — Minha voz não era um sussurro, mas estava perto de ser. Então soltei meus dedos e segurei em seu rosto, sua respiração rápida e seu calor me atingiram em cheio e minhas pernas tremeram, tentei me manter firme. — Neste momento só me importo com você, e com o que você sente por mim.

Sean fechou os olhos com força e respirou algumas vezes. Tentei me manter firme e não soltei seu rosto, embora minha vontade fosse de sair correndo dali e chorar no colo de Rosalie. Ele então colocou suas mãos em cima das minhas, e abriu os olhos, pude sentir toda mistura de sentimentos que o atormentavam.

— Eu amo você... — Falou com a voz rouca e baixa. — Quero cuidar de você, e te proteger de tudo. E se aquele desgraçado aparecer aqui eu juro... — O tremor apareceu em corpo e suas mãos apertaram a minha com força. Era hora de interrompê-lo.

— Só esquece isso... eu sei que não é fácil, nem para você e nem para mim..., mas eu encontrei uma vida feliz aqui, e quero continuar assim... Só vamos tentar esquecer tudo isso e ficar juntos. — Quando terminei de falar grudei nossos lábios por impulso.

Sean me afastou e tirou minhas mãos do seu rosto. Na hora me senti rejeitada, abri a boca para dizer algo, mas não saiu. Ele olhou fundo nos meus olhos, depois abaixou um pouco o olhar e senti que esse era o momento em que ele me diria adeus. Apenas aguardei suas palavras, e percebi que ele queria fazer suspense, logo voltou seu olhar para mim, com um sorriso brincando nos lábios.

— Se vamos nos beijar, vamos fazer da forma certa, não acha? — Sua voz grossa fez minhas pernas fraquejarem. Mas antes da minha reação ele grudou seu corpo ao meu e apertou minha cintura. Tentei não respirar, não queria estragar o momento. Colou sua testa na minha com os olhos fechados, e subiu sua mão até minha nuca, então nossos lábios se tocaram.

O beijo era suave e angelical, Sean me segurava firme, como se eu pudesse fugir de seus braços. Senti seus dentes prenderem meu lábio inferior de forma sensual e meu corpo correspondeu produzindo mais calor, e uma sensação estranha no meu ventre.

Ele direcionou meu corpo para trás até encostar de forma brusca na parede, e me senti mais excitada. Seus lábios intensificaram o beijo, e suas mãos apertavam meu corpo. Quando o ar faltava ele desceu seus beijos para meu pescoço, e meus pelos se arrepiaram. Sua boca sugava meu pescoço, e meu corpo correspondia a cada toque. Arfei de desejo.

Suas mãos passeavam pelo meu corpo e quando chegaram na minha anca me ergueu, e contornei minhas pernas em sua cintura, sentindo seu membro por debaixo da calça, gemi com o contato. Seus lábios voltaram aos meus com desejo. Ele começou a andar em direção ao quarto e foi minha vez de beijar seu pescoço, e seu ombro. Nossos corpos estavam colados e ele me colocou na cama. Tirou a camiseta preta que usava rapidamente por cima da cabeça, depois soltou seu corpo em cima de mim, encaixando-se entre minhas pernas. O contato com sua pele fez com que sentisse quase um choque de desejo.

Nossos lábios se reencontraram e suas mãos soltaram minha cintura, indo para os botões da camisa. Meu corpo vibrava com o calor que emanava do seu, e eu arfava em seus lábios. Quando Sean abriu o segundo botão e meu sutiã estava totalmente amostra, segurei seu tórax interrompendo o beijo.

Ambos estávamos ofegantes. Seus olhos negros estavam mais escuros transbordando desejo e luxuria. Minha voz saiu rouca.

— Acho que devíamos ir devagar. — Seus olhos me encararam, e sua boca sorriu de lado. Aproximou nossos rostos e beijou meus lábios suavemente, direcionou a boca para meu colo descoberto e beijou minha clavícula. Arfei profundamente. Senti seu corpo roçar no meu e seu membro se esfregar na minha intimidade, gemi seu nome num sussurro.

— Quer mesmo ir devagar? — Sua voz saiu abafada pelo contato da sua boca na minha pele e eu assenti e respondi um sim gaguejando.

— Não tenho experiência com isso. — Falei quando minha respiração se tranquilizou. — Pelo menos não uma boa, não quero apressar nada.

— Claro minha princesa... você já é minha, temos o tempo todo do mundo agora. — Respondeu sorrindo e me abraçou, saindo do meio das minhas pernas e deitando ao meu lado.

Nos ajeitamos na cama e deitei minha cabeça sobre seu peito. Ficamos em silencio por um tempo. Ouvi seu coração pulsar normalmente dentro do peito, e nossos cheiros se misturaram no ar. Sua mão passeava pelo meu dorso fazendo um carinho de leve. Depois passou a fazer carinho no meu pescoço e nos ombros. Me sentia tão leve, tão feliz. Estava prestes a dormir, meus olhos se fecharam por alguns minutos, mas a vontade de ficar acordada aproveitando aquele momento era maior. Seu peito era másculo e quente, me sentia a vontade com ele. Mas Sean quebrou o silencio enquanto acariciava meu pescoço e ombros.

— Posso te perguntar algo?

— Claro. — Respondi, atenta a sua respiração, meus olhos abriram e fitei ao redor, depois os fechei novamente para aproveitar mais do carinho que recebia.

— Quantas vezes? — Questionou e passou a mão de forma mais firme sobre as cicatrizes de mordidas, indicando sobre o que perguntava. Meu corpo se retesou. Não queria voltar a pensar naquilo, porque ele simplesmente não podia esquecer? Sean reparou e voltou a fazer carinho e depositou um beijo no topo da minha cabeça. Respirei fundo, tentando me acalmar. Com os olhos fechados disse mentalmente para mim mesma que estava nos braços do homem que amo, e não precisava ter receio nenhum, éramos feitos um para o outro.

— Nunca parei para contar... — Respondi normalmente, depois de algum tempo. — Mas ele me mordeu na maioria das vezes.

Sua respiração já não estava mais tão tranquila, nem sua frequência cardíaca. Embora ele ainda parecia lucido.

— Como fugiu?

Sabia que ele queria saber de tudo, tudo o que fosse possível. E ele estava certo. Tentei afastar os fantasmas do passado e tratar disso como um assunto que já foi superado. Então não hesitei em responder.

— Não sei ao certo. Eu sempre fugi quando me recuperava dos ataques. Entretanto ele sempre conseguia me achar. Na última vez que fugi, fiquei na dúvida se eu tive êxito na minha fuga e ele perdeu meu rastro, ou se apenas me deixou em paz. Acredito mais na primeira opção. — Suspirei antes de continuar. — Eu consegui entrar em um grande avião sem ser vista. Fui rápida, me escondi no bagageiro. Depois consegui informações com nômades para achar os Cullens. — Terminei e levantei a cabeça, olhando seus olhos.

Sean me deu um selinho e sorriu.

— Você é uma lutadora mesmo. — Sorriu mais abertamente e deitei de novo no seu peito. Aproveitando o carinho e seu calor, até cairmos no sono. 


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