The Híbrida escrita por Freya


Capítulo 10
Capítulo 10 ~ Verdade


Notas iniciais do capítulo

~ Ok, não me matem... Mas ta ai, mais um capítulo fresquinho pra vocês, bjinhos ♥ ~



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— Quero. Eu quero sim, porque até agora, ele foi o único que me enxergou de verdade! — Eu falava rápido e exasperada, enquanto Sean se limitava a me encarar e tremer. — E eu não vou me sentir culpada por ter ficado com ele, e se quer saber, é isso que eu vou fazer, vou ficar com... — Antes que eu pudesse terminar aconteceu.

Seu corpo contra o meu, os braços fortes me apertavam tanto quanto podiam. Seus lábios se colocaram no meu de forma brusca, tentando me silenciar. E assim o fiz, fiquei calada, não tinha reação, e mesmo que tivesse, Sean me segurava tão forte que eu sequer podia cogitar a ideia de me soltar. Mas ele mesmo afrouxou o aperto, embora ainda me segurava, fechou os olhos e uma de suas mãos subiu até meu pescoço segurando-o, e moveu os lábios.

Capítulo 10 - VERDADES

P.D.V. NIKITA

O beijo se tornou intenso, nossos corpos estavam quentes e Sean me puxava ao seu encontro. Coloquei uma mão em sua nuca, só para evita-lo de se afastar, caso o fizesse. Nossos lábios se mexiam de forma sincronizada e lenta. E as borboletas que eu sentia no meu estômago eram maravilhosas. O beijo com Chad foi maravilhoso, mas este eu não tinha sequer como explicar. Porém não durou muito mais tempo, e paramos para respirar, mas Sean continuou a me dar selinhos pelo rosto.

— Eu esperei tanto por este momento Niki. — Sua voz era rouca e muito sexy. Não o respondi, ainda arfava pela falta de ar.

Sean me encostou na árvore e ficou acariciando meu rosto e me olhando, não evitei o sorriso e ele me deu um novo selinho demorado.

— Isso nem parece real. — Foi tudo o que saiu dos meus lábios, e me arrependi logo em seguida, preferia ter ficado quieta, o momento era especial demais para usar palavras.

Passei as mãos por suas costas e ficamos nos admirando por segundo, para logo retomar o beijo, que Sean logo quebrou para beijar meu rosto e meu pescoço. Não sabia como essa sensação era boa. Mas ele interrompeu, se afastando um pouquinho e fiquei preocupada.

— O que? Por que se afastou?

— É que, eu nunca tinha reparado que são mais de uma mordida... no seu pescoço. — Ele falou sério e instintivamente levei minha mão até o mesmo. As mordidas eram muito claras, quase imperceptíveis, a não ser para olhos sobre-humanos e próximo do meu pescoço. Não falei nada e ele apenas me fitou. — Por que nunca me contou a sua história toda Niki? — Disse agora se aproximando do meu corpo, meus olhos começaram a procurando outros pontos que não fosse seus olhos negros e inquisitivos.

— Nós já falamos sobre isso Sean. — Respondi na defensiva.

— Não, você fez um péssimo resumo da sua vida antes...

— Eu não tinha uma vida antes. — O interrompi e me soltei de seus braços, ficando de costas para ele.

— Niki eu só quero te conhecer, quero que confie em mim. — Senti sua mão tocar meu ombro e me encolhi.

— Eu não quero falar sobre isso Sean. — Assim que terminei ficamos em silencio. Talvez Sean estivesse pensando o diria a seguir, mas nossos pensamentos e momento constrangedor foi interrompido por sons da floresta. O cheiro adocicado aumentou no leste, e uma corrida quase inaudível foi escutada. Antes que Sean pudesse dizer algo meu corpo disparou naquela direção.

Ouvi a transformação de Sean acontecer atrás de mim, e suas patas pesadas baterem no chão com força e pressa. Então uivou, alto e claro, assustando os animais mais próximos. Senti o cheiro de Renesmee e Jacob mais a frente, e apertei meu passo. Chegando ao local pude observar todos. Estavam parados. Jacob e Nessie, e dois vampiros que eu nunca tinha visto na minha vida, mas pelos dentes amostra de Jacob e sua postura defensiva na frente de Renesmee, supus que nenhum deles se conheciam.

Os vampiros olharam para mim, como se me reconhecessem e sorriram. Rosnei para eles.

— O que querem aqui? — Renesmee perguntou, ela parecia calma, mas devido a situação eu duvidava que ela estava.

— Apenas estávamos passando, para visitar uma conhecida. — E olharam para mim. Não sai de minha posição e Sean chegou, colocando-se ao lado de Jacob.

— Desculpa, eu devia conhece-los? — Questionei-os.

— Não. É claro que não, nunca nos vimos pessoalmente. — Um deles respondeu, era alto, seu cabelo era preto e sua barba mal feita, mas era perfeito, como qualquer vampiro.

— Mas ouvimos muito sobre você. — O outro continuou, este era mais baixo, mas sua beleza era superior ao primeiro vampiro, embora seus olhos fossem escarlates aterrorizante. — Um amigo nosso comentou muito a seu respeito, ficamos curiosos, suponho que o conheça. — Diante do meu silencio ele prosseguiu. — O nome dele é Jonathan.

Senti meu pulso diminuir para logo em seguida aumentar, minhas mãos começaram a soar frio. Eu não sabia como tinham me achado, mas se Jonathan falou de mim para eles, e eles estão aqui, é apenas questão de tempo até que ele mesmo esteja aqui. E se eles mencionaram Jonathan, não eram bem-vindos. Não pensei duas vezes antes de me jogar sobre o mais baixo, rosnando e furiosa.

Ele não previu meu ataque e o acertei em cheio, mas não demorou para reagir e iniciamos um combate corpo a corpo, percebi que Jacob e Sean atacaram o outro vampiro, que não resistiu muito a eles. Já eu não tive tanta sorte assim, já que meu oponente se esquivava perfeitamente dos meus ataques. Jacob e Sean rosnavam, sabia que não podiam me ajudar, caso entrassem no meio poderiam me machucar. Olhei para o lado, numa fração de segundos e percebi que Renesmee corria para a mansão Cullen.

Não demorou muito para ele me derrubasse no chão, com as mãos no meu pescoço e sorrindo. — Ele disse que não havia sangue e nem corpo mais saboroso que seu. — Então aproveitando que seu corpo estava próximo e em contato com o meu, senti a corrente elétrica do escudo físico que clonei ser ativada, e vi seu corpo ser lançado no ar. E Sean e Jacob não hesitaram.

Os outros lobos não demoraram para chegar e ajudaram a queimar os pedaços. Eu não sentia nada no momento, nada além do medo de que Jonathan estivesse a caminho. E que isso fosse somente um aviso. Edward, Emmett e Bella chegaram em seguida. Emmett me abraçou, mas não correspondi, ainda estava em choque diante das palavras do vampiro que eu sequer sabia o nome.

— Esta tudo bem Niki. — Emmett dizia, tentando me acalmar enquanto me abraçava.

Com os corpos queimados Sean olhou na minha direção, seu olhar se prendeu no meu, e pude sentir sua preocupação comigo. Em outro momento eu adoraria receber esse olhar, mas diante dessa situação não sabia como me sentir em relação a ele.

— Edward, peço permissão para fazer a ronda no seu perímetro, pelo menos por uns dias. Até ter certeza de que eles estavam sozinhos. — Jacob perguntou a Edward.

— Claro, Carlisle não se importará. E se precisar de ajuda, não hesite em pedir. Apesar de que sei que não gostam de correr do nosso lado. — Edward.

— Sim, sim. Jared e Embry façam todo perímetro norte e leste. Leah, Seth e eu ficaremos com o oeste e sul. Depois faremos troca com os outros. Quem não esta na ronda agora pode descansar. — E assim todos foram dispensados.

— Vamos para casa Niki? — Emmett me chamou, mas Sean permanecia ali. E apesar do meu estado catatônico eu neguei.

— Acho que tenho que conversar com Sean agora Emm. — Emmett parecia relutante, mas aceitou sem delongas.

*

Chegamos a casa de Sean, eu nunca havia vindo aqui. Sabia que ele morava sozinho, mas nunca fui convidada para conhecer sua casa. Era pequeno e organizado, seu cheiro estava em cada canto do ambiente. E era bem aconchegante. Fiquei em pé, com os braços cruzados, eu estava com medo da nossa conversa, sabia que ele iria querer saber de tudo. E não sei se estava segura para lhe contar.

— Sean. — Antes que pudemos dizer qualquer coisa, seu nome foi chamado do lado de fora da casa, não levou muito segundos para identificarmos a voz, era Lindsay e eu senti meu sangue ferver de ódio. Ela, sempre ela. Mas logo Sean colocou as mãos nos meus ombros e disse para que eu ficasse calma. E saiu, fechando a porta da casa em seguida, permaneci ali, mas eu poderia ouvir toda a conversa.

— Sean, o que ela esta fazendo aqui? Eu vi ela entrar com você. O que esta acontecendo Sean? Você esta me traindo com essa vadia? — Lindsay tinha raiva na voz e eu quase sai da casa para dizer boas verdade para ela, caso ela não soubesse, ele me pertence, ele é meu e não dela.

— Não fala assim da Niki Lindsay. Agora não é a hora para conversamos, ela precisa de mim. — Sean disse calmo, sendo sempre tão atencioso com a humana que me dava nojo.

— Você esta me ignorando desde que ela chegou na cidade, acha que não reparei. Acha que não sei que ela te enfeitiçou. O que você quer Sean? Não pode ficar com as duas, e você vai ter que escolher agora! — O ameaçou. Ele ficou um tempo em silencio, mas logo falou.

— Eu não queria que fosse assim Lindsay, nosso relacionamento sempre foi de amizade, mas eu amo a Niki, e eu não posso mais fingir que não tenho esse sentimento por ela. — Senti meu coração bater forte, ele estava mesmo terminando tudo com ela? Por mim!!

— O que? — A voz dela era de pura indignação.

— Podemos conversar em outro momento, mas...

— Eu não quero conversar mais Sean, depois de tudo que passamos é só passar a primeira vadia na sua frente e você desiste de tudo, isso não vai ficar barato, para nenhum de vocês.

Então ela foi embora. Eu quase não acreditava no que ouvi, ele realmente prefere a mim. O silencio se instalou e depois de alguns minutos Sean entrou na casa. Nos fitamos e ficamos calados. Ele veio em minha direção, segurou meu rosto com as duas mãos e me deu um selinho, demorado depois me puxou para sentarmos no sofá.

— Eu não queria que fosse assim, terminar com a Lindsay na porta da casa, ou termos nosso primeiro beijo na floresta. Mas nem tudo é como queremos. — Seu olhar não demonstrava tristeza, e na última hora aconteceram tantas coisas que eu não sabia o que sentir. Medo, felicidade. Sua mão acariciou a minha, sentir seu calor me deixou tranquila. — Mas acho que terminar com Lindsay não seja nosso maior assunto no momento não é? — Eu assenti, sabia que ele estava tentando ser maduro em relação aos acontecimentos, Sean e eu nunca tivemos uma boa relação porque sempre tínhamos atitudes impensadas, mas não neste momento.

— Sean, eu sei que quer entender, mas não sei se quero te contar. — Minha voz saiu fraca e num sussurro, Sean fitou meus olhos, me prendendo a sua imensidão negra.

— Eu quero saber de tudo Niki. Eu mereço isso. — Implorou. — Eu sei que não tenho sido o cara ideal, e que fui um babaca por muito tempo, e que demorei para demonstrar tudo que eu sentia por você, mas eu te amo. E amo tanto que chega a doer no meu peito. Mas não sabia como se sentia em relação a mim, e tive medo de me rejeitar, por isso continuei agindo feito completo idiota. E quando te vi beijando aquele... — Sua voz continha ódio agora e tinha alguns tremores pelo corpo, mas logo parou, respirou fundo e prosseguiu. — Eu percebi que estava te perdendo e a culpa era só minha. — Sua expressão suavizou, meu coração pulava tanto que talvez pudesse sair do meu peito. Ele se aproximou do meu corpo, e colou sua testa na minha. — Eu quero você, para sempre, só minha Niki. Mas hoje, quando aquele sanguessuga disse o que disse, eu me senti tão fraco. Eu preciso saber de tudo.

Senti meus olhos marejarem, logo agora, que Sean se declarou para mim, minha vida tinha que virar de ponta cabeça. Sera que Jonathan nunca me deixaria ser feliz, como prometeu?

— Sean, eu já te contei. — Respondi, num sussurro. — Eu já te resumi. Isso sempre me machuca tanto. — Algumas lágrimas caíram e Sean as limpou, em seguida, puxou minha mão esquerda, colocando-a em seu rosto.

— Se não quer falar, me mostre. — Pediu e não pude hesitar. Sean era meu, ele havia me escolhido e se declarado, eu não podia perde-lo por medo do meu passado.

 

Corri com toda minha força, eu tinha que fugir dele. Ele era um monstro. Sentia meus pés doerem de tanto se esforçarem, mas os passos atrás de mim mostravam que eu não estava sendo esforçada o bastante. Até que tive certeza, ao ser jogada contra uma arvore qualquer, me machucando. Um pequeno corte no meu braço fazia o sangue escorrer, embora eu soubesse que isso não era nada.

Achou mesmo que ia fugir de mim Nikita? O vampiro a minha frente ria, e abaixei minha cabeça. Não queria olhá-lo. Tentei me por de pé, mas antes que conseguisse ele me deu um tapa, forte o bastante para que eu caísse novamente. — Sabe que essa sua resistência é até atraente? — Continuou falando e subiu sobre mim. Tentei me debatei ou estapeá-lo de alguma forma. As lagrimas caiam que eu mal podia enxergar. E sua risada só fazia com que me sentisse mais humilhada ainda. — Vamos lute! — Ele me estimulou e segurou meus pulsos. Os apertos deixariam hematomas. Seu rosto continha um olhar diabólico e virei minha face, não queria vê-lo, não queria que nada acontecesse, queria sumir. — Ei, olha para mim Niki. — Me neguei, ainda com lágrimas nos olhos. — OLHA PARA MIM! — Ele gritou e o olhei, queria implorar por misericórdia, pedir para me deixar em paz, mas da última vez, só o fez rir mais ainda de mim. — Isso, gosto assim, obediente.

— Por favor. — Minha voz saiu esganiçada. — Por favor, só me mate. — Pedi.

— Sabe que acho muito fofinho quando fica implorando. Mas sabe também que não posso te matar Niki, você é meu brinquedinho, e eu preciso me alimentar. — Junto com as lágrimas iniciaram os soluços e sem mais delongas ele rasgou minha roupa, tentei me debater de novo, e tudo sem sucesso. Então penetrou em meu corpo, sem respeito e sem se importar com minha dor. E me mordeu no ombro, enquanto me possuía bebia meu sangue, deixando-me fraca e submissa. Sempre parava de sugar um ponto antes de eu morrer, e então eu ouvi apenas seus gemidos de satisfação, e seu cheiro se impregnando por meu corpo. Minha visão ficou turva e por fim não via mais nada, na esperança de estar morta.

 

Tirei minha mão de seu rosto, eu não queria reviver aquilo, e não queria que Sean soubesse. E agora que ele sabia sentiria nojo de mim, como eu mesma sentia. Segurei meu rosto com as mãos e chorei copiosamente. Sentia-me suja por tudo aquilo.

— Me desculpa... — Sussurrei entrei o choro. — Me desculpa, me desculpa...

Ele me abraçou forte, seu abraço era quente e aconchegante. Então me permiti chorar, e me senti mais leve desde que cheguei. Era bom não guarda comigo esse segredo. Apesar de não saber qual a reação de Sean. Apenas me deixei ser embalada por seus braços e cair na inconsciência.


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