O semestre na Academia Jedi terminou e era a hora de colher os frutos. Como pai orgulhoso de duas crianças poderosas, Lord Vader chegou a apresentação das festas de final de ano para comemorar o início do solstício de verão e as férias.

Sentado na primeira fileira, acompanhado de alguns soldados que ocupavam duas fileiras completas do anfiteatro, Vader aguardou a estreia de Leia como oradora da turma.

Ao subir no palco, Leia foi recebida com uma salva de palmas. Ela sorriu ao encontrar ali presente. As crianças estavam enfileiradas e todas uniformizadas.

— Boa noite a todos, represento minha classe e as crianças fora desses muros altos e protegidos. — Sua voz era segura e determinada para uma jovem criança, o que fazia ressaltar ainda mais a vaidade do papai na plateia. — Nossas famílias devem estar orgulhosas de terem filhos em uma Academia Jedi, mas eles estariam se nós estivéssemos lá fora, catando entulhos e revendendo-as para comprar comida, existir de forma humilhante, as margens dessa sociedade hipócrita que exalta os poderosos e pisa nos mais fracos?

Não dava para ver, mas Lord Vader esbugalhou os olhos ao ouvir o que Leia estava falando. Um burburinho iniciou na plateia, enquanto as crianças urravam um grito de protesto em prol das crianças abandonadas e pobres de Coruscant.

Naquele momento, Lord Vader não poderia deixar de pensar em como Leia estava parecida com Padmé. Ele só não sabia se era algo muito bom para seus negócios.