O País das Maravilhas escrita por sky0moon, Just Another Dreamer, Just Another Dreamer


Capítulo 14
A Cobra Arco-Íris


Notas iniciais do capítulo

Realmente lamentamos este hiato. Acontece que houve uma certa briga entre a gente e só fizemos às pazes à pouco. Além disso, estivemos ocupadas com outros problemas pessoais. Tentaremos voltar a postar os capítulos, dessa vez com mais regularidade.



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No dia seguinte, o sol já tinha se posto quando chegamos até o castelo negro que era cercado por um bosque e um pequeno riacho. Com muito custo Hayley atravessou a água gelada, e foi uma vitória quando Mari finalmente acompanhou nosso passo. Pelo o que vi, ela e Hayley viraram amigas.

“Bom, elas se merecem”, pensei após me lembrar de uma cena que queria apagar completamente da minha mente. Ambas tentavam seduzir Rafael e Pedro, fiquei apenas observando para ver se caiam aos seus encantos.

Toda hora que eu me virava eles estavam conversando. Estava com tanta raiva que achei que ia explodir. Meus pensamentos foram interrompidos por Beatriz:

—Tomates são menos avermelhados.

—Só não fico brava com você, porque já estou muito brava com eles.-Apontei com a cabeça.

—Sabe, Beatriz-Retomei-Eu e Pedro acabamos de nos reconciliar e chega essa Hayley aí.

—Porém, você não sabe se Pedro gosta dela, é só uma suposição.

—Mas, e se ele gostar?

—Você só vai saber perguntando.

—Como se eu fosse fazer isso.-Beatriz apenas suspirou e o silêncio retornou.

Não estava gostando daquela situação, até pensei em "partir para outra", mas eu não conseguiria.

De repente, Pedro disse:

—Você está bem? Você parece triste.

—Não está tudo ótimo.-Disse engolindo a raiva.

—Certeza de que não há nada te incomodando?

—Por que estaria?

Comecei a andar mais depressa, de modo que alcancei Fernanda:
—Vocês parecem antas andando.

—Você sempre foi mais rápida.

—É...

—O que vai acontecer quando chegarmos ao castelo?

—Bom, vocês vão se apresentar para o braço direito da rainha, pedindo emprego para eles. Lá vocês ficarão até que localizem os Elementos, então vocês vão retornar e serão coroadas na Encruzilhada.

—Mas e você?

—Eu vou voltar para a Encruzilhada e cuidar das coisas enquanto vocês estão fora.

Fernanda parou bruscamente. Nós havíamos chegado.

Voltando ao momento real, observei a argola de ferro que era maior que minha mão. Um pouco insegura, dei um passo e segurei a argola. Fernanda já havia dado as instruções, e eles estavam todos escondidos. Olhei para trás antes de bater quando vi Pedro aos beijos com Hayley. Pisquei para tentar impedir as lágrimas que tentavam a todo custo rolar por meu rosto. Bati na porta e tentei sorrir quando ela se abriu.

O que as vermes miseráveis querem?- Uma mulher esbelta com peitos semelhantes a um melão de tão enormes abriu a porta. Então, se virou para mim, parecendo ainda não ter me visto.- Ah, olá.

Era uma mulher extremamente linda, tinha olhos azuis esverdeados, com cabelos lisos com ondulações nas pontas que pareciam ser super macios. Suas sobrancelhas eram bem definidas e sua boca era de um tom escuro, mais puxado para o roxo.

Hum, nós viemos para as vagas de emprego que a Rainha disponibilizou- Celine tentou, hesitante.

Entrem então.- Ela revirou seus olhos e fez um gesto indicando para seguirmos a direita.

Seguimos até o final do corredor, quando a mulher que nos guiava parou de andar por uma voz que a lhe interrompeu.

—Karen, não seja mais estúpida do que você já é.- Ralhou uma voz aguda carregada de frieza- Elas tem que se apresentar a Cobra Arco-Íris.

De início fiquei me perguntando o que raios seria o “Cobra Arco-Íris”, quando Beatriz percebeu que eu fiquei perdida no nome, deu uma leve risada, e me explicou que ele era uma criatura da mitologia dos povos aborígenes da Austrália de extrema importância para o povo que a cultuava.

Fiquei assustada com a ideia de ficar frente a frente com essa cobra, e percebi que a minha mão estava tremendo e meu nariz começou a arder, dando início a lágrimas silenciosas que insistiam em correr pelo meu rosto. Funguei e as limpei, para impedir que alguém as visse.

Depois de alguns minutos nos encontrávamos em frente de uma enorme porta de madeira de Bétula, que contrastava com as paredes escuras do castelo. Karen, ainda com uma carranca em seu rosto abriu a pesada porta e indicou que entrássemos.

Meus lábios formaram um “o”, pela tamanha imensidão daquilo que estava a minha frente. Parecia o próprio arco-íris de tão colorida e vibrante, graças a luz do sol que entrava pelas enormes janelas, suas escamas brilhavam de modo que os olhos até doíam.

—Essse é o meu almoçço?- A criatura disse como se fosse aquelas cobras que falavam em filmes de terror que Celine adorava assistir quando era menor.


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Notas finais do capítulo

Esperamos que gostem.
Bjs,
Escolha Perfeita e JAD



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