O País das Maravilhas escrita por sky0moon, Just Another Dreamer, Just Another Dreamer


Capítulo 13
Vampira




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POV’S Celine

Me levantei com raios de sol iluminando a barraca. Cutuquei Maria Paula, que roncava ao meu lado. Ela não acordou, então cutuquei mais uma vez. Na quinta vez que repeti o ato, percebi que pingos de chuva caiam sob a barraca, e sai para cheirar o orvalho, e verificar se tudo estava ok. Abri o zíper da barraca com cuidado para não acordar Maria Paula, e ao sair, não senti cheiro de orvalho, e sim de ferro. Observei as cortinas escuras do céu se abrindo e mostrando pouco a pouco a imensidão dourada e brilhante que era o sol. Ouvi um som desumano (por mais que nada que existisse ali fosse humano), me virei para trás e percebi que a chuva caia apenas ali. Então eu me toquei: Aquilo não era chuva. Era sangue. 

Acordei assustada e suando frio. "Isso é apenas um sonho, apenas um sonho". Olhei ao meu redor. Tudo estava normal. Maria Paula estava dormindo preguiçosamente ao meu lado, Pietra na minha frente e Beatriz atrás de mim. Decidi sair da barraca para tomar um ar fresco. Mas ao invés de abrir o zíper, peguei minha varinha, e me teletransportei para fora. Quando eu sai, não havia nada nem ninguém, apenas o cheiro de orvalho que eu tanto clamava por. Apreciei por alguns segundos até ouvir um galho se quebrar. Olhei atentamente ao meu redor, mas não vi absolutamente nada, apenas as árvores esbeltas que tocavam o céu.

Crack. Outro galho se quebrou. Em seguida, mais vários galhos começaram a se quebrar. Uma figura caiu das árvores na minha frente, e de início não vi o rosto, mas depois me deparei com uma mulher negra, com olhos brilhantes âmbar me encarando. Ela tinha longos cabelos escuros presos em dreads. Ela sumiu de meu campo de visão rapidamente, mas logo senti uma respiração em meu pescoço. Ela fincou seus dentes no meu pescoço, não fiz nada além de gritar. Cai no chão, sentindo uma dor crônica em todo corpo. Ainda gritando, desmaiei rapidamente.

***

Acordei, e quando olhei em volta, havia todos os guardiões e minhas irmãs me olhando preocupados. Tentei me levantar, mas senti uma dor tão forte que me fez deitar novamente. Hayley, uma das guardiões de Maria Paula usando saltos, amassava ervas e colocou elas numa chaleira com água fervente. Maria Paula a olhava com desgosto.

—Ah! Você finalmente acordou.- Hayley exclamou, me olhando satisfeita.-Viu Maria Paula, eu disse que iria dar certo!

Percebi que Maria Paula se segurava para não dar uma resposta mal educada, mas não respondeu a provocação.

—O que aconteceu?- Perguntei com minha visão turva.

—Bem, você foi mordida por uma vampira- Hayley respondeu novamente, interrompendo o que seja lá que Pietra ia falar.- Estou fazendo esse chá que vai fazer com que a dor passe até que a transformação esteja completa.

Ela jogou aquele chá pela minha goela abaixo. Acabo me engasgando e quase cuspindo o liquido em Hayley.

***

Já era de manhã, possivelmente depois das 10 horas, e todo o nosso grupo caminhava em direção ao enorme castelo Negro que se destacava no céu azul, ainda distante.

—Podemos parar agora, por favor?- Perguntei, desesperada por ar, pois não aguentava o ritmo deles.

—Ok, mas só por 15 minutos.- Hayley me respondeu, irritada.

Olhei admirada para ela, que usava um espartilho e uma saia até os joelhos brancas com um salto alto de 15 centímetros preto, e não perdia o fogo.

—Calma Celi, logo o cansaço passa, e você vai ficar mais rápida.- Beatriz tentou me acalmar- Li isso no livro. –ela acrescentou rapidamente, se referindo ao livro da história do País das Maravilhas.

Depois de um tempo, almoçamos (Hayley me deu aquele chá de ervas para passar as dores que tinha um gosto horrível novamente), comemos tranquilamente e logo voltamos a caminhada infinita.

—Onde estamos indo mesmo?-eu perguntei.

—Para o castelo da rainha de fogo para achar e recuperar os Elementos roubados.-disse a guardiã de Beatriz, uma menina que do nada virou a melhor amiga dela e que eu não me lembro o nome.

—Hã, obrigada.

—Como é que vai acontecer o negócio lá?-perguntou confusa Pietra.

—Srta. Pietra, quer dizer, Pietra, quando o rei Heitor e a rainha Anna Maria morreram, a rainha de fogo usurpou o domínio sobre os Quatro Elementos, Fogo, Terra, Água e Ar e de acordo com a profecia você e suas irmãs deverão recuperá-los para a Grande Batalha contra a Sem Alma. Por isso cada uma de suas irmãs, e você, escolheram guardiões. Com eles vocês irão se infiltrar no castelo e descobrir onde eles estão, e em seguida retornarão com eles para a Encruzilhada.-disse Arthur, o guardião de Pietra.

—Usurpou?

—Significa que ela se apossou deles.-disse Beatriz.

—Aquele é o castelo?-perguntei.

—Sim.-disse Hayley

—Vamos nos separar?-questionou Maria.

—Sim.-dissemos um uníssono.

Depois de um tempo caminhando, o sol se pôs resolvemos jantar. Me virei para Mari, minha guardiã. Simpatizei com ela assim que a vi. Ela tem cabelos longos castanhos e uma cara delicada de boneca.

—O que vocês vão fazer enquanto nós vamos estar infiltradas no castelo?- Perguntei, ainda curiosa.

—Nós vamos estar aqui, distantes observando o que ocorre lá dentro. Colocaremos escutas em vocês para ter as conversas gravadas, e caso algo aconteça, enviaremos alguém para ajudar.

—Hum...-O calor da fogueira me esquentava, e estava prestes a cair no sono, quando alguém se sentou ao meu lado e me abraçou.

—Oi.- Rafael tinha se sentado ao meu lado. Meu coração deu um pulo, me virei para ele e lhe dei um beijo.

—Oi.- Respondi um pouco mais acordada.

—Eu vou sentir a sua falta Celi.- Ele disse, um pouco melâncolico.

—Eu também.- lhe dei mais um beijo.

Encostei minha cabeça em seu ombro e ficamos observando a fogueira, até que eu adormeci confortável ao seu lado.


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