Nove escrita por Aquariana


Capítulo 1
Estrada para o inferno


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem. Favoritem e acompanhem a história.



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Estava no carro com Alaric, estávamos em silêncio desde que entramos. Ele estava dirigindo e eu o acompanhava no banco do passageiro. Eu encarava a janela como se fosse a coisa mais interessante do mundo, estava tentando evitar entrar em algum assunto desagradável.
− Como você se sente? – ele finalmente quebrou o silêncio.
O olhei como se a resposta fosse óbvia.
− Irritada− falei− Vocês estão fazendo de tudo pra se livrar de mim.
Depois que eu descobri que eu estava grávida, Alaric e Stefan chegaram a conclusão de que era muito perigoso eu continuar na vida deles durante esses nove meses, realmente era, mas eu não queria ter que ir embora. Eles haviam ligado para o Klaus Mikaelson – eles poderiam ter escolhido qualquer pessoa no mundo, mas resolveram escolher um híbrido original completamente temperamental – e pediram para ele me deixar morar na sua casa por um tempo, até as coisas se acalmarem, o pior disso tudo é que eu não fui avisada. Eu que deveria tomar as decisões da minha própria vida. Eu só aceitei pelos bebês e pelo Alaric, ele não merecia perder mais ninguém.
Alaric me olhou de uma forma compreensiva.
− Vai ser bom pra você− ele argumentou− Ter um pouco de paz.
− Paz? Eu vou morar com o Klaus. Não vou ter paz.
Eu ri de mim mesma.
− Ele pareceu feliz em saber que você iria pra lá− ele deu um sorriso debochado.
− Nem mais uma palavra− revirei os olhos.
Liguei o rádio e coloquei em um volume extremamente alto. Estava tocando Hotline Bling, eu adorava essa música.
− Desse jeito você vai deixar os meus filhos surdos− Alaric brincou.
Eu dei risada e voltamos a conversar. O tempo pareceu passar mais rápido e a cada quilometro New Orleans ficava mais perto. Eu não estava preparada pra encontrar com Klaus de novo.

Depois de muito tempo na estrada, chegamos na minha nova cidade. Aquele lugar era fantástico, havia tanta beleza e cultura, me lembrei do que Klaus tinha me contado. Alaric e eu passamos por várias ruas até encontrar o endereço indicado. Estacionamos em frente a casa dos Mikaelson.
− É aqui? – perguntei enquanto admirava a casa.
Alaric olhou para o papel com o endereço de novo e confirmou com a cabeça.
− Vamos sair do carro – ele pediu.
Havia um enorme portão preto, ele era antigo, mas era magnífico, olhei através dele e vi um vulto vindo na nossa direção. Era o Klaus. Ele abriu o portão de uma forma graciosa e teatral, ele estava com um enorme sorriso no rosto. Alaric desceu do carro e eu desci logo depois.
− Caroline− Klaus sorriu− Quanto tempo.
Pude notar que ele olhou disfarçadamente pra minha barriga, eu não o culpo, nem eu estava acreditando.
− Ela ainda não cresceu, Klaus− falei.
− Então é verdade mesmo? – ele perguntou ainda surpreso.
− Se não fosse, eu não estaria aqui, mas eu pretendo sair em breve− falei de uma forma extremamente antipática.
− Sei que vai mudar de ideia sobre isso− ele falou confiante.
Alaric notou a minha irritação e mudou de assunto.
− Eu ajudo você com as malas.
Ele foi até o porta-malas e pegou duas das cinco malas. Andei até ele e peguei outras duas, mas antes que eu me virasse para entrar Klaus apareceu na minha frente.
− Eu ajudo− ele falou educadamente e as pegou das minhas mãos.
− Obrigada...
Peguei a última e fechei o porta-malas. Passamos pelo portão e Klaus disse.
− Espero que se sinta em casa.
O lugar era grande e tinha um ar nostálgico. Combinava com a família que morava lá. Olhei para a escada e vi um rosto familiar.
− Se lembra da Hayley? – Klaus perguntou.
− Como eu poderia esquecer?
− Bom ver você, Caroline – Hayley falou seca.
− Digo o mesmo− dei um sorriso falso.
− Onde é o quarto? – Alaric perguntou− Tem muito peso nessas malas.
− Por aqui, por favor− Klaus disse e nos mostrou o caminho.
Fomos até o quarto e deixamos as malas ao lado do guarda-roupa. Eu fiquei analisando o quarto, o Klaus tinha se dedicado. O papel de parede era bege e floral, havia uma cama de casal com várias almofadas, o guarda-roupa era grande e ocupava quase toda a parede, tinha uma escrivaninha com uma luminária e um computador novo, depois de ver tudo aquilo olhei para Klaus com uma expressão de surpresa.
− Eu disse que quero que você se sinta em casa− Klaus falou.
− Isso é muito gentil. Obrigada.
Depois desse clima estranho, Alaric se despediu e agradeceu Klaus por ter deixado eu ficar lá. Acompanhei ele até o carro e ele me alertou.
− O Klaus é gentil com você, mas cuidado, ok?
− Ok.
Eu o abracei e ele entrou no carro.
− Se precisar de alguma coisa, você pode me ligar a qualquer momento. O Stefan prometeu vir aqui uma vez por mês pra te visitar.
Eu já estava com saudade do Stefan. Quando tudo começou a dar certo entre nós eu tive que me afastar, isso é horrível.
− Ok, boa viagem. A gente se vê em breve.
Alaric sorriu e ligou o carro, segundos depois ele havia saído, eu estava sozinha em uma cidade desconhecida e morando com um psicopata, não havia como piorar. Me virei e andei até o meu quarto. Olhei para cama e havia um papel em cima do cobertor.


Precisei sair pra resolver algumas coisas. Eu chego daqui a algumas horas, quando acontecer, eu vou te levar pra conhecer a cidade.
Klaus.


O pesadelo só estava começando. Eu só precisava aguentar tudo isso por nove meses.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam? Deixem as opiniões nos comentários.Até o próximo capítulo. Beijos.



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