Escrevendo Uma Nova História escrita por Alessia Serafim


Capítulo 6
Capítulo 6 - A Maldição dos Argent


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora com o capitulo, andei meio desanimada esses dias, precisava me afastar um pouquinho, mas estou de volta. Espero que gostem do capitulo, uma coisa eu posso dizer sobre ele, é de surpreender.



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Já tinha vivido naquele mundo por muitos anos, já andou com hobbits, humanos, elfos e já matou muitos dessas raças. Seu começo naquele mundo foi difícil, primeiro não acreditava no que estava acontecendo, era jovem, mas esperto, ia com forme a onda, deu certo por muito tempo. Quando voltou para sua realidade ficou muito contente, sua euforia foi percebida pelas pessoas a sua volta, mas nada podia contar, ou o achariam louco. Em sua fase adulta tinha alguns relances daquele mundo, mas a maturidade e a faculdade o fizeram ficar mais cético, tudo o que ele achou que viveu nunca tinha acontecido. Era assim que pensava até que em uma noite chuvosa foi acordado com uma queimação em sua mão direita, quando percebeu era tarde demais, tinha caído no mundo que achou que era uma fantasia.

Na sua primeira vez naquele mundo contou um mês, ele tinha ficado preso por um mês, já a segunda vez ficou por mais tempo. Tentava sobreviver a aquele caos mitológico, tentou conseguir um trabalho em uma vila humana, ficou um bom tempo juntando dinheiro para uma viajem, sabia quem poderia lhe ajudar a sair daquela situação, mas iria precisar de muito mais do que mantimentos para chegar até ele, com o conhecimento prévio que obteve desde a primeira vez que foi parar naquele mundo, conseguiu avançar mais do que o esperado. Por fim conseguiu se livrar daquele mundo. Mas algo o puxava de volta, não conseguia controlar, queria voltar para sua família, mas um ser sombrio o amarrou a ele, sempre que ele era desejado na Terra-Média à marca ardia como um aviso.

O ser sombrio da capa violeta, não tinha um nome e nem um rosto. Os termos foram deixados claros.

— Será o que eu quero que seja, fará o que eu mandar e ser fizer seu trabalho direito eu o deixo livre – essas foram às palavras daquele ser.

Seu primeiro trabalho ao seu mando foi conseguir uma pedra especial no fundo de um lago no condado dos hobbits, quase morreu e no fim da sua tarefa foi mandado para casa. Por um tempo ficou livre. Pode até se casar, mas seus serviços foram requestados, odiou cada segundo naquele lugar, conseguiu o que o ser queria, mas dessa vez ele não lhe deu sua passagem de volta.

— Vou deixar que aprenda um pouco sobre lugar, você pode acabar gostando – e o deixou lá.

Viveu o que parecia uma eternidade, aprendeu a lutar com espadas, a usar um arco e até a usar a medicina ultrapassada da Terra-Média. Lutou por vários reinos humanos e élficos, ajudou muitos com suas habilidades também, quando começou a esquecer do que sentia falta ele apareceu e o arrancou brutalmente. Quase enlouqueceu quando voltou, sua mulher estava ao seu lado quando acordou em um hospital, havia um medico na sala, ele o olhou surpreso, tinha acabado de falar com sua esposa que talvez ele nunca mais acordasse e um milagre aconteceu, ele tinha acordado do seu aparente coma. Sua mulher lhe contou que tinha ficado três anos naquele estado e depois dele entrar em coma, sua mulher descobriu que estava gravida, eles tinham uma filha de dois anos, foi a melhor noticia que poderia receber.

Anos se passaram até que foi convocado a Terra-Média novamente, deixando sua filha mais velha cuidar da sua caçula, já que sua esposa tinha morrido alguns anos antes em um acidente de carro. Mas dessa vez as coisas tinham mudado, algo estava bem diferente, até ele percebia isso. Estavam em uma pequena clareira na floresta, era noite, uma fogueira os separava.

— Percebi que nunca me apresentei a você ou lhe dei um nome para me chamar – seu rosto estava coberto pelas sombras, mesmo com um pouco da claridade da fogueira, sua face não podia ser vista – Pode me chamar daqui em diante de Valak.

— Não creio que me trouxe aqui só para dizer isso – sua irritação era visível em sua voz e em seu rosto.

— Verdade, achei que poderíamos ir com calma e aproveitar um pouco do calor da fogueira mas já que insiste para irmos direto ao assunto – sua voz era masculina, um pouco grossa e com um grave sotaque britânico. – Seu trabalho é seguir todas as pistas de uma antiga ordem e seus membros e evitar que muitas mortes aconteçam pelos membros dela. Todos os detalhes estão na bolça atrás de você, inclusive uma pista mais recente.

Ele queria muito negar e mandá-lo fazer o papel de detetive, ele não estava interessado em colocar sua vida em risco por um ser que nem sabia o que era, mas uma antiga lembrança o fez ignorar esses pensamentos. Sabia do que Valak era capaz para conseguir o que quer.

— Qual é o nome dessa ordem? – sua expressão era neutra, mas por dentro estava frustrado por não poder lutar contra aquele ser.

— Não possuem um nome certo, são treze membros ao todo, mas sempre mudam com o tempo, são conhecidas por ser compostas por mulheres e todas tem a mesma característica – respondeu com um ar misterioso – Olhos de prata. Podem usar magias desconhecidas, então tome cuidado.

Por um bom tempo seguiu as pistas que Valak tinha deixado, visitou um reino no norte e viu uma guerreira de olhos de prata, usava magia elementar, mas sua especialidade era magia que mudava o clima. Depois de se infiltrar no castelo conseguiu acumular informações sobre a maga, seu nome era Adele Verena, ela era do seu mundo e já tinha visitado a Terra-Média na infância. A observou de perto, como o curandeiro real, no final da missão de Adele, ela teve a oportunidade de ir embora, mas preferiu ficar, graças ao seu romance com o rei. Vendo que ela não representava perigo foi pesquisar sobre outra pista, que o levou até o reino de Etherion e trabalhou no mesmo cargo, como o curandeiro real, conseguiu a posição pelo seu reconhecimento no reino de Alba.

Passou um bom tempo lá, quando descobriu que a maga que estava atrás era a sua própria filha quase surtou, teve que manter a calma e fingir que não a conhecia. Cuidou da sua pequena com muito cuidado e carinho. Queria que ela não tivesse o mesmo destino que ele ou a capacidade de entrar em outros mundos, mas ela herdou isso de si, o que deixava tudo pior. Mesmo depois que ela foi embora não conseguiu deixar Etherion, sabia que não tinha muito para seguir em frente, então resolveu continuar sobre o disfarce de Calion. Infelizmente teve que sair daquele belo reino por conta de uma invasão, onde o reino foi destruído e sua rainha morta. Sem um objetivo claro, seguiu para uma ruina no sul. Havia rumores dessas ruinas, que um velho mago já tinha morado em toda sua glória e poder, dentro da ruina tinha uma sala em formato de um pentágono e ali ficou perdido em sua própria desgraça e pensamentos, sendo consumido pelos seus arrependimentos, o levando a loucura.

Passos foi capitado pelos seus ouvidos élficos, queria sofrer em paz, mas nem isso aquela desgraça poderia lhe dar, já não bastava o manter naquele mundo ainda tinha que dar o ar de sua graça? Levantou a cabeça já preparando um discurso bem ignorante em sua mente, mas quando olhou para a criatura na sua frente sua mente ficou confusa, não era Valak, mas sim uma mulher jovem de cabelos escuro avermelhados, olhos escuros, lábios pintados de preto, usava vestes negras que cobria todo o seu corpo.

— Sabia que o acharia aqui – comentou a mulher sorridente – Pela sua expressão esperava outra pessoa. Valak talvez? – arriscou, acertando em cheio ao ver a expressão raivecida do elfo. – Vim aqui para lhe fazer uma proposta, envolve sua liberdade de Valak.

— Estou ouvindo.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?



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