Escrevendo Uma Nova História escrita por Alessia Serafim


Capítulo 3
Capítulo 3 - Lagrimas derramadas


Notas iniciais do capítulo

Eu dedico esse capitulo a minha querida leitora Mirla! Comecei do jeito que você queria, com um pouquinho de ação e no final com mais mistérios. Infelizmente ainda preciso explicar algumas coisas ainda por isso a falta de ação e não posso correr para essa parte se não vai ficar feio. Espero que gostem do capitulo.
Aviso: Um elfo será citado, chamado Findhel, ele pertence a fic "A Princesa do Lorde", recomendo que leiam para futuras referências, foi escrita pela a minha amiga Pandora Cipriano, a fic é muito boa, recomendo. Principalmente para aqueles que são fã do shippe ThranduilXOC



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Os primeiros raios da manhã foram vistos pelos olhos de prata da jovem, estava perto de um penhasco, via o sol nascendo ao longe atrás das montanhas, era uma bela visão, em quanto escutava o barulho da água corrente no fundo do penhasco, queria poder usufruir mais daquele momento relaxante, adoraria tomar um banho gelado na cachoeira, lavar seus cabelos negros, desfazer seus cachos, sentir as pedras ásperas com seus pés, só mais uma vez, mas não seria possível, tinha se conformado com isso, mas não deixava de ser triste, aquele seria seu ultimo dia, a ultima vez que veria o sol nascer. Escutou o barulho de folhas sendo amassadas, sabia que ela tinha chegado, deu um longo suspiro, estava na hora. Deu as costas para o penhasco e se afastou. Agora encarava os olhos escuros da pessoa que um dia chamou de amiga.

– Por quê? – perguntou entristecida

– Ah Sammy – disse a maga corrompida, em um tom nostálgico – Você deveria saber melhor do que ninguém – disse abaixando o capuz da sua capa – Se ao menos eu tivesse seguido o conselho da Fiora, nunca confie em dragões, eles só te usam.

– É mentira! – gritou Sammy deixando uma lagrima escorrer pelo seu rosto

– Mentira? – disse a maga corrompida com um tom incrédulo – Você os defende porque quando estava na cama daquele hospital em coma, você pode vir para cá, ao invés de encarar a escuridão. Você estava perdida naquele mundo, sua vida estava acabada, por isso você os defende.

– Por que Daliah? Por que se voltou contra nós? – perguntou novamente

– Você não sabe não é mesmo? – disse Daliah colocando uma mecha de seu cabelo atrás de sua orelha – Por isso continua a me perguntar, vou te dizer por que. Lembra da missão das bruxas que tentaram invocar o príncipe Asmodeus?

– Sim – assentiu – Três de nós foram necessárias para impedir o ritual – lembrou

– Exatamente, éramos eu, você e Tatiana contra um clã inteiro de bruxas – comentou Daliah – Lembra que eu estava irritada a maior parte do tempo? Que sempre dava ideias radicais mas eficaz?

– Como esquecer, nunca tinha te visto agir daquela maneira – respondeu Sammy com um olhar serio mas lembrava de várias cenas que ambas discutiram sobre as decisões de Daliah.

– Vou te dizer por que eu agia daquela maneira – disse Daliah se aproximando da sua pequena Sammy, tocando seu rosto, fazendo o contorno dos seus olhos – Eu fui trazida por Shadow, para ajudar vocês, mas não era a hora apropriada para mim e eu nem estava perto de uma fenda, Shadow criou uma e puxou minha consciência, assim eu pude me encontrar com vocês, mas sabe o que eu deixei para trás? Toda a minha vida. – disse voltando a se afastar de Sammy. – Eu estava dirigindo sabe – disse com uma voz embargada pelas tristes lembranças – Eu não sei o que aconteceu comigo, só sei que não consigo voltar para casa.

– Eu sinto muito, nunca imaginei...

– É claro que não! – gritou se virando, em baixo de seus olhos estavam borrados com a maquiagem escura que usava – Sempre foi tão agradecida a esses dragões, nunca esperou que um deles pudesse matar uma de nós. Eu não posso voltar para o nosso mundo porque nele eu estou morta! – a raiva que guardava estava sendo alimentada novamente, se lembrar desse fato sempre a deixava assim. – Minha consciência vaga pelos mundos, acha que eu quero ter que passar por isso? No fim daquela missão eu fiz um juramento de sangue, que mataria todos os dragões dessa terra.

– Por favor, não faça isso – implorou Sammy desesperada.

– Primeiro eu começarei com a Sheeria – disse revelando uma espada de lamina fina, que estava presa em sua cintura, que estava coberta pela capa. – O problema dos dragões é que eles descansam dentro de nós, assim eles não se corrompem, ficando protegidos.

– Você não precisa fazer isso – implorou Sammy com a face cheia de lagrimas

– Para matar Sheeria, eu terei que te matar – disse Daliah sem emoção – Eu já tomei minha decisão. Adeus Samirah.

A maga já tinha se preparado para aquele momento, mas não queria morrer, muito menos pelas mãos da sua amiga. Quando sentiu a lamina atravessar o seu corpo, ficou surpresa com o que viu no rosto da sua amiga, os olhos de Dalilah estavam enlouquecidos e sorria satisfeita. Colocou a mão no ferimento e viu que sangrava muito, Daliah sempre foi assim, deixava seus inimigos verem que iam morrer para eles ficarem desesperados diante da morte. Seus pés se moveram para trás, tentando ficar longe da sua atacante, mas eles não se lembravam de que estavam em um penhasco? Parece que não, sentiu o vento e a gravidade a puxarem para o fundo do abismo, a ultima coisa que viu foi o rosto de Daliah.

Daliah viu sua amiga fechar os olhos e cair dentro da cachoeira, sabia que mesmo se o golpe de sua espada não a tivesse matado, as pedras no fundo da cachoeira a mataria.

– Uma a menos, agora faltam onze – disse dando as costas para o penhasco. Colocou sua espada de volta a bainha, puxou o capuz para cobrir o seu rosto e começou a se afastar, com um largo sorriso no rosto.

***

Na noite anterior tinha tomado um banho relaxante com a ajuda de Serenity e Eva, as duas servas muito simpáticas, depois a vestiram com uma camisola fina para dormir, Eva a ajudou com o cabelo, antes de dormir deram um lanche leve para Alison comer, quando terminou o sono já batia em sua porta. Foi uma das melhores noites que já teve, com o final do ano tinha que estudar muito para não tirar nota vermelha, graças a alguns colegas estava indo muito bem nas provas, mas a preocupação sempre vinha lhe atormentar quando se preparava para cair no sono, mas no momento não precisava se preocupar com a escola e nem com notas, dormiu feito um anjo.

No dia seguinte acordou com a claridade atingindo seus olhos, deu um longo bocejo antes de se levantar, sabia que era bem cedo, só em olhar para o sol, tinha aprendido como ver as horas através do sol, queria ficar bem orientada caso voltasse para a Terra-Média. Andou até o lavatório que tinha em seu quarto, que não tinha visto quando chegou no dia anterior. Jogou água no lavatório no que parecia ser de cerâmica, com uma jarra cheia de água fresca e lavou seu rosto. Quando terminou sua higiene matinal voltou ao seu quarto dando de cara com as duas servas, Serenity era uma elfa alta, tinha cabelos loiros, preso em um rabo de cavalo, olhos azuis, possuía um corpo muito bonito, era magra e bem dotada, vestia um vestido simples, amarelo. Eva era uma humana, tinha cabelos castanhos claros, olhos castanhos, baixinha, seu corpo não era tão atraente como o da sua colega, vestia um simples vestido marrom.

– Bom dia senhorita – disse Eva dando um sorriso gentil

– Bom dia Eva, Serenity – disse Alison ainda com sono, não gostava de acordar cedo, deveria ser uma cinco da manhã. Andou até o biombo que tinha no quarto, ficava perto da sua cama, estava tão surpresa quando chegou que nem reparou em alguns objetos que tinha no quarto. – Me ajude Serenity – pediu.

– Senhorita Chorona – disse com um tom cuidadoso, era estranho vindo dela, colocou seu rosto para fora para olhar para elfa – A senhorita Orianna lhe deu roupas novas para vestir.

– E? – não entendia a relutância da elfa.

Serenity mostrou a roupa que sua irmã tinha lhe dado, entendeu na mesma hora o porquê da elfa agir daquele jeito, não era um vestido lindo que se acostumou a usar, mas sim roupas de combate ou para viajantes, ajudaria a se locomover ao contrario de uma saia de um vestido, que só atrapalharia o que fez pensar por que a sua irmã lhe deu aquelas roupas.

– Tatiana quer que eu saia em viagem? – se perguntou em voz alta – Esta tudo bem Serenity, só me ajude a vestir isso. - disse acalmando a elfa.

Quando a serva terminou de ajudar a jovem maga ficou admirada com as vestes, não eram do nível de delicadeza que uma dama deveria vestir, mas para uma guerreira ela estava ótima.

A roupa de primeira impressão aparentava ser um vestido, azul, com detalhes em preto, mas ao movimentar-se a mulher deixavam revelar as duas fendas enormes que se estendiam da cintura até o final do vestido. A parte de cima era semifechada, com uma abertura circular, mostrando partes dos seios e uma pequena abertura no meio da barriga, mostrando o umbigo, com certa sensualidade envolvida. As enormes fendas do vestido revelam as pernas grossas da mulher a segunda peça de roupa era um mini short preto, com detalhes em dourado nas laterais, como duas cobras entrelaçadas. Por fim, mas não menos importantes, duas botas longas e pretas impediam que a mulher mostrasse pele demais, já que o "fim" das botas era logo abaixo do short, com uma distância de no máximo quatro dedos, a costura em dourado dava certa elegância às botas. As luvas longas e pretas que se estendiam até acima dos cotovelos, que assim como as botas, também tinham costura dourada, além de não cobrir os dedos.

Em breve a maga se juntaria as outras no desjejum, sua irmã a Orianna iria gostar de como a roupa feita especialmente para sua irmã tinha ficado, mas agora Eva teria que trabalhar no cabelo dela.

– Senhorita – chamou Eva, em quanto via a maga olhar a roupa que vestia deslumbrada.

– Sim – disse Alison saindo do seu devaneio.

– Cuidarei do seu cabelo agora – disse a mortal com um sorriso.

Em quanto Eva penteava seus cabelos a mente de Alison viajava em vários pensamentos, queria saber quanto tempo tinha passado desde que deixou aquele mundo ou será que o mesmo tempo que tinha se passado em seu mundo tinha sido o mesmo que se passou na Terra-Média? O que será que tinha acontecido em Etherion? Como estaria Khantra? Mesmo com o curto tempo que passou sob os cuidados da rainha, acabou tendo um grande apego por ela, Khantra era diferente, era forte como uma titânia, governava seu reino com mãos de aço, tinha tudo sob controle e tinha cuidado muito bem da maga, mesmo sabendo tão pouco sobre ela, lhe deu abrigo e cuidados médicos em quanto estava debilitada. Queria poder visitar Etherion novamente, visitar a princesa e a rainha, poder ver aquele guarda irritante, que foi de grande ajuda quando precisou se esconder de Thranduil. Deu um leve suspiro, olhou para o seu colar em seu pescoço, que refletia no espelho, poderia o elfo não se exaltar quando descobrisse que foi roubado? Muito provável que não, afinal ele era muito orgulhoso.

– Vocês sabem alguma coisa do Thranduil? – perguntou Alison curiosa, em quanto esperava a serva terminar a pequena trança em seu cabelo.

– Soube que o rei da floresta das trevas se casou – disse Eva animada – Para a surpresa de muitos foi com uma meia-elfa.

– Thranduil se casou – disse a maga surpresa – Quem foi a infeliz? – perguntou Alison com um sorriso bobo, mas cheia de curiosidade.

– Foi à única sobrevivente da realeza de Etherion, a princesa Arien – respondeu Serenity com pesar, não pela princesa, mas pela perda de várias vidas naquele reino.

– Sobrevivente? – perguntou Alison em um fio de voz. O que ela tinha perdido?

– Etherion foi atacada por um reino rival comandado pelo rei Findhel, o reino não existe mais – respondeu Serenity – A princesa Arien foi à única sobrevivente da realeza de Etherion, a rainha Khantra morreu em combate. Alguns cidadãos se aliaram a Findhel e poucos deles foram fieis a princesa.

Alison estava em choque, Khantra tinha morrido e seu reino tinha sido destruído, queria ter estado presente para impedir a morte da rainha, uma elfa tão gentil e forte como ela não merecia ter morrido. É claro que ficou feliz por Arien ter sobrevivido ao ataque, mas tudo o que ela perdeu. Toda destruição que tinha sido causado pelo maldito elfo Findhel.

– O que aconteceu com o Findhel? – perguntou Alison, sentia um nó em sua garganta, sabia que em seus olhos formavam lagrimas.

– Foi morto por Lorde Elrond – respondeu a elfa.

– Vou me lembrar de agradecer Elrond por isso – comentou Alison limpando as lagrimas.

– Acabei senhorita – disse a mortal se afastando

– Antes de me encontrar com minha irmã, vou precisar de um minuto – comentou Alison segurando as lagrimas.

As servas entenderam o recado e deixaram o quarto. Alison não aguentou segurar as lagrimas e começou a chorar. No seu coração começou a nutrir o ódio pelo elfo Findhel, se ele estivesse vivo, faria questão de mata-lo com suas próprias mãos.

Você tem pensamentos perigosos criança, precisa manter seu coração puro – disse uma voz dentro da cabeça de Alison.

– Quem é você? – perguntou à maga se levantando e derrubando a cadeira, assustada.

Eu sou Shadow – respondeu a voz – Guardiã da decima terceira maga. Um conselho, não guarde rancor dos mortos, se preocupe com os vivos, principalmente com aqueles que lhe o desejam mal.

Shadow tinha aconselhado a maga e revelado o que era, mas sem entrar em detalhes. Alison achava muito difícil não guardar rancor daquele elfo, principalmente por que ele levou a morte a Khantra, a elfa que admirava, mesmo não sabendo na hora. Estava confusa, precisava saber de mais informações, principalmente sobre o ser chamado Shadow.


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Notas finais do capítulo

Estou montando uma DreamCast com a minha amiga Alice Prince das magas, que quiser da uma olhada eu postei na minha pagina do facebook "Jane Fics". Espero que tenham gostado do capitulo, não deixem de comentar, fará uma escritora muito feliz.



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