Escrevendo Uma Nova História escrita por Alessia Serafim


Capítulo 12
Capítulo 12 - Shadow


Notas iniciais do capítulo

Um novo capítulo saindo do forno!
Algumas coisas serão explicadas, gravem as informações, elas serão uteis mais tarde ^^
Boa leitura!



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Quando partiram de Valfenda esperava que a ruiva reclama-se a viagem inteira, ficou surpresa quando foi ignorada. A viagem se seguiu em silêncio mórbido, um dia se passou e quando anoiteceu e decidiram parar para descansar se ofereceu parar pegar lenha.

— Cuidado para não se perder – alertou Mekare em quanto amarrava os cavalos – Não irei atrás de você.

— Não vou me afastar muito – respondeu Alison, emburrada.

Olhava para baixo e catava qualquer galho que encontrava, depois de conseguir uma pequena pilha, voltou ao acampamento já montado pela ruiva.

— Achei que tinha se perdido – comentou Mekare

— Não foi dessa vez.

Quando a mais velha aprontou a fogueira Alison já tinha preparado suas coisas no chão e pegado um pouco de comida da sua mochila, com a barriga cheia deitou-se e dormiu rapidamente.

O ar a sua volta era úmido e frio, a grama em seus pés estava molhada. Não reconhecia o lugar que estava, a sua frente havia uma parede de pedra e acima de sua cabeça havia uma grande abertura.

— Uma caverna? – se perguntou.

— É o meu lar – respondeu uma voz atrás da maga. Alison estranhou a voz e se virou, levando um susto por descobrir que era um dragão – Eu sou Shadow, já conversamos.

— A voz na minha cabeça! – constatou Alison – Porque eu estou sonhando com você? – perguntou intrigada.

— O que sabe sobre as magas? – perguntou Shadow.

— Pouco. – respondeu Alison.

— Parece que terei que lhe dar uma pequena aula de história – constatou Shadow – Vamos lá. Os dragões brancos são criaturas puras que guardam o multiverso, fizemos esse trabalho por eras, até que pequenas criaturas começaram habitar a terra e criar civilizações, assim pouco a pouco nossos corações começaram a ser corrompidos pelo ódio e esquecemos nosso dever, os poucos que não foram corrompidos se juntaram em busca de uma solução. Mandamos nossa luz para os seres mais puros do multiverso, os escolhidos protegeriam nossa pureza para continuarmos nosso trabalho. O homem sempre foi uma criatura corruptível, quanto mais poder, mais ganância.

— Então esse é o motivo de só ter mulher no grupo – observou – Mas é possível que um homem entre para o grupo? – perguntou curiosa – Desde que tenha pureza em seu coração ser homem não fará diferença.

— É possível – respondeu o dragão.

— Você disse que precisam de um hospedeiro para não se corromperem e continuarem seu trabalho, mas pelo que eu soube as magas são bem ativas – disse Alison.

— A maior parte do tempo que estamos dentro de vocês, passamos dormindo – disse Shadow.

— Só estamos cobrindo o turno de vocês, entendi – cruzou os braços e ficou pensativa – Pera! Vocês ficam dentro de nós? – perguntou com estranheza.

— Você sabe bem pouco – comentou Shadow cético – Quando as magas vão para outro universo só suas mentes viajam, seus corpos ficam no mesmo lugar.

— Estou ficando ainda mais confusa – comentou Alison.

— Só sua mente viaja para o outro universo, mas você ainda precisa de um corpo, os dragões brancos podem assumir qualquer forma então assumimos o de vocês e damos um receptáculo para suas mentes – explicou.

Alison encarou o dragão, perplexa.

— O QUEEEE? – gritou Alison.

— Estamos em uma caverna! – censurou Shadow

— Desculpa, esqueci do eco – desculpou-se – Acabei de lembrar, nem tudo foi explicado – observou – Você é cinza, e se todos os dragões brancos ficam com uma maga por que você esta aqui?

— Bela observação – constatou Shadow - Eu fui tocado pelas trevas, por isso o cinza – explicou.

— E por que esta aqui? – perguntou novamente.

— Não fui corrompido completamente porque deixei a maga no instante que fui tocado pelas trevas – respondeu, abaixou a cabeça, envergonhado – Cometi um erro, um grave erro. Priorizei a emergência ao invés de sua vida, e Dalilah me odiou por isso. 

— Dalilah caiu por sua causa – constatou Alison, surpresa.

— Agora todas vocês estão pagando por isso. Eu sinto muito – disse arrependido.

— Ficar depressivo agora não vai ajudar! – gritou Alison – Vai se corromper ainda mais, você precisa de uma maga de coração puro.

— Só a uma maga que pode me receber – disse Shadow, de olhos fechados. – Mas não a nada para eu substituir, seu corpo como sua mente atravessaram a fenda.

— Não tem mais opções? – perguntou desesperada.

— A maga deveria levar seu corpo de volta ao seu universo e trazer somente sua mente para esta terra, assim eu assumiria sua forma e me recuperaria. Ou faria uma ligação com o mago intruso.

— Mago intruso?

— O homem de coração puro que você mencionou, ele existe e caminha entre nós. Mas jamais confiaria minha existência a um homem!

— Vamos pensar mais um pouco, porque precisa ter algo faltando para você substituir? – disse Alison.

— Para a maga não notar a diferença e para que não seja preciso uma conversão. – respondeu – Não se preocupe comigo, deve se preocupar consigo mesma, você é a mais fraca das magas dos olhos de prata.

— Obrigada por notar – disse sarcástica – Se continuar sozinho, você cairá! Não a nada que eu possa fazer? – perguntou Alison, com os olhos tristes.

— Ainda não – essas foram suas ultimas palavras.

A maga chorona acordou mais cansada do que quando foi dormir, mas como seus pensamentos estavam agitados, logo se levantou. Olhou para a ruiva ao seu lado, estava sentada em cima de uma manta fina, com outras mantas a cobrindo.

— Que bom que acordou, é a sua vez de ficar de guarda – disse Mekare – Mantenha a fogueira acesa.

— Esta bem – respondeu Alison.

***

Mekare observava a jovem maga, a mesma parecia imersa em pensamentos, com os olhos vidrados nas cinzas da fogueira.

— No que esta pensando? – perguntou Mekare quebrando o silêncio.

A maga se assustou com a aproximação.

— Em você – respondeu em quanto esfregava os olhos – E o quanto estou decepcionada com essa viagem.

— Decepcionada? – perguntou a ruiva, confusa.

— Na primeira vez que vim para cá eu estava sozinha, o que me deixava assustada, não fazia ideia do porque eu estava aqui e como vim parar aqui, e dessa vez eu tenho um objetivo claro, eu sei o que eu devo fazer e como fazer e não estou sozinha, mas as duas pessoas que deveriam me apoiar me odeiam, só porque eu não respondo suas expectativas, então é, eu estou decepcionada. – respondeu Alison, seria.

A maga se levantou e deu as costas para sua companheira de viagem.

— Eu não te odeio, você só me atrapalha – disse Mekare

Alison arqueou a sobrancelha, em quanto se voltava para a ruiva.

— Você é fraca, não sabe empunhar uma espada, se fossemos atacadas por um troll eu teria que proteger nos duas, seu ritmo é lento e eu tenho pressa – explicou Mekare.

— Vai demorar para chegarmos a onde você quer? – pergunta Alison.

— Estamos perto – respondeu Mekare.

— Se sou fraca me ajude, se não sei empunhar uma espada, me ensine – disse Alison.

Mekare arqueou a sobrancelha com a ousadia da mais nova e sorriu.

— Pegue sua espada! – ordena Mekare.


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Notas finais do capítulo

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