Escrevendo Uma Nova História escrita por Alessia Serafim
Notas iniciais do capítulo
Para aqueles que acompanham essa fic (fantasminhas), eu andei sumida por que tinha perdido a vontade de escrever, estava muito deprimida. Espero que apreciem a leitura.
Se houver algum erro me avisem, corrigirei imediatamente.
Calion observava do penhasco as duas mulheres encontrando o corpo da maga morte, viu a ruiva pegar a maga no colo e seguir para dentro da floresta, provavelmente ir encontrar com as feiticeiras de Morgana.
— Um seguidor de Valak, que surpresa – disse uma voz feminina por trás do curandeiro, sua voz carregava desprezo. – Vire-se. – ordenou, em quanto mantinha uma espada curva apontada na direção do homem.
— Você também o conhece? Que coincidência – comentou Calion ficando de frente para seu agressor.
A mulher era mais baixa que o curandeiro, vestia um longo casaco preto de capuz que cobria todo o seu rosto, com uma calça simples da mesma cor por baixo. Carregava dois suportes nas costas para seus Kopesh, que estavam vazios por estar empunhando ambos.
— Acho que vou mata-lo, ninguém sentirá sua falta – pensou a mulher em alto.
— Mataria um homem desarmado?
— Homens de Valak são perigosos mesmo desarmados – respondeu a mulher.
— Não faço parte disso por que eu quero – revelou Calion – Ele me obriga, não me deixa voltar para casa.
A mulher tombou a cabeça, pensando sobre o que o homem dizia.
— Porque eu deveria confiar em você?- perguntou à mulher, sua voz estava seria, cogitando a ideia de deixa-lo ir ou até mesmo ajuda-lo.
— Sou médico, fiz uma promessa de ajudar as pessoas – respondeu Calion com sinceridade.
— Médico? – perguntou a mulher com a sobrancelha arqueada por baixo do capuz – Você não é daqui, é? – sorriu e guardou os Kopesh.
— Não – respondeu Calion – Quem é você?
— Pode me chamar de Nemue – respondeu a mulher abaixando o capuz – A sétima maga dos olhos de prata – completou. Nemue tinha longos cabelos castanhos, trançados, dando-a um aspecto selvagem.
— Não deveria se juntar as suas amigas? – perguntou Calion, com postura relaxada.
— Elas não são minhas amigas – respondeu Nemue – Vamos! – chamou.
Nemue deixou o penhasco, acompanhada por Calion, trocaram pequenas informações, Calion explicou sua situação para a maga e Nemue em troca falou o que fazia em Avalon.
— Fui chamada para cuidar de uns dragões que vinham nessa direção – disse Nemue, instintivamente colocou a mão em sua barriga.
— Você fala como se fosse algo que fizesse todo dia – comentou Calion
— Às vezes eu caço orcs – disse Nemue com um sorriso debochado.
Nemue estava o guiando até onde estava seu cavalo, que estava preso a uma arvore, seu pelo era como uma perola polida. Quando Calion o avistou ficou de boca aberta.
— Você disse que era um cavalo – disse apontando para o animal.
— E é – respondeu Nemue, ajeitando o equipamento para montar no cavalo.
— Cavalos não tem um chifre na testa!
— Ah! Sim, mas tirando o chifre, ela é igual a um cavalo – disse Nemue sem ligar para a surpresa do curandeiro – Vai ficar parado aí contemplando o unicórnio ou vai montar? – perguntou com a mão estendida.
Seguiram a viagem sem mais comentários, o caminho era longo. Quando tardou resolveram acampar e partir na manhã seguinte.
— Você não carrega muita coisa para um médico – observou a maga puxando papo.
— Carrego o essencial – respondeu indo ajudar na fogueira, pegando alguns galhos secos.
Depois de arrumar a fogueira Nemue colocou a água no fogo para purifica-la, em quanto esperava ficou observando o homem.
— No caminho você se apresentou como Calion, curandeiro de Alba – seus olhos prateados analisavam cada reação que o médico fazia.
Calion balançou a cabeça concordando, seus olhos encaravam a maga a sua frente. Sua mente trabalhava em como pedir ajuda da mulher.
- Esse não é o seu verdadeiro nome, é? – perguntou de sobrancelha arqueada, seus olhos não piscaram em nenhum momento de pois de proferir a pergunta.
— Esse nome seria mais aceito nesse universo – revelou Calion, seus olhos estavam parados, sua expressão seria.
— Qual é o seu verdadeiro nome? – a maga estava particularmente interessada na resposta do médico, seus instintos gritavam lhe dizendo que ele era mais do que aparentava.
— Não é adequado revelar – respondeu Calion, inseguro.
— Então não posso lhe ajudar – disse Nemue deitando em sua coberta, tinha sido estendida perto do calor da fogueira.
Calion pressionou seus lábios, queria muito se libertar de suas amarras, mas não confiava o bastante na maga, era um dilema, revelava ou não?
— Jeremy Argent – revelou Calion – Esse é o meu nome.
— Argent? – a maga arregalou os olhos surpresa, em seguida sorriu – O que você é da Tatiana Argent?
— Você a conhece? – perguntou surpreso.
A maga gargalhou.
— Você não sabe de nada. Responda primeiro, o que a Tatiana é sua?
— Minha filha – respondeu Calion, com a expressão fechada.
— Meu. Deus! – disse a maga fazendo uma pausa em cada palavra.
— E de onde você a conhece? – rebateu Calion
— Ela é uma maga de olhos de prata – respondeu Nemue, se controlava para não rir com a expressão surpresa do médico.
— Oh! – gritou – Quase que esqueço a água.
Depois das revelações a maga se deitou para descansar, deixando a tarefa de colocar a água no cantil para o médico. Prometeu que o libertaria de Valak pela manhã.
***
O médico observava os movimentos da maga com estranheza, à mesma andava em círculos em volta do homem, empunhando seu khopesh em uma das mãos.
— Lhe prometi a liberdade de Valak, removendo a escuridão que o corrompe, mas não posso mantê-la, esse trabalho é seu – avisou Nemue de face séria.
O Argent balançou a cabeça confirmando que entendeu.
— Quando eu terminar você ficará em divida comigo – disse a maga sem mudar sua expressão – Esse acordo é simples, eu manterei sua luz e você garanta que eu viva para mantê-la, de acordo?
Calion arqueou a sobrancelha confuso, mas concordou.
— De acordo.
— Ótimo! – disse voltando a ficar de frente para o médico – A lamina não perfurará seu corpo, então relaxa, serei rápida – tranquilizou.
Como prometido, Nemue o perfurou em um piscar, seu Khopesh atravessou o corpo do médico, fazendo o mesmo arquear o corpo. Pelo que pareceu uma eternidade o médico sentiu uma enorme queimação, por todo seu peito, que aos poucos foi desaparecendo. Quando a maga retirou a lamina, a mesma estava com a ponta escurecida, mas não ficou por muito tempo, a magia da maga purificava a lamina.
A sua respiração estava acelerada, suor escorria pela sua face. A dor que sentia desde a noite passada estava insuportável, sentia seu corpo fraco. Sua mão se abriu e a espada caiu de sua mão, batendo no chão, fazendo um som que assustou o médico.
— Nemue? – chamou Calion preocupado.
— Mantenha seu acordo – essas foram suas ultimas palavras antes de perder a consciência.
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Espero que tenham gostado. Deixem um comentário e faça uma escritora feliz, não precisa ser textão, pode ser só um gostei.