A Oitava Cullen escrita por JackelineCullen


Capítulo 7
Capítulo 7




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Estava acelerando tanto que consegui atingir 210 Km muito facilmente. Minha cabeça estava a mil, vários pensamentos, varias teorias. O que iria fazer!?

- Se tiver uma cura, irei me curar, nem que vá atrás dos Volturi! Mas antes irei acabar com aquele índio – disse friamente.

Para meu espanto não estava chovendo, o céu só tinha algumas nuvens, mas dava para ver as estrelas e a lua que por sinal estava linda, lua cheia. Quando voltei à atenção para pista notei dois vultos atravessarem e sumir na floresta. Freei bruscamente e encostei, olhei em volta e vi que estava a poucos Km de La Push.

- Acho que não irei precisar procurar muito – sorri sarcasticamente.

Sai do carro suspirei e corri para a floresta.

- Eu sei que são eles! – sibilei.

Corri o mais rápido que podia, corria tão rapidamente que as árvores passavam por mim como borrões.

“mas como eu não bato?!”

Estava começando a perder o fôlego quando olhei pelo canto do olho e notei que tinha um vulto do meu lado esquerdo. Parei rapidamente e notei esse vulto dando o bote em mim, mas fui mais rápida e desviei, olhando melhor notei que era um enorme lobo.

- Oi cachorrinho – disse rindo maliciosamente.

Peguei um pedaço de galho grosso e pontudo que estava no chão. Novamente vi outro vulto vindo em minha direção, dessa vez não desviei e bati no vulto como fosse uma bola de beisebol, com a batida o galho quebrou ao meio.

Esse lobo era um pouco menor que o outro. Olhei pro outro lobo enorme e ele estava todo arrepiado pronto para me atacar.

- Vem me pegar totó! – disse rispidamente.

Sai correndo o mais rápido possível estava indo em direção ao som de uma cascata “melhor brigar em campo aberto”.

O lobo maior estava me alcançando muito rapidamente e notei o menor se aproximando.

“droga!!”

Parei novamente e escutei um rosnado e vi outro bote, consegui desviar por pouco, mas cai no chão.

- Cachorro malvado! – disse rindo.

Peguei uma pedra no chão que tinha um formato pontudo e partir pra cima do lobo, consegui cravar a pedra na pata dele fazendo-o uivar de dor, em seguida dei dois socos na face do lobo ia dar o terceiro quando escutei alguém.

- Mas que diabos você está fazendo?! – ele dissera espantado.

Virei imediatamente e vi o mesmo índio que tinha me jogado, ele estava praticamente nu, só vestia um short que estava todo rasgado.

- Procurando por você! – disse entre os dentes.

Peguei a pedra e corri em sua direção, tentei furá-lo, mas ele segurou minha mão com muita facilidade.

- Pára Menina! Controle-se! Não quero lhe machucar! – ele disse ríspido.
- Tarde demais! – sibilei.

Juntei toda minha força e dei um chute no meio das pernas nele, imediatamente ele me solta e se curva. Aproveitei a situação e dei um chute no meio do rosto dele fazendo-o cair de vez no chão. Olhei em volta procurando algo pontudo para cravar no coração dele quando senti algo furar minha perna e escutei “crack” e em seguida estava voando. Cai uns 50 metros do local de onde estava olhei pra minha perna e ela estava quebrada, fratura exposta, escutei um barulho da queda d´água.

“campo aberto”

Olhei pra floresta e vi o lobo menor vindo em minha direção caminhando bem lentamente e arrepiado, a dor na minha perna era insuportável, mas consegui levantar com um pouco de dificuldade e encarei o lobo.

- Vem! – disse sorrindo cinicamente.

Ele deu outro bote, caindo em cima de mim cravando as garras nos meus ombros. Ignorei a dor e segurei sua cabeça longe da minha garganta. Com a perna boa lhe dei um chute fazendo-o cair uns cinco metros de mim. Fiquei sentada olhando pra ele, estava cansada, quase não tinha mais forças, então novamente ele da outro bote, desviei, o segurei pelo rabo e esmurrei o dorso dele, coloquei meus braços em volta do pescoço dele e apertei, apertei, apertei, escutei um latido de dor, gemido talvez e logo ele perdeu a consciência.

- Hehe!– sorri cansada - um já foi falta outro.

Olhei novamente para minha perna e para meu espanto estava do mesmo jeito, quebrada, ignorei a dor e levantei, quando me virei alguém me da um murro, cai no chão quase desacordada, então a mesma pessoa me levantou e deu outro murro me fazendo voar, quando cair senti algo me perfurar, mas não liguei, tinha que me manter acordada, olhei e vi o índio maldito.

- Vem ca! Você é maluca ou algo do tipo? Você pensa que é o que? Mulher Maravilha? O que deu em você para vim aqui nós provocar?! – ele disse rosnando.
- Você! – falei entre os dentes
- Eu? Menina! Se esta com raiva porque lhe joguei, tem que me agradecer, evitou sua morte! – ele estava parado na minha frente e estendeu a mão.
- Vamos! Levante-se e vá para sua casa, não venha mais aqui, senão não irei mais relevar heim! – ele disse ríspido.

Segurei a mão dele e dei um puxão, o fazendo cair ao meu lado, imediatamente rolei e fiquem em cima dele socando a cara dele. Depois de três murros ele conseguiu se virar e ficar em cima de mim segurando minhas mãos no chão. Tentei me soltar, mas em vão, olhei pros lados procurando alguma coisa que me auxiliasse e notei que estávamos perto da beira da cascata.

- Pára Cullen! Você esta drogada é?! – ele disse olhando nos meus olhos.
- Porque isso tudo?! – indagou.
- Você!Você! É tudo por sua culpa! – disse chorando - Você destruiu minha vida! – disse cansada.
- Eu? Eu fiz o que?! – ele me olhava espantado.
- Você me contaminou!Irei me transformar nisso que são! – gritei e para meu espanto ele dera uma grande gargalhada e me soltou.
- Como é? Da onde você tirou isso? – ele disse levantando e me ajudando a levantar também.
- Você me contaminou! Olhe pra mim! – disse apontando pra mim mesma - Da onde você pensa que tirei essa força toda? Essa velocidade?! E de como me curo sozinha?!– disse levantando, mas dificuldade e uma vontade de desmaiar.
- Cullen!Cullen!...Cullen – ele disse se afastando e rindo
- Olhe pra você – ele disse apontando pra mim.

Olhei e notei que minha perna ainda estava quebrada, ainda tinha sangue escorrendo da minha testa, e tinha um pedaço de galho cravado no meu ombro, onde puxei.

- Viu? Se fosse uma de nós já estaria curada! – ele disse rindo.
- Você não é uma de nós, não somos contagiosos! – ele disse caminhando em minha direção.
- Cullen eu não lhe contaminei! – ele disse olhando nos meus olhos.
- Como não? E isso tudo?Se eu fosse normal, já estaria morta! – exasperei - ou vocês são fraquinhos? – debochei.
- Olhe pro céu – ele apontou.

Olhei, estava limpo, sem nuvens e a luz da lua cheia refletia.

- Se você fosse um lobisomem contaminado nesse exato momento você se transformaria se tivesse lhe contaminado, mas como lhe disse, não somos venenosos, não nós – ele disse suavemente.
- Então como você me explica a febre? A velocidade? A força? E como me curei quando me cortei?Isso tudo depois de ser lançada por você, você me contaminou sim – estava chorando novamente.
- Cullen além de maluca é surda é?Eu lhe disse que não sou venenoso, nenhum lobisomem autêntico que herda dos ancestrais é venenoso, isso passa de geração há geração, só os falsos lobisomem que se transformam através da lua cheia são venenosos e não são controlados como nós. – ele disse sério.
- Controlados? Vi o quanto são – estava começando a perder as forças.
- Eu estava me referindo a virar um lobo quando quiser e voltar a ser humano quando quiser, ao contrário deles que só consegue através da lua cheia - ele parou um pouco pensativo e em seguida sorriu – mas acho que sei o que aconteceu.
- O que então? – disse tentando me manter acordada.
- Você foi contaminada sim, mas não como pensa, você foi contaminada como fosse um vírus, uma gripe. Acho que quando lhe peguei você tinha algum tipo de lesão facilitando a contaminação ou eu sem querer lhe arranhei mesmo, não sei exatamente, mas no contato que tive com você lhe passei uma gripe – ele sorriu.
- Como assim? Não entendi – disse curiosa.
- Gripe se pega e se cura certo?Então você pegou meus poderes um pouco emprestados e quando seu organismo se livrar dessa gripe você voltará ao normal – ele disse dano as costas pra mim.
- E eu acho que está acontecendo isso, porque você ainda não esta se curando de nada, aliás só do corte na testa e a furada nos ombros e se estivesse mesmo contaminada você era um lobo nesse exato momento – ele disse apontando pra lua.
- Não acredito em você – falei pensativa.

“será que ele esta dizendo a verdade? Isso é realmente possível?”

- Cullen escute, você não é uma de nós, pode confiar em mim, eu saberia, e eu acredito nos mais velhos e eles sempre me falaram que não somos contagiosos e só existimos para proteger nossa tribo dos sanguessugas – ele disse rindo.
- NÃO PAUL – ele gritou.

Imediatamente virei e vi que o lobo que tinha deixado desmaiado dera um pulo em mim, fazendo cambalear para trás, fiquei me equilibrando na beira da cascata e ele deu uma cabeça em mim fazendo cair.

Fechei os olhos durante a queda, segundos depois senti bater no chão e alguma coisa perfurar meu peito. Ao abrir os olhos e vi que tinha caído uns seis ou dez metros, olhei para dor no meu peito e vi que tinha algo atravessado no meio dele. Comecei a senti falta de ar e minha visão ficou escura.

“Pelo menos não irei morrer sendo uma deles”

Sabe quando dizem que sua vida passa diante seus olhos quando esta morrendo?Acho que é isso que esta acontecendo comigo.

“- Achei!Achei!! – Rosalie dizia rindo enquanto pegava uma criança de cinco anos de idade no colo.
- Pensou que podia se esconder de mim é? – Rosalie falou para a criança e a mesma só ria”

- Rose? Aqui! Ajude-Me – gritei. Mas as duas sumiram e vi várias luzes passando rapidamente por mim.

- O que aconteceu? – um homem perguntou do meu lado.
- Acidente de carro – uma mulher respondeu. Abri os olhos e só podia ver borrões.
- Já ligaram pro Dr. Cullen?? – a voz do homem novamente.
- Já Doutor, mas só da fora de área.

“- Vamos?! Emmett falou sorrindo para uma garota de 7 anos.
- Vamos – ela respondeu bem animada “

“ Espera ai...sou eu...na minha aula de esqui”

- Afasta! – escutei alguém gritando e logo em seguida meu corpo pula.
- Sem sinal, aumente a potência, vamos – e novamente meu corpo pulou.
- Vamos!! Vamos garota!! não irei perder a filha do Doutor vamos!! – uma voz apavorada.

“ - O que você esta fazendo? – Carlisle disse entrando na sala.
- Estou lendo pai – ela fecha o livro – pai? Porque não posso ser igual a vocês?
- Porque você é muito nova, só tem oito anos, quem sabe mais tarde?! – ele disse rindo pegando o livro da mão da garota.
- Então que tal depois da faculdade? Quero ser médica! – a garota disse rindo.
- Você promete? Só vai querer ter essa conversa depois da faculdade? – Carlisle disse guardando o livro.
- Prometo pai, só depois da faculdade – a mesma ria.
- Então prometo que depois da faculdade conversamos sobre essa possibilidade”


- Entube, prometi pro garoto que não ia deixá-la morrer, já falou com alguém da família? Preciso operar!

Senti algo sendo empurrado pela minha boca e minha respiração melhorar, consegui finalmente abrir os olhos e vi que estava numa espécie de sala com várias pessoas ao meu redor sendo que reconheci duas delas, o enfermeiro Brett Warner e o Dr.Snow.

- Doutor veja! – o enfermeiro falou.
- Oi garota, seja bem vinda de volta! – ele sorria – acabamos de colocar um tubo para você respirar melhor.

Realmente eu estava respirando um pouco melhor, mas estava com muito sono e fechei os olhos.

- Não.... Jackeline...abre os olhos – o médico ordenou, então abri.
- Não estamos conseguindo falar com seus familiares, eu preciso muito falar com alguém, aponte para esse papel os números de algum telefone – ele mostrava um papel que tinha de 0 a 9. Apontei indicando o celular de meu pai, fechei os olhos novamente, a dormência e sonolência estavam fortes, mas pude escutar a voz do Dr.
- Sim Dr. Snow falando.
- Múltiplas fraturas e hemorragia interna, conseguimos estabilizar para encaminhá-la a cirurgia.
- Sim, duas vezes – Ouve uma grande pausa e novamente ele falou.
- Preciso operá-la o mais rápido possível, não acho que ela irá conseguir resistir até você chegar.
- Irei acompanhar, não se preocupe, estamos fazendo de tudo que esta no nosso alcance.
- Doutor, parada cardiorrespiratória! – alguém gritou.
- Dr. Cullen autorize logo!

Foi a última coisa que escutei antes de cair em sono profundo sem pesadelos ou sonhos, somente uma escuridão.

Fiquei nessa escuridão por horas, tentava abrir os olhos, mas era em vão, não escutava mais nada ao meu lado, sentia meu corpo adormecido, não conseguia mover um músculo se quer, então deixei minha mente viajar.

Passei um bom tempo lembrando o passado, os seis anos na Nova Zelândia, os anos mais felizes na minha curta vida. Será que ainda estou viva? Porque essa escuridão? E minha família? Será que estão bem? E Bella? Será que a insignificante esta bem?

Comecei a sentir minha consciência e força voltarem. Consegui abrir os olhos e notei que estava numa sala branca, senti algo na minha garganta e notei que estava com um tubo, alias com dois tubos, um na minha boca e outro no nariz, olhei em volta e vi que esses tubos estavam conectados a uns parelhos e reconheci um dos livros de meu pai sendo um respirador artificial. Virei minha cabeça para direita e vi Esme e Carlisle conversando atrás de uma janela de vidro fora do quarto olhando atentamente pra mim, então Esme abriu um largo sorriso e Carlisle beijou seu rosto e saiu de perto dela.

- Já vamos entrar ai filha – ela disse movendo os lábios bem lentamente para poder ler seus lábios.Não sei quanto tempo levou, mas eles entraram no quarto com roupas diferentes em que estavam, pareciam que iam fazer alguma cirurgia, estavam com máscaras e gorros.
- Ho! Minha filha, que susto você nos deu! – Esme disse choramingando. Ela já estava ao meu lado, quando ela ia se inclinando para me beijar Carlisle a segurou.
- Não pode Esme – ele a recriminou.
- Nem ao menos um beijo? – ela fez um bico.
- Não Esme! Nem podíamos estar aqui – ele sorriu.

Queria falar alguma coisa, perguntar quanto tempo estou aqui e o que aconteceu, mas não podia por causa do tubo. Nesse momento entrou outra pessoa no quarto usando as mesmas roupas dos meus pais, só que ele tinha uma prancheta em mãos.

- Vejo que o senhor estava correto Dr. Cullen, pensei que o tratamento não iria dar resultado, estou espantado! – ele disse autoritário.
- Acho que o senhor não me levou muito a sério Dr. Smith, posso aparentar ser novo, mas tenho experiência de sobra para salvar minha filha – Carlisle disse extremamente estressado.
“Nossa que tom foi esse? Meu pai saindo da linha? Isso era novidade”

- Bom!Acabou de ganhar meu voto de confiança – o médico disso parando na minha frente.
- Irei lhe fazer umas perguntas, pisque duas vezes que sim e uma vez para não, tudo bem? – Pisquei duas vezes.
- Esta com dor na cabeça? – pisquei duas vezes, então ele anotou algo.
- Lembra de alguma coisa? – pisquei uma vez.
- Reconhece essas duas pessoas aqui do meu lado? – pisquei duas vezes.
- Sabe onde esta? – pisquei uma vez.
- Dr. Smith acho que não é necessário estressá-la com perguntas banais – meu pai interrompeu.
- Sr. Cullen se o senhor continuar interrompendo irei pedir para sair, sua filha ficou mais de 60 dias em coma, por favor, deixe-me trabalhar – ele disse colocando a mão dele debaixo da minha.
- Aperte minha mão – ele disse autoritário.

Tentei apertar, mas minhas mãos estavam dormentes.

- Um pouco mais forte – ele pediu e novamente tentei.
- Humm....sente isso? – ele beliscou meu pé. Pisquei duas vezes.
- Ótimo!Excelente! – ele parecia contente.
- Dr. Cullen acho que temos uma grande evolução aqui, vamos conversar lá fora – ele disse apontando pro meu pai.
- Já volto filha – ele disse acompanhando o médico.

Quando ele saiu Esme abaixou a máscara e beijou minha testa.

- Não conte nada pra ele ta? – pisquei duas vezes.

Ela ficou uns minutos acariciando minha mão e quando Carlisle entrou no quarto ela parou.

- Esme!Eu disse que não podia - ele a recriminou.
- Desculpe, não pude resistir – ela sorriu.
- Oi filha, sabe onde esta? – ele perguntou olhando nos meus olhos, então pisquei uma vez.
- Você esta em Massachusetts, tivemos que lhe transferir para ca – ele disse calmamente.

“Boston? Nossa fiquei tão mal assim?”

- Se você continuar reagindo bem, acho que em dez dias no máximo estaremos indo para casa – ele sorriu.
- Dessa vez eu me apavorei hein! – ele disse tocando minha mão.
- Há! Você pode e eu não?!! – Esme sorriu.
- Como você disse não resisti – ele sorriu.

Fechei novamente os olhos e adormeci tendo certeza que morta eu não estava.


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Notas finais do capítulo

Mais um capitulo para vcs, e agradeço os comentarios que estou recebendo, só quero mais =D
comentem por favor