A Oitava Cullen escrita por JackelineCullen


Capítulo 41
Capítulo 39




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Estava terminando de me arrumar para o casamento, Nessie junto de Alice prepararam tudo e até arrumaram meu vestido. Olhei para o espelho e vi meu próprio reflexo. Meus olhos estavam vermelhos vivos e era nítida a cor deles, respirei fundo e me concentrei, fechei os olhos e quando abrir novamente estava dourados, igual da minha família, olhei pro reflexo do espelho e sorri, hoje seria uma Cullen.

— NOSSA! Como fez isso? CONTE-ME! – Alice entrou no quarto gritando.

— Contar o que projeto de vampira? – disse séria.

— Como você fez para trocar a cor dos olhos sem usar lentes? Conta-me! Carlisle irá amar! – ela sorria.

— Só irei lhe ensinar se aceitar a morar comigo na Itália. – sorri.

— Não! Prefiro nunca saber. – ela disse chateada.

— Pois bem, isso é um beneficio de quem conhece outros vampiros e se alia a mim. – disse autoritária.

— Jackie, por favor, para com isso e venha morar conosco – ela disse com ternura.

— Alice, temos um casamento para ir, vamos. – disse ignorando ela.

— Também lhe amo Jackie – ela debochou.

— Projeto, projeto... – brinquei.

— Você sabe o que fazer não é? – ela disse ao meu lado.

— Sorrir e entregar o anel da hora certo, isso? - brinquei.

— Jackie! – ralhou – Você é a madrinha dela!

— E daí? – a olhei confusa.

— E daí, que você terá que fazer um discurso! – ela sorriu triunfante.

— Discurso? Sendo que faz seis anos que não moro com vocês e não sei nada sobre ela? – debochei. – Mas se é para vocês ficarem felizes eu faço o lindo discurso sim. – sorri triunfante.

Caminhamos até o local onde será a cerimônia. Alice como sempre tinha deixado tudo perfeito, flores de diversas espécies estavam espalhadas pelo local, o cheiro era irritamente agradável. Ao olhar melhor, pude ver minha família inteira no local, olharam pra mim e sorriram. Caminhei tranquilamente aonde a madrinha deveria ficar. Olhei em volta e tinha humanos no local, ao meu lado direito estava o Embry, e ao lado esquerdo estavam Alice e Emmett, na minha frente estava Carlisle e Esme, e logo ao lado deles estava Isabella, Edward e Jasper.

— Está linda. – Embry sussurrou, me tirando do meu desaveio.

— Obrigada – disse sorrindo.

Nesse momento a música começou a tocar e a noiva entrou caminhando lentamente. Diga-se de passagem, a minha sobrinha pentelha, estava linda e era visível a alegria que estava sentindo agora. Nesse momento eu voltei ao passado, retornei minha vida como humana e as lembranças de como eu era feliz ao lado deles, e que essa cena poderia ser a minha com o Embry. Não sei explicar o motivo, mas nesse momento peguei a mão do Embry que estava ao meu lado e a entrelacei com a minha, vi a cara de espanto dele, mas ele somente riu e voltou a olhar a cerimônia. Hoje eu só queria ser uma Cullen, a Cullen que eu amava ser.

Olhei novamente em volta, mas disfarçadamente é claro, e reparei em cada expressão de meus familiares, meu pai estava radiante, abraçado com minha mãe, lembrei que sempre quando eles estavam assim eu os repreendia, como sinto salta disso, olhei pra Alice e Jasper, realmente não há casal mais fofo que eles, olhei pra Emmett e Rosalie que nesse exato momento me olha também, seus olhos encantadores, e então ela murmura algo como “você esta linda” sorri de volta e lembrei como eu amava essa vampira, então foi quando direcionei meu olhar ao Edward e a esposa dele, realmente eles faziam um casal perfeito, meu irmão como sempre encantador e sua esposa, a Bella estava linda, mas eu lembro dela ser assim, era apenas uma humana, sem coordenação, e por causa dela Caius me transformou, por causa dela eu perdi minha família, por causa dela eu perdi meu amor,  por causa dela eu me transformei nesse monstro que sou hoje. Não me agüentei e assobiei de raiva, ao lembrar o quando aquela albina mudou minha vida.

— Jackie?! O que houve? – senti Embry apertando minha mão e sussurrando pra mim. Nesse momento abris os olhos e olhei pros lados, somente minha família e os lobos, é claro, perceberam meu leve descontrole, notei que até a Nessie me olhava preocupada, então sorri forçada.

— Nada. – retruquei.

—... e pode beijar a noiva – foi o que escutei do padre.

Nesse momento a igreja onde estávamos explodiu com os dois se beijando, soltei da mão do Embry e aplaudi como todos, mas eu ainda estava com raiva e nesse momento passou uma rajada de vento, o que fez minha boca salivar, respirei fundo uma vez e olhei pra frente e meus olhos encontraram minha presa, um homem sentado na última fileira, me olhou do mesmo jeito, penetrante, quando ia dar um passo na direção dele, Embry me cutuca e Alice para na minha frente.

— Jackie seus olhos estão vermelhos – ela sussurra assustada. Olhei pra ela e voltei do meu transe, e lembrei que tinha esquecido me alimentar por causa das crianças recém nascidas, então sem dar explicações nenhuma eu sair da igreja, muito rapidamente para nenhum olho humano possa me ver, corri um pouco até a floresta e respirei fundo, respirei várias vezes, tentando limpar o cheiro do homem que estava em minhas narinas.

— Não! Hoje eu serei uma Cullen, uma Cullen. – mumurrei pra mim mesma e continuei arfando.

— Como se sente filha? – essa voz, tão educada e suave, eu reconheceria até na minha morte.

— Estou bem meu pai – disse arfando.

— Pelo jeito que esta respirando forte, duvido. – ele disse suavemente e colocou as mãos no meu ombro. – Respire fundo e sinta o cheiro da terra molhada, tente esquecer o cheiro dele, pense em outra coisa, pense quando era criança e brincávamos de correr na floresta, lembra das suas brincadeiras com seus irmãos? Apenas deixe sua mente sem tempo para adquirir o cheiro. - Ele disse tudo calma e suavemente, o que me fez sorrir, as lembranças do passado realmente fizeram o cheiro do humano desaparecer.

— Obrigada meu pai – disse o mais sincera possível. Ele olhou pra mim e sorriu e num movimento que eu não esperava ele me abraça e beija minha testa, como eu fosse uma garotinha de 10 anos de idade, fiquei completamente sem ação, não esperava ele demonstrar esse afeto todo comigo, depois de tudo que fiz. Depois de me tornar o que sou, e novamente ele beija minha testa, nesse momento eu não pude de não deixar de sorrir, ao lembrar que seus beijos eram frios e agora são quente e também não pude de deixar retribuir o abraço, eu o abracei com tanta intensidade, um abraço que não dava há mais ou menos seis anos.

— Eu sinto sua falta filha. – ele disse assim que eu cessei nosso abraço.

— Eu também sinto a falta de vocês – disse no plural mesmo, eu estava sentindo falta da minha família, mas infelizmente meu destino é outro, o de ficar sozinha.

— Se sente nossa falta, porque não vem nos visitar ou convida sua família para passar um tempo com você?! – ele disse no tom de um pai repreendo sua filha.

— Porque estou sem tempo meu amado pai, eu to sem tempo pra vocês e para qualquer outro assunto que não seja de interesse a Volterra – disse tentando me manter simpática.

— Você é uma Cullen, por favor. – Ele disse um pouco nervoso.

— E serei uma por hoje, mas o senhor sabe que o momento que Caius me transformou me tornei filha dele. – disse um pouco ríspida.

— Mas você pode ser uma Cullen todos os dias, não cometa o mesmo erro que os Volturi cometeram, não deixe o poder lhe consumir, MINHA filha. – ele praticamente suplicava.

— Pai... - suspirei – Meu amado pai, o veneno de Caius corre no meu corpo, o veneno dele corre nas minhas veias, então eu me transformei nesse monstro que o senhor esta vendo, um monstro que não tem pena de matar humanos por prazer, que não tem pena de matar outros da mesma raça, um monstro que tem sede pelo poder, o mostro que eu sou agora, uma eterna sanguinária. – disse seca.

— Eu posso lhe mudar, é só me permitir. – Ele disse fazendo carinho no meu rosto. – Permita que seu velho e burro pai tenha uma chance de tentar lhe mudar – ele olhava intensamente em meus olhos. Era impressão ou ele estava me persuadindo?

— Pai por acaso esta me persuadindo? – rosnei pra ele, sendo que o mesmo deu um passo pra trás.

— Não! Nunca faria isso – ele disse sorrindo. Um sorriso falso.

— MENTIROSO ESTAVA ME PERSUADINDO – rosnei e pulei em seu pescoço, nesse momento eu apertei e o levantei, ele ficou dano tapas na minha mão tentando inutilmente se soltar, como um vampiro idiota tenta me persuadir, mesmo sendo quem ele era, ele não tinha esse direito, mesmo sendo um vampiro ancião, ele não tinha direito mesmo, irei matar esse verme agora mesmo. “Aperte mais e quebre logo o pescoço dele, aproveite a situação e mate seu inimigo.” Escutei alguém dizer na minha mente.

Olhei pra ele e ele estava me olhando com ternura e nesse momento eu me toquei que estava atacando meu próprio pai, soltei-o imediatamente e dei um passo pra trás.

— Eu... Eu... - balbuciei.

— Shii, não foi nada. – Ele disse dando um passo na minha direção.

— Viu? Viu no que me transformei? Eu não me controlo meu pai, eu adoro fazer isso. – disse dando outro passo pra trás e quando me viro para correr bato em uma coisa dura, e ao olhar melhor era Esme, minha mãe.

Eu acho que por instinto dela, ela me abraçou e ficou passando a mão na minha cabeça.

— Shii, querida, você não é isso que pensa, você não é esse monstro que pensa, estamos aqui com você, todos nós. – Ela disse me confortando e o que funcionou, realmente eu estava mais calma e a abracei também.

— Sinto sua falta mãe. – sussurrei em seu ouvido.

— Não tanto quando eu. – ele sussurrou de volta.

— Vamos para a festa? Todos estão perguntando o porquê que Carlisle e Jackie sumiram, o avô e a madrinha da noiva. – ela sorriu enquanto beijava minha testa.

— Vamos voltar, e filha, não se culpe por isso, você ainda irá aprender a controlar essa sua raiva. – Carlisle disse tocando meu ombro.

— Desculpe pai. – sussurrei.

— Tudo bem filha, – ele dissera com ternura – vamos voltar.

Caminhamos juntos até o local onde seria a festa. Ao chegando lá todos nos olhavam com dúvidas em seus rostos, então vi Alice correndo em minha direção e fazendo-me parar.

— Que? – disse um pouco ríspida.

— Seus olhos, temos humanos na festa. – ela me recriminou.

— Há, desculpe. – disse me concentrando e fechando os olhos ao abrir olhei pra ela e sorri.

— Deu certo? – sorri.

— Sim, estou impressionado, como você fez filha? – Carlisle disse realmente impressionado.

— Segredo meu velho pai – sorri e pisquei pra ele.

Caminhei até uma mesa vazia, e me sentei, fiquei olhando a festa, os casais dançando e como Nessie e Jacob estavam felizes juntos. Fiquei tão concentrada olhando a festa que nem percebi um homem de mais de dois metros parado na minha frente.

— O que você quer sarnento? – disse sem olhar pra ele.

— Queria dançar contigo, será que posso? – Embry disse com ternura.

— Claro que não! Não me misturo com gente da sua raça. – Disse enquanto olhava pra um humano que não parava de me olhar.

— Então posso sentar ao seu lado? – ele disse rindo.

— Não quero vomitar, por favor, vai pro lado da sua raça. – disse olhando finalmente pra ele.

Foi então que o vi olhando e sorrindo pra mim, um sorriso que quando era humana me deixava completamente sem ar, e esse sorriso mexeu comigo. Olhei pra cadeira ao meu lado e apontei pra ela.

— Se você ficar calado, por sentar. – sorri forçado.

— Irei sentar, mas não prometo nada em ficar calado. – ele disse sentando.

— Então? Como você está? Um ano que não nos falamos... – ele disse afastando a cadeira pra mais perto de mim.

— Eu estou bem, obrigada, matando humanos para ma alimentar como sempre fiz. – sorri.

— Eu não perguntei isso. – ele disse revirando os olhos.

— Mas respondi. – disse seca.

— Por que esteve esse tempo inteiro me ignorando. – ele disse tocando em minhas mãos.

— Porque estive ocupada matando pessoas. – Disse tirando minhas mãos das dele – Embry por que ainda insiste em algo que é impossível?

— Não é impossível. – ele disse ficando mais perto de mim.

— Se afaste Embry, não quero lhe atacar. – disse rudemente.

— Você não irá me atacar, sei que ainda me ama e não vai fazer nada para chatear a Nessie – ele disse cariciando meu rosto. Nesse momento fechei os olhos e segurei sua mão. E em um movimento rápido a quebrei. Ao olhar pra ele percebi que ele estava segurando a dor.

— Se tocar novamente em mim lhe mato, já disse que não temos mais nada! – disse rude. – Me deixa em paz.

Levantei da mesa extremamente irritada, fui para um canto e comecei a respirar profundamente. Eu estava no meu limite, cheiro de sangue humano, cheiro de lobos, isso era muito para meu controle. Quando levantei o olhar sentir uma mão tocar no meu ombro, ao me virar vi Edward sorrindo pra mim.

— Oi – ele disse suavemente.

— Não irei estragar a festa da sua filha, não se preocupe. – disse respirando fundo.

— Não estou aqui pra isso, sou seu irmão mais velho lembra? – ele disse me fazendo virar pra olhar pra ele.

— Ta tentando me ler é Edward? – disse rindo.

— Não querida irmã, eu só escutei a sua conversa com o Embry, e estou impressionado como você quebrou a mão dele tão rapidamente. – ele disse rindo.

— Você sabe como fiz. – disse rindo também.

— Haa! É esse riso que estava esperando a festa inteira. – Ele disse entrelaçando nossos braços – Agora irá dançar comigo. – Ele disse me guiando pro meio do salão.

— Obrigado por vim Jackie. – ele disse rindo, assim que começamos a dançar.

— Era o mínimo que podia fazer, afinal, foi ela quem me fez lembrar de vocês – disse sem emoção.

— Você esta infeliz minha irmã! Por que continua lá? Por que não vem morar conosco? – ele disse depois de um giro.

— Ed... Não comece. – sussurrei.

— Jackie, todos sentimos sua falta, todos mesmo, você não imagina como ficamos quando recebemos a notícia que você estava morta. – Ele disse me girando mais uma vez e me aproximando pra ficar mais perto dele. – Você não sabe como ficamos quando descobrimos que estava viva, quando lhe vimos falecendo nas mãos de Emmett, você não imagina a agonia que passamos ao descobrir que você não se lembrava de nós, a tristeza que foi lhe ver vindo com a guarda dos Volturi com ódio nos olhos, Jackie minha amada irmã, todos nós amamos você e você está magoando a todos nos ignorando assim – ele disse suavemente.

— Ed... Eu... – balbuciei.

— Jackie, olhe em sua volta, não vê que todos estão felizes só pelo fato de você comparecer aqui? – Ele disse me fazendo girar e olhar pra todos, e foi nesse momento que vi toda minha família olhando pra nós.

— Edward, hoje eu serei Jackeline Cullen, mas amanhã voltarei a ser Scarlt Volturi, não posso abandonar Volterra. – disse firme.

— Você pode! – Ele disse firme.

— Não posso, se eu deixar, isso irá virar bagunça. – Disse séria. – Só porque aliviei uma semana, alguns vampiros resolveram transformar crianças! Imagina se isso ficar sem um líder.

— Crianças? – ele me olhou árduo.

— Sim irmão, por isso que demorei. Agora percebe a minha preocupação? – disse firme.

— Eles não podem estar fazendo isso... – Ele disse incrédulo.

— Não podem, mas estão fazendo, e era isso que eu tava cuidando antes de vir pra cá, por isso que demorei a chegar. - Disse parando a nossa dança.

— Agora se você me der licença meu irmão, irei respirar um pouco de ar fresco. – Disse sorrindo e beijando seu rosto.

Quando ia me retirar do salão Embry me para no meio do caminho e sorri.

— Não acredito que dançou com seu irmão e não dançou comigo. – ele disse emburrado.

— Mesma espécie, sarnento, mesmo espécie, e como ta a mão? – zombei.

— Melhor obrigado, esta curando. – ele disse rindo forçado.

— Então se me der licença – disse me afastando dele, mas percebi-o me seguindo, quando estávamos longe da festa eu parei e me virei pra ele.

— Embry, para de ser irritante, pare de me seguir. – disse séria.

— Eu quero falar com você, e só irei lhe deixar quando te falar tudo o que quero falar. – ele disse firme.

— Então diz! O que você quer? – gritei.

— Isso! – ele disse me puxando pra perto e me beijando.

Sinceramente eu acho que esse cachorro tem merda de galinha na cabeça, qual ser em bom estado mental me puxa assim e me beija, e diga de passagem um senhor beijo.

Tinha esquecido como adorava beijar esse animal sarnento, como eu amava esse índio teimoso. Comecei a sentir ele me pressionar mais contra seu corpo e seu cheiro estava entrando nas minhas narinas, realmente eu não achava ele fedorento, eu achava ele uma presa saborosa, uma presa que tinha que provar, minha garganta começou a salivar e o gosto de sangue estava na minha língua, a minha presa estava na minha frente e era só eu quebrar seu pescoço.

Conseguir separar nossas bocas e fui beijar seu pescoço, e o cheiro estava convidativo, ao abrir os olhos pude ser a veia soltando pra fora, e escutar ela pulsando, isso era demais pra mim, ia provar essa presa agora mesmo.

— NÃO! – sentir meu corpo voar.

Quando voltei do transe vi que estava uns 10 metros de distancia do Embry e Carlisle estava me segurando com força.

— Agora me escute, olhe pra mim se controle. – ele falava sério.

— Eu... O que houve? – disse confusa.

— Você atacou o Embry. – ele disse me segurando firme.

— Ele mereceu, fica me provocando. – disse séria – O senhor pode me soltar agora?

— Esta controlada? – ele disse firme.

— Estou, por favor, me solte. – disse firme também.

— Tudo bem. – ele disse me largando e suspirando – Não pensei que você fosse assim querida.

— Assim como meu pai? – indaguei.

— Tão forte, foi difícil lhe segurar – ele sorriu.

— E eu to fraca, não comi nada antes de vim pra cá. – sorri – Eu preciso ir, se despeça de Nessie por mim. – disse caminhando pra floresta.

— Espere, – ele me segurou – fique mais um tempo, só nós percebemos seu ataque com o Embry. – ele disse com ternura.

— Não meu pai, preciso ir. – disse firme.

— Então só uma dança comigo ai lhe libero. – ele disse rindo.

— Tudo bem, só uma dança – sorri.

Estava caminhando lentamente com Carlisle pelo salão, em algum momento ele colocou a mão no meu ombro e sorri.

— Sabe filha, sinto sua falta. – ele disse com ternura.

— Nunca paramos e conversamos, não é? – ele disse olhando pra frente sem parar a caminhada.

— Não temos o que conversar Carlisle. – disse acompanhando-o.

— Temos sim, nunca lhe pedi perdão. – ele disse um pouco rouco.

— Perdão?! – olhei pra ele em duvida.

— Pela sua transformação, por nunca ter desconfiado que havia sido transformada. – Ele parou e me encarou. - Perdão filha, eu não queria isso para você, não mesmo – ele disse com ternura.

— Pai! Meu querido e amado pai, o senhor não tem que se desculpar de nada, nunca ia saber dos planos de Caius. – disse sorrindo.

— Fique conosco. – implorou.

— O senhor sabe que não posso. – disse continuando a nossa caminhada.

— Então, passe uma semana conosco. – ele sorriu.

— Uma semana é muito, não posso me ausentar tanto tempo. – disse friamente.

— Nos dê a oportunidade de lhe mostrar que essa não é a vida que você esperava. – ele disse firme.

— Eu não esperava nada Carlisle, Caius me transformou, seu veneno corre em mim, não posso mudar isso e nem vocês. – disse firme.

— Você pode mudar, fique conosco uma semana, em uma semana irei lhe mostrar que a vida de uma eternidade não é isso que você esta vivendo, você pode ser feliz. – ele disse me parando e olhando em meus olhos.

— Uma semana, fique com seu pai e sua mãe, uma semana. – praticamente implorou.

— Uma semana, mas nada de comida vegetariana. – disse firme.

— Uma semana e você irá aprender a ser uma vegetariana. – Ele disse firme.

— Fico uma semana, mas sem comida vegetariana, é minha condição. – retruquei.

— Tudo bem, mas nada de caçar nas redondezas. – ele sorriu.

— Feito. – sorri.

Nesse momento ele me puxou e me deu um abraço, um abraço que não esperava.  


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Notas finais do capítulo

Outro capitulo só na outra semana ta? to fazendo ainda
Beijos ;****