A Oitava Cullen escrita por JackelineCullen


Capítulo 29
Capítulo 29




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Caius POV.

- Então Mikael? Trouxe boas noticias? – disse assim que ele entrou na sala.

- Achei a menina. – ele disse sorrindo.

- E... ? – olhei sério.

- Humana ainda. – disse sério.

- Perfeito, a transforme e traga pra mim. Carlisle irá se arrepender de ter me desafiado. – disse imaginando a cena de sofrimento do grande amigo de meu irmão.

- Sim, mas e quanto ao Kain? – ele disse me olhando confuso.

- O que tem Kain? – retribuir o olhar.

- Kain a está protegendo, por isso que não a encontrava! Estava usando os poderes pra escondê-la. – dissera sem emoção nenhuma.

- Hum... – pensei - Isso tem dedo de Aro. – concluí - Mudei de idéia! Traga a menina viva e com o Kain, leve Dimitri e Jane com você! Deixe que me acerto com o Aro. Vá. – ordenei - E mais uma coisa! Faça o sumiço parecer um acidente, quero que pensem que ela esta morta.

- Sim senhor. – confirmara.

Assim que ele saiu fui até onde Aro estava, ele me olhou confuso, mas somente ri.

- Onde está o Kain?! Faz tempo que não o vejo. – disse sarcasticamente.

- Você descobriu, foi?! – ele disse rindo.

- Como você pôde?! – o olhei incrédulo.

- Deixe a menina em paz! Ela não é nenhum risco pra nós. – ele disse rindo.

- Eu irei me vingar! E você ficará fora disso entendeu? – disse assobiando.

- Caius não faça isso! Não quero briga com os Cullens! – esbravejara.

- E você não terá! Assumo toda a responsabilidade pelos meus atos, só peço que não interfira mais! – pedi. 

-Se assumir... – ele disse pensativo.

- Assumo! – Falei autoritário.

- Então faça o que quiser, só não conte comigo para nada! – ele dissera com raiva.

Jackie POV.

Cheguei à Alemanha sendo a mulher mais feliz da face da terra. Iria só à faculdade arrumar os documentos necessários para a transferência e ter uma conversa com Kain, que por incrível que pareça não me perturbou em nenhum momento durante as férias.

Peguei minha mochila na esteira e fui para o saguão principal. Não demorei muito pra ver minha mãe e meu irmão juntos sorrindo pra mim. Abracei os dois e fomos para casa. No caminho até minha casa, contei tudo pra eles, sobre o meu entendimento com o Embry, sobre o noivado e também contei sobre a minha volta pra América.

- Tem certeza filha? Você sempre disse que adora a Europa. – Ana perguntou enquanto almoçávamos.

- Sim, mãe. Hoje mesmo irei à faculdade, irei verificar os documentos necessários e volto pra Forks em uma semana! – disse tomando um pouco de suco.

- Vai me abandonar mesmo? – John disse amargamente.

- Não, meu irmão. Não irei lhe abandonar. Por que não vens comigo? – o indaguei - Podemos morar perto de Forks, o que acha? Rachar um apartamento, que tal? – disse sorrindo.

- Não sei, Jackie. – ele disse pensativo.

- Olha, a mamãe sempre fica viajando, ela mora mais na América do que aqui. Por que não vem comigo? Aí fica mais tempo com a nossa mãe também! – disse rindo.

- Vem cá! Quem é você e o que fez com minha filha? – Ana me olhava desconfiada.

- Mãe pára! – ri para ela - A senhora reclama quando não lhe chamo de mãe e quando chamo não gosta também? Não entendo! – completei sorrindo.

- Só estou estranhando seu comportamento, só isso! – ela disse envergonhada.

- Bom, tenho dezoito anos e em menos de um mês terei dezenove, acho que está na hora de crescer, não é? – disse levantado e beijando o rosto dela.

Ela ainda me olhava desconfiada.

- Dona Ana! – esbravejei - Eu cresci, né? Eu amo a senhora e meu irmão, só que demorei um pouco pra descobrir isso. Esses dois anos se não fosse por vocês com certeza eu já estava morta, porque ia voltar pras drogas, mas vocês não deixaram e ficaram o tempo inteiro comigo, do meu lado me apoiando, sou grata de coração por isso! – disse fazendo um carinho no rosto dela e lhe dando outro beijo, notei que a mesma estava chorando.

- Obrigada filha, finalmente me perdoou não é? – ela disse me abraçando.

- Bom, para falar a verdade não! – sorri e ela ficou espantada. - Mas a senhora é minha mãe biológica e eu tenho que tratá-la com tal! – beijei novamente seu rosto e olhei pra janela. - Hum... Nevando! Tem carro com corrente? – disse olhando pra ela.

- Pega o meu. – ela disse enxugando as lágrimas.

- Pra onde você vai? Acabou de chegar! Vamos conversar. – John disse levantando.

- Irei à faculdade, adiantar as coisas, só irei ficar uma semana aqui, tenho que agilizar as coisas, o calendário é diferente, se demorar muito perderei o semestre. – disse indo na direção dele e beijando o rosto dele. - Volto em duas horas e aí serei somente sua, meu irmão! – disse apertando a bochecha dele, sendo que ele deu uma tapa na minha mão.

- Chata! – ele disse esfregando o rosto.

- Eu sei! – saí rindo - Volto em duas horas. – disse acenando pra eles e saindo de casa.

A viajem até a faculdade foi tranqüilo, demorei duas horas pra chegar à faculdade por causa da estrada coberta de neve, liguei pra minha mãe e expliquei que iria demorar mais que planejava. Fiquei exatamente uma hora na sala do reitor, tentando explicar o motivo da transferência, e tudo pra receber um não na cara, por causa dos métodos de ensino ser diferentes. Agora era só falar com Alice e Jasper para forjar uns documentos.

Quando estava saindo da sala do reitor, Kain aparece na minha frente com uma expressão que nunca tinha visto antes, seus olhos estavam vermelhos e era nítida a tensão dos mesmos.

- O que há Kain? – disse assim que o vi.

- Vamos embora daqui. – ele disse sussurrando.

- Por quê? O que houve? – o indaguei curiosa.

- Vamos! – ele disse me puxando pelo braço.

Quando chegamos ao estacionamento ele parou e me encarou.

- Eles estão aqui! – ele disse olhando pros meus olhos.

- Quem? – olhei assustada.

- Eles! Descobriram-lhe! – ele estava rosnando.

- Como? – falei olhando pros lados.

- Como?! Como?! – dissera desesperado - Eu lhe disse que sua viagem não era segura, não disse?

- E você não foi? – falei sério.

- Não! Você insistiu tanto! Esse foi o meu erro! – disse rosnando alto. - Eles estão aqui, fuja! Ligue pro seu pai! Tentarei atrasá-los. – ele disse olhando pra mim e me abraçando.

- Eles irão lhe matar! – disse assustada. 

- Vai Jackie! Vai! – Kain gritou.

- Mas e você?! – disse chorando.

- QUE DROGA, VAI! – ele gritou.

Obedeci sem esperar mais uma ordem. Corri o máximo que podia, meu carro estava perto, entrei e dei a partida, acelerei o mais rápido que podia, olhava constantemente para o retrovisor não via nenhum vulto.

 Fiz a primeira curva a mais de 180 km/h, novamente olhei pro retrovisor e não vi nada, quando olhei pra frente vi um deles parado na minha frente com a mão erguida, no instinto tentei desviar, mas foi meu erro, por causa da neve a pista estava molhada e com a velocidade que estava o carro derrapou.

 Tentei controlar o carro, mas não sei como ele começou a capotar varias vezes, acho que na segunda ou terceira capotagem sentir meu corpo sendo cuspido, infelizmente esqueci de colocar o cinto, cair feito pedra no chão, tentei cair sem bater a cabeça, mas sentir vários ossos do meu corpo quebrando na batida.

- AHHH! DESGRAÇADO! – gritei chorando.

Olhei pra cima e ele já estava em cima de mim sorrindo. Ele olha pra minha perna e pisa nela, a dor naquele local ficou insuportável.

- AHHHHHH! – gritei de dor.

- Carlisle nunca lhe ensinou ser educada com os mais velhos? – e novamente ele pisa na perna.

- PÁRAAA! – estava quase desmaiando por causa da dor.

- Quer dizer algo antes de morrer?! – ele disse sorrindo.

- Vai se fud... – nesse momento ele fecha o punho e me da um soco e a escuridão me dominou.

Não sei onde acordei, sei que o frio era intenso e a não enxergava um palmo na minha frente, meu rosto estava doendo e não estava sentindo minhas pernas, tateie o chão e pude sentir que era de concreto, olhei pro lados e não pude ver nada, procurei meu celular no bolso, mas não estava. Suspirei frustrada.

Depois de longos minutos escutei passos vindo na minha direção e meu corpo sendo erguido.

- Onde estou? E pra onde esta me levando? – disse nervosa.

- Logo saberá. – uma voz sombria.

Ele me carregou por vários cômodos ate chegar a uma sala, olhei em volta e percebi que já estivesse naquele local antes, há muito tempo atrás. Estava na casa dos Volturi, fechei os olhos e me dei por vencida, hoje estaria selada a minha morte. Senti meu corpo sendo jogado com força no chão e abri os olhos e pude ver Caius caminhando na minha direção.

- Veja se não é a caçula do Carlisle! – Caius veio ate mim rindo zombeteiro.

- Caius? O que eu fiz pra você? – disse tentando manter a calma.

- Pra mim? Nada minha bela criança, mas sua família... – ele disse me levantando e sorrindo. - Não é nada pessoal Jackeline, mas sua família mexeu com o clã errado! – ele disse aos sussurros me fazendo arrepiar.

- Você não era assim Caius, eu lembro, até brinquei com você! Eu estou com os dias contados, irei me transformar em uma de vocês não se preocupe – disse tentando parecer sincera.

- Não minta pra mim criança! – ele disse rindo.

- Não estou mentindo! – disse séria.

- Carlisle não lhe ensinou que mentir é feio? – ele continua rindo e me segurando, parecia que ele me analisava e sempre mantinha um sorriso, ele suspirou forte e me jogou no chão.

Caí no chão feito pedra, tentei me levantar, mas minhas pernas não estavam me obedecendo e meu corpo inteiro estava doendo.

- Ah criança! Como tens um cheiro bom... – ele sorriu.

- Vampiro estúpido – disse aos sussurros, mas ele virou e olhou pra mim rindo maliciosamente.

- Sabe, irei lhe ensinar ser mais educada! Jane querida... – ele a chamou calmamente.

Vi-a olhando pra mim diabolicamente. Olhei-a assustada e ela simplesmente me olhou intensamente, comecei a sentir uma dor insuportável, minha cabeça estava explodindo, meu corpo estava sendo esmagado, faltava ar, parece que tinha alguém dentro da minha cabeça gritando, estava entrando no desespero, aquela dor era surreal e eu não estava agüento mais, minha visão começou a ficar turva e fui perdendo meus sentidos...

- Chega... – escutei Kain gritar e a dor sumiu, ainda não enxergava direito, minha visão estava completamente turva.

- Não interfira Kain! Só não lhe matei por causa do Aro! – Caius disse ríspido.

Nesse momento sentir sendo carregada.

- A solte Kain! É uma ordem! – Caius esbravejava.

- Desculpe Caius, mas ela é diferente, acho que... – tentou dizer algo.

- Kain obedeça! - caius disse o cortando.

- Caius! Ela é só uma humana! Não fez nada de contra nós, eu fiquei mais de dois anos ao lado dela e vi como esconde muito bem nosso segredo, pare de torturá-la! – ele disse bem ríspido. 

Nesse momento sentir novamente meu corpo voar e sentir uma forte dor no pescoço, ao abrir os olhos pude ver Caius segurando meu pescoço e sorrindo pra mim.

- Diga adeus pro seu mundo. – ele disse e em seguida não enxerguei mais nada.

Carlisle POV.

Estava abraçado com minha esposa, observando Embry e Alice tendo uma discussão sobre os convites de casamento, uma baderna completa, Alice falando alto, Embry gritando, Rosalie xingando, em fim uma confusão completa. Ainda não acredito que minha filha caçula resolveu mudar de idéia, aquela teimosa mudou de idéia sobre ser uma de nós, ela sempre teve um temperamento forte e quando coloca algo na cabeça ia ate o fim.

Sorri pra mim mesmo, tinha que admitir que ela cresceu e ficou mais madura e estava voltado pra casa, em três dias estaria aqui nessa sala perturbando todos como sempre fazia . Senti meu bolso vibrar, peguei o celular e vi o numero da casa da Jackie na Alemanha, sorri, me afastei um pouco por causa da bagunça e atendi.

- Oi filha. – disse sorrindo.

- Desculpe Carlisle, mas é o John. – ele parecia angustiado.

- O que aconteceu Winter? – disse alarmado e todos que estavam na sala me olharam assustados.

- A Jackie... Jackie, ela... Ela... – ele estava gaguejando.

- Ela o que? – disse calmamente.

- Ela... Ela sofreu um acidente de carro. – ele disse rapidamente.

- Ela está bem? – nesse momento eu estava ficando nervoso.

- Não. - ele disse caindo no choro.

- Como não? – alarmei - O que aconteceu? – quase grito com ele.

- Elamorreunoacidente. – ele disse rapidamente, mas conseguir entender perfeitamente.

 Fiquei observando minha família por um tempo e todos me olhavam esperando uma explicação.

- Olá? Cullen? Ainda na linha? Alô? – John gritava na outra linha.

- Como isso aconteceu? – disse voltando a conversa.

- Ela perdeu o controle do carro, capotou várias vezes e o carro pegou fogo. – nesse momento se tivesse coração ele tinha parado.

Fechei os olhos e suspirei fundo.

- E... ? – disse tentando manter a calma.

- Ela não conseguiu sair do carro... – disse sem emoção nenhuma.

Pela primeira vez na minha existência perdi meu controle. Joguei o celular que acertou em cheio a TV, quebrando –a. Todos me olhavam assustados procurando resposta, mas não conseguia falar nada, sentir minhas pernas perderem a força e me ajoelhei. Senti Esme tocando no meu ombro e beijando meu rosto.

- Carlisle, o que foi? – ela disse alarmada.

- Jackie... – foi tudo que conseguir responder. 

Fiquei um tempo olhando pra todos sem falar nada. Eu não estava acreditando no que acabei de escutar. Jackie morta?! Não me contive e esmurrei o chão.

- Querido, o que aconteceu? – Esme perguntava suavemente.

Abri os olhos e notei todos me olhando preocupados e sem entender muito.

- Eu estava conversando com o Winter... – disse nervoso.

- Não Carlisle! – Edward gritou assim que entrou na casa acompanhado de Bella e Nessie.

- Não o que? O que foi que você leu? – Esme perguntou nervosa.

- Alice tente ver a Jackie, por favor! – supliquei, ela não perguntou nada e olhou fixamente pro nada, segundos depois ela suspira.

- Não vejo nada, só escuridão – ela disse naturalmente.

- Não será por causa dos sarnentos não? – Rosalie perguntou apontando pro Embry e Jacob.

- Não filha, não é por essa causa não. – disse nervoso e me levantando.

- O que está acontecendo?! Conte logo Carlisle! – Esme disse impaciente.

- Jackie... Sofreu um acidente fatal. – não conseguia dizer mais nada.

Embry POV.

Olhei fixamente pro Carlisle, ele estava tentando dizer algo, mas não conseguia.

- Jackie... Sofreu um acidente fatal. – ele disse fechando os olhos.

- Não! – exclamei e cai de joelhos. - Não! NÃO É VERDADE ISSO! É MENTIRA! – gritei, soquei varias vezes o chão e chorei. - NÃO! – levantei e pulei em cima do Carlisle, apertando seu pescoço. - MENTIROSO! VOCÊ ESTÁ MENTINDO!!! – disse apertando o pescoço dele, sentir sendo puxado.

- Embry calma. – Bella dizia suavemente.

- Calma cara! – Jacob me puxava.

- É MENTIRA DESSE SANGUESSUGA ELE NÃO QUER ACEITAR QUE A FILHA ME AMA, NÃO ACEITA ELA TER ME ESCOLHIDO, NÃO ACEITA! – tentei me soltar dos braços do Jacob.

- Embry eu bem que queria estar mentindo pra você, mas não estou! – Carlisle disse transtornado também.

- Tire ele daqui Jacob. – Alice ordenou.  

- NÃO! NÃO! É MENTIRA! É MENTIRA! – disse conseguindo me soltar do Jacob e pulei novamente no pescoço daquele sanguessuga mentiroso e apertei.

- Solte Embry! Calma! – Jacob disse me puxando novamente - Vamos sair daqui cara, vamos... - ele disse me puxando pra fora da casa.

- Não Jacob, não... – disse vencido.

- Calma Embry, calma... – dizia ele.

- Não irei suportar perde-la pela segunda vez, não... – nesse momento deixei as lágrimas escorrerem.

- Relaxa, irei entrar e perguntar o que realmente aconteceu, podem estar enganados. – ele disse me soltando - Fique aqui, já volto. – disse entrando novamente na casa.

Esperei por um minuto, não precisa ele voltar e me dizer o que aconteceu, simplesmente escutei tudo, era verdade, minha Jackie.

- NÃOOOOO!

Gritei antes de me transformar, corri o mais rápido que podia, não queria parar pra nada, estava sentindo uma dor horrível. Perde-la novamente, isso não estava acontecendo, não iria suportar, logo agora, logo agora que íamos nos casar! Logo agora que tínhamos nos acertado! Não! Deus não pode estar me punindo assim!

Continuei correndo sem rumo, não sei quanto tempo fiquei assim, mas em algum momento escutei a voz do Sam.

- Volte agora. – ele ordenou.

- Porque deveria? Acabou pra mim! – disse ríspido.

- Volte, os Cullens querem que vá com eles, ou prefere não se despedir dela? – indagou-me.

- Me despedir? Não suportaria! – disse chorando.

- Volte! E preste essa última homenagem a ela! – falou mais complacente com a minha dor.

- Ok. – murmurei.

...

 

Estava olhando pro chão, enquanto escutava alguém falando ao fundo, não tirava os olhos da placa que estava fixa na grama, rapidamente levantei os olhos e olhei ao meu redor, os Cullens estavam um do lado do outro, todos trajavam roupas pretas e estava de óculos escuros.

 Ao lado deles estavam Ana, John e Jonhy; o John e a dona Ana não paravam de chorar um segundo, olhei novamente ao meu redor e pude ver a Nessie chorando também e se os Cullens pudessem com certeza estariam chorando.

Meu coração estava partido, sentia uma dor forte nele, fitei novamente a placa chorei, estava tentando me conter, mas nessa hora não conseguir, minha Jackie se foi para sempre, nunca mais ia sentir o gosto de seus beijos, ou mesmo escutar sua risada, e seu cheiro, como adorava o seu cheiro.

Novamente levantei os olhos e olhei ao meu redor, estávamos num local calmo, nem parecia um cemitério, parecia um campo verde, tinha arvores e no chão só tinha placas, indicando onde a pessoa estava. O local transmitia uma paz, uma paz que ela merecia. Fechei os olhos.

“– Ah, vai não! – disse abraçando-a e lhe beijando.

- Volto em uma semana seu bobo. – ela disse se soltando de mim.

- Uma semana é muito pra mim, já fiquei dois anos sem você! – sorri e lhe beijei novamente.

- Embry! Volto em uma semana, ai marcamos o casamento, ok? – ela disse rindo, mas nesse momento lhe puxo e lhe beijo apaixonadamente.

- Jura?! – disse sorrindo.

- Juro! Vai logo tratando as coisas com a Alice, quando voltar nós marcamos! – ela disse se afastando de mim e sorrindo. - Tenho que ir senão perco o avião! – ela disse rindo. - Vejo você em uma semana! – ela disse me beijando rapidamente e indo pra sala de embarque.

- Hei Jackie? – gritei antes de ela entrar na sala.

- Diga? – ela se virou sorrindo.

- Eu te amo! – sorri.

- Eu também. Não vai aprontar nada em uma semana, hein FIDO? – ela entra na sala caindo na gargalhada.

- Vamos Embry? – Carlisle disse tocando no meu ombro.”

- Embry? – escutei meu nome e voltei à realidade, olhei em volto e só estava eu e Nessie.

Olhei e vi que Carlisle e os outros estavam caminhando pra fora do cemitério.

- Vou sentir muita falta dela, Embry. – dissera a pequena.

- Não tanto quanto eu. – disse a olhando.

- Oh Embry... – ela murmurara e me abraçara voltando a chorar.

Logo a pequena saiu de meu abraço e fora para perto dos pais, ainda chorando.

Olhei pro chão e li pela milésima vez a placa.

“Um milhão de palavras não farão com que você volte. Sei, porque tentei. Nem o farão um milhão de lágrimas. Sei por que chorei até não poder mais. Talvez o único que me doa mais que dizer adeus é não ter tido a oportunidade de me despedir de você, minha querida e amada filha...

Jackeline Esme Cullen –  1995 – † 2013”.

Joguei-me no chão e acariciei a placa, meu peito ia explodir, não contive e chorei ali mesmo, agora é real, nunca mais ia ter-la comigo, nunca mais.

- Minha amada... Minha Jackie, como lhe dizer adeus? Como conseguirei me despedir de você? – murmurei em meio às lágrimas. - Porque foi me abandonar logo agora? Jackie! Por quê?

As minhas lágrimas não cessaram, a dor em meu peito era lasciva demais.

- Eu não sei, não sei o que dizer, ainda acho que estou num pesadelo que irei acordar logo ao amanhecer, mas isso não esta acontecendo a noite esta sendo eterna. – continuei acariciando a placa. - Sabe... – tirei um papel do bolso e li diante seu tumulo.

“É melancólico dizer adeus a um grande amor,

É sempre sombrio dizer adeus a um amor inesquecível,
É sofrido dizer adeus a um amor singular de almas gêmeas,
É muito triste saber que é chegado o instante de dizer adeus…,

É triste dizer adeus ao amor eterno, mesmo que por amor.
Adeus assim se equivale à renúncia sublime,
Meu amor, este coração não tem mais palavras para expressar o quanto sofre...

Desde aquela tarde em que meus olhos encontraram os teus, ele modificou-se completamente!

Choro por você meu amor, pelo desespero de saber que está tão longe de mim... Que não há retorno, pois nossas vidas nunca mais irão se encontrar.

Jackie... Jackeline Esme Cullen eu nunca irei dizer Adeus há você meu único e eterno amor.”


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Notas finais do capítulo

Estou de luto, então tres dias sem postar nada.....

P.S: nao me matem...ainda tem muitaaaaa coisa pra rolar ai =D