A Oitava Cullen escrita por JackelineCullen


Capítulo 20
Capítulo 20




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Em algum lugar em Volterra

- Chega Aro! Temos que nos vingar sim! Eles nos fizeram de trouxas! – Caius estava completamente dominado pela fúria.
- Caius! Pare! Eu tomei minha decisão – sorriu - não valia à pena lutar contra eles – o mesmo mantinha sua calma.
- Você e sua amizade com Carlisle! Agora em diante todos os vampiros vão achar que podem nos desafiar! – disse dando um soco na mesa.
- Se tentarem, sem dúvida matará quem nos desafiar! Caius já faz 6 meses o acontecido e ninguém veio até aqui e nos desafiou, agora acalme-se e deixe os Cullen em paz – Aro deu as costas pro seu irmão e caminhou tranquilamente para outro aposento.
- Você pode deixar isso de lado, mas eu irei me vingar, Carlisle não espera por esperar! – Caius sussurrou pra si mesmo.

~*~

Aro Pov

- Conheço Caius, ele irá fazer besteira, irá provocar os Cullens, e isso é tudo o que não quero, não com a aliança deles com os lobos, mas sei exatamente como ele vai provocá-los – disse me sentando na minha poltrona. - Kain venha aqui – disse calmamente e não demorou nada pra ele estar na minha frente.
- Senhor? – respondeu.
- Tenho uma missão pra você. Carlisle tem uma filha humana quero que a proteja – simplesmente disse.
- Perdão senhor, mas por quê? – indagou.
- Caius ainda está furioso com o caso da meia vampira e tentará provocar os Cullens. Eu sei que ela ainda é humana, Carlisle me comunicou, mas Caius pensa que ela já é uma de nós. Se ele descobrir o contrário irá provocar uma guerra. Vá e a proteja, impeça de Caius descobrir a verdade – disse firme.
- Sim senhor!
- E mais uma coisa, mantenha-se no anonimato – sussurrei.

Kain... Kain... meu mais leal escudeiro. Obedece sem questionar e sempre faz o melhor. Com os poderes dele, tenho certeza que irá ter sucesso, assim espero...

Kain Pov

Agora eu era babá de uma humana, uma humana! O que eles têm na mente de criar uma humana? Será que eles só estão esperando ela ficar mais velha para poder jantá-la?

Não será difícil de encontrá-la, pelo o que me contaram, ela mora com os Cullen, mas eu não a vi no dia do confronto, nem senti o cheiro dela e muito menos vi a imagem dela nos pensamentos deles. Isso só responde uma única pergunta.

“eles sabem muito bem como escondê-la, se ela estiver escondida, terei que entrar na mente do Carlisle e descobrir”

Demorei exatamente dois dias para chegar a Forks. Tinha que usar meu poder de camuflar e ocultar meu cheiro, não queria ser encontrado. Demorei nem um segundo para achá-la. O único cheiro de humana no meio de vampiro estava forte, além do cheiro de lobisomem e da meia vampira. Tinha que ser o mais sutil e invisível possível, se alguém me pegar com certeza Aro me mataria. Não tem coisa melhor do que se esconder de 8 vampiros. Adoro testar minhas habilidades e poderes...

Estava escondido trás de uma árvore observando o movimento da casa. Vi quando dois deles foram caçar e em seguida saiu mais 3 e por último saiu o Carlisle. Senti meu bolso vibrar, peguei o celular e vi no visor o nome de Aro, saí correndo do local em que me encontrava, chegando num local seguro atendi.

- Aro? – perguntei.
- Kain! Caius mandou Demetri conversar com os Cullen, aliás, conversar e descobrir alguma coisa sobre a humana. Ela está ai? – disse normalmente.
- Sim Aro, está com eles – disse normalmente.
- Então a tire daí. Não quero problemas com os Cullens – ordenou.
- Quanto tempo tenho? – indaguei.
- No máximo 10 dias. Caius pensa que está me enganando, irei mandar Demetri fazer outro serviço antes. – debochou.
- Dez dias?! É Tempo de sobra. Irei ver o que consigo fazer – sorri.
- Irá ver nada! Irá tirá-la daí! – exasperou-se.
- Sim senhor – disse desligando.

Voltei para o local onde estava e vi a humana sentada abraçada com um... um... caramba! Era um lobisomem? Esse clã tem algum problema mental? Como eles permitem isso?

Tinha que tirar essa menina daqui. Caius mandou um espião e chegará a pouco tempo, se descobrir que essa criança é humana e ainda namora um lobisomem... Não quero nem pensar!! Terei que entrar em sua mente, em seus sonhos e farei isso hoje...

Jackie Pov

Caminhei lentamente até onde meu pai estava parado sorrindo pra mim. A tristeza que estava me acompanhando por dias, simplesmente desapareceu. Estava tão feliz, tão contente que não consegui controlar o choro, parei na frente dele sorrindo e chorando.

Carlisle pegou minha mão direita e beijou entrelaçando com a dele, coloquei minha mão esquerda na cintura dele e começando a dançar.

- 16 anos! Quem diria minha filha – ele sussurrava no meu ouvido.
- Pensei que estava com ódio de mim – disse olhando nos olhos dele.
- Não! Nunca fico com ódio de você – ele deu aquele sorriso que amava.
- Eu sinto muito pai, sinto de todo coração. Peço que me perdoe um dia, mas tive motivo pra vim embora – solucei.
- Filha! Aproveite seu aniversário! Não precisa se desculpar foi até bom você ter ido embora, tive uma visita que não queria que conhecesse – ele deu um grande sorriso e beijou minha testa.
- Que bom que o senhor veio, pensei que ninguém ia aparecer – sussurrei.
- É ninguém quis vim, mas como sou seu pai – ele sorriu.

Nesse momento escutei a música parar e vários aplausos. Foi então que senti uma mão tocar no meu ombro e uma voz conhecida.

- Posso Carlisle? – Edward disse pegando na minha mão. Olhei pra ele e depois para o meu pai, ambos trocaram olhares e sorriam.
- Quem mais veio? – perguntei depois de começar a dançar com ele.
- Humm! Veja! – ele deu um giro, ao olhar melhor pra multidão pude ver quem estava na festa, e todos estavam, sem exceção, todos não, faltava um. Mas esse terei que me acostumar a ficar sem vê-lo.
- Aquela baixinha, imitadora de mãe Dina, me enganou direitinho! – resmunguei rindo.
- Viu como minhas aulas de dança lhe caiu bem? – ele disse me girando novamente.
- É até que ensinou direitinho – disse num tom de deboche.
- Ahh! Ensinei direitinho é? Mas como você é engraçada – e novamente ele me gira.
- Obrigada por vim Ed! – disse beijando o rosto dele.
- Você ainda não nada – ele disse sorrindo bem maroto.
- O que você está falando? – indaguei.
- Nada querida, agora é a vez do Emmett – ele disse entregando minha mão pro Emmett.
- E ai nanica! – zombou.
- E ai seu chato! – disse no mesmo tom.
- Sinto sua falta sabia? – ele disse sorrindo.
- Sente falta de me perturbar é? – brinquei.
- Também! – tanto eu como ele caímos na gargalhada. Depois de dançar com todos os “meus homens da minha vida”, fui até a mesa onde estavam as mulheres.
- Mãe! – a abracei com força.
- Jackie você está tão bonita nesse vestido – ela era um sorriso só.
- Obrigada mãe! – a beijei.
- Qual é o meu novo apelido Jackie? – Alice disse interrompendo meu abraço com a Esme.
- Imitadora de mãe Dina! Sua vidente de quinta! Chorei até hoje sabia? – disse abraçando-a.
- Queria lhe pregar uma peça. Descontar por ter feito cancelar a MINHA festa pra você! – ela zombou.
-AH desculpe, mas tive que sair de Forks – sussurrei.
- Não precisa de desculpa querida, foi até bom você ter saído – Esme disse calmamente.
- Papai também disse isso. Por quê? – indaguei.
- Nada não. Não precisa se preocupar hoje é seu dia! – Rosalie disse me abraçando também.
- Reneesme! Até você veio! – a peguei do colo de Bella e a abracei com força.
- Me mostre quem foi visitar vocês? – Sussurrei no ouvido dela.
- Não filha! – Bella a pegou de volta.
- Bella! Você por aqui?! – fingi espanto.
- Você não muda nada mesmo né Jackie - Bella disse sorrindo.
- Você que continua a mesma chata de sempre! – sorri de volta.
- Já está perturbando minha esposa Jackie? – Edward disse do meu lado.
- Ela que começou – falei o mais sincera possível.
- Eu lhe conheço sua engraçadinha – ele disse me cutucando.
- Obrigada por todos virem, vocês não imaginam como estou feliz! É o meu melhor presente de todos que vocês já me deram. Obrigada mesmo! – disse quase chorando, então percebi todos olhando um pro outro e dano um largo sorriso.
- Sabe filha... – Carlisle disse indo pro meu lado e me abraçando.
- Entramos num acordo e ambos vamos lhe dar um presente – ele sorriu.
- E qual? Uma Ferrari? Ou Harley Davidson? – disse excitada.
- Bom! – suspirou - Aqui não é América e você não pode dirigir ainda! – ele sorriu.
- Mas vocês podem dar um jeito nisso né? – disse piscando.
- Depois veremos isso. Mas nosso presente é outro – ele disse sorrindo.
- Hum!! Então qual é? – disse curiosa.

Nesse momento ele me virou pra pista e apontou pra um homem alto parado com as mãos dentro do bolso da calça completamente sem jeito.

- Sim o que o senhor quer me mostrar? – disse me virando pra ele.
- Olhe melhor filha! – sussurrou.

Foi então que percebi que aquele homem alto e charmoso parado no meio da pista me olhando era o Embry.

“como ele estava lindo e sexy de paletó”

- Meu Deus é o Embry? – perguntei olhando pro Carlisle.
- É sim. Veio conosco, é o nosso presente pra você! Aceitá-lo como seu namorado e o deixar ficar aqui. Com regras é lógico – ele disse calmamente.
- Amo todos vocês! – disse antes de ir pra onde o Embry estava.

Caminhei lentamente até o Embry, parei na sua frente e o olhei séria.

- O que você está fazendo aqui? – disse um pouco ríspida.

“vou brincar um pouco com esse idiota”

- Feliz aniversário – ele disse meio que sem jeito.
- Tá surdo? Eu perguntei o que VOCÊ está fazendo aqui? – disse séria.
- Atrás de você! Gostou? – ele disse tirando as mãos do bolso e me puxando pra ficar colada com ele.
- Simplesmente amei – sorri - seu idiota!
- Nossa! Também senti sua falta! – ele disse beijando minha testa.
- Quem disse que senti a sua? – disse me afastando dele.
- Sentiu sim – nesse momento ele me puxou, olhou nos meus olhos e sorriu. - Sei que sentiu falta disso também – senti meus pés saírem do chão.

Embry segurou a ponto do meu queixo e me beijou amorosamente. No começo tentei não corresponder, mas como resistir à um beijo desse? Um beijo quente e cheio de paixão? Não tem como. Passei meus braços em volta de seu pescoço e o puxei mais pra perto, minha respiração estava cada vez mais rápida e meu coração estava pra sair pela boca.

- Humrum!! – escutei alguém limpar a garganta, mas não liguei e continuei beijando-o, e cada vez mais intensamente.
- Chega! Senão mudo de idéia! – Carlisle disse ríspido.

Embry parou de me beijar na hora, mas continuou abraçado comigo.

- Desculpe Sr. Cullen – ele disse sorrindo.
- Bom já que se entenderam, vamos conversar com o Sr. e a Sra Winter – ele disse sério.
- Conversar o que meu pai? – olhei curiosa.
- Sobre vocês dois! Ou você pensou que ia deixar vocês à vontade aqui? – ele disse rindo.
- Ele vai morar aqui? – indaguei>
- Sim, mas com várias condições – ele sorriu.

A festa foi o mais próximo da perfeição que vocês podem imaginar. Dancei, conversei, bebi me diverti. Mas isso só depois que minha família chegou. Levei algumas vezes bronca da dona Ana, porque estava mais tempo na mesa da minha família do que tentando conhecer melhor a minha “nova” família, mas fora isso, nunca me diverti tanto assim. Rosalie, Emmett e Embry não paravam de trocar insultos um segundo sequer e isso estava me divertindo bastante.

Minha família ficou somente uma semana comigo, passei o tempo inteiro com eles. Ficaram mais pra estabilizar o Embry aqui.

Isso mesmo! Eles estão deixando o Embry morando aqui na Alemanha comigo, não sei o motivo, mas isso me surpreendeu. Fiquei mais surpreendida quando meu pai comprou um apartamento no centro da cidade pro Embry morar. Tinha certeza que isso tudo não era de graça e havia um motivo pra eles estarem fazendo isso, mas sempre que perguntava o porquê disso tudo, eles disfarçavam ou respondiam “pro seu bem... pro seu bem”. Mas quem disse que estou reclamando? Ao contrário, estou amando isso tudo!

- Vejo vocês no aniversário dessa linda! – disse dando um beijo na testa de Reneesme e a entregando para Bela.
- Escute bem rapaz! Se você dá valor a isso! – Emmett disse apontando pra calça do Embry – é melhor mantendo ele aí se não quiser ser castrado! E se magoar ou brincar com minha irmã eu volto lhe castro e ainda corto seu rabo! Entendeu? – Emmett disse num tom que até eu fiquei com medo.
- Lógico! Como prometi para todos – ele sorriu - irei cuidar muito bem da irmã de vocês – Embry disse me abraçando por trás e beijando meu pescoço.
- Melhor cuidar mesmo – Carlisle disse me puxando e abraçando.
- Se cuide e não saia sem o Embry tá? – ele me olhou com aquele olhar que conhecia, um olhar preocupado.
- Agora que vocês estão indo embora podem me explicar o porquê disso tudo? Por que vocês estão deixando Embry ficar aqui? Tem alguma coisa errada acontecendo? – indaguei.
- Não se preocupe filha! Não é nada – ele disse me beijando e deixando os outros se despedirem. E assim eles fizeram, todos se despediram, dando mil e umas recomendações.

Meus pais deixaram Embry morando num apartamento que ficava 15 min da entrada da fazenda onde morava e mais uma vez eles estavam combinados com a Dona Ana. Tinha horários e se saísse da linha, ela tinha total liberdade de ligar pro meu pai e me dedurar se eu não a obedecesse. Isso mesmo, Carlisle fez prometer que iria obedecer ela como fosse minha mãe de verdade, bem como fosse a Esme...

Embry foi matriculado na mesma escola onde eu e o Jonh estávamos estudando, sendo que eu estava no segundo ano e ele no terceiro. Pedi para os meus pais me adiantarem um ano, queria logo acabar a escola e ir pra faculdade, assim não demoraria muito pra ir à faculdade me formar e ser transformada.

Além do apartamento meus pais deram um carro pro Embry, era um carro estilo Cullen, um Lamborghini Gallardo chumbo cromado, resumindo, um senhor carro que onde passávamos chamava atenção.

Já tinham passado quatro meses desde cheguei, esses quatro meses estão sendo os mais felizes da minha vida. Sempre quando dona Ana permitia sair com o Embry tinha que levar meu irmão como pedestal. Meu namoro com o Embry estava indo de vento e popa, ele me buscava todo dia para levar a escola e depois das aulas passava uma hora ensinando-o alemão, no começo foi difícil, mas ele já está começando a entender a língua.

Hoje é um dia especial, é o aniversário de 18 anos do Embry, eu tinha preparado uma surpresa pra ele e hoje não teríamos que esperar pelo Jon, coitado, esta acamado com uma gripe que não sei como eu não peguei.

Cada segundo que passava na sala de aula parecia uma eternidade, estava contando os segundos para sair e me encontrar com o Embry, foi então que tocou o sinal e praticamente corri pro corredor. Corri até meu armário e lá estava ele, encostado na parede com os braços cruzados me esperando.

- Dá pro senhor sair de frente do meu armário? – falei sorrindo.
- Só se a senhora me der um beijo – ele se inclinou pra baixo para poder me beijar. Para ajudar no beijo fiquei de ponta de pés e nos beijamos. Quando terminou o beijo um grupo de meninos passou e comentou algo que me fez sorrir.
- O que eles disseram? – Embry me olhava desconfiado.
- Falaram que não entendem como eu uma menina linda, gostosa e sexy, faz com um cara feio e sem graça – zombei.
- Como é que é? – ele disse aos dentes e caminhou na direção onde os meninos foram, mas no meio do caminho consegui segurar a mão dele.
- Hei seu bobo, estou brincando! – disse puxando-o pra mim e lhe dando outro beijo.
- Isso é pra você aprender a se dedicar e aprender logo o alemão! Gravou as aulas? – disse guardando meus livros no armário.
- Sim... gravei, mas como eu posso me concentrar pra aprender se minha professora fica me atentando durante as aulas? – disse manhoso.
- Embry meu amor – suspirei - você está aqui já faz 4 meses, está na hora de se virar sozinho não acha? – sorri.
- Jackie! Esse idioma é difícil! – ele me conduzia até o carro.
- Difícil é aprender alemão quando tem 5 anos de idade! – falei sorrindo.
- Você aprendeu com cinco anos? – ele me olhava espantado.
- Edward não me deixava ser uma criança normal!! – sorri e o parei.
- Dá a chave! – disse esticando a mão.
- Pra que? Você não tem carteira! – ele disse dando uma tapa na minha mão.
- Dá a chave! – falei esticando a mão novamente.
- Não! Prometi pro seu pai que iria lhe manter viva e se lhe der a chave você irá se matar e também me matar! Então esquece! – ele disse sorrindo e apertando no controle pra abrir as portas.
- Vamos entre – ele disse apontando pro banco.
- EMBRY! A CHAVE! – gritei.
- Não! – ele disse calmamente.
- Embry! – rosnei.
- Não! – ele sorriu.
- ARGH! Deixa de ser chato! Eu quero a chave! Eu irei dirigir! – disse tentando pegar a chave da mão dele, sendo que ele só fez levantar o braço.
- Jackie querida, pare! Está parecendo uma criança minada que quer um brinquedo – disse divertido – Vamos, prometi que ia lhe levar cedo pra casa, parece que a Ana quer lhe mostrar alguma coisa sobre inseminação artificial em vaca - ele disse me abraçando.
- Não iremos pra casa. Hoje é seu aniversário, combinei com a Ana... e você está estragando minha surpresa!! – disse empurrando-o e entrando no carro, fechando a porta com força.
- Como você é geniosa hein! – ele disse dando a partida no carro.
- Para onde vamos? – ele disse curioso.
- Pra casa! – disse ríspida.
- Mas você não disse que não íamos pra casa? Então? Pra onde? – ele disse calmamente.
- Casa! – disse ríspida.
- Ah Jackie! Para tá! Hoje é meu aniversário, quero saber dessa surpresa, pra onde? – ele disse sorrindo.
- Casa!
- Hii... tá com raiva é? – ele sorriu.
- Não – disse seca.
- Não vai me dar os parabéns não? – ele continuava rindo.
- Não!
- Hum! Não vai mais ter festa não? – ele sorriu novamente.
- Não!
- Haaa! Agora chega! Odeio quando você fica monossílaba, dá pra parar! – disse gritando.
- Não!
- Juro que se não lhe amasse tanto ia lhe dar umas belas palmadas!! Você é bem mimada hein! – ele disse ríspido, mas continuou dirigindo. Ficamos em silêncio por um bom tempo, até a entrada de Bad Tölz.
- Chega vai! Fala comigo – sussurrou.
- Não!
- Odeio quando você faz isso! – ele disse encostando o carro.
- Deixa de ser mimada vai! – ele disse fazendo um carinho no meu rosto. - Me diz para onde vamos que lhe levo, custa dizer? Me diz vai – ele sorria.
- Não! – disse tirando a mão dele do meu rosto e cruzando os braços.
- Quando me falaram que ia ser complicado namorar você. Não imaginei que era isso! – ele disse encostando a cabeça no banco e suspirando. - Agora, por favor, meu amor! Da para você voltar a falar comigo normalmente? – ele disse de olhos fechados.
- Não!
- AHHH! Agora chega! – ele disse dando a partida do carro.
- Irei lhe levar pra sua casa! Sua mimada! – ele disse ríspido.
- ÓTIMO – disse mais ríspida ainda.
- Jackie pára! – ele disse quase rosnando.
- Embry! Se você quer ser chamado de namorado, terá que aceitar minhas condições! – falei birrenta.
- Mas que saco Jackie! Vai terminar comigo no meu aniversário? Só porque não quero deixar você dirigir? Deixa de ser mimada menina! Cresça! Tá na hora sabia? E tem mais! Eu não sou seu bicho de estimação, pra você mandar e desmandar! Chega tá! Chega!! – ele disse quase rosnando pra mim.
- Me deixa em casa Embry! – disse olhando pra janela.

Durante todo o percurso até minha casa não trocamos olhares e muito menos palavras, estava furiosa com ele e também tenho certeza que ele também estava comigo. Ele parou o carro bem na porta de casa e suspirou.

- Vai ficar com raiva de mim por besteira mesmo? – ele disse segurando minha mão.
- Não é besteira – disse puxando minha mão e abrindo a porta.
- Jackeline Por favor, cresça, deixa de ser mimada! – ele disse saindo do carro e parando na minha frente.
- Mimada é sua mãe! Seu sarnento! – disse empurrando-o e indo pra casa.
- Aprendeu esse palavreado com a Rosalie foi? – ele disse me seguindo.
- Tchau Embry! – abri a porta e bati na cara dele, torcendo pra tê-lo machucado.
- O que você está fazendo aqui minha filha? Não ia pra Suíça com o Embry? – Ana estava na sala vendo alguma coisa na TV.
- Ia... falou certo... ia!! – disse indo pro meu quarto.
- Filha o que aconteceu? – olhou preocupada.
- Nada mãe! Nada – suspirei.
- Como nada? Está me chamando de mãe! – ela disse preocupada.
- Sabe o que é Sra. Winter, é que a Jackie não aceita ser chamada de mimada, acho que a verdade dói! – Embry disse do lado dela.
- Não tinha batido a porta na sua cara? Isso indica que não é pra entrar! – falei entre os dentes.
- Sou persistente – ele deu aquele sorriso que eu adorava. - Sei que quem está errado nessa história toda é você, mas me perdoa se lhe magoei em algum momento. Sendo que tudo que falei é verdade – ele disse parando na minha frente. - Vai me perdoa, não quero ficar brigado com você no meu aniversário né?! – ele disse pegando minha mão e entregando a chave do carro. - Não vai acostumando a fazer birra e ganhar as coisas. È que não quero ficar brigado contigo logo hoje – ele me olhava com aquele olhar.
- Tá certo, desculpa pela minha imaturidade – disse rindo.
- Então? Suíça é? – ele disse me abraçando.
- Sim, vamos antes que seja tarde – peguei a mão dele e saí correndo. - Até domingo Dona Ana! – disse antes de fechar a porta.
- Domingo? – ele disse afivelando o cinto.
- Sim – sorri - ela deixou ficarmos juntos o final de semana inteiro.
- Nossa! Que honra! – ele me deu um beijo no rosto.
- Vai ser o seu aniversário mais longo que já teve! – disse rindo.
- Estou curioso agora sabia? – ele fez um carinho no meu rosto.
- Vai ficar – sussurrei.

Depois de duas horas de viagem chegamos à fronteira com a Suíça, parei o carro antes e passei pro Embry, afinal ele tinha carteira e eu não. Uma hora depois chegamos ao hotel onde tinha feito uma reserva, esse hotel ficava 5 min dos Alpes Suiços.

- Dá para você me dizer o tá aprontando? – ele disse ao meu lado.
- Ainda não! – sorri.
- Aqui está seu cartão. Boa estadia em nosso hotel – o recepcionista disse me entregando um cartão chave
- Eu não entendi nada que ele disse! – Embry comentou no elevador.
- É um alemão suíço, um pouco diferente... como se fosse caipira – sorri e o abracei.
- Jackie? Iremos ficar aqui até domingo, eu não trouxe roupa e nada! – ele disse enquanto eu abria a porta.
- Não se preocupe. Eu resolvo isso! Agora entre!! – disse empurrando ele pra dentro e fechando a porta atrás de mim.

Fiquei observando ele olhar abismado pro quarto, tinha pago o mais caro, mas pedi pra eles me darem o melhor quarto, com vista pros Alpes suíços, pedi para eles deixarem o quarto o mais romântico possível. Então eu também fiquei abismada com tudo, o quarto estava cheio de pétalas de rosas, cheiroso e com um champanhe no gelo. Ele virou pra mim sorrindo.

- Você que fez isso tudo? – disse abismado.
- Não – sorri - só pedi pra deixarem o quarto meio que romântico, mas acho que exageraram né? – disse abrindo o champanhe e nos servindo. - Feliz aniversário meu amor! – disse lhe dano uma taça e brindando com ele.
- Como você é imprevisível! Uma hora atrás estava me matando de raiva e agora! E agora está me matando de alegria! – ele disse tomando um gole.
- É? – disse ligando o som e a música que tocou foi So Close de Jon Mclaughlin e em seguida tocou The Silence do Gamma Ray. - Nossa música! – sorri pra ele e começando a dançar.
- Você é incrível... – ele disse beijando minha testa, logo depois beijou a ponta do meu nariz.
- Eu te amo Jackeline – ele disse aos sussurros.
- Eu também te amo seu sarnento! – sorri.

Ficamos dançando lentamente por um bom tempo, até mesmo quando a música terminou, estávamos nos beijando lentamente e carinhosamente, ambos fazendo caricias e falando juras de amor, aos poucos fui conduzida até a cama e lentamente ele foi tirando minha roupa, primeiro foi minha blusa e a segunda peça foi meu sutiã. Mesmo tremendo consegui tirar a blusa dele e acariciá-lo. Estava nervosa, mas era isso que queria. Comecei a tremer mais ainda quando ele começou a cariciar e beijar meus seios, então ele parou e olhou pra mim.

- O que foi? Tá tremendo! – olhou preocupado.
- Só nervosa... – disse sorrindo.
- Serei cuidadoso, não precisa ficar nervosa – ele disse me beijando, e em seguida foi descendo novamente, beijou meus seios e foi descendo, tirou minha calça e em seguida tirou a dele, olhou pra mim sorrindo. - Serei o mais cuidadoso possível – ele disse tirando minha calcinha. Mas eu estava tão nervosa e tremendo que quando vi que ele já tinha tirado a cueca e ia começar, eu o interrompi.
- Embry! Desculpe eu... – disse empurrando-o e sentando na cama.
- Você não está preparada ainda, é isso? – ele disse um pouco desapontado e suspirando.
- Desculpe! – disse pegando minha roupa e me vestindo. Ainda estava tremendo e não tive coragem de olhar como o Embry estava, tinha o deixado em ponto de bala e na hora H eu dei pra trás. Levantei e saí do quarto.
- Pra onde vai Jackie? – escutei ele perguntar antes de bater a porta.
- Desculpe – foi a única coisa que consegui dizer.

Estava envergonhada e desapontada comigo mesma, preparei todo o clima pra hoje ser o dia mais perfeito pra ele e pra mim, mas não tive coragem de seguir em frente. Ele deve estar se sentindo horrível, ao menos eu estava. Fui até o restaurante do hotel e sentei no bar.

- Bitte!!, eine Glasrundeusth(inventei essa bebida agora ;D) – pedi uma bebida em alemão e entregando uma nota de 50 euro pro garçom. Ele me olhou desconfiado, mas entregou mesmo assim a bebida. Tomei o primeiro copo numa golada só, o segundo novamente e assim como o terceiro e o quarto, mas quando ia tomar o quinto Embry segura minha mão.
- Não vai beber mais nada – ele disse aos sussurros.
- Embry eu... – disse abaixando a cabeça.
- Não irá adiantar nada você beber até cair no chão, não quero ver você assim. – ele disse me abraçando e beijando minha testa. - Vamos pro quarto?! – disse suavemente.
- Não Embry... eu... desculpa – sussurrei.
- Vamos conversar lá – ele disse me guiando até o quarto. Chegando ao quarto ele me guiou até a cama e me deitou nela, então ele sentou do meu lado e sorriu. - Agora durma... – ele disse beijando minha testa.
- Desculpa Embry... pensei que estava preparada... mas...
- Olha pra mim – ele disse levantando meu queixo. - Eu te amo. E você sabe muito bem disso, então Jackie não precisa ficar assim, eu te espero, espero o tempo que for, um, dois ou até mesmo cinco anos, mas prometo que não farei nada que você não queira e não irei forçar nada... tudo bem? – ele disse olhando intensamente nos meus olhos.
- Eu também te amo Embry, me desculpe ter feito tudo que fiz para no último momento não conseguir – murmurei.
- Hei bobinha! Já disse pra esquecer isso não foi? – ele disse deitando na cama e me puxando pra ele.

Descansei minha cabeça no peito dele e suspirei.

- Não acredito que tenho um namorado como você – disse beijando o pescoço dele.
- Agora durma minha Jackie, pelo cheiro a bebida que estava tomando era forte, dorme vai – ele disse beijando minha cabeça e estava certo, a bebida era realmente forte e eu estava com sono, dormi abraçada com ele pela primeira vez.

Acordei com a cabeça latejando, tinha desacostumado a beber, percebi que estava suando e o ambiente estava quente, olhei melhor e notei que ainda estava com a cabeça no peito do Embry e o mesmo me abraçando, era por isso do calor. Tirei com todo cuidado o braço dele de cima de mim, levantei sem fazer barulho e fui tomar um banho demorado. Depois do banho, pedi um café da manhã e remédio para dor de cabeça. Fiquei em pé observando Embry dormir calmamente, olhei o peito nu dele e fiquei admirando a “paisagem” como ele tinha um corpo bonito e nunca tinha observado isso, como eu não tive coragem? Sou uma besta mesmo!

Voltei à realidade com alguém batendo na porta. Atendi a porta e recebi café, encostei o carrinho perto da mesa e arrumei os pratos, peguei um morango, passei no creme de leite e leite condensado e comi a metade, lambuzei mais ainda no creme e fui até a cama, passei o morango delicadamente nos lábios do Embry e o beijei.

- Bom dia – ele disse lambendo os lábios.
- Bom dia dorminhoco, vai tomar um banho, iremos sair – disse piscando e levantando, mas ele pegou meu braço e me puxou pra cama me dando um beijo demorado.
- Não mandei me atiçar! – ele sorria.
- Só queria te acordar sem ter que jogar água! Seria um desperdiço molhar a cama – disse sorrindo.
- Hum! Mas prefiro ficar assim o dia inteiro com você do que sair – nesse momento ele estava beijando meu pescoço.
- Hoje você terá um dia de príncipe! Agora deixa de ser chato e vai tomar um banho e se arrumar – disse empurrando ele.
- Me arrumar? Com que roupa? Só vim com a roupa do corpo! – ele zombou.
- Por isso mesmo! Iremos à compra! – disse sorrindo e levantando da cama.
- Agora vai! – disse apontando pro banheiro.
- Nossa! Nunca pensei que você fosse tão mandona logo de manhã! Acho que irei pensar melhor antes de dizer sim no altar!! – ele disse levantando lentamente e caminhando pro banheiro.
- E quem disse que irei aceitar casar contigo? Deixa só eu achar alguém mais besta por mim que te dou um chute na bunda – disse rindo e indo pra mesa tomar café.
- Ah! Então é assim? Sou descartável? – ele quase gritando do banheiro.
- Bichos de estimação morrem um dia sabia? – gritei de volta.
- Posso ser eterno querida! –ele gritou de volta.
- Bom! Então faço como as pessoas fazem quando enjoa do bicho de estimação! – zombei.
- O que é?! – ele disse parando na porta na entrada de cozinha.
- Largo num local baldio! – sorri.
- Mulher com coração de gelo! – ele disse parando na minha frente e balançando o cabelo.
- Ah Embry vai enxugar essa juba vai! – disse me enxugando.
- Hara!! Engraçadinha!! – riu forçado - Então? Vamos pra onde meu amor? – ele disse sentando na minha frente e começando a se servir.
- Irei dar uma de Alice hoje! – sorri pra ele.
- Como? – olhou confuso.
- Você vai ver. Dependendo do horário iremos esquiar e depois pra um show – disse pegando uma uva e jogando pra ele pegar com a boca.
- Boa Fido! – dei sorriso e ele rosnou.
- Você sabia que me magoa profundamente me chamando de cachorro? – ele disse fazendo uma cara de cão sem dono.
- Desculpe sarnento! – sorri e ele rosnou novamente.
- É sério! – e novamente aquela cara.
- Embry conheço seus truques e te chamo disso porque é um! – disse levantando e indo pra trás dele beijando seu pescoço. - Sarnento, pulguento e chato, mas eu o amo mesmo assim!! – disse beijando o rosto dele.
- Termine de comer pra sairmos! – ordenei.
- Vai ser difícil conviver debaixo do mesmo teto que você ho! – ele disse rindo.

Depois que terminamos de tomar café saímos. Saimos a pé mesmo, porque as lojas que eu queria ir eram todas perto do hotel onde estávamos. Caminhamos o tempo todo abraçados. Não porque estávamos apaixonados, bom isso era um dos motivos, mas o motivo real era que estava frio e eu estava sem casaco e não tem aquecedor melhor que o meu Embry.

Vivendo os anos todos com Alice e Rosalie, aprendi a comprar nas melhores lojas e escolher as melhores roupas, estavámos numa loja de grife para homens, estava dando um banho de loja no Embry.

Estava me sentindo naquele filme “uma linda mulher” só que ao contrário, eu que paparicava ele. Estava sentada em frente ao trocador esperando ele sair com mais uma roupa.

- A senhorita não quer nada não? – a gerente perguntou do meu lado.
- Embry querido quer alguma coisa? – sorri.
- Sair daqui é possível? – ele disse saindo do provador, levantando os braços e girando lentamente para poder analisar a combinação da roupa.
- Humm...quero nada não, mas me traz aquela blusa de seda listrada – disse sem tirar os olhos do Embry.
- Amor dá um giro vai – disse gesticulando.
- Jackie... por favor! – suplicou. - Embry... gira vai... – soltei um beijo pra ele.
- Humm! Essa calça mostra a bunda sexy que você tem. Acho que vai combinar com aquela blusa preta! Tira essa blusa tá feia! – disse séria.
- Jackie!! Misericórdia! Clemência! – ele suplicava.
- Vem cá – disse sorrindo.

Quando ele parou na minha frente dei um beijo demorado nele e depois o empurrei pra entrar na cabine.

- Já vai acabar...vai lá trocar de roupa – disse dando um tapinha na bunda nele.
- Jackie! – recriminou.
- Não tenho culpa se tem uma bunda sexy! - pisquei pra ele e fui sentar novamente.
- Amor de minha vida, por favor! Estou cansado... – suspirou - estamos aqui durante duas eu disse DUAS horas – ele estava apavorado.
- Isso não é nada, já passei 8 horas com Alice numa loja, agora vamos! Vai colocar a blusa preta! – disse sorrindo.

E o refrão pra música não saia da minha mente.

“Pretty woman won't you pardon me Pretty woman I couldn't help but see Pretty woman that you look lovely as can be Are you lonely just like me Prety wonam, só que era Prety men...” só que mudem para Pretty MAN ;D

E exatamente 3 horas depois comprei tudo que desejava naquela loja. Mesmo com os protestos dele fomos em outra loja, mas dessa vez só ficamos uma hora e na terceira loja só ficamos uma hora também. Também comprei algumas coisas pra mim, mas pouco, não precisava. Alice sempre me mandava roupa, comprei algumas peças pra usar hoje no show e uns agasalhos.

- Que tal cortar esse cabelo? – disse parando em frente de um salão.
- Ah não! Isso não! Gosto do meu cabelo um pouco grande! – ele disse sério.
- Já está grande demais, vamos cortar até o ombro então? Ai fazemos um alisamento nele e um relaxamento! – analisei.
- Jackie!! Não sou uma mulher! – gritou.
- E daí? Homens também cuidam do cabelo! Olha, eu gosto mais do seu cabelo um pouco acima do ombro e não passando dele – disse fazendo um carinho nele.
- Que tal até aqui? – apontei pra dois dedos acima do ombro.
- Ah amor... não por favor! – ele quase chorou agora.
-Hum... lembra de ontem? Que você me perguntou o que os meninos disseram? – sorri.
- Sim.. lembro. – analisou.
- Então!! Eles disseram que você parece uma mulher com esse cabelo grande, amor... não que não goste, mas ele tá grande mesmo, vamos aparar as pontas vai – sorri.
- Ai Deus! O que não fazemos por nossas mulheres! – ele disse entrando no salão.

Depois de duas horas no salão fazendo tudo que tinha direito e um pouco mais saímos e a cara do Embry era de poucos amigos.

- Se o bando me ver assim! – ele disse resmungando.
- Te ver como? Lindo? – disse sorrindo e pegando algumas sacolas da mão dele.
- Me ver saindo do salão de beleza cheio de sacola! Não parece meio gay não? – ele disse parando.
- Hum! É bom as outras mulheres pensarem que é gay, assim ninguém olha pra você!! Porque meu Deus, você ficou lindo nesse corte de cabelo! – disse beijando seu rosto.
- Jackie eu só cortei acima do ombro pouca coisa – ele disse sorrindo.
- Mas mudou! Vamos ?! – disse me abraçando com ele.

Quando chegamos ao nosso quarto ele jogou tudo no chão e me olhou feio.

- Você me paga baixinha! – ele disse caminhando lentamente na minha direção.
- Olha! Irei pegar o jornal e fazer uma espada hein! – disse dando dois passos pra trás. - E tem mais, não sou baixinha, você que é grande demais tá?! – retruquei.
- É baixinha sim!! Tem 1,75 e eu tenho 2,05...Baixinha!! – ele disse dano mais um passo.
- Quieto! Senta! morto! – disse sorrindo.
- Lá vem você! – ele disse revirando os olhos.
- Vamos esquiar Embry? – disse sorrindo e dando outro passo pra trás.
- Não! – nesse momento ele pulou em cima de mim e me agarrou, me carregou até a cama e me jogou nela, prendeu minhas mãos acima da minha cabeça e sorriu. - Agora – ele me deu um beijo na testa. - Diz alguma coisa vai! – ele deu outro beijo em mim.
- Tô com fome – sorri.
- Nossa!! Que inspirador! – ele disse sorrindo e me soltando.
- Hei... quem disse que mandei parar de me beijar? –briguei.

Ficamos horas no quarto, conversando e nos agarrando, mas ele sempre respeitando os limites e se controlando. Ficamos conversando coisas banais, como: o que você gosta mais, ou como foi e com quem seu primeiro beijo, enfim, coisa que nunca tínhamos perguntando um pro outro, mesmo namorando e se encontrando todo dia nesses quatro meses eu sabia pouca coisa dele.

- É sério Embry? – disse sentando novamente ao lado dele com uma bandeja de comida.
- Sim Jackie – ele disse pegando um sanduíche.
- Mas aquele dia lá no penhasco você nadou bem, até me salvou! – disse abismada.
- Sim querida, humano sei nadar perfeitamente, mas como lobo não – ele deu os ombros.
- Mas os cachorros sabem nadar, sabia? Nadam cachorrinho! – não me contive e cai na gargalhada.
- Você só não é mais engraçada porque é só uma. Às vezes não dá pra ter uma conversa séria contigo não! – ele disse meio que emburrado.
- Mas Embry é sério! Os cachorros sabem nadar, estou abismada que não sabe na sua forma de lobo – sorri.
- Não sou um cachorro Jackie, sou um lobo – disse frustrado.
- Hooo grande diferença! – zombei – pensei que fosse um gato.
- Deus! Me dê paciência com essa mulher!! Você às vezes fica pior que seus irmãos todos juntos sabia?!! – ele disse emburrado.
- Mas o que eu fiz? – disse inocentemente.
- Vamos mudar de conversa? – ele disse pegando um copo de suco.
- Tá... – disse beijando o rosto dele.
- Hoje de manhã você me disse que íamos pro um show? Qual é? – me olhou curioso.
- Você disse que desde quando escutou Angra lá em casa, gostou né? – sorri.
- Mais ou menos isso, uma música fez eu ter coragem em falar contigo, mas estou gostando mais por você, sempre está escutando, ai aprende a gostar né? – explicou.
- Bom! Aqui na Suíça está acontecendo um festival chamado de Glastonburg (sei que não acontece na Suíça, mas estamos numa história de faz de conta nhe? ;D)
- E o que tem? – ele disse pegando outro sanduíche.
- Angra irá tocar hoje nesse festival, comprei ingressos para nós – sorri.
- Que interessante! Irei pra um festival de rock com minha namorada! – ele disse num tom irônico.
- Não gostou? Pensei que ia gostar, faz parte do pacote! – sorri forçado.
- Que pacote? – indagou.
- Pacote do seu aniversário, vim pra cá, ficar contigo, esquiar, compras, show! Pensei que ia gostar – sorri.
- Sinceramente não quero ir nesse show! – disse um pouco ríspido.
- E porque não? – olhei confusa.
- Porque prometi pro seu pai que não ia deixar você se meter em confusão! – ele disse sério.
- Mas... o que tem a ver o show com confusão? Diga-me – olhei séria pra ele.
- Seu pai me disse do ano passado, me disse como você se envolveu em drogas e ir pra um lugar desses é dar a chance de você ter uma recaída. E você quase teve uma recaída ontem na bebida – ele disse analisando.
- O que mais meu pai lhe disse? – falei irritada.
- Nada, disse só isso, que você às vezes passa dos limites, adora entrar em confusão e a última foi entrar nas drogas. E eu não irei deixar você voltar pra elas! – ele disse passando a mão no meu rosto, mas eu tirei a mão dele e levantei da cama.
- Olha Embry, quando você e meu pai decidirem fofocar sobre minha vida e decidir o que é bom ou ruim pra mim, faz o favor de nem me contar! – disse rispidamente e indo até a porta.
- Jackie?! Porque essa raiva toda? – ele disse confuso.
- Porque agora entendi o motivo de você está aqui! Entendi porque eles deixaram você ficar comigo!! Aqueles vampiros não valem nada e você muito menos! – sibilei.
- Jackie? Não estou entendo sua raiva, o que foi que eu fiz?– ele disse segurando meu braço. - O que foi que falei? – ele me olhava nos olhos.
- Me deixa em paz Embry – tirei um ingresso do bolso e lhe entreguei.
- Tome o seu... se quiser vai. Irei estar lá me acabando! – disse me soltando da mão dele.
- Você não vai! – ele disse entre os dentes.
- Vou sim! – disse saindo do quarto sem olhar pra trás, quando estava esperando o elevador ele parou na minha frente.
- Irei com você – ele disse ríspido.
- Não preciso de babá! Aliás! - Peguei meu celular e liguei pro Carlisle, sem me importa com o fuso horário, tocou só uma vez e ele atendeu.
- Filha? – dissera espantado.
- Não! É a mãe Joana! – falei ríspida!
- Boa noite para você também querida. Mas o que aconteceu pra me ligar quase meia noite? – como sempre ele com aquela calma toda.
- Deixa de ser falso pai! Descobri todo seu plano! Confia em mim né? CONFIA porcaria nenhuma! – exasperei.
- Hei calma! E veja como fala com seu pai! Primeiro, descobriu o que? – indagou.
- Para de bancar o desentendido! Seu falso! Olha odeio você! Aliás odeio todos! E pode mandar dinheiro pra passagem da minha babá! Porque não preciso de babá! – disse rosnando.
- Filha calma... não estou te entendendo! – disse espantado.
- Calma porcaria nenhuma! – nesse momento Embry tomou o telefone da minha mão.
- Hei Jackie pára, não fale com seu pai assim! Alô? Carlisle? – houve uma pausa - Sim! Sou eu – outra pausa - não sei, ela ficou com raiva depois que contei – mais um pausa - isso mesmo...haaaa....

Não esperei ele terminar a conversa com o Carlisle e entrei no elevador. Estava furiosa, como eles me enganam assim? “não!! Nós só queremos que seja feliz”. Feliz é? Queriam um espião pra dar toda as coordenadas pra eles, isso sim “ Lógico que confio em você filha”. Confia porcaria nenhuma! ARGH que raiva! Como eles acham que ainda sou aquela criança? Eles não vêem que mudei?! E o Embry? Se unir a eles pra me vigiar! ARGH!

Estava tão cega de raiva e nem vi que estava fora do hotel. Quando ia entrando no táxi Embry segurou meu braço.

- Mas que coisa, calma menina! – ele disse me abraçando.
- Escute, seu pai quer falar contigo – ele entregou meu celular – mas seja educada – ele disse me olhando sério.
- Vai se catar, vampiro estúpido! – disse desligando o celular.
- Jackie?! – ele me ralhou. - Como tem coragem de tratar seu pai assim? – disse espantado.
- O que foi? Agora são amiguinhos é? E a tal rivalidade?! – debochei.
- Eu respeito seu pai e sua família, é diferente. Agora me escute, sua família te ama e eu estou aqui porque te amo, não estou aqui pra te vigiar! Não sei o porquê dessa explosão de fúria! – ele disse beijando minha testa. - Seu pai confia em ti, seus irmãos e sua mãe. Todos confiam em ti. Pare de bancar a criança e ligue pro seu pai se desculpando – ele disse sério.
- Você não manda em mim! – disse empurrando-o.
- Mando sim, sou o maior responsável aqui sabia? – ele me olhava seriamente.
- Aprendeu direitinho com meu pai né? – disse entre os dentes.
- Ligue pra ele! – ele falou no mesmo tom. Olhei pra ele e peguei o celular, então taquei o celular no chão o fazendo quebrar em vários pedaços.
- Ops... caiu! – disse olhando nos olhos do Embry.
- ARGH! Sua mimada, estúpida, criança! Não sei por que gosto de você! Não sei mesmo! – ele disse caminhando de um lado pro outro se tremendo. - Nunca senti tanta raiva de você Jackie! Meu deus como é mimada, criança! Imatura! E ainda não quer que seu pai fique preocupado contigo né? Vê o que você faz? Vê que não tem idade e nem maturidade? Não vê isso? – ele continuava andando de um lado pro outro. - Chega! Pra mim chega! Cansei... cansei mesmo! – ele disse parando na minha frente.
- Se quiser ir pra esse show vai, se quiser se matar, se mata! Estou pouco me lixando! – ele disse rispidamente e saiu correndo na direção da floresta. Fiquei parada na frente do hotel esperando ele sumir. Quando ele sumiu fui até a recepção.
- Por favor, fecha a conta do quarto 345 – disse normalmente.
- Sim senhorita
- Irei pegar minhas coisas no quarto, quando voltar assino o que tiver que assinar – disse pro recepcionista e saí. Arrumei tudo em uma única mala e desci.
- Aqui senhorita – ele me entregou um papel e eu assinei.
- Escute bem, essa mala e essa chave é do rapaz que está comigo, nome dele é Embry Karlyn Call. Quando ele voltar entrega pra ele e avisa que fui embora. Entendeu? – disse autoritária.
- Sim senhorita!
- Pode chamar um táxi pra mim? – sorri.
- Já tem na entrada senhorita.

Entrei no táxi e pedi pra me levar pra casa. Demorou 3 horas para chegar em minha casa, paguei um absurdo pro taxista, mas estava na minha casa. Olhei pro relógio e marcava 22 horas, entrei na casa e todos estavam conversando animadamente na sala, passei por eles e fui subindo as escadas.

- Ué? Não ia só voltar amanhã? – Jonh perguntou sorrindo.
- Ia – sibilei.
- Tá com fome filha?? Jonhy trouxe comida italiana – Ana falou rindo.
- Não – disse seca. - Irei dormir – disse subindo pro meu quarto.

Tomei um banho bem demorado e me deitei na cama, estava furiosa com Embry e com meu pai, como eles se juntam pra me vigiar? A conversa toda de dizer que confia em mim não passava de conversa fiada! Posso estar sendo imatura, mas não gostei nadinha de ser vigiada 24 horas. Não sei em que momento dormi e comecei a sonhar ou se estou sonhando realmente.

- Oi...- uma voz doce, suave e ao mesmo tempo sombria me fez despertar.
- Você de novo! – olhei pro vulto que estava perto da porta.


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Notas finais do capítulo

Ai..ai...aii...como eu sou boazinha nhe? e mole, pq eu disse que só ia postar mais se tivesse mais comentarios, masssssss, porem, todavia, estou postando mais um pra vcs! Tomarem que gostem e comentem mais nhe?

E para todos que esto comentando desde o inicio, muito OBRIGADAA!!!