A Oitava Cullen escrita por JackelineCullen


Capítulo 19
Capítulo 19




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Não estava conseguindo dormir, a dor no meu peito era forte. Havia momentos que queria chorar e momentos que queria gritar. Eu estava adoecendo eu sei disso, meu corpo estava dando sinal, estava com dor no corpo inteiro, estava suando e meus olhos estavam ardendo e sem contar que estava com muito frio. Olhei pro relógio e marcava 4 horas da manhã, vesti um casaco e desci. Olhei pra sala e não tinha ninguém, fui até o escritório e bati na porta.

- Pai? – sussurrei.
- Entre querida – disse com ternura.
- Onde está os outros – disse enquanto fechava a porta.
- Edward e Bella estão na casa deles, Emmett está na garagem com a Rosalie, Alice e Jasper estão caçando juntos de sua mãe, mas o que a senhorita faz acordada essa hora? – ele me olhou divertido.
- Não estou me sentindo bem – eu nem terminei a frase e ele já estava com as mãos na minha testa.
- Você está com febre! – ele olhava desconfiado.
- O que você fez ontem à tarde hein? – ralhou.
- Não irei mentir pro senhor, fui à La Push com o Embry e como terminamos, peguei a chuva toda... – tentei concluir, mas ele me interrompeu.
- Ótimo Jackie! Ótimo! Eu deveria deixar você doente, assim aprende a não me desobedecer! – ele me olhava com raiva.
- Excelente! Assim se livra de mim né! Morro e pronto! – rebati com o mesmo tom.
- Filha! Nunca mais repita isso! Tá ouvindo! Nunca mais! – ele disse segurando meu rosto.
- Desculpe pai...
- Então vocês acabaram? – ele deu um meio sorriso.
- Sim – disse sentando na poltrona.
- E posso saber o motivo? – indagou.
- Não quero nada sério pai... Sou nova pra isso....
- Acho muito inteligente de sua parte me dizer isso, mas... – ele sentou na beira da mesa de frente para mim.
- Mas o que? – olhei desconfiada.
- É isso mesmo que você quer? Eu percebi o quanto você estava gostando daquele menino – suspirei fundo e olhei seriamente pra ele.
- Pai... o senhor mais que ninguém sabe dos meus ideais certo? Sabe o eu quero de minha vida. Então o que o senhor ia sentir se eu chegasse e dissesse que ia me casar, ou que estou grávida sem ao menos ter idade pra isso? Pai eu não quero morrer aqui em Forks, eu não quero acabar como Bella, não quero parar no tempo!! Quero sim, ter filhos, casar, mas não agora...aliás nem sei se quero realmente isso, eu já fiz um acordo com o senhor e pretendo cumpri-lo – notei ele olhando meio que sem reação pra mim, vi que ele tentava puxar alguma fala, mas não falava nada.
- Pai... eu terminei com o Embry porque irei voltar pra Europa, não irei ficar por aqui – completei.
- Mas querida, lembra quando fomos lhe visitar na Alemanha? Lembra que disse que ficaria se Bella fosse controlada? Então? Porque não fica? Tudo por causa do Embry? Podemos dar um jeito, criar mais regras, sei lá, mas tanto eu como sua mãe e seus irmãos queremos que fique, o que custa ficar? – ele sorriu.
- Me custa muito pai. Não irei ficar... – disse fechando os olhos e suspirando.
- Me dê um motivo pra você não ficar! Porque posso obrigá-la a ficar sabia? – ele disse num tom ríspido.
- Lhe dou três!! Primeiro, Bella.
- Ela não conta! – ele disse sério.
- Primeiro, prometi pra Dona Ana que voltaria.
- Esse também não conta! – ele disse sério.
- Primeiro, Embry – dessa vez ele ficou calado.
- Segundo, não suporto Forks.
- E Terceiro, não quero parar no tempo!
- Filha eu não quero que vá – sussurrou.
- Por favor, pai, eu tenho um relacionamento tão bom com o senhor, o senhor sabe que só sou assim com o Edward, nem com a mamãe eu fico tão a vontade de falar, o senhor sabe que além de pai é meu amigo, não estrague isso, por favor! – supliquei.
- Filha! Eu irei abrir o jogo pra você, estou com medo de você na Europa, estou com medo de acontecer algo com você lá, sinto que se permitir que você volte pra Europa, irei lhe perder pra sempre – ele me olhava com tanta sinceridade que tive medo, do que ele está com medo?
- Eu não irei fazer besteira alguma, eu parei com aquela história toda de me drogar, eu tô controlada pai, não há o que se preocupar... já fiquei lá por 4 meses e não aconteceu nada, certo? – sorri.
- Eu sei disso – sussurrou.
- Então? O que lhe perturba? – disse levantando, mas ao levantar minha cabeça girou e perdi completamente as forças das minhas pernas, se não fosse meu pai, tinha caído e batido minha cabeça na quina da mesa. - Droga! – resmunguei.
- Ahh... Você está doente! Aliás, você já veio doente! Viu? Viu do que me preocupo? – ele disse me carregando pro meu quarto.
- Não pai, é outra coisa... eu sei disso! Do que está com medo realmente? – nesse momento ele me colocou na cama e me cobriu.
- Você está com febre, já volto – disfarçou.
- Pai!? – indaguei.
- Sim querida?! – ele sorriu.
- Do que o senhor está com medo? – disse séria.
- Dessa febre aumentar, evoluir para uma pneumonia, sendo que você já teve né? – ele piscou e saiu do quarto.

Ele tá escondendo algo de mim, mas o que será? O que ele tá com medo? – um minuto depois ele entrou no meu quarto.

- Tome esse remédio e descanse, deve ser uma gripe – ele disse beijando minha testa. - Qualquer coisa me chame – concluiu.
- Pai? – sussurrei.
- Sim filha? – sorriu.
- Eu lhe amo, mas depois do meu aniversário eu irei voltar pra Europa com ou sem sua permissão! – disse firme.
- Conversaremos quando você estiver melhor tá? – Ele beijou minha testa e saiu do quarto.

~*~

Mas infelizmente eu não melhorei, acho que dessa vez eu passo pra melhor. Meu corpo estava doendo, meus olhos ardendo e minha cabeça a qualquer momento ia explodir, e o frio? Era insuportável. Senti várias vezes alguém tocar na minha testa, pude sentir também alguém me fazer levantar e tomar algo, mas sinceramente eu estava à deriva, não conseguia abrir os olhos e estava meio que desligada dos acontecimentos ao meu lado. Estava cansada, dominada pela escuridão, queria dormir, mas uma voz sombria me fez despertar.

- Porque você ainda não foi pra Europa!? – abri os olhos e sentei na cama olhando pro quarto, mas o quarto estava vazio.
- Hum? Tô delirando? – voltei a deitar e fechar os olhos.
- Sai de Forks! Você corre perigo aqui! – disse firme.
- Quem tá aí? – disse ligando o abajur perto de minha cama, mas novamente não vi ninguém. - Pai? – disse deitando na cama. Esperei um pouco e ele não apareceu.
- Seu pai não está e ninguém da sua família. Se os ama sai de Forks e da vida deles. – disse ríspido.

Levantei novamente e olhei pro lado, de onde eu achava que vinha essa voz sombria, foi então que vi uma pessoa parada perto da porta do banheiro, ele ou ela vestia uma capa preta e estava com o capus encobrindo o rosto.

- Quem é você? E como entrou aqui? O que fez com minha família? – indaguei.
- Sou um amigo. E não fiz nada com sua família. Só estou aqui para lhe dar uma mensagem.
- Então qual é? – olhei pro vulto.
- Sai de Forks! – disse rispidamente.
- Quem é você?! - Fiquei esperando ele responder, mas o mesmo ficou calado, escutei um barulho vindo da porta e me virei pra ver quem era, era somente o vento que tinha aberto a janela, ao voltar a olhar para a porta do banheiro não tinha mais ninguém. Olhei assustada, joguei o edredom longe e saí correndo do quarto.
- PAI?! MÃE! – gritei.

Desci as escadas correndo, meu corpo estava fraco e no meio do caminho perdi o equilíbrio e rolei escada abaixo, senti uma dor no peito, quando terminei de rolar escada abaixo, olhei para os lados e chamei novamente pelos meus pais, mas ninguém apareceu, fechei os olhos e deixei a escuridão me dominar.

Não sei exatamente quanto tempo fiquei desmaiada, mas acordei, e para meu espanto estava na minha cama, olhei para os lados e não vi ninguém. Saí da cama e caminhei lentamente até a saída, desci as escadas me apoiando no corrimão e no final das escadas já pude ver Edward, Bella, Emmett, Rosalie e Reneesme na sala conversando animadamente. Fiquei parada no último degrau olhando atentamente, tentando absorver o que tinha acontecido.

- O que você está fazendo fora da cama? – Edward disse aparecendo do nada na minha frente.
- Onde vocês estavam ontem? – olhei assustada pra ele.
- Aqui mesmo – ele disse sorrindo.
- Não! Vocês não estavam! Tinha um homem no meu quarto, um de vocês! – olhei assustada pro Edward.
- No seu quarto? Jackie – ele sorriu - ontem quem estava lá era Esme e Carlisle!
- Não! Não estava! Eu chamei, chamei por vocês! – estava confusa.
- Minha querida você deveria estar sonhando – Edward disse rindo.
- Não Ed, foi real, eu não estava sonhando – olhei confusa pra ele.
- Você sonhou sim, minha querida! – ele disse beijando minha testa.
- É... acho que foi sonho...- disse sentando na escada e colocando as mãos na cabeça.
- Tá se sentido melhor? – Edward perguntou sentando do meu lado.
- Quanto tempo estou acamada? – estava confusa.
- Dois dias – ele disse me puxando e abraçando.
- Só foi um sonho Jackie... só um sonho – sussurrou me acalmando.
- Onde está meus pais? – indaguei.
- Foram comprar uns medicamentos pra você – ele sorriu – o que você sonhou?
- Não sei, foi tão real – analisei.
- Vamos voltar pro seu quarto! – Ele disse me carregando.
- Não Ed... estou me sentindo melhor... cansei de dormir – disse o mais sincero possível, ele me olhou como estivesse me avaliando então me deixou no chão.
- Tudo bem, mas acho melhor comer alguma coisa – ele sorriu.
- Depois... eu estou sem fome – caminhei lentamente até a sala e sentei do lado do Emmett. Ele me olhou sério.
- Terminou com o cachorro né? – ele sorriu.
- Sim – disse procurando algo pra ver na TV.
- Aquele cachorro fez alguma coisa com você? – sibilou.
- Não Emmett – suspirei.
- Então porque está com essa cara? – ele me olhou desconfiado.
- É a única que tenho! E estou doente! – disse bem ríspida.
- Só estou preocupado contigo sua nanica! - ele disse magoado.
- Dá para você parar de encher o saco? Caramba! – disse emburrada.
- Hiii T.P.M. é? – Emmett sorriu.
- Quem tá de T.P.M é a sua mãe! – retruquei.
- Hii... Acho que Esme não irá gostar nada de saber que a sua preferida está falando dela - zombou.
- Eu não estou falando mal da mamãe! Estúpido! – rosnei.
- T.P.M! Cuidado pessoal! – ele gritou.
- Pára Emmett, ela terminou com o cachorro. É por isso do mau humor – Rose disse sentando do meu lado e me abraçando.
- Agora voltou a falar comigo e ser minha amiga é? – disse empurrando-a e levantando.
- Sim Jackie! Sempre fui contra seu namoro com aquele sarnento. E agora que acabou, não tenho que prender a respiração com você! – ela sorriu.
- Porque vocês não me deixam em paz? Caramba! – indaguei.
- Não disse Rose? Ela está de T.P.M – Emmett zombou.
- Sabe de uma coisa? Irei voltar pra Alemanha o quanto antes, não irei ficar pro meu aniversário não! – disse levantando, mas Rosalie me segurou.
- Por quê? Carlisle disse que ia ficar até seu aniversário – ela disse desapontada.
- Ia! Falou bem IA! Não quero mais, se eu ficar mais um dia aqui, além de pirar, acabo ficando mesmo e isso não quero! – disse ríspida.
- Então se eu enrolar você, você acaba ficando! humm ótimo saber disso – Carlisle disse entrando na sala.
- Deixa de graça meu pai! – levantei e o abracei.
- Tá melhor filha? – ele disse colocando a mão na minha testa.
- Sim – sorri.
- Da próxima vez, evite ficar horas debaixo de chuva tá? – ele sorriu.
- Não haverá próxima vez! Vamos conversar sobre minha volta pra Europa? – disse normalmente.
- Vamos pro escritório – disse sério.

Conversamos horas sobre o assunto e pela primeira vez na minha vida eu ganhei uma conversa com meu pai e também ganhei na reunião. Eu precisava correr de Forks, aquilo lá com certeza não foi um sonho, eu ainda não estou louca e não quero que nada aconteça com eles...

Infelizmente isso fez com que todos ficassem com raiva de mim. Esme e Alice já tinham preparado uma festa pra mim e eu estava deixando-as na mão, Carlisle estava extremamente aborrecido comigo, Edward idem, sem contar no gelo dos outros.

Ainda fiquei uma semana com eles, até recuperar a minha saúde, tentei ser a pessoa mais simpática e amável com todos, mas infelizmente eles estavam mais frios que gelo. Também tentei falar com o Embry, mas tudo que ganhava era um não e ele desligava o telefone na minha cara, fui várias vezes em sua casa, mas sempre ele não estava ou estava se escondendo.

E hoje estou aqui na Europa, nessa casa enorme sem ninguém. Ana e os outros tinham saído e como estou pra baixo, preferi ficar no meu quarto olhando pro teto.

Daqui há dois é meu aniversário, Dona Ana está preparando uma festa, um baile, porque segundo ela 16 anos é uma idade especial e será meu primeiro aniversário com ela, bom tudo bem, mas eu pensei que 18 anos que fosse uma idade especial! Cada maluco no seu lugar né...

Estou me odiando a cada dia, sinto falta deles, sinto falta do Embry, acho que fiz a maior burrice na minha vida... fora os dias que estava drogada, isso não conta né?

Peguei meu celular e liguei pra casa, chamou duas vezes e Alice atendeu.

- Oi Lice! Sou eu – sorri.
- Sei que é você – ela disse ríspida.
- É tinha esquecido como você sabe mesmo – ri pra descontrair.
- O que você quer Jackie? – ela disse ríspida.
- Vocês vêm? A dona Ana está preparando uma festa boa, mas será chata sem vocês – disse sincera.
- Não iremos!Temos assuntos mais importantes pra resolver – era nítido a raiva dela no tom de voz
- Ahh...é? humm... tchau Alice... dá um beijo no pai e na mãe por mim – desliguei o celular sem dar chance dela falar alguma coisa.

Depois dessa meu peito doeu, sabia que tinha magoado eles, mas nunca imaginei que fosse magoá-los tanto. Estava magoada comigo mesmo, porque tinha que ser sempre teimosa? Porque tinha que sempre magoar as pessoas que amo? Eu nunca aprendo não?

Foi com esse pensamento e depois de muito choro, consegui dormir.

Chegou o dia esperado, eu não estava nada animada, minha família não estaria comigo, meu namorado também não, estava que era uma depressão ambulante.

- Hei! Ajeite essa cara, é seu aniversário – Ana falava comigo enquanto terminava de colocar uma tiara no meu cabelo.
- Eu sei mãe... irei melhorar – sorri falsamente.
- Você tem um sorriso melhor sabia? – ela disse olhando pra mim através do espelho. Estávamos paradas em frente do espelho que era do tamanho de uma porta, estava usando um vestido prata que ia até o calcanhar.
- Você está linda! Vamos? – ela disse esfregando meus braços.
- Sim...- disse saindo do quarto.

Quando saí do quarto, Jonh estava me esperando, ao olhar pra mim ele sorriu e eu fiz o mesmo, ele estava super elegante no terno. Então ele aproximou de mim e jogou o casaco sobre meus ombros.

- Você está linda Jackie – sussurrou .
- Jonh!! Se não fosse meu irmão com certeza ia lhe agarrar hoje! – nós dois gargalhamos juntos. Entramos no carro e fomos até o local da festa. Dona Ana convidou Deus e o mundo, hoje com certeza ia conhecer parentes que nunca vi na minha vida.

Eu ainda não estava acostumada com essa frescura toda de festa formal, pra mim formal até demais. Estava mais de meia hora parada na recepção esperando cada convidado chegar e cumprimentar um por um e diga-se de passagem, tinha que estar SORRINDO. Conheci todos os parente de Jonhy e alguns parentes da Dona Ana, foi a única coisa que não me surpreendeu, porque pra mim ela não tinha parentes, também conheci vários, mas vários amigos de ambos.

- Vamos Jackie? – Jonh esticou seu braço para eu colocar minha mão em cima da sua.

Caminhamos lentamente pra dentro do salão. Estava cheio de pessoas que tinha acabado de conhecer, em fim cheio de gente que nunca vi na minha vida. Depois de uns minutos indo de mesa em mesa com o Jonh para fazer o social, uma música começou a tocar e alguém anuncia no alto falante.

- Vamos começar o baile. E por tradição a primeira dança é sempre da filha com o pai – Nesse momento abaixei a cabeça e suspirei.
- Acho que você terá que dançar comigo meu irmão – disse segurando o choro.
- Acho melhor você dançar com aquele senhor alí – segui a mão dele e ao olhar pro meio na pista sorri e chorei. Carlisle estava impecável em seu terno, com o braço direito estendido pra mim sorrindo de orelha a orelha.


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Notas finais do capítulo

AEE, quero mais comentarios, senao nao posto heim =D de sete caiu pra quatro? cade esse povo? entao, proximo capitulo depende de vcs, com comentarios eu posto =D